Quinta, 27 de julho de 2017




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu






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Eventualmente, à tarde, notícias urgentes.










No final da viagem, a gente descobre que o melhor de
Gramado é Canela.
Eduardo Vessoni, jornalista
do msn.com









MILAGRE DA ESQUERDA URUGUAIA:
15 ANOS DE CRESCIMENTO ININTERRUPTO


Incompetentes, não aprenderam nada com Mujica


Matéria de EL PAÍS BRASIL, de CARLOS E. CUÉ e MAGDALENA MARTÍNEZ

Até o ministro da Economia uruguaio, o veterano Danilo Astori, de 77 anos, tem dificuldade em acreditar. Seu país, uma pequena ilha de paz política, social e econômica entre dois gigantes convulsionados como Brasil e Argentina, protagoniza o que chamam de desacople (desacoplamento). Enquanto os dois colossos sofrem – em 2016 ambas as economias encolheram – e outras experiências, como a venezuelana, afundam, o Uruguai, dirigido desde 2005 pela esquerda tranquila da Frente Ampla, está prestes a completar 15 anos de crescimento ininterrupto, um recorde histórico para essa pequena nação de 3,3 milhões de habitantes. O país não tem petróleo ou cobre, mas soube explorar outros recursos: soja, gado, turismo e um intangível: uma grande estabilidade política sem grandes escândalos de corrupção.

O Uruguai nem sempre foi um remanso de paz. Vivia pendente do Brasil e da Argentina. Em Montevidéu se dizia que quando eles tossiam, o Uruguai pegava um resfriado. A última vez foi entre 1999 e 2002. A crise do corralito argentino acabou afundando o país: fuga de capitais, 40% da população em situação de pobreza, colapso do sistema financeiro, bancos resgatados. Foi difícil sair, mas a lição foi aprendida: tanta dependência nunca mais. “Quando assumimos o Governo, em 2005, o Uruguai era o segundo maior devedor do mundo em termos relativos. Um dos nossos primeiros problemas foi renegociar a dívida com o FMI, que não podíamos pagar. Naquele momento tínhamos uma exposição muito alta ao dinheiro argentino”, explica Astori em seu discreto e clássico escritório no centro de Montevidéu.

Até os mais críticos ao Governo da Frente Ampla, que depois de 12 anos no poder sofre um desgaste importante, admitem que foi muito sério com a gestão econômica, dirigida por Astori em dois períodos: 2005-2010 e de 2015 até agora. Com José Mujica (2010-2015) foi vice-presidente e está sempre entre os potenciais presidenciáveis para 2020.

O Uruguai viveu como protagonista a década de ouro da esquerda latino-americana, teve um presidente como Mujica que havia sido guerrilheiro, mas nunca abandonou certa ortodoxia econômica. Tanto assim que, dentro da Frente Ampla alguns grupos afirmam que, na verdade, a atual política econômica não é de esquerda.

“O tom de esquerda foi dado pelas transformações estruturais que implementamos”, justifica Astori, “mas com uma consciência fundamental: a ordem macroeconômica é imprescindível. Sem ela não há transformação alguma. Não conheço nenhuma experiência no mundo em que se tenha transformado a sociedade em meio à desordem. Deve haver consistência entre as políticas monetária, cambial, fiscal e de renda”, acrescenta Astori. “Desde antes de assumirmos [em 2005] já nos reuníamos com o FMI para negociar novas condições, mas advertimos que não renunciaríamos a um plano de emergência para combater a pobreza”, lembra. “Estamos agora com 9% de pobreza e a miséria não é estatisticamente mensurável”.

Carlos Alberto Lecueder, um dos empresários mais influentes do Uruguai, administrador de vários centros comerciais e do World Trade Center de Montevidéu, reconhece que a esquerda “teve políticas econômicas sérias”, mas observa em particular que o avanço do país se deve ao fato de “ter um Estado de direito sério e uma democracia que funciona bem”. O país soube aproveitar o boom das matérias-primas e o crescimento chinês para diversificar e não depender tanto dos imprevisíveis vizinhos.

“O Uruguai manteve uma política organizada. Até mesmo o Governo de Mujica respeitou a macroeconomia. Mas não foram feitas reformas de longo prazo e temos um problema muito sério com a qualidade do capital humano: educação e formação. Não estamos tão bem, o ciclo 2004-2014 teve condições muito especiais”, diz Ignacio Munyo, um economista liberal, professor da Universidade de Montevidéu e crítico do Governo da Frente Ampla.

