Segunda, 15 de dezembro de 2025 a Quinta, 15 de janeiro de 2026 - FÉRIAS!!

 

SEGUINTE:

VIDA

pra todos nós


Eu adoro esse vídeo:




Gostaria de dar esta notícia, igual da lindinha aí de cima:
-Vou fazer o transplante!
Não, vai demorar ainda um pouco para entrar na fila. O cardiologista vai me liberar em junho de 2026.  
Longe de mim dizer que 2015 foi um ano ruim. Foi atípico, posso dizer.
Os 15 dias que fiquei na Emergência do Hospital Nora Teixeira foram inesquecíveis. Hoje, quando penso em reclamar de algo, recordo-me daqueles dias infernais que vivi numa cama gradeada, de avental e fralda, num frio inesquecível até na alma.
A cirurgia, para colocarem minhas quatro pontes, foi o de menos. Ruim, mesmo, foi uma médica paraguaia ou boliviana, na UTI, que queria encontrar doenças em mim para atrasar a minha saída daquela área. Ela  perdeu.
Uma semana depois fui pra casa e tive um tempo para voltar à vida - até de cadeira de rodas circulei entre a minha casa e o hospital.
Ia esquecendo que antes do pepino do coração descobriram em mim uma doença crônica. Ainda bem que não preciso escrever aquela palavra que não escrevo... porque a doença tem um nome: leucemia linfocítica crônica.  Todo mês vou a um hematologista, Dani Lacks, um cara maravilhoso, e tomo o remédio 7 dias do mês. Não é o medicamente ideal. O ideal custa 25 mil reais, 30 comprimidos, mas os urubus do stf não autorizam a compra pelo Estado.
Em compensação, fui duas vezes ao Rio e, graças ao cartão de crédito (pagamento em seis vezes) me hospedei num dos melhores hotéis. Fui para Oeisis International diversas vezes e agora em dezembro já banhei-me em suas águas abençoadas!
Fui assistir o Fábio Júnior no Araújo Viana. Falta agora um show do Ivan Lins.
Estou completamente apaixonado pelas empadas de palmito do Armazém 47, na Rua da República.
Pago com prazer o suco de Tangerina, do Zaffari. Pena que só é produzido na safra.
Não vivo sem ar condicionado e a conta  da CEEE é absurda.
Viu como meus prazeres são simples?
Notou que Montevidéu saiu do meu roteiro? Por uma razão: não existe mais voos de Porto Alegre para a capital uruguaia. Não tenho saúde para encarar um ônibus.
Nestes 30 dias de férias quero ir algumas vezes a Oeisis. Para aproveitar mais, vou matar umas duas sessões de hemodiálise. E  quero terminar o livro "Algumas Vidas".
Sem planos mirabolantes para 2026. Talvez uma ida ao Rio, a Buenos Aires e, se voltarem os voos, para Montevidéu. Camboriú? São Paulo?
Claro, para o segundo semestre torcer para que chegue um rim.
E que os urubus do stf liberem a compra, pelo governo, do remédio de 25 mil reais.
Evidente que vou me meter na eleição de 2026.
Tenho esboços de candidatos, mas ainda é cedo para falar.
BAH!! Ia me esquecendo: tenho que operar catarata nos dois olhos, mas não tem urgência. Dependendo da cirurgia, do material que for usado, posso dispensar os óculos!!

VAI SEM UM 2026 EMOCIONANTE!!





AO TRIBUNAL DE CONTAS
demais autoridades estaduais e
gaúchos

COMO CONTRIBUINTE...

Espero descobrir o que faz o Tribunal de Contas do Estado.


TUDO A VER!!
ou não?

QUEM LEMBRA?


SEGURA ESSAS
quem se trumbica não comunica

CONTRATE!!



OS PLANOS DO DINAMITE
2026 é o ano da consolidação dos canais identificados com os clubes de futebol. O Baldasso largou na frente e cada um que construa a própria história.

O Canal do Dinamite 598 do YOUTUBE - www.youtube.com/@canaldodinamite598 - surgiu em maio de 2023 com a proposta de acompanhar todos os jogos do Internacional e oferecer aos colorados uma alternativa de áudio, enquanto assistem pela TV. Além disso, opinião de um cronista esportivo com 4 décadas de experiência, mas BETO PERES, O DINAMITE, ainda sem a expertise no tal tráfego de mídia. Durante a enchente de 2024, que arrasou o território gaúcho, o Canal do Dinamite acompanhou, também, alguns jogos do tradicional adversário, ressaltando o Grêmio como tradicional adversário, mas não inimigo. Narração neutra.

