Sexta, 30 de novembro de 2018




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE NÃO TENHO PRESSA







15 ANOS!!
Atualizado diariamente
até o meio-dia











especial

Nesta sexta, uma cesta de
LUIZ CLÁUDIO CUNHA



Luiz Cláudio Cunha é jornalista e escritor. Nascido em Caxias do Sul, em 15 de abril de 1951, é um dos mais importantes profissionais do país. Com um orgulho danado, é colaborador eventual (e leitor) do Blog do Prévidi.
Trabalhou no O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Zero Hora, Diário da Indústria e Comércio, e as revistas Veja, IstoÉ e Afinal. Foi também editor-contribuinte da  Playboy. Comandou a redação da Veja em Porto Alegre (1973-1980) e em Brasília (1981-1983). Também em Brasília, chefiou a redação de IstoÉ (1984) e Afinal (1985-1986), e de O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, Zero Hora e Diário da Indústria e Comércio.
Começou sua carreira, em 1969, aos 18 anos, em Londrina, no norte do Paraná. Primeiro como locutor da rádio Londrina e logo como redator da Editoria de Interior do principal jornal da região, a Folha de Londrina. Um ano depois mudou-se para Porto Alegre e ingressou na RBS como aprendiz na editoria Cidade para, meses depois, passar a repórter especial da Zero Hora. Em 1971, foi convidado para ingressar na revista Veja, criada três anos antes.
Na Veja, em novembro de 1978, alertado por um telefonema anônimo, Luiz Cláudio testemunhou com o fotógrafo da revista Placar J. B. Scalco uma ação em Porto Alegre da Operação Condor, um grande aparato de terrorismo de Estado conjunto entre países do Cone Sul. Era o sequestro dos ativistas políticos uruguaios Universindo Díaz e Lilian Celiberti e seus dois filhos, Camilo e Francesca. Os uruguaios são hoje os únicos sobreviventes uruguaios da Operação Condor, graças ao testemunho de Cunha e Scalco e à investigação jornalística empreendida por sua equipe de Veja.
Pela série de reportagens sobre o Sequestro dos Uruguaios publicadas em Veja durante 86 semanas, cerca de dois anos, Cunha recebeu, junto com Scalco, o Prêmio Esso de Jornalismo de 1979, na categoria principal. O trabalho conquistou ainda premiação principal do Prêmio Nacional TELESP; o I Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, e ainda o Prêmio Hors Concours da Editora Abril.
O trabalho profissional de Luiz Cláudio Cunha e sua postura em favor dos direitos humanos recebeu voto de louvor encaminhado pelo jurista Jean-Louis Weil em nome do SIJAU, Secretariat Internatonal des Juristes pour l’Amnistie en Uruguay, durante o Coloquio sobre la Política de Institucionalizacion del Estado de Exception y su rechazo por el Pueblo Uruguayo, realizado em Genebra, Suíça, 27 e 28 de fevereiro de 1981.
Hoje? Ele conta:
 Fui durante 10 anos assessor político do senador Pedro Simon (hoje ex-Simon) e integrei a Comissão Nacional da Verdade como consultor do Grupo de Tarefa da Operação Condor.
Até setembro passado, fui secretário de Comunicação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob o mandato da ministra Cármen Lúcia.
Desde então exerço a função de desempregado, como milhões de brasileiros. Estou agora em casa, tomando meu santo chimarrão, lendo e ouvindo jazz e música clássica, sem perder meu precioso tempo com Facebook, Twitter, Instagram e outras bobagens do gênero, além de exercer minha principal atividade: rolar na grama do quintal com os meus três netos e lamber a Mel, minha cachorra Labrador -- ou vice-versa.
Quando me convidam, volto sempre aos pagos para conferir como estão se comportando nossas grandes lideranças políticas e como está jogando o meu imortal Grêmio. Confesso que ambos, no momento, não atendem minhas expectativas mais rasas. Mas, estou certo de que sobreviveremos a tudo isso e ao capitão Bolsonaro!




Efeito Bolsonaro no sul:
O adesismo, a traição, a grosseria
de Sartori, Simon e Manuela D'Ávila



Tripla tortura de Bolsonaro no sul: a coerência de Sartori,
a biografia de Simon, a elegância de Manuela

Passava um pouco das 11h da manhã de um domingo sonolento, 12 de novembro de 1978. A jovem morena que aguardava um ônibus desde Montevidéu, no box 50 da Rodoviária de Porto Alegre, sente no braço a pegada firme de um homem de cabelos grisalhos e terno safari. A ativista uruguaia Lilián Celiberti, que disseminava no exterior notícias sobre as torturas da ditadura em seu país, estava sendo presa naquele momento pelo nome mais importante da repressão gaúcha, o delegado do DOPS Pedro Seelig. Começava ali o sequestro dos uruguaios — Lilián, seus dois filhos, Camilo e Francesca, e Universindo Rodríguez Díaz —, uma incursão pioneira em solo brasileiro da Operação Condor, a secreta conexão multinacional das ditaduras do Cone Sul da década de 1970 que caçava, torturava e executava seus opositores. Os quatro uruguaios só não cumpriram o ritual de morte da Condor porque, alertados por um telefonema anônimo, dois jornalistas da sucursal da revista Veja na capital gaúcha — o repórter Luiz Cláudio Cunha e o fotógrafo JB Scalco — surpreenderam os sequestradores e Lilián no cativeiro de seu apartamento na rua Botafogo, no bairro do Menino Deus.
A operação clandestina flagrada pelos jornalistas teve que ser abortada pela Condor. Daí tornou-se um escândalo na mídia brasileira e no exterior. Os uruguaios sobreviveram ao sequestro, as ditaduras acabaram caindo sete anos depois, em Brasília e em Montevidéu, e a democracia voltou nos dois lados da fronteira em 1985.
Na segunda-feira, 12 de novembro de 2018, quatro décadas depois daquele domingo sonolento, o pesadelo e o sonho foram lembrados em Porto Alegre, com uma exposição de fotos e vídeo e um ato de homenagem do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, que promoveram o reencontro da sequestrada Lilián Celiberti com o repórter Luiz Cláudio Cunha na sala Múltiplos Usos do Memorial, na praça da Alfândega, no coração da capital. Um ato de cortesia e reverência à coragem e à resistência em tempos duros de arbítrio, no entanto, acabou mostrando agora, em plena democracia, uma faceta inesperada — e quase despercebida — de omissão, covardia e deselegância de quem sempre teve destaque na esquerda da política gaúcha justamente pelo protagonismo, destemor e impecável urbanidade: a deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad derrotada em outubro.
Na condição de Procuradora Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, a deputada convidou e assumiu em agosto passado a responsabilidade de trazer Lilián a Porto Alegre em novembro, bancando sua viagem e estadia pelo Parlamento gaúcho. Uma semana antes do evento, contudo, Manuela tirou a Procuradoria da reta. Não manteve sua palavra, forçando a exclusão dalogomarca da Procuradoria dos cartazes do ato, e simplesmente escafedeu-se. Lilián, submetida há 40 anos à suprema grosseria do sequestro em solo gaúcho,era exposta agora à grosseira descortesia de Manuela.  Coligou-se ainda à deputada do PCdoB, nessa bancada da grossura institucional,a administração do MDB do governador José Ivo Sartori. Antes animado com o evento, a ponto de pedir espaço para discursar na cerimônia com Lilián, o secretário estadual da Cultura, Victor Hugo Alves da Silva, de repente arrepiou-se. Retirou o apoio oficial da secretaria, desistiu do discurso e da presença e só não pode apagar todos os vestígios do Estado no ato porque o Memorial do RS, responsável central pela homenagem, é diretamente subordinado à Secretaria da Cultura. Um baita vexame, tchê!

