Terça, 30 de junho de 2020




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA





Escreva apenas para






DENUNCIE NOTÍCIAS MANIPULADAS,
DETURPADAS E/OU MENTIROSAS 





Duvido o filho do grande 
Romildo Bolzan entrar numa fria

Claro que não.
Duas furadas: um partido que perdeu a sua identidade e um Estado - RS - que só se ajeita se começar tudo de novo.





Os gafanhotos estão chegando




Como tem porto-alegrense babaca!

Sabe o que fazer com essa gente que lota a Orla do Guaíba?
Dispersar com jatos de água gelada!
Ou gás lacrimogênio.
Se isto é radicalizar, o prefeito poderia simplesmente fechar, proibir a entrada.









"FAZ UM TEXTO PRA MIM?  
NÃO TENHO COMO TE PAGAR"




Estou há mais de 40 anos ouvindo isso: "Barbada escrever um textinho! Não tem dinheiro que te pague".
Quando ainda estava na faculdade e mesmo antes escrevia com satisfação. me sentia até valorizado. O tempo foi passando, os pedidos continuavam e sempre sem me pagarem - no máximo um "obrigado". Mais atrevimento é quando te dizem assim:
- Bah, dá uma espichada no texto, só mais dez linhas.
Bem,aí chegou um dia que dei um basta.
Não escreveria uma linha se não fosse paga. Nada. Disse "não" até para queridos amigos.
Muita gente me pedia textos e eu perdia um tempo danado sem ganhar nada!.
Depois de dezenas de "não" pararam os pedidos.
Os que chegavam fazia um preço e foram raros os que pagaram.
...
Outro dia0 li um texto do jornalista e poeta Nei Duclós, no Facebook, sobre esses "pedintes de texto".
Acompanhe:

CONVITE

Fui convidado para escrever um artigo para uma revista. O texto deveria
- Tratar do assunto da revista mas não de maneira técnica e sim coloquial
 - Ter um tamanho de duas páginas;
- Ser entregue na primeira semana de julho
- Vir acompanhado de breve curriculo e foto.

Concordei e perguntei pela  remuneração.  O editor argumentou que
- A revista é digital  e tem assinatura gratuita;
- É acessada em 30 países;
- Tem um importante Conselho Editorial;
- É importante veículo de divulgação.

Perguntei se ele também trabalhava de graça.
Agradeceu e se despediu dizendo fica para a próxima. Talvez ele entre no restaurante, coma e saia sem pagar.

Ou seja, eu devia me sentir gratificado por colaborar gratuitamente atendendo todas as exigências.
Eu cobrei um valor simbólico.  Da próxima vez vai ser mil reais, que foi o preço pago há dez anos pela revista Globo Rural por uma crônica minha.
Haja nós.


-


LACOMBE NO AR - Estão reprisando o Aqui na Band.
Sério:? Não consigo entender esses caras da Band.
Pior: não entendo os Saad deixarem fazer isso.
Só se o dinheiro dos chineses é extraordinário.
Olha só o que está no Notícias na TV do Uol:

Diretor de Programação da Band, Antonio Zimmerle destacou quatro profissionais de sua confiança para fiscalizar a finalização das edições do do Aqui na Band que serão reprisadas até a próxima sexta-feira (3). Ele proibiu expressamente nas reprises qualquer menção ao presidente Jair Bolsonaro, assuntos de interesse do governo federal e a presença de convidados que falem de política.
O Aqui na Band está sob intervenção desde a última quinta-feira (25), quando a direção da emissora afastou os apresentadores Luís Ernesto Lacombe e Nathália Batista, além do diretor-geral Vildomar Batista. Toda a produção foi demitida e readmitida no dia seguinte, mas Lacombe pediu a rescisão de seu contrato, que iria até o final do ano. Desde então, a revista eletrônica está sendo reprisada.


-


QUER SABER?

Bolsonaro está deixando passar a bonde.
Deveria contratar o Lacombe como porta-voz.


-


JORNALISMO VIDEOGAME - Texto do jornalista Gil Prado Lima:

Há muito que as faculdades de Comunicação social vêm formando uma legião de robôs idiotizados, vazios em conteúdo cultural e que desconhecem, principalmente, nosso idioma.

O "jornalismo de aluguel" é um dos principais culpados  pela crise institucional brasileira.

A revelação das entranhas de parte dos podres poderes - legislativo e judiciário -, em seus mais altos escalões e suas ligações diretas e indiretas com a corrupção organizada e sistemática, foi  deixando nua uma imprensa que é cúmplice desse mesmo sistema e projeto de poder. Desviando-se dos compromissos com a opinião pública e dos deveres de ofício, passou a fazer parceria com todos os lados de todos os balcões da parte de cima da pirâmide social, cujo objetivo é voltar a ter acesso fácil ao farto volume de dinheiro que era distribuído àqueles que publicavam afagos aos criminosos.

