Sexta, 24 de abril de 2014



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BOM DIA ESPECIAL



Hoje, não tem outro!
Vai para um dos primeiros amigos que tive em Porto Alegre. Décadas de uma amizade muito legal.
Jaime Cimenti, hoje, jornalista e advogado; ex-morador da rua Felipe Camarão, ex-Julinho, ex-UFRGS e ex-dono de um famoso Opalão, que rodava pelas ruas de Porto Alegre na década de 70 (na verdade, o bólido era do pai dele).
É um cara de bem com a vida, que ajuda as pessoas e um intelectual de verdade.
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Ontem fiquei muito feliz com ele, quando li esta notícia:

O secretário de Estado da Cultura Victor Hugo anunciou hoje (23), quando se comemora o Dia Internacional do Livro, Jaime Cimenti como diretor do Instituto Estadual do Livro (IEL).
Nascido em Bento Gonçalves, há 61 anos, Cimenti é formado em Direito e sub-procurador Regional do Trabalho aposentado. A paixão pela escrita começou na infância, mas foi 1977 que deu os primeiros passos como colaborador em jornais e revistas. Desde o início dos anos 90 é colunista do Jornal do Comércio, Fala Bom Fim e Usina do Porto.
Como escritor, Jaime Cimenti publicou os livros de contos Lâminas Paralelas e O Nome da Relação. Também é coautor em mais 30 antologias de crônicas e contos. Recebeu o Prêmio ARI-Crônica em 2004 e o título de Amigo do Livro, da Câmara Rio-grandense do Livro. Em casa, seu acervo conta com mais de 20 mil obras literárias.
Além de diretor cultural da Associação Leopoldina Juvenil, Cimenti participou dos conselhos Estadual da Cultura, Fundação Piratini, OSPA e Instituto Estadual do Livro.
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Não encontrei uma foto com o Jaime.
Ainda bem que recebi esta, de dois amigos: o Victor Hugo, secretário, e o Jaime, diretor do IEL:





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ponto do dia




OS 70 ANOS DO JOÃO GILBERTO






Claro que trato do nosso João Gilberto, o Lucas Coelho.
Um cara que honrou todos os mandatos que exerceu. Político com "P" maiúsculo.
Um orgulho para os gaúchos,. porque seu nome já faz parte da História do Brasil.
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Conheci o doutor João Gilberto em 1990, na campanha ao Governo do Estado, quando foi candidato a vice-governador na chapa de Alceu Collares.
Acompanhei todos os roteiros que Collares, João Gilberto e Matheus Schmidt (candidato ao Senado) fizeram por todo o Estado. Um negócio maluco. Lembre apenas que não havia celular, internet e os telefones convencionais eram pré-históricos - tempo da CRT. Muita estrada de terra.
Dos três, não conhecia o João Gilberto. Rapidinho já éramos amigos e ele sempre com comentários engraçados e, quando necessário, precisos.
Ele só tinha um problema: tem pavor de avião. Enquanto Collares e Matheus se deslocavam bastante com um bimotor do Madruga, JG ia ao lado do motorista, numa camionete Parati. Fez milhares de quilômetros sem jamais reclamar. Sempre de bom humor.
Aí, no encerramento da campanha, aconteceriam comícios em cidades nos extremos - tipo Uruguaiana e Caxias do Sul. Não tinha jeito. João Gilberto teria que encarar um avião. No dia dos comícios, sei lá o motivo, embarcamos apenas nós dois num bimotor. Ele já entrou pálido e logo que sentou fingia que lia um Jornal do Brasil.
Estávamos a recém sobrevoando o Guaíba. Aí escutei um barulho estranho, como se um motor tivesse "engasgado". O piloto começou a conferir os reloginhos, se agitou. Não demorou muito e mais uma engasgada.
- Doutor João Gilberto, vamos ter que retornar. Tem um problema no motor.
O pulo que ele deu foi digno de desenho animado. O JB foi todo amassado e eu me controlava para não rir.
Claro que deu tudo certo, sem problemas. Meses depois encontrei o piloto e os mecânicos não tinham descoberto o problema.
Aí fui solidário e fiz todo o roteiro com ele. De carro. Uma indiada.
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Ontem li no Facebook uma beleza de texto do Mestre João Gilberto Lucas Coelho.
E sei que vocês vão gostar:

E dizer que completo 70 anos no 25 de abril, portanto, no dia seguinte, ingressarei na oitava década de vida. Quando criança e adolescente sonhava e refletia caminhos de vida, a vocação que se manifestou adiante já era bem presente. Mas, jamais me imaginei na idade atual.
Passei, em anos recentes, por fortes desafios na área da saúde que reduziram a vida a uma “sobrevivência”, ou como brinco, uma prorrogação.
Também serve para se concentrar na própria vivência, nas emoções, nas lembranças, nos afetos, deixando de lado o ativismo avassalador que caracterizara as décadas anteriores. Infelizmente, não mais persegui ideais e cumpri missões comunitárias, o que fora o fundamental na vida pregressa.
Mas, ganhei em calmaria para olhar para os próprios sentimentos.
E como é verdadeiro que a velhice faz a gente retornar à infância, queria agora mergulhar fundo nas raízes e nas origens. Assim vou passar a data de 25 de abril na terra natal (que não visito há cerca de dez anos e que minhas cirurgias tinham dificultado revê-la).
Será reencontrar lugares e pessoas, convívios de antanho e até conhecer novas gerações de familiares. Estou indo, se Deus quiser e os caminhoneiros permitirem nas estradas, até a Querência Querida do Quaraí! Desculpem algum eventual atraso em responder a manifestações por aqui durante essa pequena viagem.



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ponto midiático




O METRO NA ESCOLINHA ZH? NÃO!!



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ESCOLINHA ZH NA FOLHA DE S. PAULO!

A CHATA DAS DIETAS

Médico francês lança no Brasil 
mais light de dieta da proteína


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ESSE PROA É DO BALACOBACO!

As pessoas normais não entendem, os "intelectuais", a "intelligentsia gaudéria" não dá bola para detalhes.
Leia esta mensagem que o Francisco Mecking, de Panambi, enviou para o caderno Proa, do Zero Hora:

Na última edição do PrOA, na seção PRATELEIRA, tem uma pequena resenha do livro "Berlim Agora, a cidade depois do muro", do Peter Schneider. Nela é dito que este é o primeiro livro deste escritor publicado no Brasil. Creio haver um engano pois tenho comigo um exemplar do livro "Os saltadores do muro", romance publicado em 1986, deste mesmo autor, da Editora Marco Zero (acho que não existe mais), numa coleção chamada Ciranda do Mundo. Verifiquem isso por favor.
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Detalhes, nada mais do que detalhes, Francisco!
Hahahahaha!!!!



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ponto da memória




DO TEMPO DO VELHO PEDRINI



Outro dia, uma querida amiga, Fátima Jochims, que não mora mais por estas bandas gaudérias, me perguntou sobre dois garçons que nos atendiam no Bar Pedrini, da avenida Venância Aires. Toda uma geração conheceu o João e o Odilon.
Hoje, o Pedrini não é mais da família Pedrini - é uma rede de bares em Porto Alegre.
Aí fui perguntar para o Guilherme, da segunda geração dos Pedrini.
Para terminar com a curiosidade de todos:

Fala Prévidi! Tudo em paz???
O João e o Odilon já faleceram. E há tempos. O João trabalhou até o diabetes acabar com a visão dele. Uma tristeza. Mas seus filhos estão muito bem. Ele se preocupou muito em dar-lhes uma boa educação. O filho mais velho frequentou o Pedrini até vendermos.
O Odilon, infelizmente, terminou sozinho, vítima de AIDS. Ele saiu do Pedrini, pois segundo os cálculos de um certo advogado, que frequentava o Pedrini e era grandão no PDT, a "poupancinha" dele era graúda e daria para ele ficar sem trabalhar por anos. Uma idiotice, mas ele foi.
Pipocou de trabalho em trabalho e se entregou à bebida. Meu pai e meu tio gostavam muito dele, e foi um golpe bem duro a ação trabalhista (primeira da história da empresa).
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Bah, o que tem de histórias do João e do Odilon!
Na semana que vem conto umas.
Mas gostaria que o Luiz Reni Marques, o Valério Campos, o Luiz Scotto, o Carlos Appel,  o Marcelo Villas-Bôas, o Zé Luiz e Beto Lima, o Carlos Araújo, o Milton Zuanazzi, o Oscar Sinch, o Bola Sete e muitos outros que não me lembro relembrem histórias da dupla de garçons.