A convidada paga?
Lilián, acostumada a castigos físicos no passado da ditadura, não se intimidou diante da tortura moral da democracia no presente. Apesar do vergonhoso desaparecimento do apoio de Manuela e do Governo gaúcho, a uruguaia convidada e desdenhada manteve sua palavra: bloqueou sua pesada agenda de compromissos internacionais para não desistir de sua promessa de viajar para o evento de Porto Alegre. Como responsável desde 1985 pela principal ONG feminista do Uruguai, o Cotidiano Mujer —que abrange uma revista, uma rádio digital e uma intensa pauta dedicada à perspectiva política da mulher em temas como aborto, direitos sexuais e reprodutivos, além de um festival anual de cinema e direitos humanos —, Lilián é uma ativista muito requisitada para seminários e conferências internacionais, especialmente no âmbito da ONU. Na condição de convidada oficial, como recomenda os bons costumes da etiqueta, ela é sempre agraciada com as passagens aéreas e hospedagem correspondentes.
Não foi o que aconteceu, infelizmente, em Porto Alegre. Em vez de receber a cortesia de uma passagem aérea, estadia e diária, como lhe caberia no papel de convidada, Lilián teve que comprar do próprio bolso uma passagem de ônibus Montevidéu-Porto Alegre, ida e volta, para ela e seus dois filhos, Camilo e Francesca, não convidados mas também vítimas do sequestro em 1978. Privada pela Procuradoria de um voo de cortesia de 54 minutos entre as capitais uruguaia e gaúcha, a desconvidada Lilián submeteu-se voluntariamente a uma viagem rodoviária de quase 12 horas para vencer a distância de 804 km entre as duas cidades. Como não tinha hospedagem nem anfitrião, Lilián hospedou-se por conta própria num hotel de Porto Alegre que ela mesmo reservou e pagou.Os filhos se alojaram na casa de um amigo de Camilo. Elegante, a uruguaia não quer falar sobre isso. Mas, uma rápida consulta ao site da EGA, a Empresa General Artigas, que faz a linha de ônibus entre Brasil e Uruguai, informa que uma única passagem, num só trecho, custa 3.580 pesos (cerca de R$ 420). Lilián desembolsou o valor de três passagens, ida e volta. Resumo dessa inacreditável, trágica ópera gaúcha: Lilián Celiberti pagou para ser homenageada nos 40 anos do sequestro!


Lilián e Cunha nos 40 anos do sequestro:
a convidada teve que pagar para ser homenageada

Esse surpreendente festival de boçalidade, que deve constranger todo gaúcho educado, aconteceu de repente, nas duas últimas semanas que antecederam o evento do Memorial. A ideia de uma exposição e um debate sobre o sequestro nasceu em abril passado, na cabeça de uma jovem e aguerrida historiadora, Ananda Simões Fernandes, que trabalha no Arquivo Histórico, subordinado à Secretaria de Cultura. A proposta ganhou corpo e apoio nos meses seguintes, na Assembleia e no Governo estadual, até ganhar a adesão da Procuradoria de Manuela, no final de agosto. O que aconteceu de errado para desfazer, na véspera do evento, todo aquele entusiasmo oficial do início? O único fato novo foi a eleição presidencial, duas semanas antes, sagrando a vitória de um capitão de pensamento autoritário e nostálgico da mesma ditadura que perpetrou o sequestro dos uruguaios, quatro décadas antes. O perverso 'Efeito Bolsonaro' no Rio Grande, avassalado pela onda do conservadorismo, parece ter corrompido consciências,interditado coragem e diluído biografias, como se verá a seguir.

O fake news da deputada
Indagada sobre este vexame de Porto Alegre, a deputada Manuela D'Ávila me respondeu por e-mail na segunda-feira, 19, exatamente uma semana após o evento que ela deserdou e sequer presenciou: "É um verdadeiro absurdo o que fizeram e a ideia de que eu pudesse desrespeitar alguém dessa maneira. A única coisa que soube da vinda dela foi o esforço feito para que tivéssemos passagens. Não tive nenhum envolvimento, se não as conversas burocráticas para ajudar a materializar a vinda. Tens razão. Os tempos de Bolsonaro são marcados também por fake news como esta. Vou me comunicar com ela (Lilián) para esclarecer que eu seria incapaz de saber de sua vinda e não recebê-la". O fato é que todo o Rio Grande sabia da exposição, aberta de 1º de novembro até 2 de dezembro, e do debate com Lilián Celiberti. Manuela, que sabia, não estava lá, no painel de 12 de novembro, para receber gentilmente Lilián no Memorial e ouvir sua palestra. Isso, é bom lembrar, não é fake news. Vamos então ao fact-checking para ver quem está contando a verdade.
O projeto começou a andar em abril passado, quando a historiadora Ananda Fernandes procurou a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia para viabilizar a presença dos dois palestrantes, Lilián e Cunha. A comissão topou a ideia, mas disse que poderia financiar a vinda de apenas um dos convidados, o jornalista. Informada do evento, a Procuradoria Especial da Mulher se ofereceu para trazer Lilián, com a ideia de que ela pudesse fazer no dia seguinte, 13 de novembro, uma palestra na Assembleia sobre o tema de sua especialidade, o feminismo. A procuradoria pensou em agregar à palestra de Lilián a senadora Vanessa Grazziotin, PCdoB-AM, que ocupa no Senado o cargo equivalente ao de Manuela, Procuradora Especial da Mulher
A Secretaria de Cultura do Governo Sartori se encarregou de pagar a exposição e abrir espaço no Memorial RS, reservado ao sequestro para todo o mês de novembro.
Em 21 de agosto, Ananda mandou este e-mail para Manuela, aos cuidados de sua coordenadora, Fabiane Dutra:

À Procuradora-Geral da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
Excelentíssima Deputada Sra. Manuela D'Ávila

Venho, por meio desta, apresentar o projeto "O sequestro dos uruguaios em Porto Alegre: 40 anos depois", realizado pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (Secretaria de Estado da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer) e pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a ser executado no mês de novembro de 2018. 
O referido projeto contempla uma exposição sobre o caso dos militantes uruguaios Lilián Celiberti, seus dois filhos e Universindo Rodríguez Díaz, sequestrados em novembro de 1978, na cidade de Porto Alegre, no marco da Operação Condor, que ocorrerá no prédio do Memorial do Rio Grande do Sul. A exposição ainda conta com o desenvolvimento de uma ação educativa, voltada a escolas de ensino básico.

O projeto também contempla a realização de um seminário com os(as) protagonistas desse evento, dentre elas, a própria Lilián Celiberti, nos dias 12 e 13 de novembro de 2018, no Auditório do Memorial do Rio Grande do Sul. Assim, solicitamos o apoio à Procuradoria-Geral da Mulher da vinda de Lilián Celiberti, proveniente de Montevidéu, na condição de hóspede oficial do Estado. Devido à sua destacada atuação em coletivos feministas, além da participação no seminário proposto, Lilián poderia contribuir com sua experiência na luta contra as desigualdades de gênero na América Latina.
A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia se responsabilizará pela vinda do jornalista Luiz Cláudio Cunha, quem denunciou o sequestro dos quatro uruguaios realizados conjuntamente entre os aparatos repressivos brasileiro e uruguaio.
Encaminho anexo o presente projeto e coloco-me à disposição para contato.
Apresentando-lhe meus agradecimentos, subscrevo-me muito cordialmente.

Ananda Simões Fernandes
Historiadora
Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul


Já no dia seguinte, 22 de agosto, a Procuradoria respondeu a Ananda, informando que Manuela havia aprovado a proposta. Em 18 de setembro, a Procuradoria acrescentou que havia solicitado à Mesa Diretora da assembleia a vinda de Lilián como hóspede oficial do Legislativo. Em 22 de outubro, Ananda recebeu da assessoria de Manuela, por e-mail, a logomarca da Procuradoria que deveria ser exibido nos cartazes e banner da exposição que ela oficialmente patrocinaria.  No texto, estão definidos os quatro promotores do evento: o Arquivo Histórico, a Assembleia, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e a Procuradoria da Mulher, com destaque para o nome de Manuela D'Ávila. No pé do cartaz, sob o rótulo de 'Realização', estão as logomarcas das cinco organizações que assumem o evento: a Assembleia, a Comissão de Direitos Humanos, o Arquivo Histórico e o Governo do Estado, todos ladeando a logomarca colocada exatamente no centro — a da Procuradoria Especial da Mulher, a suposta fakenews pela qual Manuela jura não ter qualquer envolvimento. Veja aqui:

