Segunda, 1ª de agosto de 2022

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!



Escreva apenas para


MUDANÇA NOS COMENTÁRIOS:
CHEGA DE MACHÕES ANÔNIMOS

Todos podem fazer críticas, a mim, a qualquer pessoa ou instituição. Desde que SE IDENTIFIQUE. Não apenas com o primeiro nome. Claro que existem pessoas que conheço e que não necessito dessas informações. MAS NÃO VOU PUBLICAR CR[ÍTICAS FEROZES OU BRINCADEIRAS DE PÉSSIMO GOSTO. NADA DE OFENSAS, NEM ASSINANDO!! 

E não esqueça: mesmo os "comentaristas anônimos" podem ser identificados pelo IP sempre que assim for necessário. Cada um é responsável pelo que escreve.



LOCKDOWN DO FIOFÓ!!

2020: 'Fique em casa" 2022: "Não queime a rosca"


Logo que esta informação começou a circular, a reação das lideranças LGBTGQUI+ se reuniram e tiraram uma nota oficial considerando a notícia como fake. Até porque os veículos que apoiam a causa não se manifestaram, como a Folha de S.Paulo.

Um ex-governador de um Estado no calcanhar do Brasil reagiu:

- Pessoal, vamos com calma. Quem sabe, assim como fizemos o "fique em casa", em 2020, agora, em 2022, vamos seguir esta campanha:

LOCKDOWN DE FIOFÓ 
ABSTINÊNCIA JÁ!!  
 

Um ex-governador do centro do país postou nas redes sociais a invenção de um colega norte-americano: uma "máscara":


Outro modelo:




Enquanto isso, em Pelotas, o ex-reitor comandou uma passeata monstro contra a OMS:


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ÚLTIMA NOTA DA PÁGINA
DO GAUCHAZH DE DOMINGO

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX


ESCÂNDALO!!

DUDU MILK DÁ PÉSSIMO EXEMPLO
E FURA O LOCKDOWN!!


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E ESSA?



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MENOS UM -
Conheci o poeta Luiz de Miranda, em razão das campanhas de Alceu Collares. Cheio de ideias, bom de histórias e orgulhoso sempre das suas poesias e seus amigos famosos em todo o Brasil.
Miranda viveu no Uruguai, Argentina e no Rio de Janeiro.
Seu primeiro livro foi Memorial, em 1973. Publicou sua produção em diversos suplementos, revistas e antologias no Brasil e no exterior. Em sua extensa bibliografia estão títulos como o excelente Porto Alegre – roteiro da paixão (1985), Amor de amar (1986), Livro dos meses (1992), Livro do pampa (1995), Trilogia do azul, do mar, da madrugada e da ventania (2000), Cantos de sesmaria (2003), Nunca mais seremos os mesmos (2005) e Monolítico (2009). Sua obra foi reconhecida com premiações no Brasil, Estados Unidos, Itália, Paraguai e Panamá.
Pensei que não tinha uma foto com ele, mas encontrei essa aí, no Tapas Bar (rua da República), no lançamento de um dos meus livros, em dezembro de 2011. Miranda está com o indefectível chapéu preto:


Fred Marcovici definiu:
O poeta dominou integralmente o cidadão. Tornou-se a melhor metáfora de si mesmo.
Que esteja num bom lugar.

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COMBATER A CONVERSA FIADA DA IXQUERDA


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PEDRO ERNESTO DENARDIN - Via Facebook:

"Estou vivendo fortes emoções. Assisti o documentário feito sobre mim pela ESPN Brasil. Foi fantástico. Uma homenagem que nunca imaginei receber. Comemorando 100 anos do rádio cinco narradores brasileiros tiveram documentário.  Uma obra de arte jornalística. Eu era um deles. Isto foi na quarta à noite. Na quinta recebi mais uma vez o troféu Top of Mind, o locutor esportivo mais lembrado pelos gaúchos sendo pesquisa da Revista Amanhã. São 15 anos consecutivos. Que orgulho. Obrigado a todos. Deus me deu muito mais do que mereço. Muita emoção nestes dias."