O Uruguai funciona, como mostra a chegada contínua de investimentos e de todo tipo de marcas internacionais nos shoppings administrados por Lecueder, que florescem em toda Montevidéu. Mas o milagre uruguaio é discreto: não há uma única loja da Chanel ou da Armani em todo o território nacional. Prosperidade sim, luxos não. De fato, o crescimento surpreende porque não para, mas não é espetacular: 1,5% em 2016 e se espera 1,6% ou um pouco mais em 2017.

O ano começou muito bem, com um crescimento de 4,3% no primeiro trimestre, com uma temporada turística recorde, em parte graças à crescente inflação argentina: o país vizinho tornou-se tão caro que passar férias no paraíso de Punta del Este, antes reservado aos muito ricos, tornou-se uma excelente opção para os portenhos. No entanto, as pesquisas estão mostrando o crescente descontentamento da população e o atual Governo, liderado por Tabaré Vázquez, tem taxas de aprovação historicamente baixas (cerca de 30%), sem escândalos de corrupção, mas com alguns de má gestão.

Existe alguma perplexidade na atual administração diante do descontentamento da opinião pública, mas a verdade é que a Frente Ampla deixou pendentes grandes questões como a modernização dos serviços públicos, a melhoria da educação e a construção de infraestruturas. Além disso, neste ano o Governo aumentou os impostos e decretou políticas de austeridade que prejudicam o modesto poder aquisitivo da população. Em um país que rende culto à classe média – tem as menores diferenças sociais da América Latina–, o ritmo parece estancado e os observadores internacionais brincam que o Uruguai tem apenas duas velocidades: “lenta e parada”.

O que tanto o Governo quanto os analistas rejeitam é uma máxima generalizada sobre o Uruguai: o fato de que sobrevive graças ao dinheiro escondido lá pelos ricos de outros países, a ideia de “Suíça da América”. “O Uruguai adotou as práticas mais modernas, derivadas da OCDE, em matéria de transparência fiscal e intercâmbio de informações. Não recebemos investimento financeiro puro, recebemos investimento estrangeiro direto, produtivo. O Uruguai não é uma mera praça financeira aonde chegam capitais voláteis, que obtêm um lucro e vão embora. Combatemos isso”, insiste Astori, enquanto lembra que está para chegar um investimento de 5 bilhões de dólares (cerca de 15,73 bilhões de reais) de uma empresa finlandesa para instalar uma nova fábrica de papel no país. A agropecuária uruguaia também explode e produz alimentos para 60 milhões de pessoas.

O milagre uruguaio desta vez vai noutra direção, sempre diferente daquela de seus vizinhos e dos que foram seus aliados políticos da esquerda latino-americana, como a Venezuela. Enquanto legaliza a venda de maconha em farmácias sem grandes polêmicas, o país de Mujica também mostra uma terceira via política e econômica.


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RÁDIO ALEGRIA A MIL! - O fabuloso Rogério Forcolen já está lá. Para janeiro, o projeto é que o Gugu Streit seja o dono das manhãs.
No audacioso projeto, os proprietários vão trazer a antena para Porto Alegre e fazer um rádio estadual.
Exatamente para ocupar o espeço deixado pela Farroupilha, em processo de extinção.
No projeto também está o produtor Carlos Mota, responsável por fazer da Alegria uma Farroupilha moderna.


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PIADA DE JULHO - O pior apresentador de rádio do RS, agora, vai ter coluna no jornal, aquele que é um dos maiores do universo. Hahahaha!!!!
Sorte - mas não sei se adianta - que terá ao seu lado, na página, um colunista de verdade.


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PERGUNTINHA - Já tem tabela de preços para colunistas? Antes da mudança, um que outro cobrava caro... Acertos dramáticos...


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O MILAGRE DOS QUATRO REPÓRTERES PAULISTAS DA RECORD RS - O milagreiro em questão chama-se Rodrigo Falcão, e é o gerente de jornalismo da Record RS. Ele é gaúcho, mas se meteu numa fria por aqui e foi mandado para São Paulo. Lá fez vários amigos - entre os quais os quatro "importados".
O cara é fantástico.
Chegou ao ponto de importar um repórter que jamais trabalhou como repórter!!
O cara sabe tudo!!
Nada como ser devoto da igreja universal...