O cartaz original do Memorial: com a logomarca da Procuradoria

Um capitão no horizonte
Luiz Cláudio Cunha foi convidado por Ananda em 23 de agosto e aceitou no mesmo dia. Uma semana depois, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos formalizou o convite, declarando que ele seria hóspede oficial da Assembleia com direito a hospedagem e diária para alimentação, além das passagens aéreas desde Brasília, onde mora. O jornalista abriu mão do hotel e das diárias. Bastava agora votar a proposta na comissão e, daí, submeter à aprovação final da Mesa Diretora da Assembleia. Os trabalhos tiveram uma pausa por conta das eleições. Os deputados estavam na reta final da campanha e o assunto seria retomado só depois do segundo turno, no final de outubro. Em agosto, Jair Bolsonaro era apenas uma miragem no horizonte, o campeão de rejeição que, em todas as pesquisas, seria derrotado por qualquer adversário.
Em outubro, a miragem Bolsonaro transformou-se em ameaça, mas continuava a aposta das pesquisas de que ele seria atropelado no segundo turno. No dia 15, ainda otimista, a Procuradoria de Manuela formalizou, por e-mail enviado a Montevidéu, o convite a Lilián:

De: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Asunto: Seminário y Exposición en Porto Alegre
Fecha: 15 de octubre de 2018, 10:38:44 GMT-3
Para: LiliánCeliberti

Estimada Lilián,

XXXXXXXXXX, trabajo en la Procuraduría Especial de la Mujer de la Asamblea Legislativa de Río Grande del Sur y estamos junto al Archivo Histórico de Río Grande del Sur en la organización del Seminario y Exposición “O sequestro dos uruguaiosem porto alegre: 40 anosdepois” que se realiza el día 12/11/2018.
Junto a eso y a nombre de la Diputada Manuela D’ávila, nuestra Procuradora Especial de la Mujer, la invitamos a realizar una charla organizada por la Procuraduría sobre Mujeres en América Latina, aprovechando su estada en Porto Alegre. Nos honraría muchísimo oírla sobre el tema.
Pensamos que, como el Seminario y apertura de la Exposición en el Archivo Histórico se realizan el día 12/11, esta charla podría ser realizada el día 13/11 en la Asamblea Legislativa.
(...)
Me quedo a su total disposición para cualquier duda u otra información que necesite.
Saludos muy cordiales,
xxxxxxxxxxxxxx

Procuraduría Especial de la Mujer - ALRS


Em agosto ainda, sem Bolsonaro no radar das ameaças eleitorais, o Governo Sartori parecia empolgado com o evento do sequestro. Além de pagar os banners, a secretaria pediu um espaço para uma fala do secretário Victor Hugo Silva. No dia 20 de agosto, Ananda enviou ao Departamento Administrativo da secretaria um e-mail com as medidas, material e quantidade de cartazes necessários: 25 com tamanho 90x130 cm, um de 100x160 cm e outro, maior, de 200x500cm, todos em lona, com quatro cores. A licitação foi feita e vencida pela empresa SlimProduções&Eventos, que produziu e entregou a encomenda. Tudo parecia bem, mas Bolsonaro estava melhor ainda. O capitão cresceu nas pesquisas, ganhou corpo e virou uma alternativa considerada viável pelos dois candidatos ao governo estadual, Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB), o emedebista mais entusiasmado (ou angustiado) do que o tucano. De repente, o fervor de Sartori pelo evento que condenava a ditadura glorificada pelo capitão-candidato virou um terror a ser sufocado.
Ananda já havia mandado o material de divulgação para a Secretaria de Cultura com os créditos devidos ao Governo, Secretaria e Arquivo Histórico. Era assim:

Realização
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
José Ivo Sartori
Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Vitor Hugo
Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul
Dilmar Portela
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Marlon Santos
Comissão de Cidadania e Direitos Humanos
Jefferson Fernandes
Procuradoria Especial da Mulher

Manuela D’Ávila


O medo em off
À medida que cresciam as chances eleitorais de Bolsonaro, porém, aumentava a aflição do governo Sartori. Ananda foi informada por um funcionário da Comunicação da Cultura que o secretário, arrependido, havia determinado a retirada das marcas e registros do Governo do Estado e da Secretaria da Cultura dos cartazes e material de divulgação. Na internet, a página da Cultura informava burocraticamente sobre a exposição de fotos, aberta dia 1º de novembro. Sobre a palestra de Lilián Celiberti no dia 12, nenhuma linha.
Nenhum convite fora expedido ainda porque a vinda de Lilián era cada vez mais incerta. A Mesa Diretora acabou aprovando em 6 de novembro, cinco dias antes da data da palestra, o convite oficial a Luiz Cláudio Cunha, sob responsabilidade da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos. A vinda de Lilián, no entanto, aos cuidados da Procuradoria de Manuela,estava empacada porque nenhuma solicitação fora feita à Mesa da Assembleia. Embora tenha enviado a logomarca para o material de divulgação, a Procuradoria da Mulher não fez o básico: formalizar o convite a Lilián junto à direção do Parlamento. Prova de que mudou de ideia no meio do caminho. Um emissário do Arquivo Histórico procurou, preocupado, a chefe de gabinete da deputada, Mara, que só deu evasivas e nenhuma informação concreta. Frustrado, o emissário procurou Manuela pessoalmente no plenário da Casa, quando acontecia uma sessão plenária. Esclarecendo que falava em off, jargão da imprensa para fonte que não quer ser identificada, Manuela, jornalista de formação, confessou:
— Eu estou com muito medo. Eu e minha filha (Laura, 3 anos) estamos recebendo ameaças de morte, andamos pela cidade de carro blindado. Não quero me envolver nessas questões no momento...
Manuela ainda pediu que as referências à Procuradoria da Mulher, como realizadora do evento do sequestro, fossem retiradas do material de divulgação dos 40 anos do sequestro. Mais tarde, uma assessora da deputada, Sofia, informou que não sabia se Manuela teria alguma agenda no dia 12 de novembro, data da palestra de Lilián que ela nem chegou a assistir — ao contrário do deputado Jefferson Fernandes, presidente da Comissão de Cidadania, que foi lá e fez uma elegante saudação à uruguaia sequestrada.
Diante do inevitável, Ananda tratou de fazer o que a Procuradoria de Manuela não fez: teve a gentileza de avisar Lilián do inesperado impasse na Assembleia, mas a uruguaia reafirmou sua decisão pessoal de viajar a Porto Alegre por sua conta. A historiadora do Arquivo Histórico tratou, então, de apagar outro incêndio: esconder a logomarca da Procuradoria dos cartazes do evento que ela abandonou no meio do caminho. O material já impresso trazia a logomarca no canto inferior direito, e Ananda escamoteou o registro da Procuradoria cobrindo a logomarca com uma fita adesiva branca. Sobreviveram no cartaz os outros quatro realizadores e, no meio, um inusitado espaço em branco, quebrando a unidade visual da peça. O banner maior, de 2x5m, estendido na fachada do Memorial, também traz o apagão inusitado, que o distinto público que circulava pela praça — congestionada pela tradicional Feira do Livro — não percebeu. Veja o cartaz e o banner remendados:


O branco de Manuela: o cartaz original, com a logomarca,
e o remendado, coberto com fita adesiva

Cunha e o cartaz na fachada do Memorial: ninguém notou o espaço em branco de Manuela (em vermelho)

