Segunda, 31 de julho de 2023

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!

 


NÃO SEJA GUERREIRO.
SEJA DA PAZ




Escreva apenas para







FORA LULA GAGÁ!!



FORA DILMO GAGÁ!!








Dois minutos com prévidi

- OLHA ISSO:

"De acordo com o IBGE, quilombolas são grupos étnicos “com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão historicamente sofrida”.

ALGUÉM AÍ PRA TRADUZIR?!

- NÃO ESQUEÇAM!! AO VISITAR O CANAL DO PRÉVIDI (@JLPREVIDI NO YOUTUBE) CLIQUE EM INSCREVER-SE.

AGRADECIDOI!! AH, E SE GOSTAR DÊ UM POSITIVO:

Olá!

- EU NÃO CONSEGUI ADIVINHAR.
DE QUEM É ESTE ROSTO?



Virou moda as pessoas mudarem o rosto.
Os mais discretos terminam ou amenizam as rugas.
As criaturas mais "avançadinhas" modificam o nariz e fazem uma boca com beição. E, pior, colocam ou tiram as bochechas - ou maçãs.
As que têm o queixo mais chamativo conseguem disfarçar. Ficam com a cara totalmente diferente - mas, num primeiro momento, ficam felizes.
Pois bem, ficam felizes até o momento em que chega um amigo e diz:
- Puxa, como estás diferente!
O décimo que fala isso leva uns tapas.
Outro dia uma amiga quis briga comigo porque disse que ela estava com a cara totalmente diferente, mas ESTAVA MAIS BONITA.
Não teve briga.
A mocinha lá de cima?
É essa, a afilhada do SS, Maísa Silva:

 


COMUNICAÇÃO

- POSSO ENTRAR? - Sempre elogiei a atração dos sábados da RBS TV. Mas esta temporada está fraca. Nem a fantástica Cris Silva salva o programa. Neste último um casal, casados legalmente há 33 anos - a Cris insistia em 37 anos.
Me desculpem mas 33 anos de união "não é nada".
Dou um exemplo bem próximo: o jornalista Flávio Pereira, comentarista de O Sul, comemorou há pouco 40 anos de casamento com a Rosângela, e as três filhas.
Cris, posso te dar dezenas de exemplos de histórias maravilhosas. E com mais de 33 anos e histórias lindas.

- RECEBI MAIS ESTA SOBRE O COMERCIAL DO ZERO HORA - Essa falcatrua na ZH é clássica. Uma vez me enviaram um acesso grátis ao site por 30 dias, e no e-mail ficava claro que para ser ativado qualquer cobrança depois disso eu teria que ativar uma chave, algo que nunca fiz.
Depois de 30 dias veio a cobrança, reclamei e também não queriam estornar, até que lá pelas tantas o atendente me disse o seguinte: "Senhor, nenhuma empresa dá um brinde ao cliente sem uma pegadinha por trás."
Quando ele disse isso solicitei então que me fosse enviada a gravação daquele atendimento, e o atendente mudou completamente o rumo da conversa ao perceber a merda que falou.
Ele fez o estorno e cancelou minha assinatura, mesmo assim pedi a gravação da conversa(caso o estorno não fosse realmente feito). A assinatura foi cancelada, depois de alguns dias o estorno foi efetuado, mas a gravação estou esperando até hoje.

- CUMPRIMENTEM A JORNALISTA - Sim, mandem uma mensagem para a Rosane de Oliveira, colunista Política de ZH, cumprimentando-a pela volta ao Jornalismo de primeira linha.

- PAUTAS - Salários absurdos do judiciário e os Audi para a s excelências do tribunal de justiça são alguns exemplos dos últimos trabalhos dela.

- LEMBRANÇAS - No início da carreira, Rosane teve como editor o José Barrionuevo. Ela ia na Assembleia quase sempre com a Marta Sfredo - mais tarde esta optou pela Economia. Os três eram do Correio do Povo, propriedade do Renato Ribeiro. Quando os bispos chegaram todos já estavam no Zero Hora.

