Bom Dia!! Segunda, 7 de abril de 2014

QUE FESTA!!






No geral, a reinauguração do Estádio Beira-Rio, do Internacional de Porto Alegre, foi uma festa legal. Como se dizia antes do politicamente correto, foi uma "festa que a família classe média adora". Algo assim, como aquele desfile pelas ruas de Caxias do Sul durante a Festa da Uva. Ou o Natal Luz de Gramado.
Gostei muito da homenagem que os jogadores, Campeões do Mundo, fizeram ao Adriano Gabiru - autor do gol contra o Barcelona que deu o título ao Inter. Foi emocionante!
Assisti pela TV e por isso posso comentar.
- Me torra a paciência essa tal "grenalização". Não existe coisa mais babaca. O pior é que incentivam essa idiotice.
- Blitz? Eu nem sabia que ainda existia. Pra mim, o Evandro Mesquita era ator de A Grande Família.
- Por que o Fernando Carvalho, o presidente daquele time Campeão do Mundo, não foi chamado? Deve ser alguma besteira da "política clubística".
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O jornalista Márcio Pinheiro, que estava lá no Estádio, escreveu no Facebook:

A omissão da direção que aceitou que a festa fosse terceirizada e comandada por uma empresa de eventos sem nenhuma identificação com a história do Internacional conseguiu algo que parecia impossível num estádio colorado: burocratizar a alegria.
Algumas anotações da noite de hoje:
1. Por que convidar para a abertura uma banda decadente que há mais de três décadas não emplaca um sucesso? E mais: comandada por um cantor claramente identificado com um time tricolor. Menos mal que era o Fluminense. Como se não bastasse o tempo dado para esta atração foi longo: mais de 30 minutos. Ou seja, já de largada o clima de euforia da torcida foi arrefecido.
2. Por que dividir em décadas e não em conquistas, ou personagens, ou grandes jogos? Pela divisão escolhida fomos obrigados a relembrar, por exemplo, os anos 80. Período que nenhum colorado gostaria de lembrar Para piorar recupera um troféu de pouca expressão, no caso o Joan Gamper, e ainda comete uma gafe: coloca um tango como trilha sonora de um torneio realizado em Barcelona.
3. Como se faz o registro de um estádio de quase meio século e de um clube centenário ignorando a importância de seus dirigentes. Para ficar só nos da Era Beira-Rio foram solenemente deixados de lado Ruy Tedesco e Aldo Dias Rosa (duas figuras sem as quais aquele local não existiria) e, mais recentemente, Vitorio Piffero e Fernando Carvalho, dois dos presidentes que carregam os títulos mais expressívos da história do Clube em seu currículo. Este último, inclusive, sentado a menos de dois metro de onde eu estava passou a noite inteira demonstrando como é imenso seu carisma e sua identificação com o torcedor, tendo seu nome gritado e atendendo constantes pedidos de fotos e de autógrafos. Uma gafe maior, que beira a grosseria, foi ignorar o ex-presidente Paulo Rogério Amoretty na lista dos grandes colorados que já nos deixaram.
4. Como um evento em homenagem ao Internacional o hino do clube é tocado apenas uma vez, ainda assim duas horas e meia depois do início do espetáculo?
Mas foi tudo ruim? Não. O estádio está belíssimo. As instalações são confortáveis. E na noite de abertura salvaram-se em meio a tantos equívocos a emoção recuperada pelas velhas imagens de gols históricos, alguns dos depoimentos gravados e a reação da torcida quando se sentia parte da festa - como no momento em que Kleiton e Kledir cantaram "a galera do Beira Rio".
Que agora venham os jogos e as conquistas de campeonatos. Momentos que fazem a grandeza deste clube e que mostram como este estádio é Gigante.

6 comentários:

  1. Amigo Prévidi:
    Festa sensacional; até eu, que tenho uma certa ojeriza à RBS e seus acólitos, tive de reconhecer a qualidade da presentação, de nível de abertura de Olimpíadas. Um pequeno óbice, não sei se ouvi - e vi - mal: na introdução da década de 80 o áudio apresentava eventos políticos importantes e destacou a invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos ( inclusive, aparecendo um gráfico na tela). Quem invadiu o Afeganistão, bem no início da década de 80, foi a URSS. Os EEUU só o invadiram nos inciados de 2002, para vingar o, triste, episódio das Torres Gêmeas. Será que estou louco, que só eu ouvi isso?

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  2. Erros, enganos, esquecimentos vão ocorrer em qualquer evento.
    Foi SENSACIONAL,algo digno do Inter e sua grandeza e, principalmente, focado para o torcedor.
    Parabéns Inter !

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  3. Outro erro imperdoável foi não ter chamado o Carpegiani, um ícone dos anos 70, para dar depoimento. Será que ele está brigado com a direção?
    Se é para falar dos anos 80, então que relembrassem o tetra gaúcho no início da década, com os gols do Geraldão. O mesmo deveria ocorrer em relação aos anos 90, lembrando os títulos gaúchos de 91 e 97, este com Gamarra, Cristian e Fabiano. Foram momentos de loucura no Gigante. Mas a empresa seguiu a cartilha da RBS: ignorar completamente os títulos regionais, como se não fizessem parte da história do estádio e do clube. Triste e lamentável.

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  4. Também fizeram graça com a Argentina no episódio das Malvinas e esqueceram que o maior ídolo da torcida na atualidade é um argentino. Parabéns aos inteligentes.

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  5. Mas eu, como gremista que não cai na onda dos "grenalzismos" , apesar da Blitz, senti uma inveja dos colorados... ! Porque a festa estava bonita!

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  6. Impressionante como colorado adora título regional

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