A farra acabou, quando da chegada do novo modelo de governo, que não participa dos esquemas e não aceita "pagar por elogios". Então a guerra foi declarara.

Essa nova versão causa cólicas nas redações e no comando de grupos de comunicação que monopolizavam o mercado e hipnotizavam o público, de tal maneira que uma nova forma de CPI, a "Comissão Popular de Inquérito", devia aproveitar a lavagem geral de roupa suja para testar a seriedade e a limpeza (ou a sujeira) de todas as informações propagadas pela  imprensa  nacional, compartilhadas com a imprensa de outros países para difamar o atual governo e destruir a reputação do Brasil.

Esse é o jornalismo que pensa ser um videogame. Bastará trocar o cartucho ou o cartão de memória para ter um novo jogo de sua preferência. Ou então, ganhar bônus com "vidas extras" e jogadas grátis. Caso não funcione, bastará fazer um "reset" ou reiniciar o game.

Infelizmente, a esses, deixo meu alerta: game over!


-


O CARECA E O BOCA MOLE JÁ ESTÃO PRONTOS!



-


RESCALDO - Agora, aumentou e é assim:

LGBTQIA+

Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo,
Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, e mais...


-


REFLEXÃO ACADÊMICA DE IXQUERDA

Franco Bartolacci, que afirma que Carlos Alberto Decotelli da Silva, não terminou o doutorado e teve a tese reprovada,não se importou em dar um título de doutor honoris causa ao bandido condenado Luís Inácio Lula da Silva.


-


A CASCATA DE LULA E DILMA




-




-


BOM PROJETO - O deputado Paparico Bacchi (PL) apresentou projeto de lei que busca valorizar músicos, cantores e trovadores do RS. Denominado “PL Pedro Ortaça”, a proposta que leva o nome do músico missioneiro, estabelece a obrigatoriedade de contratação de artistas locais na abertura de eventos musicais patrocinados ou financiados com recursos públicos. Além do pagamento de cachê o contratante deverá oferecer aos profissionais estabelecidos no Estado a mesma estrutura de palco, som, iluminação, camarim, água e alimentação.
Na justificativa da proposição, Bacchi ressalta que é dever do poder público estimular a cultura regional.
O líder da bancada do Partido Liberal na Assembleia, que por mais de 22 anos atuou no ramo de eventos por meio de uma empresa de sonorização, afirma que o objetivo do seu projeto de lei é criar um novo mecanismo de promoção e valorização dos artistas gaúchos.


-


Sérgio Lavarini 
INVESTIMENTOS NO RS - A Oi investiu no RS mais de R$ 138 milhões no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, com foco na expansão da fibra ótica. Com a sua estratégia de ampliar o número de casas conectadas com a Oi Fibra, a companhia registrou aumento de 50% no número de clientes no Estado de janeiro a março desse ano.
A operadora disponibiliza internet por fibra ótica em 12 cidades e conta com 100 mil clientes no RS: Porto Alegre, Alvorada, Canoas, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santo Ângelo, São Leopoldo e Viamão.
No mercado corporativo a companhia vem investindo em soluções digitais, por meio da Oi Soluções como Colaboração, Cloud BigData & Analitics, IOT, Seguranca e Serviços Profissionais, onde registrou aumento de 288% em receita de TI no RS no primeiro trimestre desse ano em relação ao mesmo período do ano passado.
A companhia fez uma movimentação recente na diretoria de Oi Soluções trazendo o executivo Sérgio Lavarini para ocupar a função de diretor de vendas da unidade no Sul, com o objetivo de reforçar o seu posicionamento na região como provedora e integradora de soluções digitais


-


NIVER - O Hospital Ernesto Dornelles completa hoje 58 anos de existência. A história do hospital traz consigo diversos capítulos de pioneirismo, que contribuíram para o desenvolvimento do sistema de saúde em âmbito estadual e nacional.




-


A MELHOR EXPLICAÇÃO





X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-XX-X-X-X-X-X-X-X-X

APROVEITEM!!!
É MUITA GENTE COMPRANDO!!!




ALFAJORES COMBINAM
COM TRANSPLANTE?


Me chamo Rochelle Benites (foto), moro em Porto Alegre e estou na espera para transplante pulmonar, na Santa Casa. Aguardo dois pulmões. 

Não tenho condições físicas para trabalhar e encontrei nos deliciosos Alfajores de Gramado uma maneira de ajudar no sustento de minha família - sou a chefe do lar.

