Bom Dia!! Sexta, 21 de junho de 2013

FOI UMA SEMANA MARAVILHOSA!!


Ia fazer uma retrospectiva desta semana que já entrou para a História do Brasil.
Mas li três textos que sou obrigado a publicar.
Do publicitário André Martins, do jornalista Marco Poli e do consultor Glauco Fonseca.
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E AÍ, TIO TARSO?
André Martins, publicitário

Imaginemos que o nosso governador fosse o Tio Briza. Sabe o que ele teria feito neste históriCo momento? Protegeria os manifestantes, mandaria a Brigada Militar reprimir a patuleia que se arregaça pelas ruas desertas e inseguras e iria de peito aberto para o meio da galera de jovens insurretos.
Não é de todo impossível imaginá-lo com os olhos brilhando, as mãos espalmadas e fraternas, dizendo “eu sou um de vocês, meus jovens”.
Isso é um estadista, um homem de ideias e ações claras, um verdadeiro líder.
Infelizmente, o que temos no Palácio Piratini é um homem mais preocupado com a própria ambição política pessoal, com um discurso cínico, que passa a mão na cabeça e depois manda bater. Como pode uma autoridade proteger o patrimônio de apenas um grupo empresarial em detrimento daqueles que estão dando um exemplo raro de cidadania no país, deixando os mesmos e a população nas mãos dos bandidinhos que há tanto tempo roubam, assaltam e depredam?
A impunidade, antes apenas destinada aos colarinhos brancos, agora foi ampliada para o estrato das camadas desassistidas da população que quer destruir tudo? Por isso, aos que se perguntam como pode um movimento não ter um líder, espalhando-se horizontalmente sem uma coluna vertical para sustentá-lo, recomendo que olhem para a nossa história e descubram há quanto tempo não temos mais líderes dignos de nota.
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UM PARTIDO DECIDIDAMENTE REVOLUCIONÁRIO
Marco Poli, jornalista

Ainda quando não existia e lutava por sua fundação, sabia que o Partido dos Trabalhadores era uma proposta revolucionária de mudança social. O que não se sabia naquela época é de que forma isso seria feito. Só agora, passadas 3 décadas é que o desenho se desfigurou ante meus olhos. 
Ao conquistar o poder, não podia o PT criar uma revolução, pois seriam facilmente apeados de lá, como já fizeram com outro Presidente da República que decidiu governar por conta própria. Restava então o caminho longo, pautado por doses homeopáticas que, ao correr do tempo, fossem tomando gota a gota o organismo dos brasileiros, fazendo da nova geração um coquetel molotov prontinho pra ser atirado nos palácios de Brasilia.
Nem a mais maquiavélica cabeça política seria capaz de urdir plano tão sofisticado de comoção social quanto a repetição diária de ilegalidades, imoralidades, escândalos e corrupções por todos os poros do corpo estatal. O Estado brasileiro está na UTI, de tão doente e todos os vermes e parasitas que dele sempre se nutriram, agora não têm pra onde correr.
É esse Estado o paciente e o povo está impaciente. E louco pra desplugar os aparelhos e deixar fenecer quem tanto sangue e suor lhe sugou nos últimos 500 anos.
O PT conseguiu com esse trabalho diuturno de escancarar o que antes sempre se fez com pudor, criar uma geração que não aceita conviver com isso. Esta gurizada que tomou as ruas da nação, não tem pauta de reivindicações. Quer apenas desplugar as máquinas que mantém o paciente vivo. Quem está nas ruas é pra matar esse Estado que não lhe serve e não está disposto a levar uma vida para servir a esse fétido e inútil vampiro da sociedade.
Somente agora, depois de uma geração inteirinha sendo cevada com doses diárias de impunidade crescer, assistindo a tudo isso que aí está, consigo compreender a estratégia revolucionária lenta e gradual. O monstro pútrido fede demais para essa nova geração o suportar. Eles não aceitam seguir o destino de pais e avós; esta nova geração quer trabalhar sim, mas para gerar o próprio sustento e não pra sustentar tribunais, palácios, aviões e ministérios. 
Esta geração prefere tocar fogo no circo e começar tudo de novo a seguir pagando o banquete e ficando só com as migalhas. O elefante descobriu que é mais forte que a corrente que o prende e está chutando o pau da barraca.
Ninguém, nenhum conviva sentado à mesa do banquete estatal conseguiu até agora compreender o que está acontecendo. Qual a verdadeira realidade que está a surgir. Por isto exigem pauta de reivindicações. Para isto querem que líderes sejam apontados. Para os convidar a sentar e comer do bom e do melhor na mesa onde está servido o banquete. Para assim seguir mantendo seu "status quo" em troca da manipulação dos revoltosos.
Agora é tarde #OgiganteAcordou
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PARA PENSAR
Glauco Fonseca, consultor