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CANDIDATOS - Se eu fosse filiado ao MDB estaria hoje exilado, fora de tudo. Como tenho bons amigos no partido, estou como eles, morrendo de vergonha. Por mais que tente, não consigo entender este deputado estadual, Gabrielzinho  Souza, que se entregou ao Dudu Milk.
Tenho certeza absoluta que não se elege nem pra conselho tutelar de cacimbinhas.
...
Imagine um partido que elegeu QUATRO governadores, desde 1982 - Simon, Brito, Rigotto e Sartori -  fazer campanha para um dos piores governadores que o RS já teve. UM EMEDEBISTA DE VERDADE NÃO VOTA EM DUDU MILK.
...
Sei não, mas acredito que estão enterrando o MDB, assim como Dudu Milk ajudou a enterrar o PSDB.
...
Do jornalista Gustavo Mota, que entende de MDB:
A convenção do MDB decidiu(extra oficial) ser vice do PSDB.O placar apertado, 239 a favor da coligação, e 212 contra mais 22 nulos mostra que o partido vai literalmente rachado para a eleição. Jogaram um jato de Leite na chama do MDB. O partido no RS se abrasileirou e virou uma agência de empregos e vantagens. Não, a culpa não é do Leite. É de quem vendeu o mdb do RS.  E , também, dos históricos que fingiam não ver a metodologia da negociata e fisiologismo que foi se incorporando ao partido há décadas e nesta convenção cobrou a conta.

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CANDIDATOS OFICIAIS 1 - Jair Bolsonaro presidente e Onyx Lorenzoni governador pelo PL.




CANDIDATOS OFICIAIS 2 - Ciro Gomes presidente e Vieira da Cunha governador pelo PDT.


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CANDIDATOS OFICIAIS 3 - Luiz Carlos Heinze candidato a governador pelo PP.



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CANDIDATOS OFICIAIS 4 - Edegar Pretto vai ao Governo pelo PT, tendo como vice o ex-candidato a governador pelo Psol, Pedro Ruas. 



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SLOGANS DE CAMPANHA - Numa primeira "análise", os petes poderiam atacar de "Pretto pelas Ruas". Heinze daria um espirro, dizendo o seu nome. Vieira, o Vieira tem o sorriso com marca e o Ciro, o Ciro é um poeta, calado. Onyx tinha que sempre aparecer pilotando um Chevrolet Onix, fazendo acrobacias - "assim será quando eu governar o Rio Grande". A do Dudu? Um jato de leite na chama do MDB.
...
A criação é o meu forte!!

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CÁ ENTRE NÓS - Se os emedebistas têm um pouco de vergonha na cara não darão um voto para o Dudu Milk. Nem que ofereçam CCs.

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COMO SE CHAMA ISSO?
CLUBE DA LULUZINHA?
CLUBE DAS MISÂNDRICAS GAUDÉRIAS?
"SOU MULHER, MÃE, TRABALHADORA..."

SE UNS IDIOTAS FAZEM UM EVENTO SÓ PARA HOMENS, ESSAS MOÇAS PRECISAM IMITÁ-LOS?

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OGOCHI - Vi pela primeira vez esta coisa nos estádios. E ficava pensando: O que  leva um empresário a colocar este nome em um negócio? Até que ontem vi o caso. É uma fábrica de roupas masculinas, há 22 anos em Santa Catarina. O dono? Sidney Ogochi é o cara.
Será que o galã aí não poderia inventar um nome mais "sonoro" para seu negócio?

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PENSEI QUE FOSSE MAIS - Nos primeiros seis meses do ano, 80 pessoas trocaram de sexo e/ou nome no RS. No ano passado, no mesmo período, foram 64. Informação do gauchazh.

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ALUNES DE DONA DILMA

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LANÇAMENTOS
EDITORA ESCUNA

Enfartei em Portugal - Uma história verídica, do Paulo Palombo Pruss.
PEDIDOS PELO paulopruss@hotmail.com - R$ 45,00
(despesas de Correio incluídas)


O Rei de Bulhufas, do Paulo Motta.
PEDIDOS PELO paulopruss@hotmail.com - R$ 45,00
(despesas de Correio incluídas)

Alfredo Octávio - O maior jornalista do Brasil, de JLPrévidi - ÚLTIMOS EXEMPLARES
PEDIDOS PELO jlprevidi@gmail.com -
R$ 35,00
(despesas de Correio incluídas)


Um Piano Dentro da Noite, de Marcelo Villas-Bôas.
A venda na 
Estante Virtual e na Livraria Erico Veríssimo.
PEDIDOS PELO villas.marcelo@gmail.co - R$ 50,00