A caixa com 6 unidades (2 chocolate branco e 4 chocolate preto) custa R$ 20,00.
Tenho Tele Entrega e máquina.

Os Alfajores são uma ótima maneira de presentear quem você ama e para chocólatras!



  
      Chama  no Watts e faz teu pedido
Combinamos entrega ❤️ 51 9996-3361 ❤





-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-XX-X-X-X-X-X-X-X-X



PIADINHA OU NÃO É PIADINHA?

Gracinha!



-


NÃO É PIADINHA



-


PIADINHA



-


BRINCADEIRINHA DA QUARENTENA

Que tal denunciar por atentado ao pudor?




Segunda, 29 de junho de 2020




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA





Escreva apenas para






DENUNCIE NOTÍCIAS MANIPULADAS,
DETURPADAS E/OU MENTIROSAS 




Milton Cardoso fala em nome
de todos os brasileiros do bem

E sobra pro jornalismo mequetrefe da ex-líder





O mst mudou o foco

Antes, queriam invadir o stf...



Hoje, aí está

(clica em cima que amplia)



Esta é a justiça que faz escola no stf









exclusivo!!

PIOR RADIALISTA DO RS
VAI ATACAR NUM NECROTÉRIO!!

Professor-dotô planeja ter orgasmo
numa live, ao elogiar o "dia histórico"!!

Tudo está sendo preparado para o grande dia!



O pior apresentador de rádio do RS
acompanha os preparativos...



... e vai tentar entrevistas exclusivas!!




Diretoria comercial da ex-rádio líder
ultimou um patrocínio especial!!



A apresentadora/chefe fará um programa especial
do cemitério que patrocina o evento da manhã!!
No flagrante, a moça preparando o terreno:




Os produtores da atração estão a mil...



... e estão montando um teatrinho
para a apresentadora ir às lágrimas!!
No ápice, o pior apresentador de rádio
se incorpora ao programa e chora com ela!!



O programa especial da ex-rádio líder
será destaque no jornal nacional!! É A GLÓRIA!!
Detalhe: os apresentadores estarão de preto!!




Última hora!!
Como a coisa está feia na ex-rádio líder,
a diretoria comercial descolou outro patrocínio!!
(foi uma permuta: no final do dia, todos os
envolvidos irão se locupletar no estabelecimento!!)




-


UM PIPI NA PRIMEIRA-DAMA DE PORTO ALEGRE - Pessoal da RDC TV pegou a sra. Marchezan descumprindo o decreto do marido.
Que feio!!



-


A CASCATA DOS JORNALÕES - Li isto na Folha de S.Paulo, no sábado:

Em maio, a Folha vendeu em média 338.675 exemplares diários, na soma de suas versões digital e impressa. O segundo lugar do ranking coube ao Globo, com 333.653. Em terceiro aparece O Estado de S. Paulo, com 240.093. Os dados são do IVC Brasil (Instituto Verificador de Comunicação).
Os números do IVC mostram que em maio a Folha cresceu 0,69% na comparação com o mês anterior. O Estado subiu 0,66%, enquanto O Globo caiu 0,54%.
...
AGORA, PRESTEM ATENÇÃO:

A Folha lidera o ranking digital com 268.557 assinantes digitais. O Globo tem 245.440, e o Estado, 150.852.

ISSO SIGNIFICA QUE OS JORNAIS CITADOS TÊM ESTA TIRAGEM:

Folha - 70.118 exemplares 
Globo - 88.213 exemplares
Estado - 89.241 exemplares
...
Até há pouco se vangloriavam de ter tiragem diária de quase um milhão de exemplares.
HOJE, TODOS FALIDOS!


-




FERNANDA CARVALHO - Gosto do trabalho dela desde o tempo da TVE. Agora, na RBS TV, está tendo chances únicas de crescer. E ela está aproveitando.
Acredito, como telespectador, que a Fernanda vai aparecer pela competência e, vá lá, pelo sorriso.
E nada mais.
Será que fui compreendido?


-


DO CALCANHAR DO BRASIL PARA O MUNDO - Olha que legal!! O apresentador Felipe Vieira, do estúdio de São Paulo, e a Fernanda Zaffari, de Londres.
Os dois do RS brilhando na BandNews TV!


GRANDE FERNANDA!!
Tira este papel de parede das tuas costas!!


