Quarta, 24 de setembro de 2014


Atualizado diariamente até o meio dia.
Eventualmente, a tarde, notícias urgentes.









ponto do dia




AINDA ESTOU DEBILITADO







O rótulo não interessa. Falam em virose; outros insistem numa infecção intestinal. O certo é que passei dois dias de cão de rua. Não consegui fazer nada.
A última vez que tive algo parecido foi há 30 anos. É terrível.
Mas estou aí, tranquilo.
Devagar, mas tranquilo.
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Páreo, do jornalista Paulo Motta:
Valdir acordou às sete horas do dia sete do mês sete - julho - de 1977! Entrou no carro, pegou a sétima avenida a setenta por hora e em sete minutos estava dentro do Jóquei Clube onde apostou sete dólares no cavalo sete do sétimo páreo, que terminou em sétimo lugar! Como diria o Mussum: Que pênis!
Eu diria que foi uma má coincidência, considerando que até o final do dia ele poderia estar sob sete palmos de terra ou, se cremado fosse, setecentos gramas de pó dentro de uma caneca.
Mas não creio muito em coincidências, salvo aquelas que a gente arma pra se dar bem, tipo descobrir a hora em que a vizinha estonteante do quinto andar sai pra trabalhar e esperá-la na garagem, fazendo de conta que está mexendo no carro e puxar um daqueles papos de bêbado pra delegado, até arrancar o numero dela ou aquela saia verde-pistache linda de morrer!
Mas hoje estamos propensos a acreditar mais na tecnologia do que em coincidências. Toda a vez que uso a expressão 'na minha época' tenho a impressão de remeter os mais jovens à Era Mesozóica, onde os filhos davam algum crédito aos pais, obedeciam os professores e podíamos ler Monteiro Lobato e cantar Atirei O Pau No Gato sem o risco de sermos processados e jogados num calabouço úmido.
Mas vamos lá:
Na minha época, os professores entravam na sala de aula vindos da secretaria, trazendo uma pilha de provas que enchiam o ar com o característico cheiro de álcool do mimeógrafo.
Mimeógrafo era uma engenhoca com manivela, que imprimia coisas em papel e funcionava à base de álcool. Um colega meu tinha esse apelido, vivia bêbado.
Quando havia trabalho em grupo, nos reuníamos na casa de alguém pra pesquisar e elaborar a coisa. Cada elemento do grupo tinha uma função: a Roseli era a dona da casa e da Enciclopédia Barsa que consultávamos além de líder que estruturava todo o trabalho; a Fátima e o Alberi traziam amostras das folhas aciculares, lanceoladas e alongadas das plantas vasculares; eu desenhava as capas, ornamentava as páginas do trabalho e azucrinava todos até me mandarem calar a boca e Dona Elvira, mãe da Roseli, fazia bolinhos de chuva e nescau pro café.
Normalmente recebíamos elogios da professora Maria Izabel Guimarães Scalco, nossa professora de Ciências, atingíamos nosso objetivo e, sem querer, aprendíamos sobre parceria e equipe, o que hoje muita gente ganha dinheiro tentando ensinar aos marmanjos MBA* com palestras milionárias.
Um dia ouvi um garoto perguntando, quando eu estava na clínica, se uma radiografia não poderia ser retocada no fotoxópi, resolvendo o problema da fratura. Não, não era piada, não, infelizmente!
Hoje é possível fazer tudo à distância, inclusive trabalhos escolares. É copiar-colar-recortar-deletar e pronto, viram que simples? Nem precisa ver a cara dos colegas.
Simples e triste, não interagimos e nos acostumamos com isso, que pena, amigos.
*Master in Business Administration



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ponto da fotografia





Boa foto.
Claudio Moretto e o então chefe de jornalismo da Rádio Difusora de Porto Alegre, atual Band AM 640, "o famosíssimo Sérgio Zambiasi quando redigíamos o Jornal de Integração Nacional em Rede com a Rádio Jovem Pan e o Jornal da Manhã, que era a edição local".



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ponto midiático


URGENTE - Recebo:
Alerta vermelho na Record RS!!
Foi identificada em Porto Alegre a presença de executivos do grupo de RR Soares (Bispo concorrente de Edir Macedo).
Esses executivos estariam negociando a compra de três emissoras de televisão no Interior: Carazinho, Pelotas e Santa Maria,  pertencentes a Rede Pampa.

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FINALMENTE - Depois de quase dois meses de ter noticiado aqui a contratação da cineasta Flávia Moraes, para ser mais uma executiva do Grupo RBS, ontem, a notícia requentada veio à tona.
Ela comentou no Facebook:
A todos os amigos queridos que escreveram e "likaram" o anuncio da minha chegada ao Grupo RBS vai meu carinho! A missão que me aguarda é quase impossível, mas quem me conhece sabe o quanto gosto de encrenca... 
Falando sério? A possibilidade de impactar positivamente não só o trabalho de centenas de novos colegas, mas de milhões de pessoas no sul, trazem pra minha trajetória profissional outros e desejados significados. Estou "mas contente que perro con dos colas!"
Pra quem perguntou, não me mudo pra Porto Alegre, farei sim temporadas regulares e não por mero acaso continuo no mundo, porém já aviso... Quem vai mudar é Porto Alegre! 
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PERGUNTINHA - Marcelo Rech já foi comandar a RBS em Brasília?
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CLICRBS - Edição de domingo, dia 21 de setembro

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PERGUNTINHA 2 - O jornalista Milton Cardoso não está mais na Band?



