Sexta, 29 de agosto de 2022

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!




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CHEGA DE MACHÕES ANÔNIMOS

Todos podem fazer críticas, a mim, a qualquer pessoa ou instituição. Desde que SE IDENTIFIQUE. Não apenas com o primeiro nome. Claro que existem pessoas que conheço e que não necessito dessas informações. MAS NÃO VOU PUBLICAR CR[ÍTICAS FEROZES OU BRINCADEIRAS DE PÉSSIMO GOSTO. NADA DE OFENSAS, NEM ASSINANDO!! 

E não esqueça: mesmo os "comentaristas anônimos" podem ser identificados pelo IP sempre que assim for necessário. Cada um é responsável pelo que escreve.



especial

Nesta sexta, uma cesta
de Anatole France ! 



Pensamentos que
permanecem até hoje


Só os homens que não se interessam por mulheres interessam-se pelas suas roupas. Os homens que realmente gostam de mulheres nem percebem o que elas estão a usar.


De todas as escolas que frequentei, a da rua, foi a que me pareceu melhor.


O que a juventude tem de melhor é a capacidade de admirar sem compreender.


Não há governos populares. Governar é descontentar.


O cristianismo prestou ao amor um grande serviço, quando o anunciou como pecado.



Na França pós-queda da Bastilha, Gamelin, pintor pouco virtuoso mas idealista, acaba sendo recrutado para uma função-chave dentro da chamada fase do Terror da Revolução Francesa: a de jurado do Tribunal Revolucionário – o que, na prática, significa que pode mandar qualquer um à guilhotina. No desempenho desse papel terrível, os valores éticos e morais do protagonista vão sendo postos à prova.





Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde, e a curiosidade é viva e saudável apenas nas mentes felizes.


Anatole France (Jacques Anatole François Thibault)  é natural de Paris, nascido em 16 de abril de 1844. Foi jornalista, poeta e romancista muito popular. Vendeu muitos livros. Ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1921.

Seu pais, um livreiro em Paris, chamava sua loja de "Librarie de France" - daí o seu pseudônimo. Desde guri, Anatole foi um leitor insaciável. Sua primeira coleção de poemas, Poemas Dourados, foi publicada em 1873.

Por 20 anos France ocupou diversos cargos, mas sempre com tempo para seus escritos, especialmente durante o período em que trabalhou como bibliotecário no Senado, de 1876 a 1890.

Sua obra literária é vasta, embora seja conhecido principalmente como romancista e contista. Em 1875 France escreveu uma série de artigos de critica literária para o jornal Le Temps. Começou sua coluna semanal no ano seguinte. Esses textos foram publicados de 1889 a 1892 em quatro volumes, como Vie Literarie. Influenciado pelo racionalismo radical de inspiração humanista, France condenava as formas de dogmatismo e especulação filosófica.

Seu estilo apresenta um tom de ceticismo urbano e hedonismo. Essa visão da vida aparece explicitamente em O Jardim de Epicuro (1895).

Seu primeiro grande sucesso foi O crime de Silvestre Bonnard (1881), premiado pela Academia Francesa, da qual France tornou-se membro em 1896.

Casou-se com Valérie Guérin de Sauville em 1877. A união terminou em 1893, devido a sua ligação com Mme Arman de Caillavet (Leontine Lippmann), o grande amor de sua vida e e promotora dos seus livros através de suas amplas relações sociais.

Em 1888 France publicou O Livro do Meu Amigo, um tipo de romance autobiográfico, que continua com Pierre Nozière (1899), Le Petit Pierre (1918) e La Vie en Fleur (1922).

Foi de encontro ao naturalismo de Zola. O período da transição do paganismo ao cristianismo era um de seus temas favoritos. Em 1889 lançou Baltasar e, no ano seguinte, Thais, a história da conversão de uma cortesã de Alexandria durante o início da era cristã.

Em 1893 publicou A Rotisseria da Rainha Pédauque, um retrato da vida no século 18. A figura central da novela, Abbé Coignard, reaparece em As opiniões de Jérôme Coignard (1893) e na coleção de histórias O Poço de Santa Clara (1895). Com O Lírio Vermelho (1894), uma história trágica de amor, retornou a um assunto contemporâneo.

Com o tempo tornou-se cada vez mais interessado em questões sociais. Apoiou Émile Zola no caso Dreyfus; no dia seguinte à publicação do "J'accuse", assinou a petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando foi retirada a de Zola.

Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem. Anatole France filiou-se ao Partido Comunista no início dos anos 1920. Ganhou em 1921 o Prêmio Nobel de literatura pelo conjunto da obra. No ano seguinte a Igreja católica pôs sua obra no índex por criticar a sociedade e a Igreja. Os trabalhos reunidos de Anatole France foram publicados em 25 volumes entre 1925 e 1935.

