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Semana das antigas 4
“Cabecinha no ombro”, do Paulo Borges. Década de 50.
mundo inseguro
A CASCATA DA
FALTA DE SEGURANÇA - 1
Cheguei para morar em Porto Alegre com 12 anos, na década de 60, A minha vida se transformou completamente.Fui estudar numa escola pública, minha mãe estava sempre viajando e tive que aprender a levar a vida. Desde esta época vivia na Cidade Baixa. Um tempo na Luiz Afonso, depois na João Pessoa e, por muitos anos, na Venâncio Aires (bairro Santana), ao lado da CB. Meus amigos eram todos da região.
De cara, aprendi muito. Por exemplo, jamais passar pela Baronesa do Gravataí. Era perigosíssimo. E, principalmente, conheci algo que nem sabia que existia: Juizado de Menores. Os caras andavam numas camionetes e recolhiam crianças abandonadas - ou não. Não tinha muito critério. Sem papo. Bagunça na rua? Sempre aparecia uma camionete dos caras. Todo guri tinha medo. E eu tinha e nem sabia o motivo.
Agora, medo, mesmo, a gente tinha do camburão da Polícia Civil. Não sei se era medo, mas respeito. Os brigadianos eram mais "normais", gente mais parecida com todo mundo. Tanto que existiam muitas brincadeiras. Os chamavam de "Pedro e Paulo", porque andavam em dupla. Aí, sei lá a razão, se transformaram em "Pé de Porco". Mas ninguém faltava com o respeito, óbvio.
Alguns anos depois a milicada foi tomando conta e a gente passou a ter medo também da Polícia do Exército, a PE. Bah, era medo mesmo. Eram mais agressivos, pediam a carteira de identidade de todo mundo, como se todos fossem bandidos ou terroristas. Antes dos 13 anos já tinha a minha identidade.e sempre estava com ela (hoje, se desço para comprar cigarros vou com as minha carteira. Não perdi o hábito).
O tempo foi passando e a gente caminhava muito, mesmo nas madrugadas quando voltava de uma reunião dançante. Claro, tinha que guardar grana para o cachorro quente, daquelas carrocinhas. Era a opção: a passagem do ônibus ou o cachorro quente.
Não era nenhum paraíso. A gente morria de medo da bandidagem. Mas se sabia por onde andar.
Sempre se via nas avenidas as camionetes do Juizado e da Polícia. E não tinha moleza. Guri sozinho, sem identidade, eles botavam pra dentro do camburão, não tinha papo. Nesse tempo, ali na CB, tinha uns caras viciados em perventin e boletas (anfetaminas). Eram caras marcados, sempre em risco.
O interessante é que não tinha conversinha mole de direitos humanos.
Era jogo duro, mesmo. Interessante, as pessoas tinham medo. Ou melhor, quem tinha medo mesmo e se ferrava era a bandidagem.
Lembro bem que havia um papo sobre delegacias de polícia.
Pelo menos duas eram terríveis. É o que recordo. Os caras entravam e levavam pau mesmo. Uma na Protásio Alves e a outra perto do Pronto Socorro. Falavam tudo, entregavam qualquer coisa. Não dava nada.
Drama mesmo era ir nas ruas onde as gurias faziam programa. Na Voluntários da Pátria, a Volunta, jamais me meti. Pelos 14 anos ia na Sete de Setembro, uma quadra depois do Cine Rex. Tinha uns edifícios pequenos onde elas atendiam. Eu era o mais novo da turma. Para dar um ar de seriedade, comprava um Correio do Povo e colocava embaixo do sovaco. O drama era quando um camburão dos ratos inventava de dar uma geral nos edifícios. Extorquiam todo mundo. Mas as gurias sofriam muito. Além de perderem a grana, iam em cana. Os clientes sofriam umas humilhações e eram liberados.
Toda esta conversa para dizer que mesmo com abusos, inconcebíveis hoje em dia, todas as pessoas tinham respeito pelas autoridades. Se a classe média tinha medo, imagina quem apenas pensava em se aventurar pelo crime. Pensava muito antes de assaltar, roubar, matar. Sabia que ia se ferrar.
Continua amanhã.
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mundo político
Não vai ser mole enfrentar a Professorinha Luciana
Continuo acreditando que diante do fiasco da atual administração de Porto Alegre, a ex-deputada federal Professorinha Luciana Genro é imbatível. O único problema é que essa gente do Psol acha que só eles prestam e não fazem alianças com ninguém.
