Quarta, 14 de janeiro de 2015



Atualizado diariamente até o meio dia.
Eventualmente, a tarde, notícias urgentes.








ponto especial



O texto abaixo é do jornalista Sérgio Augusto, colaborador de O Pasquim, onde escrevia sobre cinema. Hoje, é colunista de O Estado de S.Paulo e este artigo está no Observatório de Imprensa.


Ninguém quis ser O Pasquim


Na manhã da quarta-feira [7/1] esta coluna orbitava em torno da figura de Otto Lara Resende; não do jornalista e escritor, mas do Otto frasista, que a certa altura dos anos 70 ou 80, envergonhado com o que aqui acontecia, ameaçou trancar sua matrícula de brasileiro. Pensava usá-lo como ponto de partida para uma divagação sobre o desânimo que tomou conta do País, notadamente depois que a presidente Dilma definiu o elenco do seu ministério. Por volta do meio-dia, a indignação do Otto e o desânimo nacional foram irremediavelmente preteridos pelo atentado em Paris. O mundo parou para ser Charlie Hebdo e eu não tinha por que ser diferente.

Mergulhado na única rede social que frequento, tuitei feito um alucinado, postando mais notícias e pitacos alheios que ilações pessoais; até que me ocorreu fazer uma analogia com o Pasquim que, para minha surpresa, propagou-se como um vírus na tuitosfera. Ei-la, verbatim, em 139 caracteres:

“Foi como se tivessem invadido a redação do Pasquim e matado Millôr, Henfil, Jaguar, Ziraldo, Claudius, Fortuna, Redi, Caulos, Miguel Paiva”.

Hipérbole nenhuma: o semanário Pasquim foi a publicação brasileira espiritualmente mais próxima de Charlie Hebdo, e sua redação também sofreu um atentado terrorista.

Quando surgiu o Pasquim, Charlie Hebdo ainda não existia, mas vários de seus futuros protagonistas já agitavam a imprensa alternativa francesa, nas páginas de L’Enragé e, depois, no ainda mais debochado Hara-kiri, a primeira encarnação de Charlie Hebdo. O humor insolente de Wolinski, Siné e Reiser encantavam sobretudo Jaguar, Henfil e Ivan Lessa. Os franceses desconheciam a censura, podiam praticar livremente seu humor “bête et mechant”, ao passo que seus pares brasileiros, sob o tacão de uma ditadura militar, sofriam, além de censura prévia, toda sorte de pressões e constrangimentos.

Os beleguins da repressão verde-amarela não tinham coragem para entrar atirando numa redação, como os jihadistas fizeram quarta-feira em Paris. Preferiam o terrorismo à sorrelfa, uma bomba aqui, um incêndio em banca de jornais ali, o trivial da covardia sem rosto.

Caixa vazia

Na madrugada de 12 de março de 1970, colocaram uma bomba na sede do hebdô carioca, uma casa de dois andares na fronteira entre Flamengo e Botafogo, na zona sul da cidade. Não havia ninguém na redação àquela hora. Sua carga pesava cinco quilos, o dobro da que destruíra uma loja do Correio da Manhã, na avenida Rio Branco, e as vidraças do prédio de 25 andares em que ela se localizava.

Felizmente, deu chabu no artefato explosivo. Os responsáveis pelo atentado apertaram demais a ligação do estopim com a espoleta, e o fogo não chegou até o carregamento de dinamite e TNT. Além de covardes, os terroristas a serviço dos fundamentalistas do regime militar não primavam pela competência, o que ficou mais do que evidente quando aquela bomba destinada a explodir o Rio Centro, em 1981, estourou antes do tempo no colo de um dos oficiais encarregados da missão.

Após examinar a bomba – não a bomba-neném que matou o sargento, mas a que quase destruiu a redação do Pasquim –, o detetive Penteado, perito do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), afirmou ter sido a maior que encontrara num atentado terrorista. Tinha um cano plástico de 30 cm, ligado a uma lata de Toddy através de uma rosca e de rebites. Estava envolvida por um saco de aninhagem, um papel das Casas da Banha e duas folhas de jornal retiradas do Caderno B do Jornal do Brasil.

Se explodisse, destruiria a sede do Pasquim, matando seu vigia (o doce “seu” Oscar) e a mulher, e provocaria uma carnificina nos prédios vizinhos. Por ser um petardo poderoso, seus estilhaços poderiam ainda atingir um gasômetro instalado a mais ou menos 100 metros do jornal, causando estragos incalculáveis, estimou o detetive Penteado, que ficou impressionado com a técnica adotada no mecanismo da bomba, coisa de especialistas na avaliação do agente da lei.