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ponto da piadinha







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ponto final


HOTEL GLÓRIA E O RIO


O jornalista Clóvis Heberle escreve:

Tive pelo Rio uma paixão à primeira vista. Quando o ônibus ou o táxi chegava no fim da Presidente Vargas e eu via o aterro, o mar, o Pão de Açucar... sempre era de arrepiar. E se chegava de avião com tempo bom a vista dos morros, da cidade e do mar com suas praias, que delírio!
A cidade tinha aquele clima de descontração, de alegria. Beber um chôpe ou um suco natural de pé, num boteco de esquina, ou naqueles barzinhos de Ipanema (alguém conheceu o Bofetada?), circular pelas butiques da Visconde de Pirajá, tomar um café na Colombo, tudo era felicidade.
Mas veio o primeiro assalto, o segundo, o terceiro.  O encanto se foi. Virei um gringo, um alvo.
Há anos que não volto lá, e pelo que vejo, as coisas não melhoraram muito - com exceção daqueles períodos como a Copa do Mundo, quando o exército baixa com tudo e bota ordem no galinheiro.
Hoje eu li o artigo abaixo e me identifiquei com o autor. É sobre o hotel Glória, onde há alguns anos fiz um lanche inesquecível  num final de tarde, e o que Eike Batista fez com ele.

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Luiz Fernando Vianna

O Rio mereceu Eike

RIO DE JANEIRO - Dá raiva passar em frente ao Hotel Glória. Ou ao que era o Hotel Glória. Raiva de Eike Batista, mas não só. Raiva do Rio de Janeiro. Aqueles escombros são o reflexo do que nós, cariocas, deixamos nos tornar.

O Glória foi inaugurado em 1922 com o status de hotel mais luxuoso da América do Sul --o Copacabana Palace surgiria no ano seguinte. Primeiro prédio construído no continente em concreto armado, é um primor de beleza em estilo neoclássico.

Vizinho do Palácio do Catete e do centro da cidade, foi endereço de políticos brasileiros, autoridades internacionais, artistas importantes, celebridades mundanas. Tem uma história.

Em 2008, Eike Batista comprou o Glória por R$ 80 milhões. Queria transformá-lo num hotel seis estrelas. Arrumou dinheiro no BNDES e começou a demolir tudo, preservando apenas a fachada tombada. Arrasou um teatro, os quartos, jogou fora os móveis e quase 90 anos de tradição.

Falido, fechou a porta do cenário apocalíptico, repassou o terreno para um fundo suíço e foi embora ser classe média --após, pai exemplar, repassar sua fortuna aos filhos.

Eike representa o capital especulativo, corrosivo, que não tem compromisso com nada que não seja o ganho imediato, sem respeitar passado ou futuro. É a força da grana que apenas destrói coisas belas.

Recebedor de licenças ambientais e incentivos do Estado, cedia seu jatinho para o governador Sérgio Cabral passear, numa promiscuidade incrivelmente (até para os padrões brasileiros) impune.

Durante seu império efêmero, foi bajulado por toda a servil cidade, incluindo artistas --que iam a ele mendigar patrocínios-- e jornalistas. Era um banqueiro de bicho janota, um agrocoronel poliglota.

O cadáver do Glória indica que o Rio fez por merecer Eike.


5 comentários:

  1. Essa tua virose só pode ser culpa da Confraria do Cachorro Quente. Sentimos a falta do teu blog.Votos de pronto restabelecimento!

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  2. Ué? A Juliana Paes não pode estar deslumbrante numa revista de cabelos? Aliás, cabelos da parte de cima ou de baixo??? Isso que dá não ser leitor da Playboy...

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  3. Ah NÃO!!! O interior já é carente de emissoras de televisão - salvo a RBS nada mais se salva - agora tu me diz que três emissoras GERADORAS de TV podem cair na mão do RR SOARES e virar aquele púlpito xarope sem NADA de produção local, sem nada a acrescentar a comunidade local, nem ao menos comercial, o DIA TODO? MEU DEUS, não existe legislação neste país? E estes políticos que vivem pregando a municipalização, não vão intervir?

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  4. Reforço o comentário do Marcelo. Já basta que aqui, na Região Sul, tinhamos a TV Nativa como geradora de noticiario, e desde a desfiliação para a TV Record não gera quase mais nada, ainda vamos peder mais três geradoras? Pelo jeito, a era de outro da TV está acabando mesmo!

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  5. Até onde irão esses bandidos que tomam dinheiro de incautos? Esses são os mais refinados estelionatários, pois vestem bem e tem fala mansa e consistente. R.R.Soares que se auto intitula MISSIONÁRIO é cunhado e fruto de uma dissidência na “empresa” do Edir Macedo que se auto intitula BISPO. Dessa mesma quadrilha saiu outro membro, um negrão que está sempre com a cabeça encoberta por um chapelão e se intitula APÓSTOLO. R.R.Soares recentemente fechou contrato de um ano com a Rede Bandeirantes de Televisão comprando as madrugadas na mesma pelo período de um ano pela bagatela de 120 milhões de reais. Necessário recordar que Canais de rádio e TV são concessões públicas, ou seja, pertencem ao povo.
    O nosso ancestral mais remoto, pouco tempo depois de começar a deambular criou a religião para tentar descobrir sua origem e destino. Logo depois inventou o dinheiro e aí deu merda.
    A tal CNBB, braço do império Romano que atende pela denominação de igreja católica ousou reunir os candidatos à Presidência da República a fim de sabatiná-los.
    Segundo o verdadeiro Livro da Lei que é nossa Constituição Federal somos um estado laico, logo necessário colocar ordem na casa, ou seja, colocar todos os que exploram a fé alheia no seu devido lugar.
    Ano passado em outubro voltei a Cambará do Sul onde estava lotado quando de minha aposentadoria a fim de fazer matéria para o blog.
    Cambará do Sul hoje tem pouco mais de 6.000 habitantes e lá “operam” DEZENOVE igrejas tomando dinheiro daquele povo pobre.
    Chega!!!

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