Coluna do Marsiglia - 26 de agosto

 AGORA TUDO É GRE-NAL
O clássico “serve para arrumar a casa” como também para desarrumar de vez. Mesmo sem os suspensos Guiñazu e Nei, e talvez D’Alessandro lesionado, o Inter chega ao clássico como franco favorito.
A rivalidade minimiza a dimensão deste favoritismo e existem exemplos, mas que são exceções que confirmam a regra.
As diferenças de objetivos confirmam isto: o Inter pensa no título brasileiro e o Grêmio em lutar contra o rebaixamento. Neste domingo, cabe ao Inter confirmar a regra e ao Grêmio, a exceção.

CELSO ROTH: COBERTOR CURTO

O dilema do treinador gremista é como segurar o ataque do Internacional, sem perder a força ofensiva necessária para chegar à vitória. Não pode sair para o ataque franco, pois abrirá espaço para Damião e Cia. Por outro lado, se ficar retrancado, como chegar à frente? Pelo que se ouve, mudará meio time para o clássico, principalmente no setor defensivo. Solução difícil, mas Roth recebe mais de R$ 300 mil por mês para isto.

TÍTULO É PARA COMEMORAR
Não importa se a RECOPA são apenas dois jogos. Oferece uma grana razoável e acima de tudo, visibilidade. Clube de futebol vive de títulos, e o torcedor colorado não tem do que reclamar. Desde 2006 o Inter levanta, no mínimo, um caneco de nível internacional todos os anos. É a compensação de não levantar um título do Brasileirão desde 1979. A vida é feita de ônus e bônus. Ganha-se de um lado e perde-se do outro: nada é perfeito.

LEANDRO DAMIÃO “É O CARA”

O atual centroavante colorado atingiu um patamar de idolatria poucas vezes visto em nosso Estado. Mais que Alexandro Pato, que mesmo tendo sido campeão mundial, foi profissional por parcos seis meses antes de ir para a Itália. Não teve tempo de se tornar um referencial. É óbvio que o fato de ser um goleador é fundamental, mas o carisma e a empatia de Damião com a torcida é superior a qualquer jogador desde a “época Fernandão”.

JOBSON: UM TRISTE FIM

O talentoso atacante Jobson parece não ter solução. Foi demitido do Bahia. Ídolo da torcida, passou a se sentir acima do bem e do mal. Levava mulheres para a concentração, chegava embriagado a treinos e vivia pedindo adiantamentos, pois gastava todo o salário em quinze dias. Sem poder atuar mais este ano, pois já defendeu dois clubes (limite imposto pela FIFA), Jobson espera pela decisão da Corte Arbitral do Esporte em seu processo por uso de cocaína. Como é reincidente, pode pegar uma longa suspensão. Seria o fim melancólico de mais um que não soube aproveitar as oportunidades que o mundo da bola lhe ofereceu.

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