O jacaré do adesismo 
O surpreendente e errático comportamento de Manuela D’Ávila, transformando em vexame e em velado constrangimento o que devia ser apenas um ato público de reverência à coragem e à resistência nos duros tempos da ditadura, é um bom exemplo dos dias turbulentos que vive a política gaúcha. Para muitos, é desconcertante o peso esmagador da vitória do capitão Jair Bolsonaro e sua retórica autoritária justamente no Rio Grande do Sul, alvo preferencial do golpe de 1964 como seu reduto mais oposicionista. O Estado é berço das três principais lideranças do trabalhismo – Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola – e foi varrido nos anos 1960 e 1970 por uma severa onda de prisões e cassações das lideranças da oposição mais veemente ao novo regime. Para fugir do cárcere, muitos procuraram a proteção do exílio no vizinho Uruguai, como fizeram Goulart e Brizola.
O capitão candidato, que no início, parecia apenas uma excrescência folclórica e nostálgica do passado autoritário de 21 anos, acabou dominando corações e mentes da maioria dos 8,3 milhões de eleitores gaúchos. Com 3,9 milhões de votos (63,24%), foi a nona maior vitória estadual de Bolsonaro, que venceu as eleições do segundo turno em 21 capitais e 16 dos 27 Estados brasileiros, incluindo os três do extremo sul, os de maior nível de escolaridade. Em Santa Catarina, segunda maior vitória nacional, o capitão superou os 75% dos votos, três de cada quatro eleitores. No Rio Grande do Sul, a onda bolsonarista mostrou-se um tsunami: o capitão venceu o seu adversário Fernando Haddad em 407 dos 497 municípios gaúchos no segundo turno, incluindo Porto Alegre, com vitória nas dez zonas eleitorais da capital. Em relação ao primeiro turno, Bolsonaro acrescentou mais meio milhão de votos no Estado.
Esse vagalhão eleitoral levou de roldão a coerência política, naufragou biografias e afogou a coragem que ainda flutuava ao sabor das ondas, como nesse aquoso episódio com Lilián Celiberti que empapou a biografia de Manuela D’Ávila. A coerência política do MDB do governador José Ivo Sartori, por exemplo, foi para o fundo do poço. Quando vislumbrou o tamanho da onda, Sartori tentou surfar na espuma bolsonarista. Abriu seu voto e colou-se como uma craca no rochedo do capitão. Na última semana antes do segundo turno, tentando um equilíbrio instável na onda conservadora com o seu jacaré de oportunismo eleitoral (apelidado de ‘Sartonaro’), o governador colou o seu vice, José Paulo Cairoli, no vice do capitão, o general Hamilton Mourão. Em apenas dois dias, os dois vices cumpriram roteiros conjuntos nas oito maiores cidades do Estado, incluindo Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Novo Hamburgo.
Não deu muito certo. O jacaré de Sartori perdeu o prumo e a eleição por pouco mais de 400 mil votos para o tucano Eduardo Leite, que também abriu o bico em favor de Bolsonaro. A legenda do MDB de Sartori, derrotada apesar do apoio ao capitão, foi no seu digno passado a trincheira da brava resistência democratica justamente contra a ditadura que o capitão-presidente tanto exalta. Não dá para esquecer, porém, que o MDB que um dia foi de Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Tancredo Neves, Alencar Furtado e Mário Covas hoje é o triste MDB de Michel Temer, Renan Calheiros, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha — alguns deles já presos, outros ainda não. É também o MDB do Sartonaro, onde agora surfa, para espanto de tantos, um finado ícone do MDB velho de guerra, o ex-senador Pedro Simon, rijo e forte do alto de seus 88 anos.

Pedro Simon com dois gigantes da oposição e...
quando berrava contra a ditadura de Bolsonaro 

No auge da ditadura, embora do MDB moderado, Simon ocupou o lugar de líder da oposição no sul, vago com a ausência forçada do líder maior, Leonel Brizola, herdeiro do trabalhismo e exilado pelos generais no Uruguai. Fiel companheiro nos tempos difíceis do comandante Ulysses Guimarães, que dizia com clareza ter “ódio e nojo à ditadura”, Simon agora abjurou seu líder, esqueceu sua luta contra a ditadura e rasgou sua biografia, apenas três dias após o primeiro turno, ao anunciar ao surpreso povo gaúcho um estranho, envergonhado “apoio crítico” a Bolsonaro.  O inesperado gesto de abjeto servilismo do ex-senador — que o ferino jornalista da Folha de S.Paulo Josias de Souza um dia pespegou como um‘ex-Simon’ — não deu resultado para Sartori. Enquanto Bolsonaro recebia 63% dos votos no turno final, o governador ganhou apenas 46% dos eleitores, e perdeu a reeleição— prova matemática de que os gaúchos não acreditaram em Sartori e ainda desdenharam do apoio do ‘ex-Simon’.

O ético e o astrólogo
É difícil entender a inusitada flexibilidade ética de Simon, princípio do qual foi símbolo maior nos seus 24 anos como senador em Brasília, agora engolindo em seco a biografia autoritária de um capitão nostálgico da ditadura que o senador jurava combater. Mas, ex-amigos do próprio ex-MDB velho de guerra dizem que a conversão de Simon ao capitão-presidente tem um colorido mais pragmático: a reeleição do filho como deputado estadual. Em 2014, Tiago Simon estreou na política com uma suada eleição, conquistando a oitava e última vaga do MDB na Assembleia, com pouco menos de 33 mil votos. Foi o 47º entre os 55 deputados eleitos então. Agora, em 2018, subiu para 17º deputado estadual mais votado, elevando sua marca para quase 46 mil votos. O milagre desse progresso eleitoral, garantem, é o apoio - nada crítico - que ele deu desde o início a Bolsonaro. Muito antes de estrear na política, lá por 2010, Tiago circulava pelo gabinete do pai no Senado sem esconder seu deslumbramento com o pensamento vivo do astrólogo Olavo de Carvalho, que ninguém ainda suspeitava ser o guru intelectual do futuro presidente. Poucos sabiam que Olavo, que agora se exibe como filósofo especializado em idiotas, foi comunista na juventude e depois muçulmano, hoje convertido como católico fundamentalista e guru da direita, padrinho (por enquanto) de dois impagáveis ministros do futuro governo, nas pastas do Itamaraty e da Educação. Algumas das frases mais brilhantes do astrólogo, que vocifera no YouTube usando palavrão no lugar de vírgula: “O general Geisel era comunista”, “cigarro não dá câncer”, “a Pepsi é feita com fetos abortados”, “o nazismo e o FMI são de esquerda”. Na sua típica sobriedade, que tanto fascina Bolsonaro e Tiago Simon, Olavo de Carvalho diz que Charles Darwin é o pai do nazismo, que Isaac Newton é burro e que Giordano Bruno e Galileu Galilei são charlatães. Infelizmente, não sabemos qual a opinião de Darwin, Newton, Bruno e Galilei sobre Olavo de Carvalho...

O filho Tiago e o ex-Pedro Simon... com enlevo e apoio
ao astrólogo Olavo e a seu pupilo

Os encantos bolsonaristas não se espargiram apenas sobre o ex-MDB velho de guerra do ex-Simon e descendente. Dois senadores do Rio Grande do Sul, de outras legendas, também sucumbiram. Três dias após a eleição do primeiro turno, em 10 de outubro, Lasier Martins (PSD), desculpou-se da tribuna para anunciar sua adesão: “Não é o candidato dos meus sonhos para presidente da República. No entanto, é o que acabamos de ter”. A senadora Ana Amélia Lemos (PP) abandonou uma reeleição segura para embarcar na chapa presidencial do tucano Geraldo Alckmin, que ficou em quarto lugar. No dia seguinte à derrota no primeiro turno, pelo twitter, Ana Amélia inflou sua vela bolsonariana com o vendaval antipetista que varreu as urnas do país: “Nas grandes decisões, os gaúchos não admitem neutralidade. Fui uma das maiores defensoras do impeachment de Dilma Rousseff e uma das vozes mais fortes no Senado contra o desgoverno do PT no Brasil. Não quero que o país corra o risco da volta do PT ao poder”.

Lasier e Ana Amélia: antes, Leonel Brizola... agora, Jair Bolsonaro

Ambos jornalistas, estrelas de TV da RBS, o maior grupo de comunicação do extremo sul, Lasier e Ana Amélia sempre foram admiradores ostensivos de Leonel Brizola, o ex-governador e líder trabalhista cassado e caçado pela ditadura celebrada, sem rebuço, pelo capitão-presidente e seus ministros. Na quinta-feira, 22, Ana Amélia foi chamada para uma conversa de uma hora, fora de agenda, com Bolsonaro no QG da transição. Saiu de lá negando ter sido convidada para a pasta das Comunicações do novo governo. “Não estou postulando cargo”, esclareceu.