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VACINAS

Os protegidos precisam ser protegidos dos não protegidos forçando os não protegidos a usar a proteção que não protegeu os protegidos.
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ELEIÇÕES DO POA STREAMING - A direção do canal POA Streaming apresentou o slogan da cobertura especial das eleições deste ano. Com todo o processo anunciado ainda em maio, sendo a primeira emissora a apresentar a sua atuação no pleito de 2022, o slogan “O nosso slogan é a verdade!” foi divulgado pelas redes sociais da emissora.
Para o diretor-geral, Fabiano Brasil, o compromisso obrigatório, não só nesta cobertura mas em todos os momentos de um grupo de comunicação, noticiar os fatos exatamente como eles acontecem sendo que não seria necessário criar qualquer artifício para explicar ao grande público o que será veiculado no canal: “É vital ter credibilidade para que todos que consumam o nosso conteúdo é exatamente aquele que corresponde com o fato. Seria desnecessário informar ao nosso público que o nosso compromisso sempre será com a notícia exatamente como ela acontece. Sem invenções ou pirotecnias”, explica Brasil.
“Já estamos realizando desde 1º de junho a maior cobertura das eleições com aquilo que é o básico do jornalismo sério e com credibilidade - a verdade, pura e simples”.
Sendo assim, a frase “Nosso slogan é a verdade!”deverá acompanhar todo o processo eleitoral e continuar sendo colocado como o principal pilar da emissora.
A cobertura das eleições 2022 acontece diariamente em dois programas, o Programa do Brasil e o Conexão POA, com apresentação de Tom Szekir, e em dois programas semanais, o Sem Filtros, com Cássio Peres e Alexandre Monteiro, nas quintas-feiras às 19 holras, e no Nos Bastidores da Política, nas sextas, às 17horas.
A Rede POA Streaming está disponível em todas as redes sociais diariamente das 10 horas às 22 horas.
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PIADINHA



Sexta, 29 de agosto de 2022

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!




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CHEGA DE MACHÕES ANÔNIMOS

Todos podem fazer críticas, a mim, a qualquer pessoa ou instituição. Desde que SE IDENTIFIQUE. Não apenas com o primeiro nome. Claro que existem pessoas que conheço e que não necessito dessas informações. MAS NÃO VOU PUBLICAR CR[ÍTICAS FEROZES OU BRINCADEIRAS DE PÉSSIMO GOSTO. NADA DE OFENSAS, NEM ASSINANDO!! 

E não esqueça: mesmo os "comentaristas anônimos" podem ser identificados pelo IP sempre que assim for necessário. Cada um é responsável pelo que escreve.



especial

Nesta sexta, uma cesta
de Anatole France ! 



Pensamentos que
permanecem até hoje


Só os homens que não se interessam por mulheres interessam-se pelas suas roupas. Os homens que realmente gostam de mulheres nem percebem o que elas estão a usar.


De todas as escolas que frequentei, a da rua, foi a que me pareceu melhor.


O que a juventude tem de melhor é a capacidade de admirar sem compreender.


Não há governos populares. Governar é descontentar.


O cristianismo prestou ao amor um grande serviço, quando o anunciou como pecado.



Na França pós-queda da Bastilha, Gamelin, pintor pouco virtuoso mas idealista, acaba sendo recrutado para uma função-chave dentro da chamada fase do Terror da Revolução Francesa: a de jurado do Tribunal Revolucionário – o que, na prática, significa que pode mandar qualquer um à guilhotina. No desempenho desse papel terrível, os valores éticos e morais do protagonista vão sendo postos à prova.





Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde, e a curiosidade é viva e saudável apenas nas mentes felizes.


Anatole France (Jacques Anatole François Thibault)  é natural de Paris, nascido em 16 de abril de 1844. Foi jornalista, poeta e romancista muito popular. Vendeu muitos livros. Ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1921.

Seu pais, um livreiro em Paris, chamava sua loja de "Librarie de France" - daí o seu pseudônimo. Desde guri, Anatole foi um leitor insaciável. Sua primeira coleção de poemas, Poemas Dourados, foi publicada em 1873.

Por 20 anos France ocupou diversos cargos, mas sempre com tempo para seus escritos, especialmente durante o período em que trabalhou como bibliotecário no Senado, de 1876 a 1890.

Sua obra literária é vasta, embora seja conhecido principalmente como romancista e contista. Em 1875 France escreveu uma série de artigos de critica literária para o jornal Le Temps. Começou sua coluna semanal no ano seguinte. Esses textos foram publicados de 1889 a 1892 em quatro volumes, como Vie Literarie. Influenciado pelo racionalismo radical de inspiração humanista, France condenava as formas de dogmatismo e especulação filosófica.

Seu estilo apresenta um tom de ceticismo urbano e hedonismo. Essa visão da vida aparece explicitamente em O Jardim de Epicuro (1895).

Seu primeiro grande sucesso foi O crime de Silvestre Bonnard (1881), premiado pela Academia Francesa, da qual France tornou-se membro em 1896.