Seus trabalhos incluem a biografia Vida de Joana d?Arc, Os Deuses têm Sede, A Rebelião dos Anjos, A Ilha dos Pinguins, O Artista, Axis Mundi, O Cristo do Mar, Marguerite e Missa dos Mortos, entre outros.

Faleceu na pequena Saint-Cyr-sur-Loire, em 12 de outubro de 1924.


Trabalho distrai a vaidade, engana a falta de poder e traz a esperança de um bom evento.


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E se procurarem saber porque é que todas as imaginações humanas, frescas ou murchas, tristes ou alegres, se voltam para o passado, curiosas de nele penetrarem, acharão sem dúvida que o passado é o nosso único passeio e o único lugar onde possamos escapar dos nossos aborrecimentos quotidianos, das nossas misérias, de nós mesmos. O presente é turvo e árido, o futuro está oculto.

Em A Vida em Flor

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Uma companhia formada exclusivamente de grandes homens seria pouco numerosa e pareceria triste. Os grandes homens não se podem tolerar uns aos outros, e falta-lhes espírito. É bom misturá-los com os pequenos.

Em As Opiniões do Sr. Jérôme Coignard

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Toda a ideia falsa é perigosa. Crê-se que os sonhadores não fazem mal; é engano, pois fazem-no e muito. As utopias aparentemente mais inofensivas exercem realmente uma acção nociva. Tendem a inspirar o nojo da realidade.

Em O Lírio Vermelho



PENSE NISSO

Raramente tenho aberto uma porta por descuido sem ter deparado com um espectáculo que me fizesse sentir, pela humanidade, compaixão, nojo ou horror.

Uma besteira repetida por trinta e seis milhões de bocas não deixa de ser uma besteira. As maiorias têm mostrado as mais das vezes uma aptidão superior à servidão.

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Era Primavera e eu estava em Siena. Entretido o dia inteiro em minudentes pesquisas nos arquivos da cidade, eu costumava flanar à noitinha,  após o jantar, pelo caminho agreste de Monte Oliveto, onde, ao crepúsculo, grandes bois brancos, jungidos arrastavam, como nos velhos tempos de Evandro, um carro tosco de rodas maciças. Os sinos da cidade anunciavam a morte serena do dia; e a púrpura do ocaso baixava com melancolia majestosa sobre a cadeia de colinas rasas. Quando já os negros esquadrões de pegas se haviam apossado das muralhas, só, no céu de opala, um gavião volteava, de asas imóveis, por sobre um roble isolado.

Eu caminhava de encontro ao silêncio, à solidão e aos inofensivos espectros que avultavam à minha frente. Insensivelmente a maré da noite inundava os campos. O olhar profundo das estrelas tremeluzia no céu. E, nas sombras, ao redor das moitas, os pirilampos faziam palpitar os seus fachos amorosos.

Em O poço de Santa Clara - contos, Anatole France, tradução de João Guilherme Linke, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira - 1978, p. 3


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UM SENADOR ROMANO

Em sua toga branca e no solo encarnado,
César vencido jaz com toda a majestade.
O bronze de Pompeu olha na eternidade,
com seu verde sorriso, o corpo ensanguentado.

A alma que abandonou o homem apunhalado
por Brutus, que interpreta o ideal da liberdade,
ronda onde a morte dá, com gélida crueldade,
uma estranha beleza ao crime consumado.

Com seu enorme ventre a roncar fortemente,
no mármore do banco a tudo indiferente,
dorme profundamente um velho senador.

Pelo grande silêncio ele foi despertado.
E soa sua voz no recinto gelado:
- Voto pela coroa a César ditador!

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OS ÍNTEGROS JUÍZES *

A Madame Marcelle Tinayre

– Já vi juízes íntegros – disse Jean Marteau. – Numa pintura. Eu me transferira para a Bélgica para escapar a um magistrado curioso, que pretendia que eu tivesse conspirado com os anarquistas. Eu não conhecia os meus cúmplices, e os meus cúmplices não me conheciam. Para o magistrado, isso não era objeção. Nada o embaraçava. Nada o instruía, mas ele instruía sempre. A sua mania pareceu-me perigosa. Passei-me para a Bélgica e fui morar em Antuérpia, onde consegui um emprego de caixeiro de mercearia. Um domingo, vi dois juízes íntegros num quadro de Mabuse, no museu. Eles pertencem a uma espécie perdida. Quero dizer que são juízes ambulantes, viajando ao tranco dócil dos seus rocins. Armígeros a pé, munidos de lanças e alabardas, os escoltam. Os dois juízes, hirsutos e barbudos, ostentam, como os reis das velhas Bíblias flamengas, toucados suntuosos e bizarros, que tanto lembram diademas como carapuças de dormir. Suas togas de brocado são ricamente floridas. O velho mestre soube dar-lhes um ar de grave doçura e serenidade. Os cavalos são mansos e calmos como eles. No entanto são diferentes, aqueles dois juízes, na índole e na doutrina. Isso se vê de pronto. Um traz na mão um papel e aponta o texto com o dedo. O outro, com a mão esquerda segurando o cepilho, ergue a direita com mais benevolência do que autoridade. Parece reter entre o polegar e o indicador uma pitada impalpável. E esse gesto reflexivo da sua mão indica um pensamento prudente e sutil. São íntegros os dois, mas é visível que o primeiro se apega à letra, o segundo ao espírito. Apoiado à barra que os separa do público, eu os escutei falar. Disse o primeiro juiz:

“Eu me atenho às escrituras. A primeira lei foi escrita sobre a pedra, em sinal de que duraria tanto tempo quanto o mundo”

O outro juiz respondeu:

“Toda lei escrita já foi perimida. Pois a mão de escriba é lenta, mas o espírito do homem é ágil, e o seu destino movente”.

E os dois sábios anciãos prosseguiram no seu sentencioso colóquio:

PRIMEIRO JUIZ – A lei é estável.

SEGUNDO JUIZ – A lei jamais foi fixa.

PRIMEIRO JUIZ – Procedendo de Deus, ela é imutável.

SEGUNDO JUIZ – Produto natural da vida em sociedade, ela depende das condições instáveis dessa mesma vida.

PRIMEIRO JUIZ – Ela é a vontade de Deus, que é inalterável.

SEGUNDO JUIZ – Ela é a vontade do homem, que se altera sem cessar.

PRIMEIRO JUIZ – Ela existiu antes do homem, e lhe é superior.

SEGUNDO JUIZ – Ela é do homem, falível como ele, e como ele perfectível.

PRIMEIRO JUIZ – Juiz, abre o teu livro e lê o que nele está escrito. Pois foi Deus quem o ditou aos que acreditam nele: Sic locutus est patribus nostris, Abraham et semini ejus in saecula.

SEGUNDO JUIZ – O que foi escrito pelos mortos será relido pelos vivos, sem o que a vontade dos que não são mais impor-se-ia aos que são ainda, e então os mortos é que seriam os vivos, e os vivos é que seriam mortos.

PRIMEIRO JUIZ – Às leis ditadas pelos mortos devem os vivos sujeitar-se. Vivos e mortos são contemporâneos frente a Deus. Moisés e Ciro, César, Justiniano, o imperador de Alemanha, ainda nos governam. Pois nós somos seus contemporâneos perante o Padre Eterno.

SEGUNDO JUIZ – Os vivos devem receber dos vivos a sua lei. Para instruir-nos sobre o que a nós é lícito ou vedado. Numa Pompílio e Zoroastro valem menos do que o sapateiro de Sainte-Gudule.

PRIMEIRO JUIZ – As primeiras leis nos foram reveladas pela Infinita Sapiência. Uma lei é tanto mais perfeita quanto mais próxima esteja dessa fonte original.

SEGUNDO JUIZ – Não vedes que se fazem novas a cada dia que passa, e que os Códigos e as Constituições são diferentes segundo o tempo e o lugar?

PRIMEIRO JUIZ – As novas leis nascem das antigas. São rebentos novos de uma mesma árvore, que a mesma seiva alimenta.

SEGUNDO JUIZ – A velha árvore das leis destila um suco amargo. Incessantemente ela é ferida pelos golpes do machado.

PRIMEIRO JUIZ – Ao juiz não toca indagar se as leis são justas, pois que elas necessariamente o são. Compete-lhe tão somente cumpri-las com justeza.

SEGUNDO JUIZ – Compete-nos inquirir se a lei de que fazemos uso é justa ou se é injusta, pois se a reconhecemos injusta, ser-nos-á sempre possível incutir-lhe as nossas idiossincrasias quando as aplicamos consoante a nossa obrigação.

PRIMEIRO JUIZ – A crítica das leis é incompatível com o respeito que nós lhes devemos.

SEGUNDO JUIZ – Se não lhes atentarmos os rigores, como nos será possível atenuá-los?

PRIMEIRO JUIZ – Somos juízes, não somos legisladores, nem filósofos.

SEGUNDO JUIZ – Somos homens.

PRIMEIRO JUIZ – A um homem não seria dado julgar outros homens. Um juiz, em ascendendo ao estrado, abjura a sua humanidade. Diviniza-se, torna-se imune à alegria e à dor.

