Sexta, 9 de janeiro de 2015



Atualizado diariamente até o meio dia.
Eventualmente, a tarde, notícias urgentes.








ponto especial



 O texto abaixo é do advogado Léo Iolovich, que ainda nesta semestre (março?) lança seu primeiro livro, que deve se chamar mesmo "Na Nuvem".
Atualíssimo para estas semana  que assistimos a mais um atentado.




UMA MULHER IMPORTANTE, MAS...

Em julho de 2008 esteve em Porto Alegre a escritora Ayaan Hirsi Ali, nascida na Somália, perseguida e ameaçada, por ter denunciado os horrores do fundamentalismo islâmico em relação às mulheres. Entre outras coisas há os que mutilam as meninas extirpando o clitóris e não é preciso dizer muito mais. O cineasta que divulgou sua luta foi assassinado na Holanda e ela está jurada de morte, andando sempre com esquema de segurança pessoal.

É uma mulher importante do nosso tempo.

Ela teve a coragem de defender mulheres submetidas a estes bárbaros preconceitos e sofrimentos, portanto seria justo receber manifestações de solidariedade de outras mulheres que têm o privilégio de desfrutar de plena liberdade.

Porto Alegre tinha então vários candidatos a prefeito, entre eles três mulheres. Todos eles e, especialmente, as candidatas, silenciaram sobre sua presença entre nós e tampouco se solidarizaram com ela. Ayaan Ali não é “de esquerda”, nem da turma do Fórum Mundial, é apenas uma vítima do fundamentalismo.

Por ocasião do atentado de 11 de setembro houve quem dissesse não aprová-lo, mas... Exatamente aí, é esse “mas” que libera geral, que permite tudo: “mas” o Bush... “mas” o imperialismo...e por aí vai. Assim o Bin Laden e a Al Qaeda são relativizados, coloca-se um “mas” e vale tudo.

Por essas e outras que a sofrida mulher africana foi esquecida pelos adeptos do “mas”, enquanto seus algozes radicais e terroristas de todo gênero ganham um generoso “mas”, para que seus atos sejam tolerados. Nada pode ser mais reacionário que o fundamentalismo.

Quando o Bové, sob aplausos, arranca uma plantação, ou grupo de mulheres destrói mudas de pesquisa vegetal, ou há atentados na área de biotecnologia da UFRGS, ou o relógio dos 500 anos é incendiado, ou quando o avanço genético e a evolução da ciência são contestados e atacados com violência, estamos assistindo a forma mais típica de uma ação de elementos reacionários.

Os centros de pesquisa e os laboratórios fizeram muito mais contra a fome, do que a maioria os inúmeros discursos sobre o tema. Porém, contra o progresso e o avanço científico, reacionários e reacionárias estão em luta feroz.

Não faz muito tempo, quando se dizia que alguém era “de direita” e “reacionário”, significava ser contra os avanços sociais e científicos, enfim, o conservador empedernido inimigo do progresso.

Passaram-se os anos, terminou a ditadura, caíram o muro de Berlim e o comunismo e, no Brasil, vivemos a democracia plena. Os conceitos de direita e esquerda ficaram superados e mudaram muito; no campo ideológico, deixaram de ser um referencial, talvez sirvam ainda como indicação de sinais de trânsito.

Os que defendem a mais antiga ditadura da América, onde há censura à imprensa e as pessoas fogem do país, se proclamam de esquerda; enquanto os que defendem a liberdade e eleições livres, ou alertam para o ataque à democracia na Venezuela, são chamados de direita.

Hoje muitos dos reacionários são jovens e também mulheres, que pena. Os talibans também são jovens. Seria bom que nossa juventude lesse sobre a Ayaan e seus livros, usassem o Google. Não basta andar de roupa e cabelo moderno, o importante é não deixar o cérebro enclausurado numa burca.





ponto do paraíso




MAIS UM ESCÂNDALO?



Daqui, ó!!