Casou-se com Valérie Guérin de Sauville em 1877. A união terminou em 1893, devido a sua ligação com Mme Arman de Caillavet (Leontine Lippmann), o grande amor de sua vida e e promotora dos seus livros através de suas amplas relações sociais.

Em 1888 France publicou O Livro do Meu Amigo, um tipo de romance autobiográfico, que continua com Pierre Nozière (1899), Le Petit Pierre (1918) e La Vie en Fleur (1922).

Foi de encontro ao naturalismo de Zola. O período da transição do paganismo ao cristianismo era um de seus temas favoritos. Em 1889 lançou Baltasar e, no ano seguinte, Thais, a história da conversão de uma cortesã de Alexandria durante o início da era cristã.

Em 1893 publicou A Rotisseria da Rainha Pédauque, um retrato da vida no século 18. A figura central da novela, Abbé Coignard, reaparece em As opiniões de Jérôme Coignard (1893) e na coleção de histórias O Poço de Santa Clara (1895). Com O Lírio Vermelho (1894), uma história trágica de amor, retornou a um assunto contemporâneo.

Com o tempo tornou-se cada vez mais interessado em questões sociais. Apoiou Émile Zola no caso Dreyfus; no dia seguinte à publicação do "J'accuse", assinou a petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando foi retirada a de Zola.

Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem. Anatole France filiou-se ao Partido Comunista no início dos anos 1920. Ganhou em 1921 o Prêmio Nobel de literatura pelo conjunto da obra. No ano seguinte a Igreja católica pôs sua obra no índex por criticar a sociedade e a Igreja. Os trabalhos reunidos de Anatole France foram publicados em 25 volumes entre 1925 e 1935.

Seus trabalhos incluem a biografia Vida de Joana d?Arc, Os Deuses têm Sede, A Rebelião dos Anjos, A Ilha dos Pinguins, O Artista, Axis Mundi, O Cristo do Mar, Marguerite e Missa dos Mortos, entre outros.

Faleceu na pequena Saint-Cyr-sur-Loire, em 12 de outubro de 1924.


Trabalho distrai a vaidade, engana a falta de poder e traz a esperança de um bom evento.


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E se procurarem saber porque é que todas as imaginações humanas, frescas ou murchas, tristes ou alegres, se voltam para o passado, curiosas de nele penetrarem, acharão sem dúvida que o passado é o nosso único passeio e o único lugar onde possamos escapar dos nossos aborrecimentos quotidianos, das nossas misérias, de nós mesmos. O presente é turvo e árido, o futuro está oculto.

Em A Vida em Flor

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Uma companhia formada exclusivamente de grandes homens seria pouco numerosa e pareceria triste. Os grandes homens não se podem tolerar uns aos outros, e falta-lhes espírito. É bom misturá-los com os pequenos.

Em As Opiniões do Sr. Jérôme Coignard

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Toda a ideia falsa é perigosa. Crê-se que os sonhadores não fazem mal; é engano, pois fazem-no e muito. As utopias aparentemente mais inofensivas exercem realmente uma acção nociva. Tendem a inspirar o nojo da realidade.

Em O Lírio Vermelho



PENSE NISSO

Raramente tenho aberto uma porta por descuido sem ter deparado com um espectáculo que me fizesse sentir, pela humanidade, compaixão, nojo ou horror.

Uma besteira repetida por trinta e seis milhões de bocas não deixa de ser uma besteira. As maiorias têm mostrado as mais das vezes uma aptidão superior à servidão.

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Era Primavera e eu estava em Siena. Entretido o dia inteiro em minudentes pesquisas nos arquivos da cidade, eu costumava flanar à noitinha,  após o jantar, pelo caminho agreste de Monte Oliveto, onde, ao crepúsculo, grandes bois brancos, jungidos arrastavam, como nos velhos tempos de Evandro, um carro tosco de rodas maciças. Os sinos da cidade anunciavam a morte serena do dia; e a púrpura do ocaso baixava com melancolia majestosa sobre a cadeia de colinas rasas. Quando já os negros esquadrões de pegas se haviam apossado das muralhas, só, no céu de opala, um gavião volteava, de asas imóveis, por sobre um roble isolado.

Eu caminhava de encontro ao silêncio, à solidão e aos inofensivos espectros que avultavam à minha frente. Insensivelmente a maré da noite inundava os campos. O olhar profundo das estrelas tremeluzia no céu. E, nas sombras, ao redor das moitas, os pirilampos faziam palpitar os seus fachos amorosos.

Em O poço de Santa Clara - contos, Anatole France, tradução de João Guilherme Linke, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira - 1978, p. 3


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UM SENADOR ROMANO

Em sua toga branca e no solo encarnado,
César vencido jaz com toda a majestade.
O bronze de Pompeu olha na eternidade,
com seu verde sorriso, o corpo ensanguentado.