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ponto do intervalo



TUDO E MAIS UM POUCO - 5



Entre 2009 e 2010 fiz a seção "30 Perguntas". Foram dezenas de amigos e leitores, personalidades variadas, que responderam. Muito legal, porque tivemos oportunidade de conhecer particularidades da vida de pessoas relevantes. Muito legal.
Agora, o "ponto do intervalo", com o TUDO E MAIS UM POUCO.
Intervalo, no sentido de recreio, no meio das postagens.
Prometo que as questões serão sempre as mesmas para todos e responderão da forma que bem entender. Sugiro a forma, mas se o cara quiser mudar, legal.
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Tudo, mas não vamos saber a marca da pasta de dentes e muito menos o tipo de cueca/calcinha predileto.
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Hoje, um dos mais importantes colunistas do RS:


Vitor Raskin









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Tem que ser curto e grosso. Podem ser duas indicações. Se não topar responder alguma é só deixar em branco. 
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Extremos - pior e melhor, nesta ordem:

Filme: Norbit - A lista de Schindler
Programa de TV:  Faustão - Manhattan Connection
Apresentador de TV: Luciana Gimenez - Gosto do William Bonner
Programa de rádio: Rogerio Mendelski -  Musical
Apresentador de Rádio: Rogerio Mendelski - Fabio Codevilla
Livro: os que não consegui terminar (os do Paulo Coelho não são meus favoritos nunca)  - O Diário de Anne Frank foi o que me marcou
Revista: Celebridades de Novela - só leio a Época , Vogue e Revista da Joyce
Jornal:  gosto da  Folha de São Paulo
Site/blog: o meu, deuochic.com
Cidade:  prefiro lugares onde falo o idioma, adoro Paris e Los Angeles
Praia:  frequento Punta del Este desde pequeno. As outras são bonitas mas  lá estou em  casa
Mulher: Pior Dilma - que te abraça
Homem: desonesto - generoso
Presidente da República: Lula - ainda está pra nascer
Comida: alemã - árabe
Bebida: campari -  água com gás
Refrigerante: guarana Quat - guarana Antártica
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Curtíssimo! Duas ou três palavras:

Me alegro:  estando com amigos
Me irrito: situação política atual
Me derreto: abraço de sobrinhos
Me dá tesão: gente inteligente
Saio de fininho: quando não lembro com quem estou falando
Desligo o tel.: pros interesseiros
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O que fazer com (pode escrever mais):

Chatos: tentar me afastar
Radicais: esquecer e nunca convencer
"Engraçados": estar sempre perto
Definitivos: amar sempre
Viciados em redes sociais: respeitar
Puxa-sacos: saber identificar
Pessimistas: não se contaminar
Coxinhas enfurecidos: disparar
Mimadinhos petralhas: ignorar
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UMA RÁPIDA BIOGRAFIA:

Nascido em Porto Alegre.  cursei Colégio Israelita Brasileiro até iniciar a faculdade de Administração de Empresas na PUC.
Trabalhei em uma agência de viagens aos 19 anos e com 22 abri minha primeira loja de moda masculina. Por 26 anos me dediquei ao varejo de moda sempre pesquisando e entendendo o consumidor.
Cheguei a ter 4 lojas na cidade ( Riccardi e VR).
Apaixonado por pessoas e viagens  tenho como hobby conhecer lugares e principalmente voltar aos favoritos. Hoje prefiro 2 lugares. Fazer e desfazer malas. Sou bom sagitariano!
Por uma brincadeira criei o DEUOCHIC que hoje virou meu único trabalho que toma 100% do meu tempo. A maturidade me mostrou que fazer o que a gente gosta não é trabalho. É prazer! 



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ponto g



DÚVIDA

Será que o RS vai para o SERASA, depois de José Ivo anunciar que vai atrasar o carnê da dívida com o Governo federal?


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VOU TE CONTAR!
ESSE CPERS NÃO TEM SIMANCOL!!


Olha os dois principais títulos do Zero Hora de hoje de manhã:

Medida extrema

Sartori anuncia atraso no pagamento da dívida com a União

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Porto Alegre

CPERS faz passeata por pagamento do piso salarial


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JARDEL VAI SER EXPULSO!