-


O PAPEL BANDIDO DA ISTO É



-


LACOMBE FORA DA BAND - Irreparável o comentário do jornalista Ricardo Azeredo:

Lacombe fora da Band. Nenhuma surpresa. Cometeu o grande erro de marcar posição com personalidade, coragem e competência neste mundo jornalistico cada vez mais dominado pela burrice ampla, geral e irrestrita e pela falta de honestidade.
Lacombe era a grande revelação (sim, revelação porque na GloboNews era apenas um apresentador de TV, leitor de teleprompter) como âncora e jornalista de posições firmes, densas e realistas. Caiu porque se assumiu, com culhão e consistência, como um conservador e liberal. Postura que os obtusos e tacanhos associam ao que se chama de Bolsonarismo. E que o "stablishment", pelo mesmo motivo, condena sem dó.
Há quem diga que o SBT já tá de olho nele. Se for verdade, tomara que o Silvio Santos saiba valorizar este profissional que é a melhor coisa que surgiu em termos de telejornalismo nos últimos tempos.


-


NA CARA DO GOL 87





-





-


CORONABALA?



-




É HOJE O PAUTAS CONVERGENTES - Todos os semestres, alunos dos cursos de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da UniRitter produzem em sala de aula conteúdos para as revistas Dossiê e Universus, e para o jornal Unipautas, produções as quais são lançados em evento presencial ao final de cada semestre. Neste ano, por conta da pandemia, a apresentação desses materiais ocorre de maneira diferente e não mais presencialmente. O evento Pautas Convergentes irá ocorrer hoje, na plataforma Blackboard Collaborate, a partir das 19h30min pelo link bitly.com/pautasconvergentes.
No evento, cinco alunos do Curso de Jornalismo irão representar as diferentes turmas dos campi Zona Sul e FAPA, as quais participaram dos projetos, apresentando questões relativas às produções jornalísticas e debatendo temas contemporâneos. Os estudantes selecionados são Aldrey Dornelles, Douglas Collares, Marcos Vinicius de Oliveira, Matheus Machado e Vinícius Sanfelice.
Para agregar no debate, os alunos contarão com a participação do jornalista do Grupo RBS, Paulo Germano. Ele irá apresentar informações sobre a sua trajetória, e como está sendo fazer jornalismo durante um momento de distanciamento social. Bem como abordará temas relacionados aos assuntos chave de cada produção dos estudantes. Fato que proporciona trocas entre os acadêmicos e o profissional, possibilitando novos conhecimentos sobre o mercado de trabalho e experiências vividas pelo jornalista, que atua no Zero Hora, RBS TV, GaúchaZH e Rádio Gaúcha.
...
Pensando em proporcionar novas experiências para acadêmicos não só da UniRitter, o evento será aberto para todos que se interessem pelo assunto, sendo possível acesso por meio deste link.
Confira o conteúdo das publicações e mais informações:

A Revista Dossiê apresenta temáticas relacionadas ao trabalho formal e informal. Colocando perspectivas distintas sobre mercados de trabalho, oportunidades de emprego, consumo, informalidade, estratégias para se manter durante a pandemia e histórias de vida.

A Revistas Universus conta na sua edição, denominada Entrelaçados, as mudanças proporcionadas pelas novas tecnologias, desenvolvendo assuntos relacionados à ideia da comunicação sem fronteiras geográficas e as alterações na maneira de se produzir conteúdo sob tais perspectivas.

O Jornal Unipautas apresenta distintos problemas de Porto Alegre e que afetam o dia a dia da população. E aponta os desafios para o futuro prefeito da cidade, que será empossado em 2021.
...
As três publicações contemplam textos produzidos nas disciplinas de Reportagens Especiais, Produção de Revistas e Produção de Jornal, ministradas pelos professores Cid Martins e Francisco Amorim.
O acesso para o evento pode ser feito por meio do link bit.ly/pautasconvergentes a partir das 19h10min do dia 29/06/2020.
O evento Pautas Convergentes é uma produção dos alunos de Relações Públicas, da Faculdade de Comunicação Social da UniRitter, na disciplina de Gestão de Eventos, sob orientação da Professora Me. Cristiane Cirimbelli De Luca.


-


FINALMENTE UMA MATÉRIA DECENTE! - O Brasil não tem como dar certo, jamais!! Escreve o Sandro Kluge:

Até que enfim, algo que valha a pena ler na ZeAgá...

Sobre os “pobres”: dentistas, arquitetos, donos de lojas e prédios que ganharam o tal auxilio de R$ 600. Este é um dos motivos que este “paíz” não dá certo: povo hipócrita, besta, retardado, metido à ixperto. 600 pila não é diferença para nenhum destes caras (ou, as criaturas não sabem fazer conta, e vivem sempre fu.... de grana). MAS... sempre querem dar uma de ligeiro, PORÉM, desde que Guttemberg inventou o impresso, acabô os segredos.