A alma que abandonou o homem apunhalado
por Brutus, que interpreta o ideal da liberdade,
ronda onde a morte dá, com gélida crueldade,
uma estranha beleza ao crime consumado.

Com seu enorme ventre a roncar fortemente,
no mármore do banco a tudo indiferente,
dorme profundamente um velho senador.

Pelo grande silêncio ele foi despertado.
E soa sua voz no recinto gelado:
- Voto pela coroa a César ditador!

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OS ÍNTEGROS JUÍZES *

A Madame Marcelle Tinayre

– Já vi juízes íntegros – disse Jean Marteau. – Numa pintura. Eu me transferira para a Bélgica para escapar a um magistrado curioso, que pretendia que eu tivesse conspirado com os anarquistas. Eu não conhecia os meus cúmplices, e os meus cúmplices não me conheciam. Para o magistrado, isso não era objeção. Nada o embaraçava. Nada o instruía, mas ele instruía sempre. A sua mania pareceu-me perigosa. Passei-me para a Bélgica e fui morar em Antuérpia, onde consegui um emprego de caixeiro de mercearia. Um domingo, vi dois juízes íntegros num quadro de Mabuse, no museu. Eles pertencem a uma espécie perdida. Quero dizer que são juízes ambulantes, viajando ao tranco dócil dos seus rocins. Armígeros a pé, munidos de lanças e alabardas, os escoltam. Os dois juízes, hirsutos e barbudos, ostentam, como os reis das velhas Bíblias flamengas, toucados suntuosos e bizarros, que tanto lembram diademas como carapuças de dormir. Suas togas de brocado são ricamente floridas. O velho mestre soube dar-lhes um ar de grave doçura e serenidade. Os cavalos são mansos e calmos como eles. No entanto são diferentes, aqueles dois juízes, na índole e na doutrina. Isso se vê de pronto. Um traz na mão um papel e aponta o texto com o dedo. O outro, com a mão esquerda segurando o cepilho, ergue a direita com mais benevolência do que autoridade. Parece reter entre o polegar e o indicador uma pitada impalpável. E esse gesto reflexivo da sua mão indica um pensamento prudente e sutil. São íntegros os dois, mas é visível que o primeiro se apega à letra, o segundo ao espírito. Apoiado à barra que os separa do público, eu os escutei falar. Disse o primeiro juiz:

“Eu me atenho às escrituras. A primeira lei foi escrita sobre a pedra, em sinal de que duraria tanto tempo quanto o mundo”

O outro juiz respondeu:

“Toda lei escrita já foi perimida. Pois a mão de escriba é lenta, mas o espírito do homem é ágil, e o seu destino movente”.

E os dois sábios anciãos prosseguiram no seu sentencioso colóquio:

PRIMEIRO JUIZ – A lei é estável.

SEGUNDO JUIZ – A lei jamais foi fixa.

PRIMEIRO JUIZ – Procedendo de Deus, ela é imutável.

SEGUNDO JUIZ – Produto natural da vida em sociedade, ela depende das condições instáveis dessa mesma vida.

PRIMEIRO JUIZ – Ela é a vontade de Deus, que é inalterável.

SEGUNDO JUIZ – Ela é a vontade do homem, que se altera sem cessar.

PRIMEIRO JUIZ – Ela existiu antes do homem, e lhe é superior.

SEGUNDO JUIZ – Ela é do homem, falível como ele, e como ele perfectível.

PRIMEIRO JUIZ – Juiz, abre o teu livro e lê o que nele está escrito. Pois foi Deus quem o ditou aos que acreditam nele: Sic locutus est patribus nostris, Abraham et semini ejus in saecula.

SEGUNDO JUIZ – O que foi escrito pelos mortos será relido pelos vivos, sem o que a vontade dos que não são mais impor-se-ia aos que são ainda, e então os mortos é que seriam os vivos, e os vivos é que seriam mortos.

PRIMEIRO JUIZ – Às leis ditadas pelos mortos devem os vivos sujeitar-se. Vivos e mortos são contemporâneos frente a Deus. Moisés e Ciro, César, Justiniano, o imperador de Alemanha, ainda nos governam. Pois nós somos seus contemporâneos perante o Padre Eterno.

SEGUNDO JUIZ – Os vivos devem receber dos vivos a sua lei. Para instruir-nos sobre o que a nós é lícito ou vedado. Numa Pompílio e Zoroastro valem menos do que o sapateiro de Sainte-Gudule.

