Terça, 16 de fevereiro de 2016



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mundo das histórias

DUAS DO PAULO MOTTA



DE NOVEMBRO DE 2012




Abro os olhos e vejo Ana Maria desfocada, aos poucos a imagem vai ficando nítida e ela fala comigo e sorri.
Muita sede, quero um gole de Coca-Cola, qualquer coisa líquida.
Ao redor uns caras de jaleco branco falam sem parar, parece que estou encaixado numa cama de bordas metálicas, quase vertical, e um barbudinho começa a me fazer perguntas e respondo com movimento da cabeça, sinto um tubo grosso nas narinas, acho que em formato de V, muito incômodo.
Vem o Kau e fala alguma coisa e começo a lembrar de um pessoal empurrando a maca onde estava, num alarido, acho que não queriam que eu desembarcasse agora. O trem parou e eles não querem que eu desça, minha parada é bem mais adiante; da maca sou removido pra outra, tipo uma cama e um pessoal, de rosto coberto até os olhos, fala comigo e respondo qualquer coisa.
Colocam no meu focinho uma máscara, anestesia, eu acho. A dor intensa começa a passar e acordo olhando pra Ana Maria, sorridente. Ela conta que fiquei em coma quatro dias, operado de um negócio chamado Síndrome de Fournier. E meu trem segue viagem, não desembarquei graças a esses caras de jaleco branco.
Já na CTI, sem os plugs indesejados no nariz, tomo uma caixinha de suco de abacaxi maravilhoso, quero mais. Não, não, o senhor tem que começar devagar.
Uma picanha mal-passada, por favor. Do Komka. De vez em quando alguém mexia na minha barriga e eu ali, quietão, meio encagaçado, mas tendo sonhos gloriosos abaixo de morfina, muito legal! Antes de ir pro quarto, Ana Maria me falou da bolsa de colostomia, que eu não sabia muito bem o que era. Paciência, vamos encarar mais essa, né?
Minha mãe, a Norma, dura na queda, sempre sorrindo, o Zá, o Idelê, o Lobinho, que tinha recém chegado do Rio, me visitavam quase diariamente. A Ana Maria não quis me levar um torresmo, mas vou perdoá-la, o momento não era pra torresmo.
Eu estava vivo, motivo pra comemorar nem que fosse com um copo de sonrisal, já que champanhe não dava, rarara! Isso que chamo de A Um Passo da Eternidade, senhores ouvintes!
Foi divertido, mas não brinco mais assim, não mesmo! Lembro que São Pedro me deu uma olhada como quem diz: Dá meia-volta, tem um monte de credores te esperando lá embaixo, não pense que vai escapar das contas!
E aqui estamos, quase sem munição mas avançando sempre.

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COISAS QUE ME IRRITAM




Uma das tantas coisas que me emputecem, é eu estar falando com alguém ao telefone e um desesperado na minha frente, gesticulando e mexendo com a boca pra me ensinar o que dizer pro outro tresloucado com quem estou falando.
Não sei se presto atenção no cara à minha frente ou ao ente querido que me fala no ouvido. Já fiz que nem quando um cachorro corre, latindo, junto ao meu carro em movimento: parei e fiquei olhando.
"Olha só, tem que avisar ele de que a peça precisa chegar amanhã de manhã senão o cliente vai desistir, é isso que quero te falar pra tu falar pra ele, viu?".
Ô idiota, eu liguei pra dizer exatamente isso ao cara aqui do telefone, se tu me deixar, é claro!
Tem mais; estou colecionando coisas irritáveis pra desopilar! Ando implicante, me aguentem! Não tem Os Replicantes, banda do Gerbase, que se derivou do Blade Runner? Pois então, eu sou um Implicante!
Tiau pra ti.


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mundo reflexivo

Quer saber?
Vou ser mais uma vez grosso: ninguém sabe nada, porra nenhuma, sobre esse mosquito, a febre e o vírus. Tudo cascata!