Ano que vem nossa ideia é decolar, depois que o Inter quase se espatifou no “buraco da Segunda Divisão” com a pilotagem desastrada do comandante Alessandro Barcellos. Menos mal que o carisma do Abel fez os boleiros acordarem a tempo.

Hoje, com a experiência do Alan Patrick e a vontade do Ricardo Mathias o Beto ‘Dinamite’ aguarda um “Abel da Informática” para ajudar. Enquanto não aparece. assistam esse vídeo especial de uma tarde memorável na história do Inter.

O Campeão de Tudo estava em baixa e praticamente rebaixado à série B do campeonato brasileiro, mas, no último jogo, na última batalha, o Gigante acordou e a nação colorada é só felicidade. E se o povo colorado está feliz, de modo especial... Narra, Dinamite!


APENAS NESTE PERÍODO DAS FÉRIAS


O livro ALFREDO OCTÁVIO - O MAIOR JORNALISTA DO BRASIL, do JLPrévidi, e o pocket 15 MANEIRAS DIFERENTES DE SER AINDA MAIS FELIZ, por apenas 40 reais. Entregue em qualquer endereço.
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BIBO NUNES, DEPUTADO FEDERAL PL

  b

DOIS MINUTOS
com o PRÉVIDI

UM PAÍS GOVERNADO PELO DITADOR
ALEXANDRE DE MORAES NÃO PODE DAR CERTO



PORTO ALEGRE É ASSIM





RECREIO



OLIMPO
a morada das deusas do século 21




PIADINHA
sem nome feio, sem política e sem futebol



Segunda, 15 de dezembro de 2025

 

SEGUINTE:
especial

O PRÊMIO ARI E EU
O PRÊMIO ARI É PATROCINADO PELO
GOVERNADOR DUDU MILK E PELA RBS


Nunca me entusiasmei com prêmios, disputas em geral. Nem na época da faculdade de Jornalismo. Ah, sim, uma vez integrei um grupo que fez um caderno especial para o Diário de Notícias e ganhei uma grana legal. Em 47 anos de Jornalismo - jornais, rádios, revistas e assessorias variadas - não me entusiasmei com concursos.

Lembro que uma vez, em 1982, trabalhava na Política da Zero Hora e fizemos um trabalho extraordinário e exaustivo para aquelas históricas eleições. Lembro que cheguei a comentar que deveríamos juntar todo aquele trabalho e inscrevê-lo num dos prêmios que existiam. Mas meus colegas não se entusiasmaram.

Em 2013 produzi um material que bagunçou com muita gente e foi parar até na Justiça Federal.

Inscrevi no Prêmio Ari.

Leiam o que contei num post de 21 de dezembro de 2022:
https://previdi.blogspot.com/2022/12/quarta-21-de-dezembro-de-2022.html

UMA BAITA SACANAGEM
QUE O "PRÊMIO ARI" ME FEZ

Antes, explico que este post não envolve a atual e nem as DIRETORIAS DA ARI anteriores. Como não tenho provas documentais, não posso divulgar o nome das pessoas que me atenderam na ARI. E nem mesmo os três jurados que não receberam e, lógico,  não leram o meu material que estava inscrito para o Prêmio.
É apenas um desabafo, de um fato ocorrido há quase 10 anos.

-

Um dia, o amigo e jornalista Milton Cardoso me liga:

- Recebi um calhamaço, um monte de documentos com uma denúncia sobre um livro e palestras. Não tenho como divulgar isso na rádio. É uma pena, porque é tudo documentado. Quer pra ti?

Evidente que eu quis. Ele deixou num local combinado.

No dia seguinte, mal tinha começado a entender a mutretagem, não me segurei e dei uns toques na abertura do Blog. A começar por uma denúncia de um vereador do PT e um post do jornalista Vitor Vieira. Um dos artífices das sacanagens mordeu a isca e me mandou um email desaforado.



Qualquer pessoa com um senso razoável sentia que ali tinha sacanagem da grossa. Enquanto se comentava, sem provas, a sacanagem que nasceu na Secretaria da Saúde de Porto Alegre, envolvendo o próprio secretário e um "editor de livros", eu estava lendo atentamente todos os documentos e ia dando toques. Tudo para irritar ainda mais o tal "editor de livros" e fazer que ele se mostrasse "como vítima".

Tudo era tão grave que um jornalista, mais veterano que eu, não conseguia nada e não tinha o que colocar em seu blog. Aí não se aguentou e me ligou dizendo que eu não tinha provas da roubalheira. Claro que não entrei no joguinho dele e sugeri que lesse nos próximos dias as provas. A parir daí, a criatura se irritou, como um idoso mimado, e se tornou "meu inimigo".
Para não ficar muito longo, veja como começou a cair a máscara do tal "editor" e do secretário da Saúde de Porto Alegre. Confira, tudo documentado!! A mutreta com papel timbrado!!