PRIMEIRO JUIZ – As primeiras leis nos foram reveladas pela Infinita Sapiência. Uma lei é tanto mais perfeita quanto mais próxima esteja dessa fonte original.

SEGUNDO JUIZ – Não vedes que se fazem novas a cada dia que passa, e que os Códigos e as Constituições são diferentes segundo o tempo e o lugar?

PRIMEIRO JUIZ – As novas leis nascem das antigas. São rebentos novos de uma mesma árvore, que a mesma seiva alimenta.

SEGUNDO JUIZ – A velha árvore das leis destila um suco amargo. Incessantemente ela é ferida pelos golpes do machado.

PRIMEIRO JUIZ – Ao juiz não toca indagar se as leis são justas, pois que elas necessariamente o são. Compete-lhe tão somente cumpri-las com justeza.

SEGUNDO JUIZ – Compete-nos inquirir se a lei de que fazemos uso é justa ou se é injusta, pois se a reconhecemos injusta, ser-nos-á sempre possível incutir-lhe as nossas idiossincrasias quando as aplicamos consoante a nossa obrigação.

PRIMEIRO JUIZ – A crítica das leis é incompatível com o respeito que nós lhes devemos.

SEGUNDO JUIZ – Se não lhes atentarmos os rigores, como nos será possível atenuá-los?

PRIMEIRO JUIZ – Somos juízes, não somos legisladores, nem filósofos.

SEGUNDO JUIZ – Somos homens.

PRIMEIRO JUIZ – A um homem não seria dado julgar outros homens. Um juiz, em ascendendo ao estrado, abjura a sua humanidade. Diviniza-se, torna-se imune à alegria e à dor.

SEGUNDO JUIZ – A justiça dispensada sem simpatia é a mais cruel das injustiças.

PRIMEIRO JUIZ – A justiça é perfeita quando é literal.

SEGUNDO JUIZ – Se não for espiritual, a justiça é absurda.

PRIMEIRO JUIZ – O princípio das leis é divino, e as conseqüências que dele decorrem, mesmo as menores, são divinas. Mas, não fosse a lei provinda de Deus, fosse ela embora da lavra exclusiva do homem, cumpriria aplicá-la à letra. Pois a letra é firme, e o espírito flutua.

SEGUNDO JUIZ – A lei é obra exclusiva do homem, e nasceu estúpida e cruel nos frágeis começos da razão humana. Mas, fosse ela embora divina, cumpriria seguir o espírito e não a letra, pois que a letra é morta, e o espírito é vivo.

Tendo assim falado, os dois íntegros juízes se apearam e dirigiram-se com a sua escolta ao Tribunal, onde eram esperados para render a cada qual o seu direito. Atados a uma estaca, os dois cavalos entabularam conversa. O do primeiro juiz foi o primeiro a falar:

“Quando a terra”, disse ele, “for dos cavalos (e um dia, fatalmente, ela lhes pertencerá, sendo o cavalo por certo o desígnio supremo e escopo final da criação), quando a terra for dos cavalos, e nós formos livres para agir ao nosso talante, dar-nos-emos o prazer de encarcerar, enforcar e torturar os nossos semelhantes. Seremos entes morais. O que se conhecerá pelas prisões, cadafalsos e estrapadas que serão erigidos em nossos povoados. Haverá cavalos legisladores. Que pensas disso, Roussin?”

Roussin, que era a montaria do segundo juiz, respondeu que também ele reputava o cavalo como o rei da criação, e também ele esperava que, cedo ou tarde, haveria de chegar o seu reinado.

“Blanchet, quando houvermos construído as nossas cidades”, ajuntou ele, “será preciso, como dizes, instituir a polícia das cidades. Oxalá que as leis dos cavalos sejam cavalares, isto é, favoráveis aos cavalos, e orientadas para o bem eqüino.”

“Como figuras isso, Roussin?”, perguntou Blanchet.

“Figuro como devido. Quero que as leis garantam a cada um a sua ração de cevada e o seu lugar na estrebaria; e que a cada um seja dado amor a seu bel-prazer, na quadra própria. Pois há um tempo para tudo. Quero, em suma, que as leis cavalares sejam conformes às da natureza.”

“Espero”, replicou Blanchet, “que os nossos legisladores terão um pensamento mais elevado que o teu, Roussin. Eles farão as leis sob a inspiração do cavalo celeste que criou todos os cavalos. Ele é soberanamente bom, pois que é soberanamente poderoso. Poder e bondade são os seus atributos. Ele destinou a sua criatura a submeter-se ao freio, a suportar o cabresto, a sentir a espora e a ser moída de pancadas. Falas de amor, camarada: muitos dentre nós ele determinou que fossem feitos capões. É a sua ordem. As leis deverão preservar essa ordem venerável.”

