Terça, 8 novembro 2011

SÃO RARAS AS HOMENAGENS JUSTAS

Ontem estive na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
O jornalista e advogado, o amigão Flávio Pereira iria receber a comenda Porto do Sol.
Coloquei até terno e gravata.
O Flávio, vi de longe, estava inaugurando um terno novo, cinza clarinho. De longe, também, dava para ver que estava mais do que faceiro. Feliz da vida.
Claro que a dona Rosângela também estava lá, com as filhas. As 4 estavam elegantes e bonitas (foto lá embaixo). Vários familiares e muitos amigos. Só que o dia e o horário - marcado para as 14, mas começou uma hora depois - não ajudou.
Conheço o cara desde março de 1980, quando fomos trabalhar na Editoria de Política da Zero Hora. Juntos com o Carlos Sávio, cobrimos a primeira eleição direta para governador em 1982. Antes disso, cobrimos a prévia do PDS - hoje, o PP - para a escolha do candidato. Era 3 pré-candidatos e cada um se encarregou de um. O Flávio foi de Octávio Germano; Sávio de Nelson Marchezan; e eu de Jair Soares. Dei sorte para o Jair, que se tornou, pouco depois, o primeiro governador eleito do "período revolucionário".
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Enquanto estava lá escutando os discursos me lembrei de muitas histórias que vivemos juntos - e a Rosângela era sempre um tema recorrente dos nossos assuntos, porque a guria morava em Santa Maria e ele apaixonadíssimo aqui em Porto Alegre.
Conto a melhor história de todas que lembrei.
Numa sexta a noite, verão, o Flávio me liga:
- Escuta, vamos pra praia amanhã?
- Ah, pára! De ônibus?
- Nada, alugo um Fuca e vamos pra Tramandaí.
No sábado, de manhã cedo, ele passa lá em casa. Além da ressaca, estava levando numa sacolnha de supermercado algumas coisas, como um calção. A havaianas estava no pé.
Olhei pro lado, e o Flávio de blaiser e calça social. Sapato e meia.
Detalhe: o cara estava sempre de terno e gravata. É lógico, num final de semana ele estava esportivo, de blaiser, sem gravata. Outra coisa: todas suas roupas eram de grife, como Pierre Cardin.
Pois bem, fomos direto para Tramandaí no Fuca alugado.
Não lembro como se trocou, mas na praia ele abriu uma exceção e estava de calção também.
Ficamos ali, vendo a paisagem, e tomamos litros de cerveja.
Não lembro de muitos detalhes, mas recordo que atolamos o Fuca na areia. Culpa da cerveja.
Dormimos em Capão, no falecido Hotel Rio-Grandense.
E, claro, o que vale é que demos muita risada, com muita cerveja.
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É bom a gente ir numa homenagem a um cara que conheço há 31 anos!!
Uma vida!! Uma sólida amizade, mesmo que a gente passe meses sem se ver.
E, garanto, eu estava tão feliz quanto ele!!


Um comentário:

  1. Paulo Cachoeirinha: Mas que espetáculo a morena Rubro-Negra, heim?

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