SEGUNDO JUIZ – A justiça dispensada sem simpatia é a mais cruel das injustiças.

PRIMEIRO JUIZ – A justiça é perfeita quando é literal.

SEGUNDO JUIZ – Se não for espiritual, a justiça é absurda.

PRIMEIRO JUIZ – O princípio das leis é divino, e as conseqüências que dele decorrem, mesmo as menores, são divinas. Mas, não fosse a lei provinda de Deus, fosse ela embora da lavra exclusiva do homem, cumpriria aplicá-la à letra. Pois a letra é firme, e o espírito flutua.

SEGUNDO JUIZ – A lei é obra exclusiva do homem, e nasceu estúpida e cruel nos frágeis começos da razão humana. Mas, fosse ela embora divina, cumpriria seguir o espírito e não a letra, pois que a letra é morta, e o espírito é vivo.

Tendo assim falado, os dois íntegros juízes se apearam e dirigiram-se com a sua escolta ao Tribunal, onde eram esperados para render a cada qual o seu direito. Atados a uma estaca, os dois cavalos entabularam conversa. O do primeiro juiz foi o primeiro a falar:

“Quando a terra”, disse ele, “for dos cavalos (e um dia, fatalmente, ela lhes pertencerá, sendo o cavalo por certo o desígnio supremo e escopo final da criação), quando a terra for dos cavalos, e nós formos livres para agir ao nosso talante, dar-nos-emos o prazer de encarcerar, enforcar e torturar os nossos semelhantes. Seremos entes morais. O que se conhecerá pelas prisões, cadafalsos e estrapadas que serão erigidos em nossos povoados. Haverá cavalos legisladores. Que pensas disso, Roussin?”

Roussin, que era a montaria do segundo juiz, respondeu que também ele reputava o cavalo como o rei da criação, e também ele esperava que, cedo ou tarde, haveria de chegar o seu reinado.

“Blanchet, quando houvermos construído as nossas cidades”, ajuntou ele, “será preciso, como dizes, instituir a polícia das cidades. Oxalá que as leis dos cavalos sejam cavalares, isto é, favoráveis aos cavalos, e orientadas para o bem eqüino.”

“Como figuras isso, Roussin?”, perguntou Blanchet.

“Figuro como devido. Quero que as leis garantam a cada um a sua ração de cevada e o seu lugar na estrebaria; e que a cada um seja dado amor a seu bel-prazer, na quadra própria. Pois há um tempo para tudo. Quero, em suma, que as leis cavalares sejam conformes às da natureza.”

“Espero”, replicou Blanchet, “que os nossos legisladores terão um pensamento mais elevado que o teu, Roussin. Eles farão as leis sob a inspiração do cavalo celeste que criou todos os cavalos. Ele é soberanamente bom, pois que é soberanamente poderoso. Poder e bondade são os seus atributos. Ele destinou a sua criatura a submeter-se ao freio, a suportar o cabresto, a sentir a espora e a ser moída de pancadas. Falas de amor, camarada: muitos dentre nós ele determinou que fossem feitos capões. É a sua ordem. As leis deverão preservar essa ordem venerável.”

“Mas estás bem certo, amigo?”, perguntou Roussin, “de que esses males vêm do cavalo celete que nos criou, e não somente do homem, sua criatura inferior?”

“Os homens são os anjos e os ministros do cavalo celeste”, respondeu Blanchet. “A vontade dele é manifesta em tudo que acontece. Ela é boa. Se ela nos inflige a dor, é porque a dor é um bem. Cumpre pois que a lei, para ser boa, nos imponha a dor. E no império dos cavalos nós seremos oprimidos e supliciados de todas as maneiras, por editos, mandados, decretos, sentenças e ordenanças, como apraz ao cavalo celeste. É preciso, Roussin”, acrescentou Blanchet, “é preciso que tenhas uma cabeça de onagro, para que não compreendas que o cavalo foi posto no mundo para sofrer; que, se não sofre, ele caminha ao arrepio dos seus fins, e que o cavalo celeste desvia a sua face dos cavalos felizes.”

* Anatole France. A Justiça dos Homens – Contos. [Tradução de João Guilherme Linke]. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 123-129 (Coleção Sempre Viva; vol. 19).


Preferi sempre a loucura das paixões à sabedoria da indiferença   

2 comentários:

  1. Nunca li nada de Anatole France. Graças ao blog, vou comprar 'Os deuses têm sede', parece ser ótimo. Valeu, Previdi.

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  2. Também nada li sobre o Anatole France, li muitos livros do Emile Zola, entre eles J'accuse e Germinal. J'accuse é um panfleto, mas Germinal é arte pura em termos de literatura, mas também com forte cunho social!
    Parabéns pela postagem, caro Prévidi!

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