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Agora, está se desenhando a chapa do deputado federal Onyx Poca-Telha Lorenzoni. Está pintando a Any Ortiz, deputada estadual do PPS, como vice. A nossa Sandy.
Interessante é que Onyx apoiou o PDT na eleição passada (governador do Estado). O PDT, por sua vez, se comprometeu a apoiar, agora, Sebastião Melo, do PMDB, para a Prefeitura.
Como o PDT não é muito de cumprir acordos...
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mundo paradisíaco
Paraíso sem cocô
A dica é do Helinho Wolfrid
BALNEÁRIO GAIVOTA
Sem dúvida nenhuma a melhor praia em Santa Catarina é BALNEÁRIO GAIVOTA a 22 km de Torres com águas puras e cristalinas, ampla infra estrutura e areias cristalinas. Entre o mar e a Lagoa mais piscosa do sul do Brasil. Um paraíso que ainda não foi descoberto.
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mundo midiático
Variadas
MINI-PASSARALHOS - A Band também entrou na "onda" dos pequenos passaralhos. Demissão de "colaboradores" sem alarde. De setores variados.
Em 2014 o Grupo contratou Thadeu Malta. E, desde então, ele fez um grande trabalho nas rádios. É elogiado por todos que ainda estão trabalhando por lá. Ontem conversei com alguns profissionais que lamentaram a saída do Thadeu.
Foi também o comentarista Afonso Ritter. Já tinha ido o Fernando Albrecht.
Não souberam me dizer quem mais dançou.
Não consegui falar com o diretor-geral Leonardo Meneghetti.
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DO ROGÉRIO MENDELSKI - Li em vários sites de jornais brasileiros que o "Irã havia apreendidos 'DOIS NAVIOS dos Estados Unidos e prendera seus dez tripulantes". Alguma coisa estava errada na notícia. Como é possível dois navios terem apenas dez tripulantes? Será que apenas alguns foram presos? Fui checar e vi que os NAVIOS eram duas lanchas rápidas de assalto, cada uma com uma tripulação de cinco homens. Uma pane mecânica parou uma delas e a outra foi em seu socorro quando se deu a abordagem. Isso revela apenas a ignorância e a falta de curiosidade de quem escreve a notícia. Mas o new journalism está assim mesmo. Confunde-se lancha de assalto com navios, metro quadrado com quilômetro quadrado, milhão com bilhão e MAS com MAIS.
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COISAS RIDÍCULAS - Uma rádio de Porto Alegre estava acertada com uma estrela do jornalismo de futebol (comentarista), que atua numa concorrente. Aí, como o gerente está valorizado, mesmo sendo incompetente e burro, resolveu barrar o novo contratado. Motivo irrelevante, claro.
Coisa está pior do que se imagina.
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BOLICHO DO RECHE - Logo, logo, muito antes do que se pode imaginar, o famoso comunicador esportivo da Band, Luiz Carlos Reche, lança o seu mais novo projeto. Já contratou um executivo da área, a peso de ouro, uma grande agência de propaganda e existem seis empresas com contratos firmados com a empresa de Reche.
Até o final do ano, no RS, vão ser implantados 10 Bolichos do Reche. O primeiro em Porto Alergre; um dos próximos em Lagoa Vermelha.
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O RIDÍCULO NÃO TEM LIMITES - Leia. Duvidou? Está no http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2016/01/moradora-flagra-casal-fazendo-sexo-dentro-de-espelho-dagua-em-praca.html
Por meio de nota, a Prefeitura de Praia Grande informa que a GCM já costuma realizar rondas na Praça Ceferino Gonzalez Vega e vai intensificar os trabalhos no local com ações nos períodos da manhã, tarde e noite. Entretanto, a questão relacionada às pessoas em situação de vulnerabilidade social requer a concordância dos envolvidos, no sentido de serem encaminhados ao abrigo municipal. Dessa forma, muitas vezes, essas pessoas acabam preferindo manter-se nas ruas e, tão logo a viatura se desloca, retornam para o local. A Secretaria de Promoção Social (Sepros) também já foi comunicada para que acione a equipe
do plantão social.
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mundo econômico
Do Sensacionalista
Empresas de ônibus vão dar
ações da Petrobras de troco
Com passagens a R$ 3,80, as empresas de ônibus conseguiram hoje autorização de prefeituras de todo o país para dar ações da Petrobras de troco. Hoje os papeis fecharam mais uma vez em queda, no menor nível desde o nascimento de Cristo. As ações, que já chegaram a custar R$ 27, agora estão na casa dos R$ 5. E os investidores estão sem casa.