Depois de o assunto ter uma grande repercussão, novo post:


A mutreta se tornou um assunto em todas as rodas, mas era proibido na Prefeitura, porque o tal secretário da Saúde era amigo da família do prefeito.

Mas isso não impediu que diversas instâncias da Justiça começassem a investigar a denúncia - repito, toda documentada, coisa (mutreta) de amadores - e foram abertos procedimentos.

O secretário não tinha o que dizer. Como não tinha argumentos, apelou: "estão fazendo essas denúncias contra mim, porque sou homossexual". E essa aberração saiu na Zero Hora. No dia seguinte dei um pau na matéria e o jornal não tratou mais do assunto.

Mas recebi o apoio de vários veículos e colegas, ao contrário dos puxa-sacos da RBS.

Como estava insustentável para o secretário, a saída do prefeito foi levá-lo para um tour por Paris. ACREDITEM, foi isso que aconteceu.

Pois bem, reuni todo o material, tirei cópias e fui me inscrever no Prêmio ARI. Tudo OK, mas senti um certo constrangimento de um dirigente da entidade, em função de ter proximidade com o prefeito.

Aguardei para ver como se comportariam. Saíram os escolhidos que disputariam as estatuetas e eventualmente uma menção honrosa. As minhas matérias não estavam classificadas na premiação Internet. O que mais me irritou foram os finalistas - matérias geladíssimas, publicadas na Zero Hora.

Ora, um júri esclarecido me concederia, no mínimo, uma menção honrosa. No mínimo.

Fui descobrir quem fazia parte do júri. E, acreditem, soube que os jurados não receberam as minhas matérias.

Ou seja, minhas matérias foram engavetadas!! LIXO!!!

Não mais paguei a mensalidade da ARI e muito menos passou pela minha ideia concorrer em prêmios desse tipo.

Quer ler todo o material que os jurados do Prêmio ARI não puderam conferir?

Continue lendo:
https://previdi.blogspot.com/2022/12/quarta-21-de-dezembro-de-2022.html

-

No ano passado voltei a pagar a anuidade da ARI, por entender que a atual diretoria faz um trabalho admirável.

No início desse ano, recebi uma publicação do Diário Oficial do Estado que mostrava um ESCÂNDALO. Inacreditável.

ACREDITEM, DIÁRIO OFICIAL DE 30 DE JANEIRO DE 2025:

CONTRATANTE: Detran; CONTRATADO: RBS Participações S/A, CNPJ: 68.737.857/0001-22; OBJETO: Patrocínio Planeta
Atlântida 2025. O processo estará  disposição dos interessados, eletronicamente, pelo e-mail compras@detran.rs.gov.br.;
PRAZO: 31/01/2025 até 01/02/2025; VALOR: R$1.600.000,00 (Total); ORÇAMENTÁRIO: UO: 44.01

A publicação aconteceu quando tudo já estava pronto e a RBS anunciava os patrocinadores do evento: Renner, Banrisul, Coca Cola, KTO e Budweiser.

Fora disso, Dudu Milk mandou o Detran dar ao grupo quase dois milhões de reais, no mole.

O DETRAN NÃO FOI CITADO NOS DOIS DIAS DO EVENTO!!

Quer dizer que o Detran-RS deu para a RBS R$ 1.600.000,00 no mole!!

Dinheiro que poderia ser aplicado na reconstrução do Estado!!

Claro que fiz um carnaval.

E decidi inscrever no Prêmio ARI, mesmo sabendo que o evento é patrocinado pelo Governo Dudu Milk e pela própria RBS.

Se os jurados tiveram a oportunidade de ler o material enviado e não gostaram, tudo bem. Cada um com seus critérios. Mas lendo os títulos das matérias finalistas... tudo bem.

Neste final de semana li a matéria sobre o Prêmio ARI na Coletiva.net.

Gostei muito da homenagem que fizeram à RBS e ao- Seu Maurício:

O 'Troféu Antonio Gonzalez de Contribuição à Comunicação' também foi entregue na ocasião. A primeira pessoa a receber foi Marta Gleich, em nome do Grupo RBS e da família Sirotsky, pela celebração ao centenário de Maurício Sirotsky Sobrinho (in memorian).

Claro, mera casualidade.

Gostaria de saber o que a jornalista Marta Gleich conclui sobre esta ajuda do Detran-RS à empresa em que ela é uma importante diretora.