O Bibo Nunes informa:

PSD VAI EXPULSAR JARDEL!
Já foi decidido: Jardel será expulso do PSD.
Danrlei jamais iria conviver com ele depois deste desgaste todo.
O Jardel não aceitou ser comandado e ser instrumento de manobra do PSD.
Com sua expulsão ele poderá ir para outro partido, sem perder o mandato.
O PSD só tem perdido filiados e ex-candidatos nos últimos tempos.
Com a nova lei eleitoral sendo aprovada, o PSD não elegerá nenhum vereador e nem deputados nas próximas eleições, pois serão proibidas as coligações nas proporcionais.




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ponto da piadinha



Do Sensacionalista:

Devotos de São Jorge e Ogum pedem que evangélicos trabalhem no feriado


Em protesto, nas redes sociais, milhares de devotos de São Jorge e/ou/talvez Ogum pediram que os evangélicos parem de reclamar nas suas Time Lines e vão trabalhar durante o feriado. Segundo Pai Jorge de Ogum “o melhor protesto que se pode fazer é virar laje durante o feriado, mas isso ninguém quer.”
José Manoel Pereira da Silva, assembleiano, funcionário da SilkCenter, Rio de Janeiro, revelou que não aderiu ao feriado na sua empresa: “Patrão liberou, mas eu vim trabalhar sozinho, abri a firma e tô fazendo todas as funções, não me importo, não celebro feriado de Satanás e, amanhã, também tô aí, enforcar feriado de entidade é pior do que folgar em feriado de entidade.”

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ponto final



No Terra:

Mujica: quem gosta de dinheiro tem que sair da política

Em entrevista à BBC, ex-presidente uruguaio fala sobre possível retorno ao cargo e diz que tráfico de influência é 'doença' no Brasil   



