O IDIOTA TAMBÉM
É UM ENERGÚMENO?
Ontem, no post de "
Quarta, 23 de abril de 2014", com o título "
TAMBÉM NÃO POSSO ACREDITAR!!", publiquei uma capa de "O Bairrista" - que o Grêmio era o campeão gaúcho de 2014. Recebi de um amigo/leitor. Uma brincadeira. Nem sei se a tal capa existiu mesmo, mas resolvi postar porque era muito curioso, para não dizer engraçado. Pensei: se existiu mesmo, como os caras deixaram circular. Uma baita babada. Barriga, como se diz no meio jornalístico.
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Claro que circulou O BAIRRISTA com a capa do Inter Campeão de 2014.
Mas essa do Grêmio circulou, de alguma forma.
Olha as fotos de O BAIRRISTA em Caxias do Sul.
O gentil Eduardo, do jornal, mandou:
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Ontem à tarde me avisam que o tal do "Junior Maicá", que vem a ser o (ex-) dono de O Bairrista - não sei, agora, é da RBS? - respondeu, via Facebook, ao post. O cara é muito engraçadinho, mesmo. O nome dele lá é Jnior Maicá. Isso mesmo, Jnior.
Olha só:
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Não me importo com críticas, até gosto.
Mas o site desse rapazinho... eu fui o primeiro a repercutir as suas sacadas, e ele sabe disso. Foi uma indicação do arquiteto Eduardo Escobar. No início, muito engraçado.
Aí, sabe como é, o cara cresceu o olho, com o negócio da RBS, e virou o que é hoje.
Como é que o cara deixou esta capa circular? Como é que veio parar no meu email?
Depois ele acha que está trabalhando!!
Hahahaha!!!
E quer que um jornal, "papel", consiga competir com a internet!!!
Hahahaha!!!
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O BAIRRISTA, LEIA
ESTE TEXTO DO DUDA TAJES. DE NOVO!
Claro que ele não sabe quem é, mas é um baita publicitário.
E se precisar de interpretação, manda um email.
Robert McKee e o dia em que O Bairrista perdeu a graça
Quando eu estava morando em São Paulo, tive a sorte de participar do seminário Genre, do Robert McKee. O cara é realmente mestre em contar histórias e sabe absolutamente tudo sobre como escrever bons roteiros. Tanto que um montão de alunos dele ganharam Oscars, Globos de Ouro, Emmys e o escambau. Por quatro dias, ele dissecou quatro gêneros de cinema: terror, suspense, comédia e histórias de amor. Durante a manhã, ele explicava cada elemento do gênero. Depois do almoço, rodava um filme e ia parando para mostrar como aquele roteiro era perfeito dentro dos aspectos discutidos antes.
Comédia era o tema do terceiro dia. O filme que ele exibiu foi "Um Peixe Chamado Wanda".
Nas discussões finais, Mckee falou que a mente cômica é furiosa, que o riso é uma forma de ataque às pessoas e instituições que o escritor/humorista odeia. E que é impossível fazer piada com o que a gente gosta.
O exemplo era o próprio John Cleese. Um sujeito que odiava a Inglaterra e os ingleses quando escreveu Um Peixe Chamado Wanda. Nove anos de terapia depois, sem ódio no coração, fracassou ao escrever Fierce Creatures (não vi e não sei o nome em português). Mister Robert dedicou alguns minutos descrevendo o tamanho da porcaria que era o filme.
Pensei: "bah, é mesmo".
E onde O Bairrista entra nessa história?
Entra no momento em que um gorducho da região metropolitana, provavelmente enojado das manchetes da Zero Hora, criou um perfil em redes sociais que escancaravam o ridículo dos donos da opinião pública no RS. Um cara que eu seguia no Twitter e curtia no Facebook pela ironia, pela inteligência e pelo ódio ao mainstream.
O problema é que ele começou a ser seguido pelos verdadeiros bairristas. E acabou comprado pela RBS.
Um por amor. Dois, por dinheiro.
Acabou-se a crítica.
E virou mainstream. Juntou amigos grandes e gordos pra ameaçar quem o criticava, "prejudicando os negócios" dele. Tenho um amigo que pode comprovar isto.
Por dinheiro, passou a amar quem era motivo de piada.
Foi-se o ódio.
Perdeu a graça.
A mente cômica é furiosa e não pode ser comprada, sob o risco de deixar de ser cômica.
Eu não sigo mais O Bairrista na Twitter, nem curto no Facebook.
E se ele vier sozinho me ameaçar, caio dentro sem dizer que sou faixa marrom de Full-Contact.
Com o ódio que corre nas minhas veias e que ele já não tem mais, acho que compenso a diferença de altura, de peso, e quebro ele. ;)