UM 2016 MARAVILHOSO PARA TODOS!!!

Sexta, 12 de dezembro de 2025

 

NESSA SEXTA
a cesta do João Paulo





JOÃO PAULO DA FONTOURA é de Taquari-RS. É escritor e historiador diletante, membro da ALIVAT – Academia Literária do Vale do Taquari, titular da cadeira nº 26.




- José Custódio de Sá e Faria –
Fundador de Taquari e sexto governador da
Capitania do Continente do R. G. de São Pedro


Caros amigos leitores desta cesta cultural e histórica semanal, grande parte dos municípios, ou a maioria, tem um fundador.

Alguns poucos anos atrás, a nossa coirmã Lajeado, a partir de um responsável trabalho de pesquisa histórica cometido pelo meu colega professor Alfredo Schierholt, aponta para a oficialização do nome do taquariense Antônio Fialho Vargas, como o fundador, em março de 1855, deste belo município do Vale do Taquari




E nós, taquarienses, ‘Habemus’ fundador?
Sem dúvida, temos sim, é o coronel José Custódio de Sá Faria. Inclusive eu o aponto na página 22 da minha monografia São José de Tebiquary. Ali no livro, como há um contexto, não há muita necessidade de explicações. Mas aqui, neste espaço, eu o farei, ou tentarei fazer.
Explico e justifico.
O nosso estado só passa a existir, como uma unidade administrativa da colônia brasileira, em 19 de fevereiro de 1737, quando da fundação do Forte/Presídio de Rio Grande, e, em consequência, do povoado do Rio Grande, o primeiro povoado do nosso estado.
O fundador foi o brigadeiro José da Silva Pais, que acabou sendo o nosso primeiro governante, ou comandante militar, pois iniciamos nossa existência  como uma simples Comandância Militar, status mantido até 1761, quando então nos tornamos uma Capitania.
Em 1763 (um ano antes da fundação do povoado de Taquari, o sexto povoado do nosso estado) quem governava a nossa então capitania já há algum tempo era o coronel Inácio Elói Madeira.
E, nesse ano, ocorreu a inditosa invasão do sul do Brasil quando o governador de Buenos Ayres dom Pedro de Ceballos, liderando numerosa tropa, invade e toma a fortificação de São Pedro, em 18 de abril de 1763 – a porta de entrada da capitania de São Pedro do Rio Grande.
(Um dos grandes prejuízos que essa inditosa invasão provocou ao nosso estado foi a vandalização cometida pelos soldados arruaceiros espanhóis dos documentos/registros guardados nos arquivos da Câmara de Vereadores da cidade de Rio Grande, à época, sede/capital da nossa então Capitania. Todos esses registros históricos, que não possuíam duplicidades nos arquivos da sede do vice-reinado no Rio de Janeiro, foram, tragicamente,  perdidos!)
E é a partir dessa tragédia que os eventos conspiram para a formação do  povoado de Taquari, ou melhor, Tebiquary.
O governador coronel Inácio, junto com seus soldados e parte da população local, foge dos espanhóis e vem para Viamão – em cuja câmara se instala a nova sede provincial.
Como esse coronel governador não gozava mais das simpatias do vice-rei conde da Cunha, ele é substituído pelo coronel Custódio, à quem caberá organizar as defesas da capitania.
Custódio está no Rio de Janeiro.


Detalhe do Relatório de José Custódio de Sá e Faria, referente à expedição ao Iguatemy, em 1774. Original pertencente à Mapoteca do Itamaraty-RJ. Fonte: BUENO, Beatriz. Do borrão às aguadas. Anais do Museu Paulista, v. 2, 2009. 