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CÁ ENTRE NÓS - É deprimente o jornalismo das Record. Poucos se salvam.
Posso citar aqui 30 repórteres que entrariam na Record e fariam um excelente trabalho.


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TODO O RIO GRANDE DO SUL




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CONFRARIA DO CACHORRO QUENTE DE VOLTA!

ATENÇÃO!
Será na próxima quinta, 3 de agosto, às 19 horas, no Posta Del Diablo - Lima e Silva, 587, em frente ao Zaffari, a próxima reunião da Confraria do Cachorro Quente.
Primeiro, vamos recepcionar o principal Executivo da CCQ, Paulo Pruss, que irá nos relatar suas "aventuras" em Portugal.
E vamos propiciar que os milhares de fãs do Paulo Motta possam trocar ideias com o ídolo e adquirir o seu segundo livro, "As crônicas da pílula lilás".
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NÃO VÃO QUERER CONVITE INDIVIDUAL, NÉ?



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VAQUINHA PRO MAURO VARGAS - Peguei da Coletiva.net:
Na última semana, amigos do radialista Mauro Vargas, portador de Esclerose Múltipla há sete anos, criaram uma vaquinha online para ajudar no tratamento da doença autoimune. Com duas décadas de experiência como locutor executivo, Mauro, que é formado em Jornalismo pela Famecos, atuou em emissoras de rádio e TV, como TVE, Band, Grupo RBS (rádios Gaúcha e Farroupilha e RBS TV), SBT RS, Rádio União FM e Ulbra TV. Também foi professor no curso de Radialista do Senac, em 2004 e em 2005 na disciplina de locução e dicção.
O objetivo do financiamento coletivo é atingir R$ 25 mil e, até o momento, foram arrecadados R$ 4.330. “O jornalista, de voz marcante e muito querido pelos amigos, não está conseguindo arcar com todos os gastos que a doença exige. A quantia que recebe do INSS cobre com esforço apenas os remédios, mas ele também necessita de cuidados especiais para ter uma qualidade de vida melhor”, diz o texto divulgado no site da vaquinha.
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As doações podem ser feitas até 31 de dezembro.
VAI LÁ! VALE QUALQUER VALOR!!


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PORTO ALEGRE CADA VEZ MAIS ABANDONADA - Da coluna do Paulo Germano, no ZH:

Decisão da prefeitura de reduzir
escolas com EJA é um soco na periferia

A decisão da prefeitura de restringir de 33 para apenas um o número de escolas que aceitam novas matrículas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é intragável. Embora o governo negue, essa medida vai, sim, inviabilizar os estudos de centenas de pessoas.
Em entrevista recente a Zero Hora, a secretária-adjunta de Educação, Ivana Genro Flores, disse que a providência foi tomada para avaliar "quem e quantas são as pessoas" interessadas em cursar a EJA:
– Hoje, não sabemos qual é o número real de interessados. Então, estamos concentrando as matrículas no Centro de Educação Paulo Freire (que fica no bairro Santana) para ver quais locais têm maior demanda.
Só que a própria Secretaria de Educação, a pedido da coluna, revelou uma série de dados que, no mínimo, dão uma noção de "quem e quantas são" essas pessoas. Na Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo, na Restinga, Zona Sul, são 173 alunos matriculados na EJA, segundo a secretaria. Digamos que esses 173 alunos morem na Restinga – não vamos considerar a hipótese, aliás bem provável, de que muitos morem até mais longe, talvez no Lami, por exemplo, e se desloquem diariamente até a Restinga porque lá está a escola com EJA mais próxima.
Se esses 173 se matriculassem hoje, para chegar à escola no bairro Santana às 18h30min – que é o horário de início das aulas – eles precisariam pegar o primeiro ônibus às 17h, isso se não houvesse atraso nas linhas. Agora, me diga: que emprego libera uma pessoa antes das 17h?
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Situação semelhante ocorreria com os 143 alunos da EJA da Escola Municipal Jean Piaget, no bairro Rubem Berta (Zona Norte), e com os 214 da Escola São Pedro, na Lomba do Pinheiro (Zona Leste). Todos levariam mais de uma hora até chegar ao Centro de Educação Paulo Freire, no bairro Santana, a única escola que agora aceita novas matrículas para a EJA.
Compreendo a intenção da prefeitura de reduzir custos com uma estrutura que, talvez, esteja inchada demais. Pode ser legítimo restringir o número de escolas que oferecem a EJA. Mas desguarnecer toda a periferia da Capital, que é justamente onde vivem as pessoas com maior carência de educação, aí não faz sentido.