- CANAL LIVRE - Ontem, na entrevista do presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, estava o Felipe Vieira, como um dos entrevistadores.


pensando bem

Vladimir Putin é considerado um dos 12 homens mais ruins do mundo. Os outros 11 jogam no Grêmio.

Do Marco Verri, depois da derrota vergonhosa para o Flamengo, no Humaitá.


POLÍTICA

- PRESIDENTES - O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, fala um português nota 10. Lula, terceira vez presidente do Brasil, não consegue falar português.

- CARAVANA DA DEMAGOGIA - Começaram as malandragens asquerosas do petismo! O ministro dos direitos humanos, Silvio Almeida, vai visitar todas as prisões do país. O objetivo? Preocupação com denúncias de "fome forçada" e "ausência de água potável". Almeida "quer enfrentar" as "violações de direitos humanos". Pretende anunciar medidas e auxílios aos Estados.
Petista SUPERADORA um bandido!!

- DO DEPUTADO FEDERAL BIBO NUNES: Parabéns a todos nós, que colaboramos via pix, com Jair Bolsonaro, chegando a uma quantia superior a 17 milhões de reais.
O valor doado por cada um não fará falta, mas demonstra o carinho e respeito pelo injustiçado ex-presidente, que pagará suas multas e ainda comerá pastel com caldo de cana.
Também serve para ver que os quase 60 milhões de eleitores continuam com ele.
Patriotas sempre vencem mercenários!

- GABRIELZINHO - É o governador de fato do RS. Levantamento no Zero Hora de final de semana.

- ESSA ANTA OBESA É ADMIRADA PELA IXQUERDA BURRA




- TÔ COM SAUDADE DELA


Putin pediu grana para a nossa banqueira e ela deu um não na cara do gajo.


PERGUNTINHA

- CADÊ OS VÍDEOS DA "AGRESSÃO" AO URUBU PAI E URUBU FILHO NA ITÁLIA?


ECONOMIA

O BILIONÁRIO TCHECO - Do Bloomberg:

O acordo de reestruturação do grupo francês Casino Guichard Perrachon, dono do Grupo Pão de Açúcar no Brasil, foi concluído nesta semana depois que o conselho da rede varejista aprovou uma proposta para recapitalizar o negócio e reduzir a dívida da empresa, de 6,1 bilhões de euros.
Por trás da negociação vencedora está o empresário tcheco Daniel Kretinsky, que deve assumir a companhia em um consórcio com os grupos EP Commerce Global, Fimalac e o credor Attestor Capital.
Com 48 anos, Kretinsky é um ex-advogado que construiu um império de combustíveis fósseis estimado em mais de US$ 17 bilhões, adquirindo ativos “sujos” (em emissão) a preços baixos vendidos por empresas da Europa que se apressavam para descarbonizar a operação.
Ele tinha uma fortuna de mais de US$ 9 bilhões em abril, segundo estimativas. Isso o elevou ao status de oligarca, com um castelo francês e participações em empresas como Foot Locker e Royal Mail do Reino Unido, além do clube West Ham e o jornal francês Le Monde.


cONFRARIA DO
CACHORRO QUENTE

ARTHUR DE FARIA
A reunião pode ser aqui em minha casa.
A decoração já está pronta:



ALEXANDRE
Salve!
Acho que o Pancho uruguaio que agora está na praça da Alfândega merece um crédito. Depois de tudo que passou em função da retirada do viaduto da Borges, está tentando se reerguer, e o cardápio é bom e acessível.
Abraços

- VAMOS LÁ, SUGESTÕES DE LOCAL PARA FAZERMOS A FESTA DE 10 ANOS DA PRIMEIRA REUNIÃO DA CONFRARIA DO CACHORRO QUENTE.

