Quinta, 10 novembro 2011 - parte 3

URGENTE!! URGENTE!! URGENTE!!

Na pleura do Gilberto Simões Pires
Tenho acompanhado as argumentações do economista Gilberto Simoes Pires quanto à validade, legalidade e justeza da Federação Gaucha de Futebol em programar conclaves (?) em terras do além-mar.
O resumo da ópera, segundo o eminente missivista, é que, em sendo a FGF uma entidade privada, o que ela fizer dos seus recursos é problema dela e de seus associados.
Em parte tem razão. Mas só em parte.
Porque, salvo melhor juízo, a FGF não paga impostos, por ter sido considerada entidade de interesse público sem fins lucrativos.
Ou seja, ela é isenta de pagar impostos, porque, em principio, a sua atividade associativa tem interesse público, no caso a promoção do esporte.
Ser isenta de impostos, significa que a ela é dado o direito de “reter” dinheiro público (os impostos) sob a alegada contribuição à sociedade na forma da promoção do esporte.
Não vejo – e imagino que o “espírito do legislador” também vá na mesma linha – o que uma reunião de comes e bebes no Chile ou a bordo de um cruzeiro pelo Caribe possa representar de promoção do futebol gaúcho.
No que os clubes do interior, especialmente, os fãs do futebol gaúcho terão como contrapartida a essa iniciativa.
Ah, mas ela é legal.
Bem, aquilo que toda a sociedade condena, inclusive o Sr Gilberto, em relação ao comportamento de instituições que versam o dinheiro público de forma  pródiga, também é legal.
As diárias da Assembleia Legislativa, por exemplo, são legais, amparadas em leis. Nem por isso deixam de ser imorais.
É o caso da FGF, que não é uma empresa privada, mas uma entidade que se vale de isenção fiscal, e portanto, não deixa, de certa forma, de “gerir” recursos públicos.
Pode ser legal, mas é totalmente imoral, usar esses recursos para o bel prazer de seus dirigentes.
É o que eu penso.
LEONARDO MARTINS
São Leopoldo - RS

2 comentários:

  1. Escreveu o Simões Pires:
    "Ora, tanto os clubes de futebol quanto a FGF são entidades privadas. Como tais são sustentadas por cotas adquiridas por patrocinadores, cotas de televisionamento, compra de ingressos por parte de torcedores e mensalidades de associados. A FGF, por óbvio, recebe parte da verba arrecadada. Tudo privado."
    COTAS DOS PATROCINADORES: de onde os patrocinadores obtém o dinheiro? Emitem? Não.
    Da venda de seus produtos, nos quais, todas as despesas, inclusive as de publicidade, estão contidas no preço final,com a margem de lucro,de seus produtos, preço final este pago pelo consumidor.
    O PATROCÍNIO, PORTANTO, À FGF É PAGO ELO CONSUMIDOR. É DINHEIRO PÚBLICO, DE CERTA FORMA.
    COTAS DE TELEVIOSINAMENTO: qual a fonte dos recursos da emissora que para as cotas de televisionamento? Da publicidade, paga pelas empresas, as quais contabilizam os valorespagos no custo de seus produtos que são comprados pelos consumidores, que, por conseguinte, de forma indireta é quem pagam as receitas da televisão, de onde saem os valores das cotas de patrocínio.
    DE CERTA FORMA É DINHEIRO PÚBLICO, TAMBÉM.
    INGRESSOS E MENSALIDADES:pagos pelo povo, os torcedores.
    É DINHEIRO PÚBLICO, TAMBÉM.

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  2. O que precisa ser feito, então, é cobrar impostos da FGF, e não ficar querendo estatizar ela.

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