“Mas estás bem certo, amigo?”, perguntou Roussin, “de que esses males vêm do cavalo celete que nos criou, e não somente do homem, sua criatura inferior?”

“Os homens são os anjos e os ministros do cavalo celeste”, respondeu Blanchet. “A vontade dele é manifesta em tudo que acontece. Ela é boa. Se ela nos inflige a dor, é porque a dor é um bem. Cumpre pois que a lei, para ser boa, nos imponha a dor. E no império dos cavalos nós seremos oprimidos e supliciados de todas as maneiras, por editos, mandados, decretos, sentenças e ordenanças, como apraz ao cavalo celeste. É preciso, Roussin”, acrescentou Blanchet, “é preciso que tenhas uma cabeça de onagro, para que não compreendas que o cavalo foi posto no mundo para sofrer; que, se não sofre, ele caminha ao arrepio dos seus fins, e que o cavalo celeste desvia a sua face dos cavalos felizes.”

* Anatole France. A Justiça dos Homens – Contos. [Tradução de João Guilherme Linke]. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 123-129 (Coleção Sempre Viva; vol. 19).


Preferi sempre a loucura das paixões à sabedoria da indiferença   

Quinta, 28 de julho de 2022

 

 NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!



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MUDANÇA NOS COMENTÁRIOS:
CHEGA DE MACHÕES ANÔNIMOS

Todos podem fazer críticas, a mim, a qualquer pessoa ou instituição. Desde que SE IDENTIFIQUE. Não apenas com o primeiro nome. Claro que existem pessoas que conheço e que não necessito dessas informações. MAS NÃO VOU PUBLICAR CR[ÍTICAS FEROZES OU BRINCADEIRAS DE PÉSSIMO GOSTO. NADA DE OFENSAS, NEM ASSINANDO!! 

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especial
88 ANOS DO CARLOS BASTOS


Uma homenagem ao grande jornalista, organizada pelo Ataídes Miranda e amigos.
O Ataídes convida:
Com apoio da Associação Riograndense de Imprensa te convido para a confraternização pelos 88 anos do Carlos Bastos. Dia 30 de julho, sábado, do meio dia às 14 horas, no 8º andar, salão nobre da ARI-RS.
Além de confirmar presença aqui, preciso que deposite $20,00 na conta da ARI, ou PIX também para a ARI.
Conta ARI:
BANRISUL
Agência _ 0040
C/C _ 06.0058870_8
CNPJ_ 92.963.081.0001_43
PIX ARI:
PIX é o CNPJ_ 92.963.081.0001_43
Obs. O ambiente é amplo, arejado, mas recomenda-se evitar abraços, beijos.




jornalistas moderninhos

A MODINHA É SER DE
IXQUERDA E DEDO-DURO


No meu tempo de colégio o dedo-duro era simplesmente execrado pelos colegas. Osujeito não tinha amigos. Na faculdade era pior: o cara era chamado de rato, capacho dos milicos, entre outros mimos.

Agora, nestes dias de "ódio profundo e irreversível" o dedo-durismo virou moda entre os que se dizem de "ixquerda" ou defensores do "estado democrático de direito". Notaram? Os petistas, que estão em todas as redações dos veículos de comunicação, mesmo disfarçados, parece que têm orgasmos com as falas e decisões dos urubus do stf.

Como a maioria copia o que fazem na globo, especialmente no jornal nacional (adoram dizer "abrir aspas/fechar aspas" como fazem na globo), sentem-se protegidos pela "mãe" para dedurar a vontade.  A globo, além de dedurar, cobra punição a quem "é contra a democracia". Aliás, estão com o rabo entre as pernas com o que pode acontecer em 7 de setembro, com os simbólicos 200 anos da Independência do Brasil.

Todo dia leio ou escuto um dedo-duro fazendo o seu trabalho. TODO DIA. Um bom exemplo de ontem, que está no site da moda, o Metrópoles, na coluna do capacho ordinário chamado Guilherme Amado. O cafajeste chama o Piquet de "motorista de Bolsonaro".

(clica em cima que amplia)

O que o pulha escreve:

O motorista de Jair Bolsonaro, Nelson Piquet, tem espalhado material com ataques e ameaças de morte aos ministros do STF e a Lula.

Recentemente, Piquet foi um dos que disseminou o vídeo feito por Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, extremista preso por ordem de Alexandre de Moraes, a pedido da Polícia Federal.

No vídeo, Boa Pinto faz ameaças de morte também à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e ao pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, do PSB.

...