A ilusão das retiradas
A crise econômica endêmica que deprime o Rio Grande e seu povo há décadas faz o aparelho do Estado soluçar financeiramente, levando ao humilhante parcelamento de salários de servidores, às vezes poucas centenas de reais por quinzena, quebrando a cadeia produtiva e a autoestima, acumulando dívidas pessoais e estatais e aumentando incertezas no cenário da economia. Um Estado em desequilíbrio crescente, amparado apenas na força inquebrável do agronegócio, mas atravessado pela violência e vilipendiado pela corrupção, gera uma reação de repúdio que, nas urnas, acaba se traduzindo em soluções populistas de força e autoridade. Prosperam aí os Bolsonaros e seus milicianos, ancorados em um militarismo renovado e um fundamentalismo religioso que interditam o conhecimento, estimulam a mediocridade, disseminam o medo, subvertem princípios, quebram lealdades e instilam o temor e a desestímulo ao pensamento crítico.
O Rio Grande do Sul, muito antes do vigor econômico, perdeu força política no cenário nacional. Foi centro vital de renovação desde a Revolução de 1930, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Depois dele, o Rio Grande só teve na presidência João Goulart, derrubado pelo golpe de 1964 que o revisionismo de Bolsonaro agora quer ensinar, nas suas angelicais ‘escolas sem partido’, como um simples ‘contragolpe’. No regime militar, os gaúchos tiveram três dos cinco generais-presidentes: Costa e Silva, Garrastazú Médici e Ernesto Geisel. A partir da retomada do ciclo civil da democracia, em 1985, nenhum gaúcho foi levado ao Planalto.  O Rio Grande apequenou-se, perdeu espaço e prestígio por conta de uma classe política cada vez mais medíocre, salvo honrosas exceções, incapaz de responder pelos problemas cada vez mais graves no Estado e, por isso, incapaz de equacionar as questões ainda mais amplas da Federação. O Rio Grande desmotivou-se, murchou, acovardou-se – ou, como dizem os gaúchos mais críticos, “acadelou-se”.
Assim, de repente, em circunstâncias variadas, seus líderes perdem a coerência, renegam a biografia, assumem grosserias impensáveis, como aconteceu no Rio Grande nas últimas semanas. Todos, aqui e ali, por uma ou outra razão, abdicando de suas responsabilidades perante a História, ignorando o fato de que é preciso coragem para reagir, para dizer não. Conformar-se com o uso de carro blindado e falar sobre ameaças em off não é suficiente para repor a segurança e repelir a intolerância, ainda mais na situação de uma parlamentar de prestígio e respeito que tem voz, tribuna e imunidade para denunciar o arbítrio, em qualquer circunstância. Em 1940, diante do massacre iminente da Força Expedicionária inglesa cercada pelas Divisões Panzer de Hitler em Dunquerque, no litoral francês, uma improvisada frota de botes, pequenos barcos de pesca e iates cruzou o Canal da Mancha para uma operação improvável de resgate. Assim, quase milagrosamente, salvaram-se mais 300 mil soldados britânicos. Contrariando a euforia que arrebatou o Reino Unido, o primeiro-ministro Winston Churchill ensinou: “Não se ganham guerras com retiradas!”. Seria sensato que Sartori, Pedro Simon e Manuela D’Ávila revisitassem Churchill para aprender o valor perene de princípios como a coerência, a lealdade, a coragem e a elegância.


Quinta, 29 de novembro de 2018




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
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ANDO DEVAGAR
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PALOCCI SOLTO TEM
QUE SE CUIDAR. A 
CONHECIDA BANDIDAGEM
VAI QUERER A SUA CABEÇA
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PEZÃO EM CANA.
É O QUARTO GOVERNADOR
DO RJ A SENTIR O CUTUCO











ALEXANDRE FROTA,
O SACANEADO DA VEZ




Ilona Staller está com 65 anos. Nada a ver com a atriz que, a partir da década de 70, girou o mundo faturando alguns milhões de dólares. Ilona, nessa época, respondia pelo nome artístico de Cicciolina. É reconhecida em toda a Europa como ativista política, cantora e escritora húngara naturalizada italiana. Mas ficou famosa, mesmo, como atriz pornô. Tanto que foi eleita deputada na Itália e não parou mais - hoje, dedica-se a difundir o seu partido, o DNA - Democracia, Natureza e Amor.
Cicciolina tem uma extensa biografia que não está em questão.
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Na segunda passada assisti ao Conexão Repórter, no SBT. Roberto Cabrini fez todo o programa com o deputado federal eleito Alexandre Frota, 55 anos. Ele conquistou 155.522 votos pelo PSL paulista. Não sei se faria toda essa votação se não aproveitasse o embalo do Messias.
Falam tão mal do cara que sempre tive a impressão de que era um idiota completo.
Mas sempre me lembrava que ele trabalhou muito tempo na Globo - fazia novelas - e casou com a Claudia Raia em cerimônia na Igreja da Candelária. Frota, nos anos 80, era uma estrela carioca.
Aí desapareceu e um bom tempo depois apareceu a notícia de que estava fazendo filmes pornô.
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No programa do Cabrini fiquei sabendo que ele visitou o "fundo do poço". Cocaína, ácido, ecstasy, chá de cogumelo, "tudo que existia".  Quando tocou no fundo do poço resolveu parar e desde então não fuma e nem bebe. Conseguiu se recuperar sozinho - bem ao estilo Ray Charles.
Olha, se é verdade isso, o cara merece respeito.
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Tem apenas um filho, que mora na Bélgica. O guri, 18 anos, não quer saber do pai. Sua atual mulher está grávida.
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Cabrini foi a Brasília para entrevistá-lo.
Lá pelas tantas, o jornalista pergunta o que ele pretende fazer no Congresso.
- Com os maus deputados, vou agir como fazia nos filmes.
- Como?
- Vou fuder com eles.
Frota consegue muitos inimigos porque detona com a chamada "classe artística" que mama nas tetas da Lei Rouanet.
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Está cheio de esperanças. Acredita que vai conseguir trabalhar, apresentar projetos.
Coitado, ele não sabe o que lhe espera...
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Assisti todo o programa e não consegui entender o motivo de falarem tão mal do Alexandre Frota.
Ou melhor, essa CLASSE MÉDIA CONSCIENTE E BURRA não aceita que ele tenha sido, por alguns anos, um ator pornô.
Ah, sim, Frota é um cara de "direita" mais radical do que o próprio Messias - aliás, como todo fã do Mito.
É muito estranho as pessoas perderem tempo para xingar o Alexandre Frota. Assim como perdem tempo para baixar o sarrafo no Lobão e no Roger. Da mesma forma, agridem o Verissimo, o Chico e Caetano.
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Acredito que o Alexandre Frota vai ser a nossa Cicciolina.
Anotem.





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ATENÇÃO MACONHEIROS! - O inimigo nº 1 da cannabis, deputado federal Osmar Terra, será o ministro da Cidadania e Ação Social.
Ele foi ministro do Desenvolvimento Social do Temer. Aqui no Estado foi secretário da Saúde.
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Estou apostando: nos próximos quatro anos não passa a descriminalização do uso da maconha.


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E NEM CHEGOU O FINAL DE SEMANA...



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MAIS TVU





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É GRAVE A SITUAÇÃO DO HOSPITAL DE CANOAS - O Sindicato Médico do RS recebeu hoje denúncia  de falta de medicamentos, materiais, roupas e alimentos no centro obstétrico do Hospital Universitário de Canoas.  A situação foi relatada por médicos que trabalham na instituição de saúde, administrada pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp).
Segundo o Simers, os medicamentos que faltam para o atendimento dos pacientes ficam por conta de Misoprostol (em falta há duas semanas), vaselina, Escopolamina, Dimeticona, Tylex, soro glico-fisio, assim como seringas, sulfato ferroso, e fio Vicryl, destinado a suturas.  Além disso, o hospital está com falta de alimentos, roupas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como avental plástico e mangas plásticas.
Outro problema enfrentado é a superlotação da UTI neonatal, que resulta na transferência de pacientes em risco de parto prematuro, entre outros quadros graves. Além disso, há o bloqueio da agenda dos médicos fez com que pacientes internadas não passassem pela avaliação com especialistas.
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Diante do quadro, o Simers acionou a prefeitura de Canoas, que é a contratante do serviço prestado pelo Gamp e tem o dever de exigir que o contrato seja cumprido, repassando a lista de suprimentos que estão em falta. A medida foi necessária porque o sindicato não consegue interlocução com o gestor do hospital, que tem se mostrado indiferente ao quadro existente na instituição de saúde.
“Com toda a crise que já existe na saúde em Canoas, com os demais hospitais do Município (Hospital de Pronto Socorro de Canoas e Hospital Nossa Senhora das Graças), que enfrentam dificuldades para atender a população, a restrição dos atendimentos no centro obstétrico do HU, causado pelo desabastecimento, deve ampliar o caos existente. Precisamos de medidas imediatas”, destaca a diretora do Simers Clarissa Bassin.
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A consternação dos profissionais do HU é absoluta. Eles pedem providências urgentes, pois os salários estão atrasados há 20 dias, sem perspectiva de pagamento. Para agravar as dificuldades, o 13º salário também não foi pago. “Não nos sentimos seguros com tanta desinformação e tanto descaso com os pacientes e com o corpo clinico do hospital”, desabafou um dos médicos que atuam no local.
A responsabilização do Governo do Estado pela falta de repasses de valores para o hospital não encontra eco entre os médicos. “Somos funcionários do HU e quem assina nossa carteira é o Gamp, e não a prefeitura de Canoas ou o Governo do Estado. Sendo assim, não dependemos de repasses para receber nosso salário”, exigem os profissionais.


