Segunda, 12 de janeiro de 2014



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ponto especial



NÃO SOU CHARLIE HEBDO






É um bom momento para adotar uma postura menos hipócrita
em relação às nossas próprias figuras provocadoras


David Brooks é colunista do The New York Times


Os jornalistas do Charlie Hebdo são aclamados agora justamente como mártires da liberdade de expressão, mas sejamos francos: se tivessem tentado publicar seu jornal satírico em qualquer campus universitário norte-americano durante as últimas duas décadas, não teriam durado nem trinta segundos. Os grupos de estudantes e docentes os teriam acusado de incitação ao ódio. A Administração teria cortado seu financiamento e encerrado suas atividades.

A reação pública ao atentado em Paris revelou que há muitas pessoas que se apressam em idolatrar aqueles que são contra as opiniões dos terroristas islâmicos na França, mas que são muito menos tolerantes em relação àqueles que são contra suas próprias opiniões em seu país.

Apenas vejam todas as pessoas que reagiram de maneira exagerada às microagressões no campus. A Universidade de Illinois despediu um professor que analisava a postura da Igreja Católica em relação à homossexualidade. A Universidade do Kansas expulsou um professor por criticar no Twitter a Associação Nacional do Rifle. A Universidade Vanderbilt desqualificou um grupo cristão que insistia em ser dirigido por cristãos.

Os norte-americanos podem elogiar o Charlie Hebdo por ser corajoso o suficiente para publicar caricaturas que ridicularizavam o profeta Maomé, mas quando Ayaan Hirsi Ali é convidada ao campus, há frequentemente pedidos para que suas palestras sejam proibidas.

Por isso, este pode ser um momento para se aprender algo. Agora que estamos horrorizados pelo massacre daqueles escritores e editores em Paris, é um bom momento para adotar uma postura menos hipócrita em relação às nossas próprias figuras polêmicas, provocadoras e satíricas.

A primeira coisa a dizer, suponho, é que independentemente do que você tenha postado em sua página do Facebook na quarta-feira, é incorreto para a maioria de nós afirmar “Je suis Charlie Hebdo” ou “Sou Charlie Hebdo”. A maioria de nós na verdade não adota o humor deliberadamente ofensivo no qual esse jornal é especializado.

Podemos ter começado assim. Quando se tem 13 anos, parece ousado e provocador épater la bourgeoisie [escandalizar a burguesia], enfiar o dedo no olho da autoridade, ridicularizar as crenças religiosas de outros.

Mas, depois de um tempo, isso nos parece pueril. A maioria de nós passa a adotar pontos de vista mais complexos sobre a realidade e mais tolerantes em relação aos demais. (A ridicularização se torna menos divertida à medida que tomamos maior consciência a respeito de nossa própria e frequente ridicularidade). A maioria de nós tenta mostrar um mínimo de respeito frente às pessoas de diferentes credos e religiões. Tentamos começar a conversa escutando em vez de insultando.

Mas, ao mesmo tempo, a maioria de nós sabe que os provocadores e outras figuras bizarras desempenham um papel público útil. Os humoristas e cartunistas expõem nossas fraquezas e vaidade quando nos sentimos orgulhosos. Eles esvaziam o autoelogio inflado dos bem-sucedidos. Nivelam a desigualdade social ao rebaixar os poderosos. Quando eficazes nos ajudam a enfrentar nossas fraquezas em comunidade, já que o riso é uma das experiências de aproximação no final das contas.

Além disso, os especialistas em provocação e ridicularização expõem a estupidez dos fundamentalistas. Os fundamentalistas são pessoas que levam tudo ao pé da letra. São incapazes de adotar pontos de vista diferentes. São incapazes de ver que, embora sua religião possa ser digna da mais profunda veneração, também é verdade que a maioria das religiões é um tanto estranha. Os humoristas expõem aqueles que são incapazes de rir de si mesmos e ensinam aos demais que provavelmente deveriam fazer a mesma coisa.

Em resumo, ao pensar naqueles que provocam e ofendem, desejamos manter normas de civilidade e respeito e, ao mesmo tempo, abrir espaço a esses tipos criativos e desafiadores que não têm as inibições dos bons modos e do bom gosto.

Quando se tenta combinar esse delicado equilíbrio com as leis, as normas de discurso e oradores vetados, o resultado é uma censura nua e crua e conversas abafadas. É quase sempre um erro tentar silenciar o discurso, fixar normas e cancelar convites a palestrantes.