O título é apenas uma pergunta, porque os "negócios" da Federação Gaúcha de Futebol são sempre assim - daqui, ó!
A nova sede é um negócio de primeiro mundo para um futebol de várzea - exceção do Internacional de Porto Alegre e o Grêmio.
Olha  só (foto de Gerson Ibias):




Do lado direito está escrito CAPEMISA APLUB, como se o prédio fosse a sede das empresas.
Pagava pra ver o contrato.
Leia a notícia do jrscomunicacao.com:
Na tarde desta terça-feira, 24, em Porto Alegre – a diretoria da Capemisa/APLUB, juntamente com o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, assinaram contrato Naming Rights firmando parceria por 10 anos. Entre inúmeras ações, o acerto define que a nova sede da FGF, localizada na esquina das avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Ipiranga, será denominada Edifício Capemisa APLUB, com grande visibilidade. Além disso, as companhias contam com exclusividade em ações dos campeonatos de futebol que estejam sob responsabilidade da Federação, nas suas respectivas áreas. Na festa de encerramento destas competições, será oferecido um prêmio com o nome Capemisa APLUB. Também, nas finais dos torneios, haverá uma taça extra com a mesma denominação, entre outras ações ajustadas.
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Repito:  tudo que diz respeito a FGF tem encrenca.
Só um exemplo: o terreno, doado pela Prefeitura de Porto Alegre, ficou anos ali, paradão, sem obra. Aí, como eles são muito espertos, resolveram fazer um estacionamento. Irregular ou criminoso?
Levantei a denúncia e o diário METRO foi pra cima.
Lembra dessa capa?



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E nem vamos falar da tradicional omissão dos "dirigentes" da Federação quando aparece um assunto polêmico. Lembra no ano passado, o sufoco que o Grêmio enfrentou com a história de racismo? Pelo que sei o "dirigente máximo" estava passeando numa praia de Santa Catarina.
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Volto  ao assunto

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ANTES DA PRAIA - No domingo, às 10 horas, temos que assistir a entrevista de Dunga, no Poder RS, apresentado pelo Felipe Vieira. TV Record.

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CATAMARÃ: MAIS HORÁRIOS PARA A ZONA SUL - A partir de hoje os  passageiros que utilizam o catamarã tem mais cinco horários no píer do Barra Shopping. Duas semanas após o início da operação a CatSul, empresa responsável pela operação, começa a agregar horários, conforme a demanda.
Serão quatro novos horários de Guaíba para o Barra e mais um do centro para o Barra, definidos a partir de sugestões de passageiros, conforme o diretor de operações da CatSul. Carlos Bernaud entende que apesar do pouco tempo de funcionamento da parada no Barra, o movimento indica ser viável o transporte hidroviário entre o centro e a zona sul da capital. Mas enfatiza que a maior utilização é em relação à Guaíba. Em função da demanda horários extras têm sido oferecidos, principalmente nos fins de semana.
Os novos horários para viagens de segundas a sextas-feiras são:
Do centro para o Barra: 8h45min
De Guaíba para o Barra: 6h28, 9h28, 17h08 e 19h16.    
A tabela completa de horários está no catsul.com.br e a confirmação de horários extras pelo 3212.1956.

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AMADORISMO TOTAL! - Escreve o jornalista Auber Lopes de Almeida:
O Zero Hora de ontem fez uma imensa reportagem, em tom de denúncia, garantindo que a lei que concede aos estudantes 20% de desconto nas entradas de shows não estava sendo cumprida no Rio Grande do Sul.
O Diário de Santa Maria e o Pioneiro também publicaram a matéria.
Acontece que a lei não é estadual, é municipal e só vale para Porto Alegre...




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O ZH TAMBÉM ECONOMIZA CRASES



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PIADINHA - E o Grêmio que inventou uma sorveteria: Paleteria 1903. Mas só tem picolé. É que eles tão sem TAÇAS!!