IDEIAS PARA JLPREVIDI@GMAIL.COM

MODERNIDADE



- REALSER INAUGURA CLÍNICA NO BAIRRO PRAIA DE BELAS - A clínica está em pleno funcionamento. Os profissionais oferecem  procedimentos que estimulam o emagrecimento, melhora do metabolismo, redução de manchas do corpo e, até mesmo, as tão indesejadas varizes. Além da harmonização facial. A Realser é da responsabilidade dos sócios José André (sócio Realser Porto Alegre), Paula Fernandes (sócia Realser Porto Alegre), Roberta Biehl (sócia Sorrifácil POA 3 Figueiras) e Fernando Piegas (sócio Realser Franchising).
Clínica REALSER – @realser_portoalegre
Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, 565
PORTO ALEGRE – RS

- DO TIAGO DIMER (Refloat Therapy - 51 99459 2173):




futebol E OUTROS

- PERGUNTINHA DO JORNALISTA FLÁVIO DUTRA - Disputa ferrenha: o que vai ocorrer primeiro – um gol de Enner Valença pelo Inter ou o aparecimento das imagens no Aeroporto de Roma?

- ALGUÉM DUVIDA? - Tiquinho Soares, o atilheiro do Brsileirão, vai ser titular da Seleção Brasileira nos jogos das eliminatórias da Copa do Mundo.

BOTAFOGO - O Coritiba tentou, mas como os demais adversários do líder sucumbiu. Tomou quatro. Em compensação os paranaenses fizeram um gol lindíssimo.

- DEYVERSON - O ex-jogador do Palmeiras é um craque e foi o responsável por mais um fracasso do Internacional. Deyverson do Cuiabá joga muito e ganha de acordo com o seu futebol: 300 mil reais por mês. Ele ainda é o grande líder do time e colocou na sola da chuteira todos os "craques" do Colorado e fez o mantinha-no-pescoço ficar com cara de Renato.

- JUVENTUDE - Faturou o Botafogo de Ribeirão Preto, em SP. Meteu dois. E agora está em 8º com 33 pontos. O primeiro colocado, Sport, tem 38. Tudo é possível, ao contrário da série A - o Botafogo já é o campeão.

- GRÊMIO - Ainda bem que não jogou no final de semana. Ainda junta os cacos. E o Renato deve estar jogando futevôlei em alguma praia carioca.

- FLAMENGO - Está mais vivo do que nunca, mesmo com a briga do preparador físico com o craque Pedro. Saiu perdendo pro Atlético mineiro e virou bonito.


piadinha


Sexta, 28 de julho de 2023

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!

 


NÃO SEJA GUERREIRO.
SEJA DA PAZ




Escreva apenas para







FORA LULA GAGÁ!!


FORA DILMO GAGÁ!!








Dois minutos com prévidi

- POR FALAR EM ESQUECIMENTO... ESQUECI O QUE IRIA ESCREVER!!
POR QUE TANTAS QUEIXAS DE ESQUECIMENTO?
(PS - NÃO SEI A PRONÚNCIA DE REI LEAR)


- NÃO ESQUEÇAM!! AO VISITAR O CANAL DO PRÉVIDI (@JLPREVIDI NO YOUTUBE) CLIQUE EM INSCREVER-SE.

AGRADECIDOI!! AH, E SE GOSTAR, TECLA AÍ:



especial

Nesta sexta, uma cesta
de 
Guimarães Rosa!  


O maior escritor brasileiro do século XX?
Apenas um gênio!




Quem elegeu a busca não pode recusar a travessia.


Eu falo português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras.
Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração.




É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.






Guimarães Rosa (João Guimarães Rosa) nasceu numa pequena cidade de Minas Gerais, Cordisburgo, em  27 de junho de 1908 e faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 1967.

Foi escritor, diplomata e médico, considerado por muitos o maior escritor brasileiro do século XX e um dos maiores de todos os tempos. Foi o segundo marido de Aracy de Carvalho, conhecida como "Anjo de Hamburgo".

Seus contos e romances escritos ambientam-se quase todos no sertão. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de "falares populares" e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas.


Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 6 de agosto de 1963, sendo o terceiro ocupante da cadeira nº 2, que tem como patrono Álvares de Azevedo.

Foi o primeiro dos seis filhos de Florduardo Pinto Rosa ("Flor") e de Francisca Guimarães Rosa ("Chiquitita").

Começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês antes dos 6 anos. 

Ainda pequeno, mudou-se para a casa dos avós, em Belo Horizonte, onde concluiu o curso primário. Iniciou o curso secundário no Colégio Santo Antônio, em São João del-Rei, mas logo retornou a Belo Horizonte, onde se formou. O tio Adonias, fazendeiro muito rico, dono da fazenda Sarandi, patrocinou os estudos de Guimarães Rosa no colégio Arnaldo. Em 1925 matriculou-se na então "Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais", com 16 anos.

Em 27 de junho de 1930 casou com Lígia Cabral Pena, de apenas 16 anos, com quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. Ainda nesse ano se formou e passou a exercer a profissão em Itaguara, então distrito de Itaúna (MG), onde permaneceu cerca de dois anos. Foi nessa localidade que passou a ter contato com os elementos do sertão que serviram de referência e inspiração a sua obra.

Eu quase que nada sei mas desconfio de muita coisa.

De volta de Itaguara, Guimarães Rosa serviu como médico voluntário da Força Pública (atual Polícia Militar), durante a Revolução Constitucionalista de 1932, indo para o setor do Túnel em Passa Quatro (MG) onde tomou contato com o futuro presidente Juscelino Kubitschek, naquela ocasião o médico-chefe do Hospital de Sangue.

Posteriormente, entrou para o quadro da Força Pública, por concurso. Em 1933 foi para Barbacena na qualidade de Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria. Aprovado no concurso do Itamaraty, passou alguns anos de sua vida como diplomata na Europa e na América Latina.


No início da carreira diplomática, exerceu, como primeira função no exterior, o cargo de cônsul-adjunto do Brasil em Hamburgo, na Alemanha, de 1938 a 1942. Lá, conheceu e veio a casar-se com Aracy de Carvalho (foto), funcionária da Itamaraty que, no contexto da Segunda Guerra Mundial, para auxiliar judeus a fugir para o Brasil, emitiu mais vistos do que as cotas legalmente estipuladas. Por essa razão, Aracy ganhou, por essa ação humanitária e de coragem, no pós-Guerra, o reconhecimento do Estado de Israel. É a única mulher brasileira homenageada no Jardim dos Justos entre as Nações, no Yad Vashem, que é o memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto.

Depois de servir em Hamburgo, Guimarães Rosa serviu ainda, como diplomata, nas embaixadas do Brasil em Bogotá e em Paris.

No Brasil, Guimarães Rosa, na segunda vez em que se candidatou para a Academia Brasileira de Letras, foi eleito por unanimidade (1963). Temendo ser tomado por uma forte emoção, adiou a cerimônia de posse por quatro anos. Em seu discurso, quando enfim decidiu assumir a cadeira da Academia, em 1967, chegou a afirmar, em tom de despedida, como se soubesse o que se passaria ao entardecer do domingo seguinte:

"…a gente morre é para provar que viveu." 


Faleceu três dias mais tarde no Rio de Janeiro, em 19 de novembro. Seu laudo médico atestou um infarto, porém sua morte permanece um mistério inexplicável, sobretudo por estar previamente anunciada em sua obra mais marcante — Grande Sertão: Veredas —, romance qualificado por Rosa como uma "autobiografia irracional".

Talvez a explicação esteja na própria travessia simbólica do rio e do sertão de Riobaldo, ou no amor inexplicável por Diadorim, maravilhoso demais e terrível demais, beleza e medo ao mesmo tempo, ser e não-ser, verdade e mentira, estar e não estar. Diadorim-Mediador, a alma que se perde na consumação do pacto com a linguagem e a poesia. Riobaldo (Rosa-IO-bardo), o poeta-guerreiro que, em estado de transe, dá à luz obras-primas da literatura universal. Biografia e ficção se fundem e se confundem nas páginas enigmáticas de João Guimarães Rosa, morto prematuramente aos 59 anos de idade, no ápice de sua carreira literária e diplomática. Foi sepultado no panteão da Academia Brasileira de Letras no Cemitério de São João Batista na cidade do Rio de Janeiro.