Por sorte, os costumes sociais são mais maleáveis e flexíveis do que os códigos. A maioria das sociedades conseguiu manter padrões de civilidade e respeito ao mesmo tempo em que deixam o caminho aberto para os divertidos, malcriados e ofensivos.

Na maioria das sociedades, adultos e crianças comem em mesas separadas. As pessoas que leem o Le Monde ou as publicações institucionais sentam-se à mesa com os adultos. Os bobos da corte, os excêntricos e pessoas como Ann Coulter e Bill Maher estão na mesa das crianças. Não são totalmente respeitados, mas são escutados porque, com seu estilo de míssil descontrolado, às vezes dizem coisas necessárias que ninguém mais está dizendo.

As sociedades saudáveis, em outras palavras, não silenciam o discurso, mas concedem um status diferente aos diversos tipos de pessoas. Sábios e renomados estudiosos são escutados com grande respeito. Os humoristas são escutados com um confuso semirespeito. Os racistas e antissemitas são escutados através de um filtro de opróbrio e desrespeito. As pessoas que desejam ser escutadas com atenção têm que conquistar isso por meio de sua conduta.

O massacre de Charlie Hebdo deveria ser uma oportunidade para por fim às normas sobre o discurso. E deveria nos lembrar que, do ponto de vista legal, temos que ser tolerantes com as vozes ofensivas, embora sejamos exigentes do ponto de vista social.







ponto do paraíso



GAÚCHOS CATARINAS: UM TIPO ESTRANHO






As três fotos aí em cima são do final de semana em Oeisis International. Sol, suave brisa, mar limpo com bandeira amarela (água morna, o que não sou chegado, porque lembra "banho de rio", de Lami). Ponto negativo? As ondas ruins, porque até agora não consegui pegar um jacaré legal.
O que é cada vez mais estranho é a neura que as pessoas tem do retorno  às suas cidades. Acreditem, tem gente que sai sábado ao meio-dia ou domingo de manhã, porque não admite ficar mais do que uma hora na friuei. Não admite engarrafamento!
Em compensação, esses impacientes, ficam 4, 5 horas parados em Laguna e dão risada. Tudo para chegar naquele "paraíso" para ser explorado pelos irmãos catarinas. Na ilha, passam mais tempo nos engarrafamentos do que nas praias - mas acham tudo ótimo!. Pagam uma fortuna por um prato de peixe e dão risada!!
Esse gaúcho catarina é um ser muito estranho!

(amanhã volto ao assunto)  


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DOUTOR NELSON SENIL? A RBS AGONIZA?

Do Relatório Reservado de sexta passada.
Depois eu que sou o implicante!


Procura-se por Wally no Grupo RBS

2014 foi um ano ruim para o Grupo RBS. 2015, por sua vez, também promete vdureza. Provavelmente com mais cortes, que precisarão ser feitos sem desorganizar a produtividade e ferir a motivação dos que sobreviverem às demissões. Entre os desafios, o grupo terá de afinar os novos negócios
digitais e recuar quando eles se revelarem um abacaxi; rearrumar o marketing e o comercial de forma que eles possam compensar com agressividade
o período de retração previsto para o mercado.
Em síntese, nestas circunstâncias dirigir a RBS é trabalho para um gestor
tarimbado. Nada a ver com Duda Melzer, que faz parte do problema e não da solução – vide o management de 2014. E Nelson Sirotsky? Cavalheiros da sua Corte de bajuladores dizem, em off the record, que ele parece ter ficado senil.

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FESTA DO BALACOBACO

Não conheço o José Aldo Pereira, ans já pbliquei várias notícias sobre ele. Aliás ,isso acontece normalmente, apesar de gente achar que só dou boas notícias sobre amigos.
Pois o José Alberto Andrade fez 50 anos no sábado.
Ele simplesmente reuniu gente de todas rádios na casa dele: Gaúcha, Guaíba, Band, Grenal e até a Cultura FM estavam lá.
O aniversário do Zé era considerado na Rádio Gaúcha dos anos 80/90 a Festa de início do verão.Ele reuniu entre outros:  Vinicius Brito, Diori Vasconcelos, Rafael Cechin, Marcus Vinícius Wesendonk, Sérgio Boaz, Felipe Vieira, Cláudio Brito, Silvio Benfica, Rodrigo Rocha, Paulo Moreira, Gerson Luis da Silva, Renato Martins, Antonio Carlos Macedo, Rafael Serra e Jose Aldo Pinheiro em Porto Alegre.
Toda essa turma exceto o Diori Vasconcelos e o Rafael Cechin estavam na Gaúcha na virada das décadas de 80 para 90 e apesar de se espalharem por vários veículos o Zé preservou a amizade.
O Vinicius Brito e o Mateus Benfica (filho do Silvio Benfica e afilhado do Zé, que aparece na foto) eram crianças e circulavam pelos corredores da Gaúcha.
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QUE BAITA CONFUSÃO!!
TRATA-SE DO JOSÉ ALBERTO ANDRADE, O ANIVERSIARANTE