Daí vai pra rede sociar dizer “ladrão, desvio dinheiro....” e você fez o quê: “Ah, mas tá na lei!”. Nem tudo o que é moral, é legal, nem tudo o que é legal, é moral. Aqui se trata de moral, que é o que falta para nós, nos chamarmos de país, não de “paíz”.





X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-XX-X-X-X-X-X-X-X-X

APROVEITEM!!!
É MUITA GENTE COMPRANDO!!!




ALFAJORES COMBINAM
COM TRANSPLANTE?


Me chamo Rochelle Benites (foto), moro em Porto Alegre e estou na espera para transplante pulmonar, na Santa Casa. Aguardo dois pulmões. 

Não tenho condições físicas para trabalhar e encontrei nos deliciosos Alfajores de Gramado uma maneira de ajudar no sustento de minha família - sou a chefe do lar.

A caixa com 6 unidades (2 chocolate branco e 4 chocolate preto) custa R$ 20,00.
Tenho Tele Entrega e máquina.

Os Alfajores são uma ótima maneira de presentear quem você ama e para chocólatras!



  
      Chama  no Watts e faz teu pedido
Combinamos entrega ❤️ 51 9996-3361 ❤





-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-XX-X-X-X-X-X-X-X-X



PIADINHA OU NÃO É PIADINHA?

Fantasia de gafanhoto?



-


NÃO É PIADINHA



-


PIADINHA





-


BRINCADEIRINHA DA QUARENTENA

Vão me denunciar?



Sexta, 26 de junho de 2020




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA 









Escreva apenas para






DENUNCIE NOTÍCIAS MANIPULADAS,
DETURPADAS E/OU MENTIROSAS 









especial

Nesta sexta, uma cesta
de Paulo Leminski!


Paulo Leminski, com o escritor Dalton
Trevisan e o pintor Nilo Previdi,  
as grandes personalidades curitibanas
(o cineasta Sylvio Back é um 
catarinense adotado por Curitiba)



A vocês, eu deixo
o sono.
O sonho, não!
Este eu mesmo carrego!






acordei e me olhei no espelho
ainda a tempo de ver
meu sonho virar pesadelo





Isso de ser exatamente o que
se é ainda vai nos levar além.



A vida não imita a arte.
Imita um programa ruim de televisão.





Paulo Leminski (Paulo Leminski Filho) nasceu em Curitiba, em 24 de agosto de 1944. Faleceu na sua cidade, em 7 de junho de 1989. Foi um dos mais importantes poetas brasileiros, além de escritor, crítico literário, tradutor e professor.

Tinha um jeito próprio de fazer poesia, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai, além de abusar de gírias e palavrões. Um de seus ídolos era Matsuo Bashô, poeta que se destacava pelo haika, pela concisão e objetividade. A cultura japonesa o influenciou tanto que era faixa preta de judô e escreveu uma biografia de Bashô (1983).

Adolescente, começou a escrever os poemas e desenvolveu o seu estilo. Em 1958, aos 14 anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. 

Leminski casou-se, aos 17 anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judô. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.




Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz (foto), com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.




Também foi letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras.

Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais. Em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.

Nos anos 70 teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o espanhol e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau).




Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso, o grupo A Cor do Som e a banda de punk rock Beijo AA Força entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba, Ivo Rodrigues.

Sua casa, no bairro Pilarzinho, em Curitiba, era uma espécie de reduto da intelectualidade na capital paranaense, onde diversos artistas que estavam de passagem pela cidade aproveitavam a ocasião para trocarem informações, e realizar parcerias em composições musicais e poesias. Moraes Moreira, Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Toninho Vaz, Ademir Assumpção e Itamar Assumpção foram alguns dos artistas que o visitaram.

No final dos anos 70, na editora Grafipar de Curitiba, o casal Paulo Leminski e Alice Ruiz roteirizou histórias em quadrinhos eróticas, desenhadas por artistas como Claudio Seto, Júlio Shimamoto, Flávio Colin e Itamar Gonçalves. 




Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Petrônio, Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas - inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol. Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.

Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes.

Morreu em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.