Sobre as manifestações em Porto Alegre:

1. Em dois momentos, em dois dias diferentes, os manifestantes reuniram-se no Largo Glênio Peres e partiram em passeata, rumo à av. João Pessoa. Foram dois dias e apenas UM trajeto;

2. Os que iam à frente puxavam os que vinham atrás. Sempre assim: Uns lideram, outros seguem. 

3. O destino final, pela segunda vez, não era o Palácio Piratini nem tampouco Palácio Farroupilha. Era a RBS.

4. Segundo quase todos os comentaristas, repórteres, articulistas, etc., o movimento era pacífico. “Lindo de se ver”, chegaram a dizer alguns menos esclarecidos, que são muitos e da própria RBS.

5. Quando começou o “Déjà-vu” próximo à ponte da Azenha, novamente surgiram, dentre os pacíficos manifestantes, os “baderneiros”, devidamente filtrados, coados e separados pelas lentes de uma imprensa atônita, da própria RBS.

6. A partir do confronto com a Brigada Militar, a imprensa passa a chamar alguns manifestantes de baderneiros, vândalos, criminosos, separando-os do restante do grupo de manifestantes pacíficos, tirando deles a responsabilidade pelos atos de uns poucos.

SÓ QUE….

1. O trajeto foi o mesmo, novamente! E provavelmente será o mesmo daqui alguns dias! Tanto é que a Brigada estava preparadíssima para bloquear a Ipiranga nos dois sentidos!

2. Os manifestantes, ordeiros e pacíficos, seguiram SEM CONTESTAR – repito: SEM CONTESTAR -, sem rota alternativa, sem hesitação o comando radical que os levou até os limiares da RBS.

3.  Ao chegar lá, mesmo diante dos confrontos, saques, quebradeiras, o grande segmento de manifestadores pacíficos não mudou seu rumo. Permaneceram nos arredores sem mudar sua trajetória. Os baderneiros faziam sua baderna e os manifestantes e seus guarda-chuvas davam a impressão que serviam como uma espécie de “aval”.

4. Depois de rechaçada a intensa e reforçada tentativa de se aproximar dos prédios da RBS, os manifestantes deram meia-volta, retornando ao Largo Glênio Peres. Novamente, o mesmo trajeto...

ENTÃO...

1. Na próxima manifestação, os bons serão novamente liderados pelos bandidos, baderneiros, vândalos? Irão novamente fazer o mesmo trajeto, com vistas ao mesmo endereço? Ou tá “Tudo Junto” e misturado?

2. Na próxima manifestação, as lojas serão saqueadas, as vias serão interrompidas, as bombas serão necessárias? A proteção da Valerosa BM valerá, novamente, apenas para alguns?

3. Quem, efetivamente, lidera as manifestações? Pessoas de bem? Quais suas reais, sociais e legais responsabilidades?

4. Quantos homens serão necessários acrescentar as tropas da BM para conter os “manifestantes” que cismaram em visitar a Rede Brasil Sul? E para proteger as lojas da Azenha e o Hospital Ernesto Dornelles? 

PERGUNTA FINAL, para a RBS:

Tá realmente valendo a pena?

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