Guimarães Rosa foi ainda indicado ao prêmio Nobel de Literatura, pouco antes de falecer de ataque cardíaco.

Em 1967, Guimarães Rosa foi indicado para o prêmio Nobel de Literatura. A indicação, iniciativa dos seus editores alemães, franceses e italianos, foi barrada pela morte do escritor. A obra do brasileiro havia alcançado esferas talvez até hoje desconhecidas. Quando morreu tinha 59 anos. Fenômeno da literatura brasileira, Rosa começou a publicar aos 38 anos. Sua obra se impôs não apenas no Brasil, mas alcançou o mundo.

Obras

1936: Magma

1946: Sagarana

1952: Com o Vaqueiro Mariano

1956: Corpo de Baile: Noites do Sertão

1956: Grande Sertão: Veredas

1962: Primeiras Estórias

1964: Campo Geral

1967: Tutaméia – Terceiras Estórias

1969: Estas Estórias (póstumo)

1970: Ave, Palavra (póstumo)

2011: Antes das Primeiras Estórias (póstumo)


Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria
sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer


Entrevista em Berlim - 1962


Olhos de Diadorim

O calor do dia abrandava. Naqueles olhos e tanto de Diadorim, o verde mudava sempre, como a água de todos os rios em seus lugares ensombrados. Aquele verde, arenoso, mas tão moço, tinha muita velhice, muita velhice, querendo me contar coisas que a ideia da gente não dá para se entender - e acho que é por isso que a gente morre. De Diadorim ter vindo, e ficar esbarrado ali, esperando meu acordar e me vendo meu dormir, era engraçado, era para se dar a feliz risada. Não dei. Nem pude nem quis. Apanhei foi o silêncio dum sentimento, feito um decreto: 
- Que você em sua vida toda toda por diante, tem de ficar para mim, Riobaldo, pegado em mim, sempre!... - que era como se Diadorim estivesse dizendo.



A Terceira Margem do Rio

Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.

Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a idéia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.

Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — “Cê vai, ocê fique, você nunca volte!” Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — “Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?” Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa.

Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho.

Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas — passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitariamente. Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s’embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa.

No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a idéia que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do rio, enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfim de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no ao-longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do rio. Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, que fiz, e refiz, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe muito não se demonstrava.

Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios. Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao padre que um dia se revestisse, em praia de margem, para esconjurar e clamar a nosso pai o ‘dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para medo, vieram os dois soldados. Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou diluso, cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos homens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele.

A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele agüentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fizesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-ilha, no esconso. Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um fósforo. O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável. Não adoecia? E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do rio tudo rola o perigoso, aqueles corpos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo — de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no passo de outros sobressaltos.

Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de sol e dos pêlos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia.

Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: — “Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim…”; o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados.

Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos. Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida. Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de mim, eu sei — na vagação, no rio no ermo — sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fizesse recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das primeiras cheias do rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fim-do-mundo, diziam: que nosso pai fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, eu não podia malsinar. E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos.

Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia.

Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — “Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto… Agora, o senhor vem, não carece mais… O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!…” E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo.

Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n’água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia… Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão.

Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não para, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.


Viver para odiar uma pessoa é o mesmo que passar uma vida inteira dedicado à ela.

Viver de graça é mais barato.

Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria
sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer


Quinta, 27 de julho de 2023

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!

 


NÃO SEJA GUERREIRO.
SEJA DA PAZ




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FORA LULA GAGÁ!!


FORA DILMO GAGÁ!!








Dois minutos com prévidi

- POR QUE UMA GRANDE PARCELA DAS JOGADORAS DE FUTEBOL, HOJE, SÃO HOMOSSEXUAIS?


- NÃO ESQUEÇAM!! AO VISITAR O CANAL DO PRÉVIDI (@JLPREVIDI NO YOUTUBE) CLIQUE EM INSCREVER-SE.

AGRADECIDOI!! AH, E SE GOSTAR DÊ UM POSITIVO:

Olá!

- A DICA É DO JORNALISTA ROGÉRIO AMARAL:
(ALEGRIA DE DIABÉTICOS!!)