Prestes a completar 80 anos, o ex-presidente uruguaio José Mujica diz que a corrupção afeta "a todos" na América Latina, mas que "quem gosta muito de dinheiro deveria ser afastado da política". Em entrevista exclusiva à BBC Mundo, Mujica comentou a corrupção em países como México e Brasil, e afirmou que a "vontade de ter bens materiais" não se relaciona bem com o serviço público.
"Sempre disse aos empresários: se eu souber que pediram alguma propina a vocês e vocês não me avisaram, teremos uma relação péssima. Com essa declaração, não havia abertura para que me oferecessem nada."
"Se misturamos a vontade de ter dinheiro com a política estamos fritos. Quem gosta muito de dinheiro tem que ser tirado da política. É preciso castigar essa pessoa porque ela gosta de dinheiro? Não. Ela tem que ir para o comércio, para a indústria, para onde se multiplica a riqueza", declarou.
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Agora senador, Mujica diz que não descartaria voltar à Presidência, caso sua saúde permitisse. Dá a impressão, no entanto, de que não acredita na possibilidade. "Se eu tivesse o grau de saúde que tenho hoje, não teria nenhum problema. Mas estou quase com 80 anos, não acho que tenho idade adequada de resistir ao vaivém de uma Presidência."
O ex-presidente falou à BBC sentado sob uma árvore diante de sua casa nos arredores de Montevidéu. O ambiente tranquilo e silencioso, que sempre disse valorizar, agora é interrompido ocasionalmente pela chegada de crianças e adolescentes à escola rural que ele inaugurou recentemente do outro lado da rua.
Ele falou sobre narcotráfico e opinou sobre governos de outros países latino-americanos. Entre elogios a sua cadela Manuela ("o integrante mais fiel do meu governo") e comparações entre o mate argentino e o uruguaio, Mujica disse ainda que não considera ocupar um cargo internacional.
"Acredite, para mim seria uma tortura. Não sou afeito ao protocolo, não sou a pessoa mais indicada. Acho que as causas políticas têm muito fôlego e que é preciso incorporar gente mais jovem que nós, que nos supere."
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"Algo doentio acontece na política brasileira", disse o ex-líder uruguaio sobre a cisão entre o governo de Dilma Rousseff, em seu segundo mandato, e o Congresso eleito em 2014. "O Brasil é um país gigantesco e cada Estado tem sua realidade, com partidos locais fortes. Conseguir a maioria parlamentar no Brasil é um macramé (técnica de tecelagem manual) onde pedem uma coisa aqui, outra ali."
Para Mujica, o tráfico de influência é "uma tradição" no país, já que os governos "têm que fazer o impossível para conseguir a maioria parlamentar de alguma maneira".
"Não digo que os fins justificam os meios, quem diz é Maquiavel. O que digo é que isso é uma doença que existe há muito tempo na política brasileira."
Ao mesmo tempo, ele afirma que o poder dos presidentes na democracia representativa é relativo e, por isso, demora para que uma vontade do poder Executivo torne-se realidade. "Não se deve confundir governar com mandar. Existe o papel da persuasão e do convencimento. Um presidente deve se cercar de gente útil e de gente boa."
Mujica diz ainda que é preciso considerar o papel dos agentes externos ao governo na corrupção. "Para que haja corruptos, também deve haver um agente corruptor. Não nos esqueçamos disso."
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Durante a entrevista, Mujica evitou fazer críticas frontais aos governos latino-americanos. Questionado sobre seu apoio à administração de Nicolás Maduro, na Venezuela, ele afirmou que "não gosta da existência de presos políticos" no país, mas se posicionou contra possíveis intervenções em meio à crise.
"A Venezuela tem problemas, sim. Mas não vai sair deles a pauladas. Não é apoio, são as evidências. Porque não se ganham 14 eleições sucessivas só usando a força."
Mujica chegou a chamar a presidente argentina Cristina Kirchner de "velha", mas, desta vez, também lhe dedicou palavras mais suaves. "Não acho que seja uma presidenta maravilhosa, nem acho que seja uma bruxa. É uma mulher que teve de enfrentar todo o machismo arraigado em uma sociedade. Como muitos quiseram passar por cima dela, ela às vezes passa dos limites do outro lado."
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Sobre o México, o ex-presidente voltou a afirmar que o tráfico de drogas é um problema maior no país por causa de sua proximidade com os Estados Unidos.
"Os Estados Unidos são o grande mercado consumidor das drogas e os que têm infinito poder aquisitivo e o México é o lugar de trânsito. Isso vem condicionando a vida deles e o México não teve a capacidade de resolver o problema da influência crescente do narcotráfico, não foi só esse governo."
"A combinação da ameaça e do dinheiro destroçou os poderes públicos, que não conseguiram enfrentar isso. Mas eu não estou criticando o México, acho que todos estamos expostos a isso hoje", afirmou, defendendo novamente a lei aprovada em seu governo, que tornou o Uruguai o primeiro país do mundo a regularizar a produção, a venda e o consumo de maconha.
"Curiosamente, eu que não sou neoliberal acho que a melhor fundamentação (para a lei) que encontrei é a de (Milton) Friedman (economista americano). Digo isso raramente, mas não tenho preconceito. Acho que é preciso roubar o mercado deles (dos narcotraficantes)."
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Centenas de perguntas foram enviadas para a entrevista com José Mujica, que foi transmitida ao vivo pela internet e acompanhada em seis idiomas pela BBC nas redes sociais. O ex-presidente teve que responder, por exemplo, sobre se já o convidaram a fumar maconha desde a descriminalização do consumo.
"Apareceu aqui um rapaz, não sei de que país, com um baseado, e me convidou para fumar. Eu não quis, mas eu também tenho meus vícios. De vez em quando fumo um cigarro comum. E quem vai dizer que o tabaco é saudável? O único vício bom é o amor, o resto são pragas. O problema está em quanto se consome e isso é um problema mental."
Algumas das perguntas mais frequentes eram sobre seu estilo de vida, ao que respondeu que "a humildade é uma filosofia que não pretende impor a ninguém".
"Não posso mudar a cultura do mundo em que vivemos, mas posso viver minha vida e dar minha opinião."
O ex-presidente também não se esquivou de questões mais difíceis – mesmo que fora do âmbito político – como a enviada por um participante argentino: Beatles, Pink Floyd ou Rolling Stones?

"Diga a ele que sou um analfabeto no tema, porque sou 'tangueiro' de alma. Mas feita essa ressalva, prefiro os Rolling Stones."

2 comentários:

  1. Mas tem uma seção no PrOA que chama "PRATELEIRA"!?
    Tenho amigos bibliotecários que já me corrigiram: Prateleira é onde se guarda PRATOS, livros a gente coloca na ESTANTE!

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  2. Parece que aquí no BR os amigos do Mujica não gostam de seguir a cartilha.

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