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PASSARALHO - O jornalista Gilnei Lima informa:
O Globo faz “capina” na redação. É 2015 que chega montado no passaralho
Nesta quinta, dia 8, o jornal carioca O Globo realizou uma série de demissões. Entre 18 e 30 funcionários integram a lista de dispensas, incluindo repórteres, editores e colunistas. Entre os demitidos estão Fernanda Escóssia, ex-editora de "País"; os colunistas Jorge Luiz ("Esporte"), Artur Xexéo ("Cultura") e Agostinho Vieira ("Meio Ambiente"); e a ex-editora de "Rio", Angelina Nunes.
Esta última fez o anúncio em seu Facebook: "A partir de hoje não estou mais no Globo. Vou concluir o mestrado e me preparar para quando o Carnaval chegar", escreveu.
Estariam também entre os dispensados as repórteres Carla Alencastro, Isabela Bastos, Laura Antunes e Paula Autran, além dos diagramadores Claudio Rocha e Télio Navega. Fernanda Escóssia já havia sido "rebaixada" da função de editora em 2014 e foi demitida na última terça.

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GASGUITAS - O que escutei ontem nas TVs gaúchas de repórteres se esgoelando para dar uma materinha comum não foi mole.

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LIVRO - "A Porto Alegre Deles - Histórias de Famosos que Passaram por Aqui", o novo livro de José Luiz Prévidi, está também a venda na Banca da República - esquina da Rua da República com avenida João Pessoa, Porto Alegre.
E no banner lá em cima, fácil, e sem despesas extras.

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PRA ENCERRAR A SEMANA




6 comentários:

  1. Hi All!

    Com certo atraso -- posto minha primeira participação no blog --, um FELIZ 2015 ao Prévidi e demais internautas.
    Dito isso e, sobre o tópico envolvendo o técnico Dunga. Por favor, pleaes, oh PLS: Será que alguém consegue me explicar o que leva um cidadão RICO como o Dunga em envolver-se frente à um trabalho que proporciona inúmeros inconvenientes em caso de fracasso?
    Tenho para mim que, se um cidadão trabalha porque precisa sobreviver, muitas vezes, no seu local de trabalho, ele é obrigado à conviver com pessoas de pensamentos e hábitos distintos. Tal ‘obrigação’ deve-se, como falei há pouco, porque ele (o tal cidadão comum) precisa sobreviver. Levar pão para casa e pagar despesas mensais. Talvez eu esteja errado mas ‘trabalhar-para-sobreviver’, com certeza, não é necessário para o Dunga (li outro dia, em jornal aqui do RGS, que ele possui alentado patrimônio financeiro. Imóveis, etc – tudo PERFEITO para uma vida DIGNA e sem preocupações).
    Pelo exposto acima, o que motivou o bem posicionado financeiramente cidadão Dunga em envolver-se em um cargo no qual são muitas as pressões? Volto a frisar: Ao contrário de um cidadão comum, ele já está com a vida feita. Tem diversos imóveis próprios, carros na garagem e diversos empreendimentos. Logo... para que se incomodar e ser ‘alvo’ de ‘n’ comentários negativos e depreciativos?
    (Aliás, similar pergunta eu faço em relação ao Governador Sartori: não consigo imaginar que uma pessoa detentora de admirável patrimônio* tenha 'obrigação' de se envolver com problemas...)
    Enfim... desde já, aguardando teorias que talvez me convençam o que leva pessoas ricas a buscarem problemas. Tédio por saberem que possuem $$$ para viajar, se hospedar em otimos hoteis e dirigir carros importados? Vai ver, o 'melhor dos mundos' ou, a melhor profissão do mundo, repleta de vantagens e 'zero' problema é aquela denominada treinador de futebol. Ou, aproveitando citação acima, governador de QUALQUER estado da federação nacional.
    Kind regards,

    Paulo Lava


    * Segue link com a citada notícia:

    http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/07/confira-os-bens-declarados-pelos-candidatos-a-governador-do-rs-4559687.html

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  2. Em tempos idos quando participei do curso de formação de árbitros na antiga FGF vi coisas das quais até o criador duvida. O ludopédio cheira mal de longa data. E não percebe isto quem é inocente. Tu que és colorado lembras quanto tempo o Jarbas Lima levou para pular fora a Presidência do teu clube?