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FOFOQUINHA DA SEMANA

Mano Changes, deputado não reeleito, do PP, deverá ser diretor-geral do Banrisul.



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ESCOLINHA ZH

No G1:


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Sobre o ZH, recebo:

Se tu fosses editor chefe do jornal ZH, tu manterias aquela besteirada que o Santana escreve?
Como é que um comitê editorial não faz nada contra aquele lixo, que desperdiça espaço e dinheiro, e não melhora com outro conteúdo?
Sabes como chamo isto? Desrespeito com o leitor. Eles preferem desrespeitar o leitor a peitar o moribundo Santana.
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No ZH, matemáGica:



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NO ZH:

Saiba quem são os quatro reféns mortos por terrorista em centro comercial de Paris
Um deles teria tentado atirar contra Amedy Coulibaly, mas a arma estaria travada


Relevância total de um dos melhores jornais do universo!
(ainda bem, que não tem  nenhum daCidade Baixa)
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ZH EXPORTA ESTILO!!

No site da ITV (Rede de Televisão Britânica)

French police kill three terror suspect

(Polícia francesa mata três suspeitos de terrorismo)

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DUAS DO SENSACIONALISTA

Pura mariquice:

Chamar picolé de paleta é a forma mais eficaz de ficar fresco nesse verão, diz estudo


Brasileiro que finge entender de campeonato europeu é o ser humano mais chato do mundo, diz pesquisa


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DIRETO DO PARAÍSO

No quiosque, aguardando.




4 comentários:

  1. Necessário lembrar aos redatores de nossos jornais que energia elétrica não gera tão somente luz. É algo mais, ou não?
    Já quanto a esse senhor, Mano qualquer coisa, pois não sei e acredito que a maioria igualmente desconheça do nome do mesmo por dessas coisas da política (compra de apoio) vai virar banqueiro. Assim se faz política em nosso país. Não tenho culpa, pois não votei no gringo.
    Quanto à fotografia que postas sobre traseiro de uma senhora, fica evidente que não usaste uma boa câmera com zoom adequado. Fora isto não passa de uma bunda nada especial, uma bunda comum em diria, pois já vi nessa minha longa estrada bundas infinitamente mais, digamos assim, bonitas. Hahaha...

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  2. Até mesmo em Oeisis há bundas mais formosas do que esta quadrada...

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  3. Na retranca envolvendo ‘GAÚCHOS CATARINAS: UM TIPO ESTRANHO’, tenho para mim que ALGUMAS pessoas (jamais generalizo) gostam de passar sacrifícios em termos de preços e engarrafamentos pelo óbvio de fato de, ingenuamente, imaginarem que irão angariar ‘status’ perante amigos e vizinhos, se falarem que viajaram para Santa Catarina. Pior ainda, estas pessoas devem imaginar que após enfrentarem sacrifícios, irão receber benesses do tipo ‘carro novo na garagem’ e aumento salarial. E como tais quesitos ‘movem a humanidade’, não vejo outro motivo para tal sacrifício.
    Particularmente, não, JAMAIS enfrentei tal problema e... não sinto falta. Porque enquanto as pessoas estão ‘presas’ em seus carros, eu fico no conforto do lar e, melhor ainda, meu bolso permanece intacto: ninguém arranca de mim meu tão amado dinheiro!
    Atenciosamente,

    Paulo McCoy Lava

    PS: OTIMA e animadora a foto acima... até porque e, como diria o grande Benito DePaula... 'mulher brasileira / em primeiro lugar'.

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  4. Como gosto de ler isso: O McCoy sempre posta como anônimo, mas não esquece de assinar o post !!!
    (Em tempo. Se precisar de mais fotos de senhoras robustas, de derrieres reforçados, Paulinho é expert no gênero, cor e número !!
    Abraços aos dois !!

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