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PEDIU LEVOU!!
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CARTÓRIOS
Faz Sentido Pagar Pra Alguém Garantir Com Um Carimbo Que Sua Assinatura É Sua?



Texto do jornalista Marco Poli:

A realidade é que, por mais agradável que seja, ninguém vive de saudades. Então bola ao centro e vamos seguir jogando como se estivesse zero a zero.

“Navegar é preciso; viver não é preciso”. Se levarmos ao pé da letra a frase dúbia que aportou no Brasil através do escritor português Fernando Pessoa, lembraremos que a arte de navegar é precisa, caso contrário não se chega ao destino traçado. Já viver, decididamente NÃO é preciso. Especialmente se for no Brasil… Aí, ou melhor AQUI, é totalmente impreciso.
Vivemos num país onde há leis para tudo. Até saleiro em mesa de bar, bolsa de supermercado e cotonete tem leis especiais para regulamentar ou proibir seu uso. E pra que servem tantas leis??? Sempre vai ter quem diga que é para “proteger” o cidadão, mas… quem é o Estado para proteger o cidadão, quando ele não consegue sequer proteger a sociedade da violência ou do mosquito da dengue???

Um dos casos mais antigos, senão O MAIS ANTIGO DO BRASIL, é uma excrescência chamada cartório.
Por que raios eu, quando assino um documento, tenho que ir até a presença de um tabelião e pagar a ele por um carimbo confirmando que aquela assinatura é minha??? Faz algum sentido isso???

Uma vez, quando eu morava nos Estados Unidos, decidi comprar um carro. Usado, baratinho. Passei a semana lendo anúncios até que encontrei um modelo Vintage que era a minha cara: um Thunderbird 66 todo cor de vinho, por fora e por dentro. Bancos de couro, painel com 8 relógios cromados e um dos maiores motores V8 jamais construídos pela indústria americana. Entrei em contato com o vendedor, ele me passou seu endereço e lá fui eu ver a belezinha. Foi amor à primeira vista e, com os pilas que tinha no bolso, consegui comprar o possante. Passei o dinheiro a ele, que me entregou os papéis do carro. Como brasileiro quinto-mundista perguntei: “mas não precisa de um documento para passar o carro pro meu nome?” Ele falou que jamais fizera isso, mas se era importante pra mim, pegou o guardanapo do lanche que estava fazendo, onde rabiscou algo e assinou. Na segunda-feira seguinte, corri para o DETRAN de lá, cheio de medo e apresentei os documentos do veículo, dizendo que o havia comprado e que gostaria de passar para o meu nome. Prontamente foi feito. Perguntei se não precisava da presença do antigo proprietário e a resposta foi outra pergunta: “pra quê?” Tentei mostrar o dublê de guardanapo/documento ao atendente e ouvi o seguinte: “se o antigo proprietário lhe entregou os documentos na semana passada e não registrou queixa de roubo, é porque o carro realmente pertence ao senhor. Não há necessidade de comprovar algo tão óbvio.”

Então, pra que cartório???

Apenas mais um mal hábito que aportou no Brasil com os portugueses. Quando veio para esse lado o primeiro navio, que dizem ser aquele do Cabral, além do navegador havia na caravela o dono do barco, os marinheiros, o padre e o representante do Rei, aquele que chancelava em nome da Coroa Lusitana, todo e qualquer negócio aqui feito, para que a Côrte de Manuel I garantisse o seu quinhão. Na época não era carimbo, mas um selo de cera derretida que garantia a autenticidade do documento que garantia a transação. E data de 1565 a fundação do primeiro cartório brasileiro.

Ou seja; esta inutilidade existe por aqui desde sempre para nos atrapalhar e nos tirar dinheiro, com os beneplácitos e proteção do Estado.

Sabe quando vai dar certo um país que precisa de alguém pra dizer que uma assinatura é autêntica?


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OLHEM A PRECISÃO DESSE DRONE
MILITAR DE ÚLTIMA GERAÇÃO

Imagina a festa que faria numa "facção" de traficantes!



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JOSÉ IVO E O BANRISUL

"Falsas polêmicas não vão
resolver os problemas do Estado"

Ainda durante o processo de repactuação da dívida com a União, concluída com êxito no final de 2016, o governo do Estado sempre foi transparente com a sociedade quanto à necessidade de um socorro federal para superar o momento mais agudo da crise financeira.

Nesse sentido, antes mesmo da criação formal do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o governo gaúcho iniciou tratativas com a equipe econômica do Ministério da Fazenda já no mês de janeiro de 2017. O objetivo era buscar um período de carência no pagamento da dívida, como medida fundamental para uma espécie de "travessia" até que as medidas de ajuste, adotadas desde o primeiro dia de 2015, estabelecessem um cenário de equilíbrio mínimo das contas.

Desde o princípio, apesar da pretensão manifesta do Ministério da Fazenda, o governador José Ivo Sartori e sua equipe deixaram cristalina a posição de que a privatização do Banrisul estaria excluída entre as possibilidades de ativos que seriam colocados como garantia para adesão ao Regime. Tanto é verdade que o governo, em diferentes momentos, propôs tão somente a privatização das empresas do setor de energia - CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM).

Essa posição sempre foi do conhecimento da equipe econômica do governo federal. Tanto que as negociações prosseguiram e o Estado encaminhou um primeiro plano de adesão, em dezembro de 2017, sem qualquer menção a privatizar o banco.

Na oportunidade, o que se debateu tinha relação com a admissibilidade do plano no que diz respeito ao critério para apurar os gastos do Estado com pessoal, mais os serviços da dívida. Pela lei do RRF, esses gastos precisam atingir o mínimo de 70% da receita corrente líquida para adesão ao Regime. Por conta desse impasse, estabeleceu-se a Câmara de Conciliação com a AGU (Advocacia-Geral da União), onde a equipe da STN (Secretaria do Tesouro Nacional) tem assento permanente. E as negociações tiveram continuidade.

No mais recente encontro, em Brasília, no dia 11 de setembro deste ano, como o Estado não tinha alcançado êxito nas tentativas de privatizar as estatais de energia nem de realizar um plebiscito para submeter a medida à opinião dos gaúchos, surgiu então a proposta de que se estabelecesse entre Estado e governo federal um acordo prévio. Essa proposta, cujo minuta foi repassada ao governador eleito Eduardo Leite, partiu do Ministério da Fazenda, na busca de ajustar compromissos de ambas as partes e, assim, respaldar a liminar judicial que está permitindo ao Estado não pagar as parcelas da dívida com a União desde julho do ano passado.

Em manifestação, na tarde desta quarta-feira (28), o governador José Ivo Sartori observou que, agora, alguns setores estão criando uma falsa polêmica sobre o tema. "Tenta-se também fomentar uma tensão entre o atual e o futuro governo", disse o governador, acrescentando que o Regime de Recuperação Fiscal é o melhor plano para o Rio Grande do Sul continuar construindo o equilíbrio financeiro.

"Não há nenhuma novidade nem contradição que tenha mudado esse caminho. Entrevistas, interpretações, visões pessoais e manchetes fazem parte do debate democrático. Mas as decisões do Estado precisam ocorrer nas esferas adequadas, respeitando as instituições e seus agentes", sustenta Sartori.