POESIAS

Quarenta clics em Curitiba. Poesia e fotografia, com o fotógrafo Jack Pires
Curitiba, Etecetera
Polonaises
Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase
Tripas
Caprichos e relaxos
e Ruiz, Alice. Hai Tropikais 
Um milhão de coisas
Caprichos e relaxos
Distraídos Venceremos
La vie en close
Winterverno (com desenhos de João Virmond)
Szórakozott Gyozelmunk (Nossa Senhora Distraída)
O ex-estranho
Melhores poemas de Paulo Leminski
Aviso aos náufragos

PROSAS

Catatau (prosa experimental)
Agora é que são elas (romance)
Catatau. 2ª ed. 
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio)
Descartes com lentes (conto)
Agora é que são elas (romance)
Catatau. São Paulo
Catatau, Buenos Aires

BIOGRAFIAS

Cruz e Souza
Matsuó Bashô
Jesus
Trotski: a paixão segundo a revolução
Vida (biografias: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski)

Vida. Cuatro biografías, Puente aéreo, Mar del Plata/Barcelona, 504 p., tradução e prólogo de Joaquín Correa.

...


VERDURA

De repente
Me lembro do verde
Da cor verde
A mais verde que existe
A cor mais alegre
A cor mais triste
O verde que vestes
O verde que vestiste
O dia em que te vi
O dia em que me viste

De repente
Vendi meus filhos
A uma família americana
Eles têm carro
Eles têm grana
Eles têm casa
A grama é bacana
Só assim eles podem voltar
E pegar um sol em Copacabana





...

lápide 1
epitáfio para o corpo

Aqui jaz um grande poeta.
Nada deixou escrito.
Este silêncio, acredito,
são suas obras completas.




PARADA CARDÍACA

Essa minha secura
essa falta de sentimento
não tem ninguém que segure,
vem de dentro.

Vem da zona escura
donde vem o que sinto.
Sinto muito,
sentir é muito lento.




AMOR BASTANTE

quando eu vi você
tive uma ideia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante




BEM NO FUNDO

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.



A noite me pinga
uma estrela no olho
e passa



AMOR

Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima



PAULO LEMINSKI: ELOGIO AO ZEN INQUIETO

Por Jeferson Assumção, em 24 de outubro de 2016, no cafezinho.com

Ele era faixa preta de judô e escrevia poesia. O pai descendia de poloneses e a mãe era uma negra brasileira. Compôs versos em latim, mas foi um poeta vanguardista, filho de pai militar. Mesmo brasileiro e descendente de polacos, considerava-se nipônico de coração. Falava francês, inglês, japonês e era grande conhecedor de latim e grego. Dedicou-se ao haicai e às letras de rock, aos trocadilhos e à crítica literária. Por essas e muitas outras, o curitibano Paulo Leminski (1944-1989) é o poeta tão vivo que é nos dias de hoje. Em nossos tempos de dissolução tecnológica das fronteiras geográficas, históricas, culturais, linguísticas, formais, Leminski é cada vez mais lido e amado. E isso por uma obra que pareceu ser feita para a era da infinita reprodutibilidade técnica digital e da diversidade cultural em rede.

Ex-seminarista, curtia o zen e o contemporâneo e buscava pela forma uma informalidade e pela técnica a simplicidade. Não por acaso escreveu sobre a vida de Cruz e Souza (1861-1898), Jesus Cristo (1-33 d.C), León Trotski (1879-1940) e Matsuo Bashô (1644-1694). Para ele, essas eram quatro manifestações radicais da forma-vida, com as quais sentia uma profunda identificação e a ressonância de suas obras e biografias em seu íntimo inquieto. O primeiro, o poeta simbolista negro de Santa Catarina. O segundo, um profeta-santo rei dos judeus. Os dois últimos, o revolucionário russo e o poeta zen-budista japonês, que trocou a vida samurai pelo caminhar e fazer sua poesia. Não tinha nada a ver com cada um deles em particular, mas os amou e promoveu a vida toda.

Morou em uma comunidade hippie nos anos 70, mas era publicitário. Amou a vida e morreu jovem, aos 45 anos, de cirrose hepática. Era a mesma idade de outro samurai-escritor japonês a quem Leminski admirava e que cometeu suicídio num ritual de harakiri aos 45 anos: Yukio Mishima (1925-1970). Com Matsuo Bashô, que nascera exatos 300 anos antes de Leminski, e com o grande autor de “Confissões de uma máscara”, Leminski partilhava o projeto zen de transformar a vida em arte. E assim o fez. Ensinou, com seu ecletismo, um amor por viver tudo, todos, o todo, a centenas de milhares de leitores, nunca inertes ante tanta e transbordante vida, a dele e a de que seus poemas foram veículo.