Os jornais do dia seguinte noticiaram o fato, com maior ou menor grau de solidariedade à vítima. Mas nem o mais solidário deles estampou em manchete “Nós somos O Pasquim”. O jornalista Hélio Fernandes colocou a Tribuna da Imprensa à disposição do jornal para o que desse e viesse. O Dia, de propriedade do presidente do Sindicato dos Proprietários de Empresas Jornalísticas, Chagas Freitas, cujos repórteres estiveram no local do atentado, desidratou a notícia numa nota intitulada “Bomba num quintal de Botafogo”, com o seguinte texto:

“O vigia do prédio n.º 32 da Rua Clarisse Índio do Brasil, sr. Oscar Domingos dos Santos, procurou ontem de madrugada a 10.ª Delegacia Policial para comunicar que um objeto, que ele temia fosse uma bomba de alto poder destrutivo, fora atirada no quintal. Os policiais encontraram um garrafão enrolado num saco de estopa e com pavio apagado. No prédio funciona a Cosa Nostra, editora de um semanário”.

As autoridades ditas competentes não tomaram qualquer providência para identificar os criminosos ou para proteger o jornal, que se viu obrigado a contratar os serviços de uma firma especializada em segurança de empresas privadas, e a ficar torcendo para que entre os vigilantes contratados não houvesse um terrorista fazendo frila nas horas de folga na polícia.

Para a edição seguinte do hebdô, montou-se uma foto da redação (Millôr, Paulo Francis, Jaguar, Fortuna, Tarso de Castro, Henfil, Ziraldo, Sérgio Cabral, Paulo Garcez), todos com máscaras de caveira, acompanhados de uma caixa de uísque vazia. Com a seguinte legenda, escrita, mas não assinada, por Millôr:

“Damo-nos por vencidos, como diria um purista. Até agora ainda não sabemos quem colocou a bomba na Rua Clarisse Índio do Brasil (vocês já repararam no nativismo de nosso endereço?) na madrugada de quinta-feira, 12 de março (felizmente, como sempre, estávamos no bar). Mas já sabemos, naturalmente, a direção e de onde veio o ataque. E sabemos, sobretudo, o que pretendem os agressores. Assim, para evitar qualquer futuro atentado, damos, acima, aquilo que tão ardentemente desejam os terroristas: ver nossas caveiras”. Terror com humor se paga.





ponto do paraíso




Medalha do Mérito Farroupilha ao Dudu

FOI UMA SESSÃO DE PUXA-SAQUISMO NOJENTA
A QUEM ESTÁ AFUNDANDO UM GRANDE GRUPO 


(clica em cima que amplia)



Até ontem à noite o "portal" da Assembleia gaúcha não tinha uma notinha sobre a sessão de puxa-saquismo ao presidente jovem e tímido do Grupo RBS, Dudu Melzer. Estava ansioso para ver se algum deputado tri-de-esquerda ou que tenha algo na cabeça questionou a triste situação das empresas do Grupo no ano passado, principalmente as absurdas demissões.
Falei com vários amigos que estiveram lá e tudo não passou de puxa-saquismo nojento.
Leia trechos da matéria oficial (Foto de Marcelo Bertani - AL):

O presidente-executivo do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, recebeu na tarde desta terça-feira (13), em cerimônia no Salão Júlio de Castilhos, a Medalha do Mérito Farroupilha, honraria máxima do Parlamento gaúcho. A distinção foi proposta pelo deputado Mano Changes (PP).
Para Mano, o empresário é alguém que compreende o papel da tecnologia na sociedade. “O Brasil precisa de pessoas que entendam a importância da capacidade tecnológica e, por isso, devemos lutar cada vez mais pela democratização digital e também pela igualdade, fazendo com que todos, em quaisquer condições, possam ter acesso à informação”, declarou. “É disso que o Brasil precisa, é isso que a RBS, junto de todos seus profissionais qualificados, fazem e proporcionam para a sociedade”.
Melzer declarou-se um entusiasta do avanço digital e destacou que tanto a RBS como a Assembleia atuavam, cada uma a seu modo, na defesa do interesse dos gaúchos pelo desenvolvimento do Estado. “Essa homenagem me honra, não só no que reconhece o valor da nossa crença na cultura da inovação, mas principalmente por servir de estímulo para seguir apostando nas possibilidades que a tecnologia oferece para mudar a vida das pessoas e contribuir com a transformação do nosso Estado”.
(...)
Estiveram presentes na homenagem o presidente do Conselho de Comunicação Social do Tribunal de Justiça, Tulio de Oliveira Martins, o subprocurador-geral de Justiça, Ivory Coelho Neto, a representante da Defensoria Pública do Estado, Miriane Tagliari, o secretário municipal do gabinete de Comunicação Social da Prefeitura de Porto Alegre, Carlos Bastos, o presidente do Conselho de Administração e do comitê editorial do grupo RBS, Nelson Pacheco Sirotsky, os pais do homenageado, Carlos Melzer e Suzana Sirotsky Melzer, entre outras autoridades, amigos e familiares.