O atual governo reafirma que a privatização do Banrisul nunca fez parte das negociações. É compreensível que agentes do Tesouro Nacional tivessem esse desejo, porém em nenhum momento da análise sobre a proposta de assinatura do RRF ocorreu apontamento formal, por parte da STN, de que sem privatizar o banco seria impossível aderir ao Regime.

Se o Rio Grande do Sul já tivesse privatizado a CEEE, a Sulgás e a CRM, como propusemos desde 2016, certamente as negociações teriam evoluído e talvez já pudéssemos estar assinando a adesão ao RRF. Não foi possível, primeiro, porque não houve autorização da Assembleia Legislativa para retirada da exigência de plebiscito para alienação das empresas. Depois, foi rejeitada também a proposta de realização de plebiscito.

Vamos seguir o mesmo caminho de transparência até o último dia. Foram mais de 90 viagens para Brasília tratando dos interesses do Rio Grande do Sul. Não é por meio de falsas polêmicas que vamos resolver os problemas do Estado. Governo do Estado do Rio Grande do Sul


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ACIDENTE DA CHAPECOENSE - O  SBT Rio Grande exibe hoje uma reportagem sobre os dois anos do acidente de avião com a equipe da Chapecoense. A reportagem foi feita a partir de um dossiê exclusivo liberado pelo advogado das vítimas e do clube. "Nesse documento tem troca de e-mails que provam a negociação pra baixar o valor do seguro da empresa aérea contratada, para que o avião pudesse voar com equipes da Copa Sul-Americana." adianta o repórter Andrei Rossetto.
...
Andrei Rossetto, Jairo Christofari e Alberto Nunes estão há uma semana em Chapecó trabalhando na reportagem. Com a produção de Ingrid Rosa, Paula Estivalet e edição de Israel Fristch, Yago Webster e Thiago Dell´orti a reportagem vai ao ar no SBT Rio Grande, nesta quinta, às 11h45min.


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NÃO É PIADINHA

Protesto contra o Natal!!





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PIADINHA


Para entendidos em balística:

Qual destas munições basta pegar de raspão na roupa pra fazer um estrago?




Quarta, 28 de novembro de 2018




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
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O VENTO INSUPORTÁVEL
NÃO TERMINARIA NO
INÍCIO DE NOVEMBRO?









BOM MESMO ERAM OS
MINISTROS DE LULA E DILMA


(clica em cima que amplia)





Só faltou a "Voz do Cárcere" criticar os nomes que o Messias está anunciando para o seu Ministério.
Todo petista colocou a sua colher no angu do futuro presidente. Um negócio impressionante.
Conseguiram a façanha de criticar todos!
Como sempre, a Folha de S.Paulo, com o tradicional espírito de "sou eternamente oposição", foi averiguar a vida dos anunciados até na escola maternal.
Conseguiram criticar até o astronauta! O nosso Neil Armstrong!!
No fundo, a preocupação da petezada se resume numa questão: são todos "direitosos".
Mas queriam o quê? Que o Messias abocanhasse os dissidentes do petismo e do psolismo? Ou os comunistas saudosos da velha Albânia?
...
Não vi ou ouvi nenhum petista exaltando os Ministérios de Lula e Dilma.
Ressalto alguns.
Dos ministros de Lula destaco Marta Suplicy e Lupi, o Falso.
Mas tem o Poste também.
Vários outros, mas fico com estes.
Dos ministros de dona Dilma destaco, como o Top dos Tops, o Edison Lobão. Um Doutor de fama internacional em Minas e Energia!!
E dois muito criticados por terem integrado o Governo Temer Eliseu Padilha e o Gato Angorá, Moreira Franco. Duas sumidades!!
Não podemos esquecer de outros expoentes: Geddel, Henrique Alves e Romero Jucá.
Só grandes brasileiros!!
...
O jornal O Estado de S.Paulo fez um levantamento das sumidades nomeadas por Lula e Dilma:

Investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que ministros dos governos Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011- 2016) são suspeitos de movimentar pelo menos R$ 1,25 bilhão de forma ilegal, incluindo uso irregular do dinheiro público e propinas pagas por empresas durante o exercício do cargo.
O levantamento mostra que há 18 ministros na mira de apurações de desvio de recursos nas gestões petistas – quatro no período Lula, dez no de Dilma e outros quatro comuns aos dois governos. Foram considerados os já condenados (um), réus (dois) e investigados (quinze). O caso dos investigados engloba os processos na Corte e os remetidos a outras instâncias pelo STF.
Foram pesquisados os 168 ex-ministros nas duas gestões. Os números tendem a crescer com o decorrer da Operação Lava Jato.
O presidente Michel Temer, no cargo desde maio, nomeou seis ministros com inquéritos no STF. Três já deixaram o governo.


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NA CADEIA OU NAS RUAS?

Um texto admirável do Alexandre Garcia:





A justiça espanhola acaba de condenar um jovem brasileiro à prisão perpétua, já que a pena de morte fora abolida em 1978. Ele matou o tio e a tia que o abrigavam na Espanha, e duas criancinhas, filhas do casal. Esquartejou-os e festejou cada detalhe em mensagens pela internet. Recebeu três sentenças de prisão perpétua. Os autos não demonstraram que ele fosse perigo para a sociedade; descarregou seu ódio mortal só em seus parentes. Ainda assim, a justiça espanhola o separou da convivência com o mundo exterior, até que morra. Foi punido como exemplo destinado a dissuadir, avisar, quem quer que esteja pensando em matar um semelhante. Na Espanha e no mundo prisão serve principalmente de castigo exemplar.

Aqui no Brasil, onde há mais de 170 homicídios dolosos por dia, a idéia que prevalece é de que não deve haver punição, mas medidas sócio-educativas e ressocialização. Some-se a isso a impunidade que vem com a não-elucidação da maioria dos crimes, a não-condenação da maioria dos criminosos e a não-captura de boa parte dos condenados, e a consequência é um país atemorizado, inseguro e sem garantias fundamentais, como o direito à vida e à propriedade. O mesmo pensamento que rege a impunidade considera que o criminoso é uma vítima da sociedade; portanto a sociedade é a culpada da existência do seu algoz. Uma “especialista” chegou a afirmar que o criminoso tem o direito de portar fuzil para defender seu ponto de droga contra a polícia.

Em geral na base dessa desgraça está a droga, mas essa mesma fonte de bondades em relação aos criminosos quer liberar as drogas – ao tempo em que advoga a proibição ao acesso de armas para a legítima defesa dos lares dos oprimidos pelos criminosos. Mas a população perdeu a paciência. A cultura da indiferença cede lugar para um apoio enérgico à polícia e à lei. A última eleição contém um aviso aos legisladores: já é hora de retirarem das leis os mecanismos que protegem os bandidos, sejam eles traficantes, assaltantes ou corruptos. Como se sabe, as tais audiências de custódia devolvem às ruas bandidos que no dia seguinte voltarão à atividade criminosa. E as leis criaram recursos intermináveis para que os corruptos se mantenham em liberdade. O ECA estabelece que o homicida de 14, 15, 16, 17 anos nem pode ser chamado de assassino.

Agora o Presidente do Supremo e o Ministro da Segurança Pública estão empenhados em diminuir a população dos presídios em 40%, como se não bastassem as cestas-básicas, prestações de serviços, ou progressões de pena, com seus semi-abertos, prisões domiciliares e tornozeleiras. Sem contar os saidões de Natal, Páscoa, e até Dia das Crianças para quem matou criança e Dia das Mães para quem matou pai e mãe. Até a lei do crime hediondo já foi “flexibilizada”. Confesso que estou mais preocupado em diminuir a população de bandidos que está nas ruas a assaltar, a traficar e a corromper. Porque mesmo com presídios cheios, ainda há muita gente do lado de fora, roubando de estatal, de governos, de empresas; roubando carga, carros-fortes, distribuindo drogas e tiros.


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QUEM DIRIA!




