Bom Dia!! Sexta, 8 de novembro de 2013

MUITAS BOBAGENS 
NAS RÁDIOS E TVS!




Expressões idiotas, metidas a politicamente corretas, surgiram com força total neste século.
As rádios e TVs não ficariam de fora de mais um modismo.
Mesmo que algumas não tivessem muito prazo de validade.
A primeira que apareceu com força máxima foi "agregar valor". Lá por 2001. Debochei muito e fiz até um editorial na revista Press. "Agregar valor" me doía no ouvido. E ouvia essa excrescência em tudo que era lugar. Até cobrador de ônibus falava:
- Bah, uma nota de 50? Aí não tenho como agregar valor!!
Depois veio a demanda. Qualquer sumidade quando ia entrevistar alguém lá pelas tantas indagava:
- E a demanda?
Até os repórteres de futebol. E os entendidos em futebol, que fazem comentários, usavam pelo menos duas vezes durante o jogo:
- A demanda é baixa dos atacantes do Inter.
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Ontem, o Jorge Loeffler - www.praiadexangrila.com.br - chamou a atenção por uma nova preciosidade surgida - pelo menos para nós - no Jornal do Almoço. Segundo o Jorge, lá pelas tantas, a estrelinha/repórter fazia uma matéria numa cadeia e lascou:
- Elas, que estão em SITUAÇÃO DE CÁRCERE,...
Meudeusdoceu!! Situação de cárcere!! É parente de "situação de rua", para falar de mendigo, e "situação de vulnerabilidade social", os companheiros maloqueiros.
Pô, por que não falar em presas??
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Olha essa que vi hoje no Facebook:
Fernando Seffrin Martins:
Fabrício Carpinejar na Radio Gaúcha, às 8 da matina, falando sobre a "psique" feminina...
Mas vá a puta que o pariu!
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Os entrevistados também são de lascar.
Quando o cara está se achando, porque entende de algum assunto, SEMPRE começa uma frase com "então,...". Se o cara é tri-de-esquerda, abre com o "então" e encerra cada frase com "...percebe?". O nosso governador Tarso Fernando encerra as frases com algo parecido com "anh?".
Esses que se acham de esquerda também adoram falar "...eu, enquanto pessoa, ...".
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Tem aquela bobagem também - né Ruy Gessinger?- dos cumprimentos. Assim:
- Vamos agora com o repórter Cláudio Roberto, que vai falar sobre os vegetais da Redenção. Boa tarde, Cláudio Roberto!
- Boa tarde, Margarida Silva!
Eles repetem bastante os nomes para que o coitado do ouvinte decore o nome deles. Afinal, são "estrelas da comunicação"!!
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Por falar em "vegetal", árvore nas rádios e TVs não é mais árvore. É vegetal. No início da semana ouvi um boletim de uma guria numa rádio que ela deve ter falado uma 15 vezes em "vegetais da Redenção". Fiquei aguardando ansiosamente que atacasse de "indivíduo arbóreo".
E "novos paradigmas"?
E a insuportável "governança"?
Agora, tenho vontade de vomitar quando ouço "gestão" ou "gestor", quando o cara é gerente.
Vomito mesmo com este papinho de "mobilidade urbana". Tipo: "A mobilidade urbana no centro da cidade está prejudicada em razão de um abalroamento entre um veículo de passeio e uma motocicleta".
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Não, não vou, de novo, falar dos boletins de trânsito.
Aí vomito no teclado!!
Hahahahaha!!!!!

7 comentários:

  1. A indigência do vocabulário dos repórteres que fazem boletins de trânsito nas rádios de Porto Alegre (e não são apenas os "aéreos" da Gaúcha) é irritante. Parece que os chefes chamam os caras e determinam: vocês só podem usar "em razão de" e "trânsito complicado".

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  2. Eu desistí de escutar futebol pelo rádio também pelas perguntas idiotas que os repórteres fazem aos entrevistados. Pelo amor de Deus. Acho que sou do tempo da Guaíba dos repórteres: Lasier, Lauro, Belmonte, Lupi e tantos outros.
    Os da TV na maioria são do mesmo nível.
    Paulo Colorado

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  3. O rádio gaúcho, de forma geral ( com raríssimas e honrosas exceções ), é de uma mediocridade espantosa. Ronda policial, gauderiadas, previsão do tempo, trânsito e muito, mas muito mesmo, futebol. Notícias, mesmo, ou entrevistas de qualidade, muito poucas.

    Dica para os órfãos de rádio decente : ouçam a CBN São Paulo ! IMBATÍVEL !!! É a CNN brasileira ...

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  4. Tulio Milman escreveu hoje (08.11) que vão ser lançados oito volumes contando a vida de Fabricio Carpinejar, desde guri até agora. Será verdade ou é brincadeira?

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  5. Ouvir rádio paulista? Vai ser colonizado tupiniquim assim no Brás. Como se pode ouvir repórter paulista perguntando: "Qual que é a sua opinião sobre...?"
    "Como que o senhor assinou esse documento?" "Quando que veio o relatório...? O repórter paulista não vive sem o "que" nas suas perguntas. Outra coisa: qual o interesse do ouvinte gaúcho no trânsito paulista ou no projeto do vereador? A CBN é uma rádio que você tolera ouvir 30 minutos e depois é só repetição e over dose de notícias repetidas.

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  6. A mais nova BOBAGEM, incomparável é beirando a idiotia sem retorno, é "aposentação" no lugar de aposentadoria. Mas quem foi miolo mole que inventou essa tolice?

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  7. Buenas. Pois, aproveitando o assunto ‘frases feitas’, vejam, Prévidi e amigos, a coincidência: Nesta semana, ao voltar para casa, deparei-me com aviso de pacote à minha disposição na agência postal. No caso, um livro em Inglês, da série ‘The Dummies Way’ (OU: bastidores da categoria NASCAR) . No dia seguinte e, posto um rápido deslocamento até P. Alegre, aproveitei a viagem para ler a publicação. Na página 87, encontra-se uma crônica de nome ‘Novas respostas, velhas perguntas’. O conteúdo envolve o que poderia acontecer se o reporter fizesse uma ‘gasta’ pergunta à um chefe de equipe (“E aí, seus pilotos pensam em vitória”), e este devolvesse, de forma irônica – seguem exemplos:
    a) No way! Otimismo não é com a gente: podem anotar que 29º e 37º ,serão colocações para lá de aceitas por todos em nossa equipe.
    (NR: em corridas da chamada ‘Stock Car’ Norte-Americana, o ‘grid’ é composto de 43 carros)
    b) Não, a corrida está perdida. Pretendemos jogar ‘Texas Hold’Em’ atrás do guard-rail. Falando nisso, precisamos de mais uma pessoa. Quer jogar conosco?
    c) Que nada: na reunião realizada após a tomada de tempo, chamei os ‘guris’ e disse: ‘Gente, vamos perder de propósito, ok? Desta forma, os patrocinadores das outras equipes ficarão felizes e voltaremos para casa, cientes de que fizemos algo nobre e digno dentro do automobilismo.
    d) Para que buscar a vitória, se a vida é algo sem sentido e todos acabaremos vencidos pelo tempo e pela morte?
    Já imaginaram um treinador da dupla Gre-Nal tecendo alguma das quatro respostas acima, caso um reporter indagasse ‘E aí, o time vai entrar em campo para vencer?’
    Atenciosamente,

    Paulo Lava
    Jornalista de Automobilismo

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