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TESOURADA NA RBS

Mais uma confirmada.
Roberto Nielsen não está mais eem O Pioneiro, de Caxias do Sul.
Foi editor-chefe por muitos anos.

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BOA DO JOSÉ IVO

O Banrisul sempre foi uma boquinha legal para políticos, especialmente para os que não tem votos.
O exemplo mais absurdo foi o de Sereno Chaise. O "amigo" de Leonel Brizola trocou o PDT pelo PT quando Olívio Dutra se elegeu governador do Estado. E foi criado um cargo especial - vice-presidente - para o novo genial banqueiro.
Agora, o novo presidente será o economista Luiz Gonzaga Veras Mota, funcionário do Banrisul desde 1979.
Do Correio do Povo:
As diretorias serão ocupadas pelo economista Ricardo Richiniti Hingel (funcionário do Banrisul desde 1977), o economista Júlio Francisco Gregory Brunet (oriundo da Secretaria da Fazenda do Estado), o analista de sistemas Jorge Fernando Krug Santos (funcionário do Banrisul desde 1981), o contador Leodir Antônio Araldi (funcionário do Banrisul desde 1981), o economista Oberdan Celestino de Almeida (funcionário do Banrisul desde 1979), a advogada Suzana Cogo (funcionária do Banrisul desde 1989) e o economista Jorge Luiz Oliveira Loureiro (funcionário do Banrisul desde 1976).

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ESCOLINHA ZH POLITICAMENTE CORRETA

Parece que essa gente está gozando com a gente.
Mas, o pior é que eles fazem isso sério, como se fosse jornalismo.



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Outra.
Será que o jogador não chegou para fechar contrato?

Reforço do Inter

Réver chega à Capítal nesta quarta para fechar negócio

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PREPAREM-SE

Calendário do carnaval de rua em Porto Alegre:

17/1, sábado - Pré-Carnaval do Bloco Maria do Bairro (Areal da Baronesa)
18/1, domingo - Bloco da Laje (Centro Histórico)
24/1, sábado - Panela do Samba (Cidade Baixa)
31/1, domingo - Maria do Bairro (fixo na Rua Sofia Veloso) e Do Jeito Que Tá Vai (Cidade Baixa)
2/2, segunda-feira - Império da Lã (Orla do Guaíba)
7/2, sábado - Galo de Porto (Cidade Baixa), Deixa Falar (fixo na Rua da República) e Satélite Prontidão (Zona Norte)
8/2, domingo - Areal do Futuro (local a definir)
14/2, sábado - Banda DK (Cidade Baixa)
17/2, terça-feira - Rua do Perdão (fixo na Rua da República)
21/2, sábado - Filhos do Cumpadre Washington (Orla do Guaíba), Cola Aí (Ilha da Pintada) e Deixa Falar (fixo na Rua da República)
22/2, domingo - Queridão e Bloco da Trinca (Orla do Guaíba)
28/2, sábado - Bloco do Isopor (Cidade Baixa) e Bloco da Diversidade (Ponte de Pedra)
1º/3, domingo - Skafolia (Orla do Guaíba) e Foliões da Vila (Orla do Guaíba)
7/3, sábado - Bloco da Santana (bairro Santana) e Ziriguidum (Cidade Baixa)
8/3, domingo - Turucutá (Cidade Baixa), Olha o Passarinho do Mário (Centro Histórico) e De Brincadeira (Orla do Guaíba)

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AOS FOFOAFETIVOS




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VINHOS E AFINS - PARA O VERÃO