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mundo real

Essa, do Henfil, deve ter mais de 30 anos.



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mundo midiático 1

Nova Press Advertisding




Passados todos os feriadões e as férias coletivas da Athos Editora, começou ontem a circulação de mais uma edição da revista PRESS ADVERTISING. Mais uma edição para ler de cabo a rabo, afinal a nossa qualidade editorial não tira férias.
A matéria de capa da PRESS trata dos limites - éticos, morais e profissionais - da imprensa e o grande desafio de respeitar a tênue linha que separa o direito de informar e a invasão da privacidade alheia. O trabalho da imprensa não deve sofrer restrições, mas há limites que não podem ser ultrapassados.
A Advertising traz, em sua matéria de capa, discussão parecida, alertando que nem sempre uma sacada criativa dá certo, porque, muitas vezes, a propaganda ultrapassa os limites  e acaba gerando resultados negativos, contrários ao planejado por agências e clientes. Ousar demais em publicidade pode atrair a atenção do consumidor, mas é preciso tomar cuidado para não se produzir algo meramente apelativo e mau gosto.
As entrevistas de ambas as revistas seguem a sua tradicional qualidade, com perguntas e respostas livres, diretas e sem cortes. Na PRESS, o entrevistado é o advogado Nestor Hein, que de tão próxima presença entre os profissionais e veículos de comunicação do RS, chega a ser um "jornalista honorário". Para ele, um observador implacável da mídia, a profissão de jornalista é, talvez, a mais interessante de todas, porque é o ofício de "abrir janelas para o mundo".  Ele fala sobre jornalismo, futebol, crônica esportiva e política com a mesma desenvoltura com que defende os interesses do setor primário do estado - ele é consultor jurídico da Farsul. Uma baita entrevista.
Aliás, a AD também traz uma baita entrevista. Daquelas de ler, reler e guardar.  Daniel de Luca, mestre em filosofia e pesquisador do Centro de Tecnologia e de Pesquisa para o Estudo da Percepção da UFMG fala sobre o funcionamento da "maquinaria" do cérebro humano e de como ele reage a tais e tais impulsos da propaganda, do design e da comunicação como um todo. Segundo ele, agencias, anunciantes e profissionais de propaganda precisam estudar o impacto dos produtos na mente das pessoas. Tudo o que o consumidor vê, ouve, escuta e sente pelo tato ou pelo olfato a respeito de um produto se somam numa percepção sinestésica, numa associação de percepções que vão formar o significado das marcas em sua mente.
Na seção Grandes Nomes da AD, um pouco da vida e da obra do visionário Leo Burnet, o homem que, em plena Grande Depressão americana, resolveu abrir uma agência de propaganda para ser diferente. E conseguiu. A AD relembra alguns detalhes desta aventura.
Na PRESS, o Grande Nome é o de Machado de Assis, que antes de ser um dos maiores escritores da literatura brasileira, foi um operoso e qualificado jornalista no Rio de Janeiro, passando por cima do preconceito racial.
Além disso, a revista traz o noticiário dos mercados de mídia, a seção  Galeria, que relembra grandes trabalhos  de imprensa e propaganda no mundo, e os artigos de Diego Guichard, Mário Rocha, Alberto Meneghetti e Fernando Silveira.
Dá pra perder uma edição dessas? Claro que não. A edição 167 da revista PRESS ADVERTISING já está nas bancas e começa a chegar, a partir desta segunda-feira, dia 15 de fevereiro, a milhares de jornalistas, publicitários, empresários, lideres de entidades, políticos e governantes.