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  3. Da tragédia na França, só lamento o exagero que é matar pessoas que não comunguem de opiniões iguais as nossas. Ponto. Agora, como não conhecia essa revista satírica Charles Hebdo fui dar uma rápida pesquisada no Goggle e a impressão que tive foi que era uma tragédia anunciada.
    Mas, nesse clima de comoção que se instalou, se alguém manifestasse algo por menor que fosse que não estivesse de acordo com o posicionamento que os formadores de opnião querem impor, essa pessoa podia ser tachado de pró-terroristas. Mas, que bom que há os que não concordam (inteiramente) com esse modo de pensar, como o colunista David Brooks do New York Times (do New York Times!) num artigo seu reproduzido (e traduzido) publicado pela versão brasileira do jornal espanhol El Pais.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/09/internacional/1420843355_941930.html

    Mas, aqui tem o artigo original:

    http://www.nytimes.com/2015/01/09/opinion/david-brooks-i-am-not-charlie-hebdo.html&assetType=opinion

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  4. Estou estranhando que não tenham profissionais dos meios de comunicação que cobrem o ludopédio comentado o assunto aqui, ainda mais que bondoso como és permites o anonimato.
    Será que não há interésses outros rolando entre esses profissionais, pois o dinheiro que circula nesse esporte é uma fábula? Que silêncio!!!

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  5. Assim como o internauta Jorge demonstra estranheza pelo fato de que profissionais que atuam junto ao 'ludopédio' não venham aqui tecer manifestações (prós e contras), ouso dizer que profissionais de outras áreas tambem evitam participação em ingênuos debates. No caso do jornalismo Automotivo, destaco que seguidamente no facebook eu comento fato envolvendo a GM aqui no RGS:
    Fonte interna GARANTE que o modelo Celta, fabricado 'pelado' (motor 1.0, sem espelho no lado direito, câmbio 4 marchas e ZERO requinte interno) é fabricado por -- conta redonda -- SETE MIL REAIS. Repetindo: SETE MIL REAIS.... e IMPOSTOS GOVERNAMENTAIS incluídos nesta conta.
    Vamos pensar juntos: se abrirmos os jornais e constatarmos que qualquer concessionária cobra o valor ABSURDO DE VINTE E SETE MIL REAIS... chegamos a conclusão de que o consumidor brasileiro está sendo LESADO!
    Mas aí, eis que NADA vejo de manifestação por parte de jornalistas do setor automotivo. Sou amigo de 43 profissionais -- que atuam em Quatro Rodas, Auto Esporte, MotorShow e, claro, jornais com suplemento/caderno de automoveis. NENHUM destes profissionais tem CORAGEM de peitar a fábrica GM e COBRAR informações sobre o fato de que um carro orçado em SETE MIL REAIS é vendido ao consumidor por VINTE E SETE MIL REAIS.
    Ainda bem que sou 'apenas' um jornalista de Automobilismo e NAO tenho MEDO de falar as verdades...
    Poderia até encerrar esta dizendo que fico no aguardo de manifestação por parte de jornalistas automotivos ou mesmo da GM. Mas aí, seria o mesmo que eu encerrar expediente, voltar ao quarto e encontrar duas mulatas de biquini à minha espera!
    Kind regards,

    Paulo McCoy Lava
    Jornalista & Pesquisador de Automobilismo

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  6. Prezado Prévidi, boa tarde. Desculpe 'alugar' o blog mas, sobre o assunto envolvendo o jornal ‘O Globo', eu gostaria de tecer um ponto de vista.
    Pois, para mim, o citado periódico, como tantos grandes jornais nada seriam no mercado se não fossem suas trajetórias em termos de publicar noticias sérias e, principalmente, ter em suas fileiras, profissionais competentes. Agora, seus gestores demonizam a crise para encobrir a incompetência de seus executivos, incapazes de enfrentar dois meses de crise depois de anos de prosperidade e fartura, publicando cadernos (?) desnecessários, torrando dinheiro em projetos que jamais sairam do papel, gastando fortunas em campanhas publicitárias duvidosas, festas nababescas para apresentações de novos executivos e stands faraônicos em feiras agropecuárias e/ou salões de automóveis. Porém, o pior de tudo é constatar que qualquer empresa, ao promover demissões, tentam justificar com expressões do tipo “adequação de procedimentos”, “revisão de processos” e – cereja do bolo – “otimização de recursos”. Um tecnicismo para justificar o injustificável...
    Kind regards,

    Paulo Lava

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