Chegou Mu-Mu Gold! A versão premium de Mu-Mu, o tradicional doce de leite da Neugebauer.  

Mu-Mu Gold vem em embalagem de vidro e apresenta uma receita com mais leite e menos açúcar. A qualidade da marca Mu-Mu com ainda mais cremosidade, suavidade e leveza.

Experimente mais essa novidade da família Mu-Mu!


COMUNICAÇÃO

- ELA ESTÁ DE VOLTA!! - A Rosane de Oliveira voltou a ser... a Grande Rosane. Depois dos Audi para as excelências do Tribunal de Justiça, ela aponta hoje salários absurdos. Por exemplo, a presidente do Tribunal de Justiça, doutora Iris Helena Medeiros Nogueira, neste mês, recebeu a bagatela de R$ 662.389,16 LÍQUIDOS!!
JURO QUE EU CASAVA COM A DOUTORA!!
Os demais salários absurdos que ela registra ficam na casa dos 500 mil reais.

- PENA - Que o Zero Hora está dando os últimos suspiros. Mas a Rosane pode ficar brilhando no GZH.

- SERÁ QUE É ISSO MESMO - Não assisti e nem vou assistir aos jogos da Copa feminina. Mas pelo que notei os jogos do Brasil e outros foram narrados por mulheres. Aí significa que os jogos de homens serão narrados por homens?

- NA ESTRADA - Tenho uma muito boa, da Sara Bodowski, que irá apresentar no Que Papo é Esse? oi quadro Na Estrada.
Há uns anos atrás, num carro da RBS, claro, ela, um fotógrafo e, óbvio, o motorista. Ao passarem por um posto de gasolina, viram que a lojinha estava aberta e o fotógrafo sugeriu que tomassem um café.
A Sara, seriíssima:
- Tá muito cheio, vão me reconhecer aí nem vou poder tomar o café!
TÓING!!!

- NA ESTRADA 2 - Tem tudo para dar certo o quadro da Sara. A ideia é tão boa que deveria ser um programa, com 3 ou 4 matérias por programa.


POLÍTICA

Desvio asfaltado do pedágio de Portão

OTIMISMO - Mesmo ainda faltando três anos e meio para terminar o desgoverno do descondenado, não podemos perder a esperança e a força do trabalho. A afirmação é do deputado federal Bibo Nunes, que destaca: ""Quem tem medo de perder perde a vontade de ganhar."
O deputado acredita que não é hora para desânimo. "Digo isso para quem se acha derrotado pelo desgoverno atual", pondera.
- Por isso não admito se dar por derrotado, logo após a luta ter começado. Temos que trabalhar, cada vez mais - finaliza Bibo Nunes.

- APOIOS AO DILMO - Em todo o país pipocam homenagens ao presidente Dilmo da Silva, pela nova legislação que restringe a compra de armas, legalmente.
Prepare-se, não vá se emocionar e chorar:



 


PERGUNTINHA

- CADÊ OS VÍDEOS DA "AGRESSÃO" AO URUBU PAI E URUBU FILHO NA ITÁLIA?


cONFRARIA DO
CACHORRO QUENTE

- VAMOS LÁ, SUGESTÕES DE LOCAL PARA FAZERMOS A FESTA DE 10 ANOS DA PRIMEIRA REUNIÃO DA CONFRARIA DO CACHORRO QUENTE.

IDEIAS PARA JLPREVIDI@GMAIL.COM

MODERNIDADEm


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futebol E OUTROS

- PERDEU, MANÉ - Assisti ao jogo de ontem e jamais torço para o Flamengo. Quando perderam o pênalti, tive a certeza de que o Grêmio iria pra cima. Nada disso, jogaram com medo. Até foi barato o 2 a 1.

- CHUTADORES - Nenhum entendido em futebol passou perto do resultado final de Grêmio e Flamengo.

- DATA FATAL - Se na terça o Internacional perder para o River, algo me diz que a torcida, ensandecida, fará algo contra a tal direção.

piadinha