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mundo legal

Transplantes no feriadão


Os dias de Carnaval foram de intensa atividade para as equipes de transplantes de rim, pulmão e fígado dos hospitais da Santa Casa de Porto Alegre. Do entardecer de sexta, dia 5, à noite da terça, dia 9, 12 transplantes foram realizados na instituição: nove de rins (quatro em pacientes pediátricos e cinco em adultos), dois de pulmão e um de fígado, os três últimos em pacientes adultos.
“Doze transplantes realizados em apenas quatro dias é um número expressivo até mesmo para a Santa Casa, onde atuam equipes de transplante para diversos órgãos e tecidos”, avalia o médico Valter Duro Garcia, coordenador de transplantes da instituição. Na tarde de ontem, dia 15, os doze pacientes em recuperação pós-cirurgia apresentavam boa evolução clínica, alguns deles ainda internados em unidades de tratamento intensivo.
Segundo a enfermeira Miriam de Tolledo Maciel, gerente administrativa do Hospital Dom Vicente Scherer – Centro de Transplantes do complexo da Santa Casa – as quatro crianças e os cinco adultos que receberam os transplantes de rins vieram de Santa Catarina, de municípios do RS e de Porto Alegre e Região Metropolitana. Os dois transplantados de pulmão são de Maceió e Manaus e o de fígado de Santo Ângelo. Miriam acrescenta que os órgãos foram retirados de doadores provenientes de Canoas, Rio Grande, Tramandaí e Porto Alegre.


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mundo midiático 2

Variadas

UMA MULHER MARAVILHOSA - Escreve o Paulo Pruss:
Célia Ribeiro - TV Gaúcha.



Um dos cenários do programa que Célia Ribeiro, apresentava da TV Gaúcha na década de 1960 e era decorado com tecidos da Casa das Sedas, uma das patrocinadoras. Na foto, de outubro 1963, no estúdio, juntamente com o costureiro Gil Brandão.
Após 50 anos Célia Ribeiro se despediu, a decisão partiu da jornalista de 86 anos.
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BALDASSO - Ele mesmo, Fabiano Baldasso, depois de 7 anos de Grupo Band deixou a casa. Que tenha sorte.
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BOA ESSA!!



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NOVO EDITOR - Cebolinha está editando a capa da Folha de SP




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mundo interessante

Recebi do Gustavo D´Ávila:

Um amigo me enviou neste final e semana e lembrei do teu Blog.

"Um amigo do exército me perguntou por que a PM não está empenhada como as Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes Aegypti. Eu respondi: porque se a PM começar a combater esse mosquito vai aparecer um monte de gente para defender os insetos, sendo mais um motivo para a mídia tentar desmoralizar a PM.
Até já imagino as manchetes:
Estadão: PM mata mosquito suspeito em suposta tentativa de picada.
Folha: Violência Policial - A PM de SP matou mais mosquitos que todas as polícias dos EUA
G1: PM posta foto de bebê fardado com inseticida na mão.
Zero Hora: Mosquitos negros e pobres são as principais vítimas da PM.
Sem contar a criação de um "Conselho de Defesa dos Direitos do Mosquito Excluído da Socidade", inclusive com advogado especializado e defesa política."



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mundo das piadinhas







2 comentários:

  1. Aqui a polícia de quarteirão que como as demais do país são ABSURDAMENTE militarizadas sofre crise de identidade, pois POLÍCIA surgiu na Grécia e para manter a ordem entre os cidadãos da Polis sendo composta por civis. Aqui em nosso Estado eles não matam somente negros e pobres. Faz bem pouco tempo assassinaram um ENGENHEIRO e creio que na semana passada um UNIVERSITÁRIO em Caxias do Sul. Em Caxias o fato foi ainda mais grave por que tentaram ‘plantar’ armas no carro em que a vítima se encontrava. Caxias do Sul acaba de entregar a essa instituição fuzis o que a mim preocupa, pois são armas longas e assim seus disparos são mais precisos. Do modo como eles se comportam deveriam sim receber aqueles velhos e bons revólveres que nos eram dados quando crianças, aqueles com espoletas, lembram? Eles ficariam felizes ao efetuar disparos e não haveria vítimas a lamentar.

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    1. Jorge Loeffler: Matou a pau. Desde quando a nossa irresponsável, corporativista, abusadora, ineficaz, corrupta e autoritária polícia é exemplo para alguma coisa?

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