Não vou citar mais exemplos, porque os meios de comunicação estão lotados de ódio e anti-jornalismo. Na abertura de segunda dei exemplos absurdos.

Mudei de ideia. Vejam apenas esses dois colunistas da Folha de S.Paulo, o mais petista dos jornais brasileiros:

Será que esta manchete de página é assunto relevante para a "importância" do Zero Hora no contexto nacional? Pra dona Rosane de Oliveira, a colunista de políticas, é:

Nove dias após reunião de
Bolsonaro com embaixadores,
Lira defende sistema eleitoral 


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PRETTO: LÍDER DOS SEM TERRA (?) ADORA A VIDA BURGUESA

Tenho a impressão de que o deputado estadual e candidato a governador pelo PT, Edegar Pretto, não tem muito de popular ou de trabalhadores sem terra, onde seu pai Adão,  falecido, foi um verdadeiro líder do MST.

Vejam só, aqui neste Blog, em 21 de março de 2013, era registrado o seguinte fato:

MAIS UM NAMORO DO ANO!!

O SEM TERRA DO SÉCULO 21
E A BELA COMUNICÓLOGA!!

Além de explicar quem eram os pombinhos, foram publicadas cinco fotos do casal - numa praia paradisíaca, o casal velejando, num fino restaurante e num baile de carnaval.

Depois em 28 de março de 2017 publiquei esta chamada:

SEM TERRA DO SÉCULO 21, PETISTA
E PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA ENTRA
EM 
LICENÇA-PATERNIDADE! 

E mais fotos do feliz casal!

Quer ver as fotos do casal socialista?

RECORDAR É VIVER!!







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FELIZMENTE - Se numa hipótese absurda o Pretto fosse eleito governador, passaríamos a viver em um Estado burguês, socialista e  democrático, não?

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FORA FACHIN!!

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AZEDOU - Beto Albuquerque, do PSB,  mantém candidatura ao Governo e manda o PT catar coquinhos.

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NOVO COLUNISTA - O experiente e preciso jornalista Marcelo Villas-Boas está assinando uma coluna no site SLER.
Confira no 
https://sler.com.br/direita-e-esquerda-se-dividem-no-brasil-e-olivio-embola-a-disputa-do-senado-no-rs/

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REFLEXÃO SENSACIONAL

Eleições 2022 : agora só está faltando a carta dos EMPREITEIROS em apoio à volta do Lula. Kkk

Luciano Hang, o velho da Havan

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PRODUÇÃO DE CELULOSE - Devido a entraves relacionados às normas ambientais que dificultam a implantação de florestas cultivadas, o Rio Grande do Sul está deixando de aproveitar as condições naturais favoráveis que oferece para atrair novos projetos de produção de celulose, segundo o presidente do Sinpasul, o Sindicato gaúcho da indústria  do setor de celulose e papel, Walter Rudi Christmann. Explica que a previsão era a instalação de três plantas de celulose, mas só foi realizada a unidade da CMPC, de Guaíba. Enquanto isso, o Mato Grosso do Sul já está prestes a concluir sua quarta unidade, do Grupo Suzano e anunciou uma quinta unidade para 2028, do grupo chileno Arauco.

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NANI, EM 2013.
NADA MAIS ATUAL


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LIVRE PENSAR  

Recebi:

Zé Dirceu disse que não existem provas do mensalão e que o esquema nunca existiu. Outubro não é eleição, é exorcismo!

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AINDA REPERCUTE

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CONFIRA!!


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LANÇAMENTOS
EDITORA ESCUNA

Enfartei em Portugal - Uma história verídica, do Paulo Palombo Pruss.
PEDIDOS PELO paulopruss@hotmail.com - R$ 45,00
(despesas de Correio incluídas)


O Rei de Bulhufas, do Paulo Motta.
PEDIDOS PELO paulopruss@hotmail.com - R$ 45,00
(despesas de Correio incluídas)

Alfredo Octávio - O maior jornalista do Brasil, de JLPrévidi - ÚLTIMOS EXEMPLARES
PEDIDOS PELO jlprevidi@gmail.com -
R$ 35,00
(despesas de Correio incluídas)


Um Piano Dentro da Noite, de Marcelo Villas-Bôas.
A venda na 
Estante Virtual e na Livraria Erico Veríssimo.
PEDIDOS PELO villas.marcelo@gmail.co - R$ 50,00

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O BRAVO JOSÉ AVELINE NETO
E A SUA FILHA (NAS BANCAS)


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PIADINHA

SÃO PAULO FASHION WEEK:
NÃO TEM MAIS JEITO.
NEM O METEORO RESOLVE