A Vinícola Campos de Cima, de Itaqui (RS), está lançando dois novos rótulos que prometem  conquistar os amantes do mundo de Baco nesta temporada de verão. Com sabor inigualável, os novos rótulos foram elaborados sob os olhos atentos do enólogo francês Michel Fabre, além de serem os primeiros fabricados nas novas instalações da empresa, na Campanha gaúcha.
“A vinícola está em festa. Estamos com dois rótulos únicos, que traduzem esse novo momento da empresa”, destaca a proprietária da Campos de Cima, Hortência Ravache Brandão Ayub.
Um dos primeiros vinhos feitos na nova propriedade é uma homenagem à avó materna de Hortência. “Minha avó Irene Antonietta era apaixonada por vinhos rosés e não podíamos deixar de homenageá-la em um período tão especial, em que trabalhamos em nossa nova propriedade, sob os olhos atentos de Michel Fabre”, destaca Hortência.
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Com uma edição limitada de apenas 1,6 mil garrafas, o Irene Antonietta 2014 foi produzido de acordo com as técnicas aplicadas na Provence, a mais prestigiada região francesa produtora de rosés do mundo e região onde Fabre é enólogo-chefe da conceituada vinícola Villa Baulieu.
“É uma bebida adaptada ao clima e ao estilo de vida dos brasileiros, ideal para ser saboreada no verão, uma perfeita combinação das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot”, explica Hortência.
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Já a safra 2014 de seu Viognier é diferenciada, com novidades em relação às safras de 2008, 2009 e 2011: um pequeno corte com a uva Chardonnay. Com uma produção limitada de apenas 1,2 mil garrafas, o vinho foi pensado levando em consideração as características do Brasil. “Sem dúvida, esse é o melhor Viognier que lançamos até hoje. Ter todo o processo nas mãos, da produção à vinificação final, faz toda a diferença. Temos total liberdade para buscar a melhor qualidade possível,” constata o diretor comercial da Campos de Cima, Pedro Candelária. E completa: “Um branco bastante complexo, que harmoniza bem com peixes e frutos do mar, além de pratos mais leves.”
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Os dois novos rótulos podem ser adquiridos na loja virtual da empresa (www.camposdecima.com.br).  Outras opções são os telefones (55) 3433-2414 ou (55) 9708-7500 ou vendas@camposdecima.com.br.

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CRIOULOS




Uma das novidades de 2015 que a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) é a nova publicação voltada aos criadores e interessados na raça Crioula. A partir deste mês de janeiro será distribuída a Revista Cavalo Crioulo, que vai substituir o tradicional Jornal Cavalo Crioulo que trazia todas as informações sobre eventos da entidade.
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Segundo o subgerente de Comunicação e Marketing da ABCCC, Douglas Saraiva, a transição do jornal para a Revista Cavalo Crioulo tem o objetivo de atender a um pedido do próprio publico leitor por um material de ainda mais qualidade, adequado às novas propostas da associação e voltado aos temas de maior interesse dos criadores. "Estamos melhorando para oferecer um produto diferenciado e que proporcione maior conhecimento, levando o cavalo Crioulo às mais distantes localidades. Está sendo um grande desafio para a nossa equipe, porém, é compensador pela experiência de trabalhar em um impresso totalmente diferente", salienta.
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O conteúdo da revista será dividido entre as editorias Institucional, Espaço do Leitor, Eventos e Geral, além da Especial, que trará matérias de perfil de personagens da raça Crioula. Os interessados em adquirir a revista podem entrar em contato com o setor de marketing da ABCCC para saber mais informações sobre os planos de assinaturas ou então acessar o site www.lojacavalocrioulo.com.br e escolher a Revista Cavalo Crioulo entre as publicações disponíveis.

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DIRETO DO PARAÍSO

Vocês estão muito exigentes!




7 comentários:

  1. Quem será que vai assumir o Pioneiro, na Serra, com a demissão do Roberto Nielsen? O sub-editor, Gilberto Blume?

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  2. A propósito: as fotos das fofoafetivas e as imagens "direto do paraíso" estão ótimas!

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  3. Esses caras não sabem nada de mulher! Eu com uma fofolete dessas...pegava na mão e chamava de meu amor!!!!

    Fernando Fagundes - AMS

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  4. Como retribuição à homenagem feita pelo Mano Changes ao presidente da RBS, a Zero Hora vem há dias fazendo campanha para que ele assuma uma diretoria do Banrisul...

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  5. Verdade. RB$$$ e o Mano qualquer coisa estão trocando figurinhas. Quanto à fotografia de uma fofinha de hoje digo que atenderia ao gosto do velhinho aqui. Quando jovem e solteiro, em tese, traçava o que caia na rede, mas com o passar dos anos o paladar vai ficando mais apurado, pois já não importa necessariamente a quantidade e sim a qualidade.

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  6. Mano Chances garantiu sua participação nas próximas 30 edições do Planeta Atlântida, com esta puxada de saco....

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  7. Prev,
    Que fim levou a Maria do Carmo? Saiu ou saíram ela da Guaíba?

    Fernando Fagundes - AMS

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