“Papel da Petrobras agora só serve para limpar a bunda”, disse um investidor. “Quem compra Petrobras começa investindo na Bolsa de Valores e acaba no Bolsa Família”
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porto alegre abandonada
José Ivo, privatiza essa CEEE!!
Terça e quarta a zona sul de Porto Alegre ficou sem luz.
Imagina, temperaturas acima de 30 graus e as pessoas sem luz e muitos sem água.
Na quarta, os bairros atingidos foram Ipanema, Cavalhada, Nonoai, Teresópolis e Vila Nova.
Olha esse primor que li:
A CEEE informa não ter previsão de quando o serviço vai ser normalizado.
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Nessa terça, mais de 100 mil clientes ficaram sem luz na região por uma falha em uma subestação. A energia só voltou após cinco horas de trabalho da estatal..
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mundo carnavalesco
Coitada da Cidade Baixa
Matéria do Lucas Rivas, da Rádio Guaíba
A Prefeitura de Porto Alegre bateu o martelo e garantiu a realização de seis dias de blocos de Carnaval de rua no bairro Cidade Baixa. O calendário leva em conta cinco desfiles de janeiro a março (23 e 30 de janeiro, 6 e 21 de fevereiro e 12 de março), além da realização do baile infantil, com apresentação do bloco da Rua do Perdão, no dia 9 de fevereiro, terça-feira de Carnaval. Com isso, a Prefeitura descumpre, em parte, recomendação do Ministério Público, que definia a realização de, no máximo, cinco desfiles no bairro. O órgão vai ser informado até amanhã sobre o calendário.
Além das festividades na Cidade Baixa, outras duas datas de Carnaval de Rua foram confirmadas para a Orla Guaíba (em 27 e 28 de fevereiro), confirmou o secretário Municipal da Juventude, Diego Buralde, após reunião realizada com a Brigada Militar, nesta terça-feira. “Nós definimos hoje o cronograma de atividades do Carnaval de Rua. Havia um impasse sobre o número de datas e nós hoje chegamos a concordância de todos participantes para seis datas na Cidade Baixa, sendo que uma delas é o baile infantil da Rua do Perdão, tradicional há mais de 30 anos”, detalhou.
Durante a reunião, a Brigada Militar se comprometeu a realizar a segurança do evento, porém adverte que em função de outras atividades, o efetivo policial empregado no dia 23 de janeiro ainda vai ser deficitário, uma vez que Porto Alegre vai receber outros eventos, como o Fórum Social Temático e a Descida da Borges, por exemplo. Mesmo com a definição das datas, o calendário oficial descrevendo número de blocos e os horários de início e término de desfiles vai ser, oficialmente, divulgado até a próxima semana, garantiu Buralde.
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mundo solidário
Do meu amigo Egon Müller
Em benefício de uma criança pobre de 11 anos, que foi atropelada e ficou paraplégica, recebemos a doação de uma garrafa de vinho, Marcus James Zinfandel, safra 1995, da adega de um grande empresário de Caxias do Sul, para que possamos fazer um "leilão do bem", e comprar fraldas para o menino.
A garrafa está lacrada, e nestes 20 anos ficou numa adega na posição horizontal.
Aceitamos ofertas acima de R$ 300, mais o frete até a cidade do comprador. Ofertas para o e-mail gol@redesul.com.br
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mundo reflexivo
Têm pessoas que se casam pelo dinheiro...
Comigo, tendo ar condicionado, tô dentro.
Cláudio Andrade, jornalista
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mundo muderno
Sem calças
Escreve o Marcelo Rubin:
É amigo, uma cidade com transporte público eficiente é uma cidade do mundo. Mais que prédios na orla, mais que busão sem ar, o que realmente sintoniza a cidade com o mundo é seu transporte público. Domingo é o dia sem calças no metro de Bruxelas.
Quer ler a matéria?
http://www.rtbf.be/info/belgique/detail_dimanche-le-metro-bruxellois-enleve-le-bas?id=8173372&utm_source=rtbfinfo&utm_campaign=social_share&utm_medium=fb_share
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mundo das piadinhas
Parabéns com relação a matéria do Balneário Gaivota. Faço minha, as suas palavras. Parabéns.
ResponderExcluirtambem morei nesta epoca 5060/70 na Cidade Baixa, Joaquim Nabuco e Lima e Silva...
ResponderExcluirQuem acima dos 40 anos não se lembra da temida "pata choca", o camburão rural azul com a inscrição JM nas portas? Era correria certa no centro.
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