Bom Dia!! Sexta, 9 de agosto de 2013

"O MEIO GAY
É O MAIS HOMOFÓBICO QUE EXISTE"

Claro que a frase não é minha.
Até porque não me meto mais neste setor da sociedade, porque sempre que trato levo um pau (opa!!) danado.
A afirmação é de um gay, ou melhor, de um bissexual famoso: Walcyr Carrasco, autor da novela Amor à Vida, que tem como protagonista uma "bicha má".
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É muito estranho.
Acompanhei o início dessa novela e fiz alguns comentários sobre o personagem. Simplesmente por um motivo: o personagem é muito engraçado - aliás, existem homossexuais muito engraçados, bem-humorados, que debocham de sua vida. Mas não são a maioria.
Bah, meus comentários, para variar, não agradaram alguns mal amados e me encheram de desaforos nos comentários. Anônimos, como sempre. Homofóbico!! Até que um anônimo me esclareceu: heterossexual não pode palpitar sobre homossexualismo. "Isso é homofobia!!".
Bem, para não contrariar mais esse pessoal, não tratei mais da bicha má da novela, apesar de considerá-lo muito engraçado.
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O jornalista Nilton Fernando é um querido amigo e, pela sua competência, me ensinou a falar no rádio. Na verdade, ele não me ensinou nada. Eu apenas participava de um programa que ele apresentava e ficava prestando atenção na sua forma de falar. Batata!! Fui pegando o jeito da coisa. (Outro mestre foi o Flávio Alcaraz Gomes, mas isso conto em outro dia).
O Nilton tem uma capacidade extraordinária de postar informações relevantes no Facebook. Como sou um rato do FB, nos raros momentos livres, estou sempre conferindo o que ele nos oferece.
Aí encontrei uma pequena entrevista com o Walcyr Carrasco.
Acompanhe (os grifos são meus):

O autor Walcyr Carrasco revelou em um texto na sua página do Facebook que o vilão Félix seria uma mulher na sinopse original de "Amor À Vida".

"Quando criei o Félix, de Amor à vida, foi uma surpresa para mim mesmo. Minha ideia inicial era fazer uma vilã tradicional. Já havia falado com a atriz Flávia Alessandra, uma malvada excepcional em Alma gêmea. Mas ela estava na novela da Glória Perez. Convidei Claudia Raia, que chegou a aceitar. Mas, depois, ela também foi para a novela da Glória. Fiquei pensando: que atriz seria essa vilã, capaz de jogar um bebê numa caçamba? Então, me deu um clique. Por que não um gay cruel? Eu mesmo me assustei com a ideia", explica Carrasco.

"Quando se escreve uma novela, que atinge milhões de pessoas, a pressão é inacreditável. Grupos exigem que se apresente um mundo perfeito. Se há um personagem negro, tem de ser bonzinho - ou sou acusado de racismo. Se é gay, também tem de ser do bem. Não admito o "politicamente correto". Pessoas são pessoas. Arrisquei. Criei o vilão gay, que vive num armário. Mas num armário ruído por cupins. Ele desmunheca, fala maldades, é invejoso. Houve quem dissesse que jamais seria aceito pelo público. Que os movimentos gays me apedrejariam. Apostei", continua o autor.
Em seguida, Carrasco disse que sofreu muito preconceito dos próprios gays quando se assumiu bissexual recentemente.
"Recentemente, declarei que sou bissexual. Fui apedrejado por homossexuais, segundo os quais deveria ter me declarado gay. Respondi: tive relacionamentos com várias mulheres na minha vida, a quem amei. Seria um desrespeito a elas dizer que tudo foi uma mentira. Simplesmente, porque não foi".
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ATENÇÃO PARA ESTE TRECHO:
O autor discorre sobre o preconceito que existe dentro do próprio mundo gay. "Já conheci muitas 'bichas más', como Félix. Fazem piadas. É um contínuo bullying com quem está perto e é mais frágil. Mexem com quem engordou, está malvestido, tem muito dourado na casa ou é pobre e 'brega'. O meio gay é o mais homofóbico que existe. As mais 'pobrinhas' são chamadas de 'bichas pão com ovo'. As que praticam muita musculação, 'barbies'. O ataque entre si é muitas vezes mais cruel que o da sociedade".

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