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HOJE, O PAULO GERMANO CONTA:

Em nota enviada à coluna nesta quarta-feira, a prefeitura anunciou que vai manter a Educação de Jovens e Adultos (EJA) funcionando em bairros da periferia.
O número de escolas que oferecem EJA — hoje são 33 — certamente diminuirá, já que o total de alunos, segundo o governo, é menor que a oferta de vagas. Mas foi descartada a proposta inicial, de apenas o Centro de Educação Paulo Freire, no bairro Santana, receber novas matrículas.
"As demais escolas enviarão o cadastro de pedidos de novas matrículas, e o Centro Paulo Freire vai organizar. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) irá avaliar para onde direcionar essas matrículas. Isso deve ocorrer até 4 de agosto", diz a nota.



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PERGUNTINHA - Quando um "parlamentar" vai criar o "Dia do Filho-Da-Puta"?







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COLOCAM FORMOL NO LEITE E NÃO QUEREM PAGAR MULTA!! - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, na semana passada, o pedido de nulidade de um auto de infração da Cooperativa Agrícola Mixta São Roque (Cooperoque), de Salvador das Missões (RS). A Cooperoque foi autuada por comercializar leite com quantidade de formol fora dos padrões legais. A 4ª Turma confirmou a sentença da 1ª Vara Federal de Santo Ângelo (RS).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aplicou uma multa no valor de R$ 31 mil. Em 2015, a cooperativa ajuizou ação contra a União, pedindo a declaração de nulidade do auto de infração. O juízo de primeiro grau negou o pedido.
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Na apelação, a Cooperoque alegou que o leite cru refrigerado foi coletado em 23 de janeiro de 2013, e somente no dia 25 foi efetivada a sua análise, o que afrontaria o prazo legal para realização da análise do produto. Alegou também que o ato administrativo foi arbitrário, uma vez que não houve realização do exame da contraprova.
Segundo o desembargador federal Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, relator do processo, os procedimentos de contraprova não se aplicam a produtos agropecuários perecíveis como o leite.
O magistrado também explicou que “não merece provimento a apelação no que tange ao descumprimento do prazo para análise do produto, vez que, de acordo com o art. 33, § 4°do Decreto n° 986/69, a mercadoria perecível pode ficar 48 horas interditada para análise e, após esse prazo, a Administração tem mais 24 horas para concluir a ação fiscal.”
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Em abril, o TRF4 também manteve multa contra a Cooperoque, em processo que pedia a nulidade de outro auto de infração por adulteração do leite.


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VAMOS RECUPERAR!!




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piadinha





4 comentários:

  1. O Quê!? O Juremir via escrever no ZH?
    (Ele é - dispardo - o pior radialista por aqui, voz fininha, dono da razão, adorador da Maria do Rosário, e conteúdo ideológico esquerdizante linkado em meados do século XX, ha, ha , ha ).

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  2. Por que a Rede Pampa não faz investimentos técnicos na Rádio Caiçara, que tem boa programação, mas péssima qualidade de som no FM, a mesma música, comparando a caiçara com a farroupilha, soa melhor na farroupilha. Caiçara, se fizer investimentos técnicos, ficará TOP.

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  3. Para que seja instituído o Dia do FILHO DA PUTA necessário que haja em nossa grande Câmara de VEREADORES do Estado, aquela localizada no entorno da Praça da Matriz pelo menos um ou dois que tenham CÉREBRO. Falo sério, pois ali algum idiota propôs e os demais aprovaram o DIA DA GALINHA E DO OVO e aquele misto de filósofo/humorista sem graça que ocupa o Piratini logo sancionou tal IDIOTICE.
    Esqueceram eles que hoje as galinhas destinadas a tal produção são encarceradas em gaiolas sendo assim PRIVADAS da SAUDÁVEL VIDA SEXUAL. Logo as coitadas sofrem para excretar apenas ÓVULOS. Hahaha...

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  4. Na Record Rs sou muito fa da Vanessa Pires. Ela tem uma postura firme para qualquer tipo de assunto. Fora que tem futuro como apresentadora, pelo menos esta chance a record deu a ela.
    No mais a emissora e um lixo, acabou com a qualidade da radio guaiba e se empanturra com os dizimos.
    Se o lula vencer de novo me voy para o uruguai..

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