Zen quase monge beneditino, Leminski foi um homem do século XXI, avançado no tempo, capaz de antecipar em vida e versos a informalidade da cultura contemporânea, a hipermoderna, a líquida vida contemporânea. Os anos 70 e 80 não se tratavam de uma época de tanta conexão tecnológica como a atual, mas a inquietude movia o olhar, a mão, a boca desejosos para o outro lado do mundo e da rua. Essa vontade transbordante realizava a presencialidade do outro como resultado da magia do arrebatamento, do amor e do elogio. Se presentifica na vivacidade do escrito, cheio de vida a nos puxar para dentro não de um mundo, mas do próprio mundo. A simplicidade da poesia mostra o afã de claridade e desvelamento, porque no fundo está impregnada da fé no mistério que faz tudo aparecer e ser. Incluindo o luminoso, a palavra concreta, com casca, com som, com a cara que a gente vê na rua.

Ele não era Cruz e Souza ou Bashô, não era Jesus nem Trotski, mas um caprichoso relaxado que ajudou a modernizar a poesia brasileira pela marginal, combatendo a careta formalidade da academia e abrindo registros de descolonizações. Redefiniu mapas afetivos, que iam do Japão do lago Biva, na Otsu, de Bashô, à Ilha de Santa Catarina, negra, simbolista e pulsantemente erótica da poética de Cruz. Este Cruz amado por Paulo, como um Jesus do Desterro, carregando seu sinal e o instrumento de seu suplício: poeta assinalado.

Já Paulo, poeta pop, ex-estranho, íntimo em seu exílio geográfico-metafísico, de pequenos e negros olhos arregalados dentro do freme dos óculos, abertos como máquinas de ver apontadas para tudo. Tudo mesmo, do corpo ao dentro dos órgãos dos sentidos, às palavras como elas andam em casa, como elas se mostram na janela, como elas tomam banho e fazem suas necessidades. Marginal, diziam. Preferível autêntico e anti-parnasiano, poeta de símbolos claros, diretos, sem sombras, som do pulo do sapo na água de alguma província como Nara ou Shiga, no silêncio de um mato do Japão feudal.

Esse nosso John Lennon, o de Curitiba, nipônico como o próprio, pop como o outro, amado igualmente pela cara que tinha, tão cheia de espírito e frontalidade, urgente em sua vida também curta de só 40 anos, pelo gesto que propunha, pela roupa e os bigodes que envergava, os cabelos desgrenhados de hippie com o poder da flor instalada no cabelo quase que contrastando com os bigodões.

Tudo isso para complexificar, simplificando, retirando as máscaras ao colocá-las, ao assumi-las enquanto um Yukio Mishima sem a loucura ultradireitista do japonês halterofilista, faixa preta em Kendô, espécie de São Sebastião trespassado pela própria espada. Samurai, também, Mishima, como Paulo e John e Bashô e Cruz e por que não Jesus. Viu a vida em close, venceu com a distração do perplexo ante o que não conhecia mas amava e assim se filiou à mais brasileira tradição dos antropófagos, dos tropicalistas, mesmo que desde a gelada Curitiba, da terra dos muitos pinhões, centro de uma das literaturas mais diversas e interessantes do Brasil. Leminski assim como Trotski, sabia por os pingos nos is também no que se referia ao mundo da exploração à brasileira, dos negros pobres e indigentes, dos polacos e imigrantes que ele tematizou e pincelou com o riso melopeico que tanto também fez rir e ver.

Assim como os delicados, Leminski era um homem que sabia elogiar, praticamente só o tipo de pessoa capaz de chegar ao outro, de estar aberto para a beleza da alma e da carne do outro, tanto dos referidos e preferidos Cruz e os santos de sua mitologia pessoal, mas também Gilberto Gil, o “mimo de todos os orixás”, o Torquato e o Trotski, a Alice, Moraes, Caetano, Borges, Bandeira, Pound, Oswald, Haroldo, Poe, Bob Marley, Lennon. Um homem que sabe elogiar é um homem com uma flor no cabelo, um homem que come tudo ao redor, Abaporu polaco, abaporu negro de bigodes, como Cruz, nome que ele preferia em relação ao completo, o nome Souza do dono branco.

Quando escreveu sobre Cruz e Sousa, em Blues & Souza, explicitou-se nos sentimentos da Sabishisa, do Spleen, do Banzo e do Blues. A melancolia que é ao mesmo tempo condição para a poesia (e para a filosofia): seja ela o blues que vai dentro do rock, o baço amargo do romantismo, o banzo de Cruz, a Sabishisa do caminhante Bashô e seus haicais a buscar a simplicidade complexa da lágrima do peixe, da lua na neve. Leminski teve a acuidade necessária para enxergar a poesia disso e daquilo e por isso é o poeta, o prosador, o homem do elogio.

