Quinta, 6 de junho de 2013 - parte 2

QUEM É MAIS CHATO?
YAMANDÚ COSTA 
OU OS FÃS DO YAMANDÚ?



Quem indicou o texto foi o jornalista João Müller, que mora em Parobé-RS.
O autor do sensacional desabafo é Vladimir Cunha, que mora em Belém do Pará.
Leia e guarde!!


Lanche da Ester, madrugada de hoje. De repente chega Yamandú Costa e uma comitiva de umas 20 pessoas, boa parte delas daqui de Belém.

Eles se sentam, pedem uma cerveja e uma galera que está com o músico pede para que o som do local seja desligado "porque o Yamandú vai tocar".

Até aí tudo bem. Como diria o grande Ibrahim Sued, eu estava em um "papo molhado" com o camarada Rafael Miranda e estava pouco me fodendo se o que estava tocando era Slayer, Aviões do Forró, Yamandú Costa ou a Banda de Pífanos de Caruarú.

De repente, dois integrantes da entourage do músico começam a nos olhar feio e a reclamar. A gente ignora e continua a conversa. De repente um deles sinaliza para Rafael e manda que ele fale e ria mais baixo porque estávamos atrapalhando o close do violonista. A impressão que tive é que ele é um ser iluminado e que devíamos agradecer de joelhos pela oportunidade de sermos ungidos pelo seu talento divino.

O que os dois sujeitos esqueceram é que:

1 - A Ester é um bar/lanchonete popular da Cidade Velha e não uma sala de concerto. Quem quiser ver Yamandú no silêncio absoluto e com toda a atenção que o músico merece, que vá para o Theatro da Paz e não para um lanche de rua. Ou, já que era algo mais informal, podia ter rolado uma soirée na casa de alguém.

2 - Independente da qualidade da obra do cara e do seu talento, você chegar em um lugar, pedir para abaixar o som que um bar inteiro estava curtindo e querer impor as suas preferências, constrangindo as pessoas que estão ao redor, é uma puta falta de educação. O comportamento dos dois caras da entourage do Yamandú, para mim, é análogo ao playboy que pára numa esquina, abre a mala do carro e fica tocando funk, tecnobrega e sertanejo em um volume ensurrecedor.

Nós começamos a ficar nervosos. Os caras começam a ficar nervosos. Eu achei que fosse dar briga.

Felizmente Yamandú tocou mais umas duas músicas e parou.

Ainda bem.

Existem motivos mais nobres para começar uma briga de bar do que o Yamandú Costa.

Um comentário:

  1. Nenhum motivo vale uma briga. Mas achar Yamandú Costa chato é muita ignorância musical, agora se o pessoal que estava com ele foi grosseiro isso em nada diminui a genialidade dele.

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