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VEJAM COMO ESTÁ O PÁTIO DA GM, EM GRAVATAÍ -

Não cabe mais nada!!
Foto postada pelo jornalista Wilson Rosa no Facebook:





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AÍ EU SEMPRE LEMBRO DA CONCEPA




Quando ainda não se falava na segunda ponte do Guaíba, fui numa reunião na Concepa, em Porto Alegre. Papo vai, papo vem, me mostraram a maquete da ponte que queriam construir. O projeto estava pronto, tinha recursos, e só dependia da autorização do governo federal. O que eles queriam em troca? Claro, a administração, ou melhor, o pedágio.
O governo federal não topou certamente porque ninguém ganharia propina.
Cheguei a comentar com dona Yeda, a governadora. Ela me disse que isso o Governo jamais iria aceitar. Dona Dilma resolveu bancar a obra, no período em que disputava o segundo mandato.
Taí o resultado.


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ESTÁGIO EM JORNALISMO - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) abre na próxima segunda, dia 3, as inscrições para o processo seletivo de estagiário para o curso de Jornalismo. Os estudantes interessados em concorrer ao estágio poderão se inscrever das 13 horas do dia 3 até as 18 horas do dia 5 pelo portal do tribunal, no https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=pagina_menu_listar&id_pai=92&seq=89%7C265.
O edital da seleção já está disponível e pode ser acessado no https://www2.trf4.jus.br/trf4/upload/editor/ica_edital19-2018-jornalismo.pdf.
Depois de realizar a inscrição, é necessário que os candidatos enviem a documentação comprobatória até o dia 7/12 para que a sua inscrição seja homologada. Os documentos devem ser enviados para o selecao@trf4.jus.br.
...
No dia 13, às 14h30min, as provas serão aplicadas na sede do TRF4, em Porto Alegre. A divulgação do resultado final do processo seletivo está prevista para ocorrer a partir do dia 9/1 de 2019 e o início do ingresso dos aprovados a partir do dia 16 do mesmo mês.
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O programa de estágios do TRF4 tem carga-horária de quatro horas diárias e 20 horas semanais no turno da tarde. Além disso, a remuneração mensal é de R$ 833,00, acrescida do valor de R$ 8,60 de auxílio-transporte por dia efetivamente trabalhado. A duração do estágio tem tempo máximo de dois anos e a idade mínima exigida dos candidatos é de 16 anos.
Para poder concorrer à vaga, o aluno precisa ter concluído, até o momento da sua inscrição, 25% no mínimo e 60% no máximo dos créditos disciplinares do curso de Jornalismo, independente do semestre em que esteja formalmente matriculado.
...
Somente poderão participar do processo seletivo, os estudantes devidamente matriculados em uma das instituições de ensino superior conveniadas com o tribunal. Para conferir a lista de instituições: https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=pagina_visualizar&id_pagina=811


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CRISE NA GLOBO DA BAHIA - Informação do Marcel Pazzin:

O poço nunca foi tão fundo.
Noticiaram na segunda que outros dois programas da Globo devem sair do ar na Bahia. Além do Bem Estar, já suspenso, Encontro com Fátima Bernardes e Vídeo Show serão substituídos por programas locais no começo do ano para conter o avanço da RecordTV. Que fase, hein?


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DEZEMBRO LARANJA - O Ambulatório de Dermatologia Sanitária, da Secretaria da Saúde, participa do Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao Câncer de Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Em 2018, o movimento traz o tema “Se exponha mas não se queime” e visa a informar e conscientizar a população sobre a exposição solar e evitar a doença de maior incidência no Brasil e no mundo.
Neste sábado, dia 1, das 9 às 15 horas, o Ambukatório estará aberto para atender a população que poderá ser examinada preventivamente de forma gratuita.
Fica na Avenida João Pessoa, 1327, em Porto Alegre.


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SEGUNDA EDIÇÃO DO LIVRO DO PAULO PRUSS - Criador do perfil Porto Alegre Personagens, de grande sucesso no Facebook, Paulo Palombo Pruss lança a segunda edição do livro que reúne os principais nomes que conquistaram fama na capital gaúcha no século passado.
Seja por sua irreverência, seja por seu talento, seja por sua excentricidade, foram reunidas em Porto Alegre de Todos os Tempos 22 histórias, que incluem nomes como Gilda Marinho, Teresinha Morango, Bataclan, Carlos Nobre, Nega Lú, Odone Grecco entre outros, e também lugares inesquecíveis, como o a Esquina Maldita, o Ao Belchior, Café Rian, e o Bar João.
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Pesquisador por hobby que virou paixão, Pruss foi fundo para buscar fatos e detalhes que são pouco conhecidos do público, obtidos, também, através da colaboração de seus milhares de leitores na rede social, cujos depoimentos também são relatados no livro tal qual foram escritos.
O livro está a disposição  na Confeitaria e Padaria Dom Felipe, na rua Felipe Camarão, 718, bairro Bom Fim. Também pode  ser despachado pelo Correio ao custo de R$ 30,00 ou peça pelo paulopruss@hotmail.com.


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EM LAJEADO - Um power trio especializado em cinco bandas britânicas. A Five O´Clock, nasceu em 2017 com um objetivo claro: fazer música da melhor qualidade bebendo da fonte do melhor rock´nroll.
Formada por Gian Bazzo (guitarra), Bruno Neumann (baixo) e Tobias Kipper (bateria), a banda apresenta-se na madrugada de sábado para domingo, no bar Galera´s, em Lajeado. No repertório estão Led Zeppelin, The Beatles, Deep Purple, Pink Floyd e Queen.
“São bandas originais de um lugar onde se toma chá pontualmente às cinco da tarde. E assim nasceu nosso nome”, explica Bazzo, que também é escritor, autor do livro “Guitarras Legendárias”.
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A ideia, segundo o grupo, é transferir a emoção cantada nas letras para a sonoridade dos instrumentos. “Foram meses em busca de uma sonoridade instrumental justa e honesta para bandas tão importantes e para definir um repertório à altura da proposta”, explica.
O trio sobe ao palco do Galera´s às 0h3min de sábado para domingo.
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Agenda
1/12 - Galera´s;
8/12 - 5º Festival Riverstock;
12/12 – Sesc Lajeado / Encerramento do Garagem dos Vales.


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OLIMPÍADAS APAES - De 3 a 8 de dezembro acontece a XXII Olimpíadas Especiais das APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais). O evento, que será realizado no Complexo Esportivo da Ulbra, no campus Canoas, reunirá representantes de 23 estados do país para promover a inclusão social através do esporte, um dos principais objetivos das APAEs.
Os jogos reunirão atletas, coordenadores, dirigentes, juízes de provas, além de familiares e acompanhantes dos associados. As onze modalidades esportivas são: atletismo, basquetebol, futsal, futebol de sete (society), ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, natação, tênis de mesa, capoeira e a bocha.
Esta edição das Olimpíadas está sendo promovida pela Federação Nacional das APAEs (FENAPAES), Federação das APAEs do Estado do Rio Grande do Sul (FEAPAES-RS) e APAE de Canoas. O evento também conta com a parceria e apoio da Ulbra e, pelo segundo ano consecutivo, do Grupo Bandeirantes, que realizará a cobertura oficial da programação. Tudo isso para cumprir as metas mais importantes das APAEs: proporcionar a inserção na sociedade por meio de um ambiente de integração e competitividade saudável por meio das práticas esportivas.
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A abertura das Olimpíadas acontece às 19 horas da segunda, dia 3, no ginásio da Ulbra Canoas. As competições ocorrem das 8 às 11h30min, e, à tarde, das 14 às 19 horas. A premiação das mobilidades individuais (exceto atletismo e natação), acontece na noite de sexta, dia 7, entre 19 e 22h30min, juntamente à entrega de troféus e medalhas. O sábado de manhã está reservado aos jogos de futsal, futebol de sete, basquete e handebol - das 8 às 11h30min.
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XXII Olimpíadas Especiais das APAEs - Edição Nacional
Data: 3 a 8 de dezembro de 2018
Cerimônia de abertura: 3 de dezembro, às 19 horas
Local: Complexo Esportivo da Ulbra Canoas (Avenida Farroupilha, 8001 – Canoas/RS)
As competições acontecem das 8 às 11h30min, e, pela tarde, das 14 às 19 horas


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Preços?
Não sei o preço do biquíni.
A sunga é 100 pau.