Caetano também gosta de enaltecer e o gabou algumas vezes. Numa delas, disse que ele tem uma mistura de concretismo com beatnik, que seus poemas eram concisos, rápidos e inspirados, “um barato muito único na curtição da literatura no Brasil”. A professora Leyla Perrone-Moysés o chamou de Samurai-malandro, que bastava olhar nos olhos dos poemas de Leminski para ver que o poeta estava dentro deles, que o que não interessava não ia junto para dentro da poesia. Era uma forma de escrever só como essencial. Haveria um “olho do furacão imóvel”, enquanto o poeta administra o que escreve jogando com isso e para dentro dele. “Do rio de palavras, Leminski se ri, e à verborragia desatada ele pede, exigente, um momento de silêncio. Para bom entende-dor, meia palavra raspa; e para bom gozador, uma piscada basta. Leminski já foi e já voltou, e quem não percebe a inteireza de suas meias-palavras ainda nem saiu de casa”, disse em comentário publicado em Toda a Poesia, de 2013.

Este samurai malandro, segundo a comentadora, ganha a partida seja com a lâmina da malandragem ou um jogo de cintura que, em sua velocidade, nos surpreende, golpe e ginga tão simples que soam a um desaforo. É o que preconiza Leila. De tal forma este efeito de simplicidade na poesia de Leminski se dá que, diz Leila, qualquer “metagesticulçaão crítica ficaria ridícula, contraposta ao gesto exato do poeta”. A crítica literária lhe faz também fez o encômio de o chamar de beatnik caboclo com filosofia de malandro zen.

Haroldo de Campos resolveu apelidá-lo de um “Rimbaud curitibano com físico de judoca”. Outros elogios atravessados: Caipira cabotino, polilingue paroquiano cósmico!, para o concretista. Era em si um oxímoro, uma contradição em termos ao mesmo tempo que a dubiedade irônica de um dioscuro. Foi chamado de punk parnasiano, dadaísta clássico, a aliança da concentração com a descontração, conforme José Miguel Visnik, para quem Leminski era uma espécie de lugar entre o erudito e o desbundado.

Assim mesmo, se percebe a cada tentativa de uma definição de Leminski uma espécie de língua bífida, antagônica, contrastante, a ter que fazer uma coisa outra que não os elementos de que dispõe. É que falar de Leminski instaura uma espécie de fala, pois afim de captar a poesia do que se equilibra em opostos e gera um outro sempre arejador e adâmico, mesmo que em sua impossibilidade de ser qualquer coisa pela primeira vez. A poesia de Leminki, uma espécie de lisa prosa, concisa e prometeica. A prosa, poética e catártica, entranha do antropófago, barriga cheia de ideias, formas, cores e carnes. Ele escancara a erudição provinciana dos nossos, aplaude Visnik, mas não pelo flanco e sim por dentro. Chamou a prosa da torrente do Catatau de “enxame de consciência”, em que o pai do racionalismo, René Descartes se viu nos trópicos como que o próprio ocidente dentro do olho do furacão vital-natural-mítico de uma realidade plena de razões sempre além das que se conhece.

Paulo Leminski, além do poeta

Homem-antena poundiano, liquidificador subtropical de frutos do pensamento artístico de todo o mundo, estava vivo o tempo todo, a ponto de quase explodir. Os concretistas o acolheram, mas ele andava de lado, com uma forma inquieta e desajustada de estar no mundo, como se num exílio. Em 1964, foram publicados seus primeiros poemas, na revista dos paulistanistas da poesia concreta: Invenção, que tinha Décio Pignatari no comando. Deu aulas de História e de Redação a partir de então. Casou-se com a poeta Alice Ruiz ainda em 1968, com quem teve Áurea e Estrela, além de Miguel ângelo, que morreu com dez anos.

Leminski era também tradutor de John Lennon (Um atrapalho no trabalho), John Fante (Pergunte ao Pó), Yukio Mishima (Sol e Aço), Petronio (Satyricon), Samuel Beckett (Malone morre), James Joyce (Giacomo Joyce), entre outros. Compôs diversas músicas. Uma delas, Verdura, gravada em 1981, tornou o escritor-poeta curitibano conhecido em todo o País. Paulinho Boca de Cantor gravou-o também (Valeu, 1981) e Ney Matogrosso (Promessas demais, com Moraes Moreira e Zeca Baleiro, 1982), Moraes Moreira (Desejos manifestos, com Moraes Moreira e Zeca Baleiro, 1986), Arnaldo Antunes (Luzes, 1994), Itamar Assumpção (Dor elegante, 1998) e outros. A partir da década de 1970, publicou poemas em diversas revistas. Paralelamente, o trabalho, belíssimo, em prosa. Foi em 1975 que saiu Catatau, livro em “prosa experimental”. A dor elegante o matou no dia 7 de junho de 1989.






PARA ENCERRAR, ASSISTA: