Bom Dia!! Quarta, 23 de maio de 2012

NOMES E SOBRENOMES.
"TÁ, CALMA, VOU SOLETRAR!!"

Entre as correspondências que chegaram em casa ontem uma mereceu destaque. O remetente acertou o nome, mas no sobrenome lascou: PRURDI.
Sério, deveria ser Prévidi, mas sabe-se lá o motivo pra pessoa inventar isso aí de cima.
Invariavelmente as pessoas têm dificuldades em entender o meu sobrenome. Nada, mas nada mesmo contra os estagiários, mas são os que mostram maiores problemas com o Prévidi.
Uma vez fui conversar com um secretário de Estado. Estava na sala de espera, quando uma guria bonita me dá um risonho "bom dia". Retribuí e ela:
- Seu nome, por favor.
Disse.
- José Luiz...?
- Prévidi.
- Não entendi, desculpa.
- Soletro: P-R-E-V-I-D-I, com acento no "e".
- Muito obrigado.
Demorou uns minutos estava na frente do secretário.
Ao sentar, olhei na minha frente, um cartão com o meu nome, escrito numa letra caprichada:
JOSÉ LUIZ
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Não me importo com essas situações, muito menos quando erram alguma letra ou letras.
Uma das mais sensacionais foi quando trabalhei com o Julio Ribeiro na revista Press.
Recebemos um convite endereçado a JULIO PREVIDI.
Esta é fácil de decifrar: o chefe deve ter dito para a guria - Liga pra Press e pergunta os nomes completos  do Julio e do Prévidi. Ela não ligou e lascou os dois nomes num convite só. O mais fantástico é que acertou o meu sobrenome!!
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Mas o meu nome de família, como geralmente os italianos, não são complicados. Aqui no RS convivemos muito com descendentes de alemães e poloneses. Aí complica, mesmo.
Pior, porque a alemoada adora o sobrenome e quando tem um negócio coloca lá, na plaquinha, o seu orgulho:
TRANSPORTADORA KLERATGONIDORF
Ninguém vai decorar um negócio desses!! Será que o "empresário marqueteiro" não se dá conta disso?
Tem uma indústria de móveis que é bárbara:
K Wistefelt Móveis. Em Porto Alegre tem uma terrível - inclusive investe bem em publicidade. Só me lembro que o nome começa com "K".
Tenho um amigão, de muitos anos, que se chama José Nonnenmacher.
Sofre o José!!
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O campeão de todos é o jornalista Edgar. Tanto que ele assina Edgar Zuk.
O nome da fera: Edgar Haczkiewicz Powarczuk.
É mole?
Claro que não!! O Edgar tem duas filhas. Imagino ele ensinando as gurias, pequenas, a dizer o sobrenome!!
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No entanto, há nomes do balacobaco.
Quando eu tinha uns cinco anos, morava no Rio, e meu pai comprou um apartamento na rua das Laranjeiras. Muito legal. Tinha crianças em quase todos os apartamentos. No sexto andar, três irmãos: Arnaldo, Aguinaldo e Aginaldo. As três gurias tinham nomes normais e bonitos. Aí nasceu o sétimo filho do casal e os pais lascaram: Naldo.
Aí sabe como era o nome do pai?
ANFILÓFIO SEPÚLVEDA.
Não é invenção, não!!
Jamais me esqueci do nome do sujeito, porque sempre que o via, entrando na garagem num Impala, 60 e poucos, eu ria. Lembro até da cara do seu Anfilófio.
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Nome duplo também é um problemão.
Tem um jornalista, que mora em São Paulo há muito tempo, que detesta o nome. Aí usa o sobrenome, bem comum, e anexou um "Júnior".
E uma jornalista, ainda na ativa, que detesta o nome duplo. Pouquíssimas pessoas sabem o seu nome duplo - eu sei porque a conheço desde pequena.
E não falo nem sob tortura!!



3 comentários:

  1. Adorei. Melhor que isso somente a secretária que escreveu "À ilustre senhora Mitra Diocesana". Pode?
    Mas, em matéria de sobrenome, ninguém ganha do "Mário Cinco Paus".
    Bjs

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  2. Prévidi: os alemães usam o nome familiar por orgulho. Muitos começaram pequenos e chegaram a grandes empresas. Vide: Gerdau, Renner, Kirscher Hilmann, Fogões Wallig, Fröhlich SA (Fritz&Frida), Ribeiro Jung, Sucos Petry, etc

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  3. Bah Zé (desculpe a intimidade), mas não podes reclamar! Problemas e gozações aturo eu, há sessenta anos!

    GARIVALDINO FERRAZ - Brasília/DF

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