Ele então embarca e consegue chegar a Viamão, onde, em 16 de junho, toma posse como governador provincial.
Uma das suas primeiras decisões é organizar a defesa da nossa terra.
Então ele decide fundar duas fortificações, e uma delas é num passo do rio Tebiquary.
Junto aos soldados, ele manda vir os 60 casais açorianos. Isso ocorre por volta de aproximadamente meados do mês de julho de 1764.
Essa fortificação, em terra batida e com vinte canhões, foi executada a partir de um mapa detalhado e colorido (esta relíquia histórica está sob a guarda do Arquivo do Exército – Rio de Janeiro).
O local exato da fortificação ainda não é conhecido, mas com esse mapa, vontade política, e um grupo determinado de especialistas, creio ser possível determiná-lo.
Portanto, sem dúvida, Taquari é fundada por ordem do coronel José Custódio de Sá Faria.
Com isso, aproveito e provoco nossos historiadores locais para que criemos algo que marque, destaque esse eminente nome. Uma rua, um ginásio, uma praça com seu nome vai bem, mas o melhor mesmo é que nossos edis oficializem o nome desse coronel Custódio como FUNDADOR de Taquari.
Une petite bio,
Nascido em Portugal, em local não precisado, por volta de 1723, e falecido em Buenos Ayres, Argentina, em 08 de janeiro de 1792, esse importante e decisivo personagem da fundação de Taquari e, mais ainda, de todo o território que hoje abrange o Sul do Brasil, a Argentina e o Uruguai, foi quase tudo em sua laboriosa vida: engenheiro militar, cartógrafo, arquiteto, geógrafo e administrador colonial.
Foi, como acima descrito, um laborioso governante da nossa capitania quando da invasão dos castelhanos de Ceballos.
Com aproximadamente 22 anos, formou-se na Academia Militar das Fortificações de Portugal em 1745; partiu de Lisboa para o Brasil em 1751 como integrante da comissão de demarcadores do Tratado de Madri – que havia sido lavrado um ano antes, em 1750
Essa comissão, designada pelo Vice-Rei do Brasil, Gomes Freire de Andrade, teria a importante tarefa de assentar os limites ultramarinos das possessões dos reinos de Portugal e Espanha.
Executados os trabalhos no Sul, ele volta ao Rio de Janeiro em 1759, substituindo o próprio Gomes como governador da Capitania.
Quando veio, era somente um sargento-mor, mas dez anos após, em 1760, devido aos seus trabalhos magnificamente executados (entre outros feitos cartográficos, preparou os dois mapas que ornariam a ‘História Topográfica e Bélica da Nova Colônia do Sacramento’, somente publicada em 1900), teve confirmada a patente de tenente-coronel, dada provisoriamente por Gomes em 1756, pelas autoridades da Corte.
José Custódio comandava um regimento de infantaria na capitania do Rio de Janeiro quando nova e grave crise eclode no sempre turbulento Sul: tropas castelhanas, lideradas pelo governador de Buenos Ayres Dom Pedro de Ceballos, invadem e tomam a fortificação de São Pedro, a porta de entrada da capitania.


Representação do Rio Grande de São Pedro em 1763, por Sá e Faria.


Custódio é então nomeado governador-militar assumindo, na câmara de Viamão, em 16 de junho de 1764, o pesado encargo de limitar o avanço desses inditosos castelhanos.
(Eis a razão pela qual Taquari somente foi fundada, estima-se, em julho de 1764. Antes era impossível, pois o homem que decidiu fundar a tranqueira às margens do Rio Tebiquary, só assumiu seu cargo de governador, como já dito e amplamente documentado, em 16 de junho de 1764.)
Mas, em política as coisas nunca são simples, um pesado opróbrio desaba sobre sua cabeça.
Em 18 de maio de 1767, ele tentou reconquistar a fortificação e Vila de Rio Grande em, é o que parece, desacordo às ordens emanadas pela corte na Metrópole.
Esse homem, valoroso homem, foi apeado do governo, preso e substituído pelo brigadeiro José Marcelino de Figueiredo, isso em 1769.
Somente escapou de ser enviado a Lisboa, para ser  julgado, visto ter sido defendido pelo vice-rei, conde da Cunha, cujas ordens secretas Custódio apenas as executara.
Além de militar conspícuo e um cidadão de elevado espírito patriótico, era também possuidor de vasta erudição como comprovam seus trabalhos legados à história.
Entre 1772 e 1775, já brigadeiro, atuou em São Paulo e em Mato Grosso. Em 1776, com a iminência de uma nova ação espanhola no sul do continente, mais uma vez sob os auspícios do determinado Dom Pedro de Ceballos, seu velho conhecido, o velho militar torna à ilha de Desterro e ao continente de Santa Catarina, cobiçados agora do general espanhol.
Os portugueses acabam derrotados, cabendo ao brigadeiro assinar a rendição das suas tropas. Submetido ao ódio do Marquês de Pombal, que o ameaça publicamente de execução, deserda do seu posto, tendo seus bens (todos) confiscados e vendidos em hasta pública.
Mesmo sendo depois absolvido em Conselho de Guerra, viveu o resto da sua vida em terras espanholas, mais precisamente em Buenos Aires, onde em pouco tempo torna-se o arquiteto e urbanista mais importante da região.
Sobre ele, escreve Ceballos, seu antigo inimigo e que o acolheu na desgraça: “não há nas duas nações que haja visto e reconhecido como ele, nem tenha seu conhecimento dos confins de ambos os domínios neste continente.”
Está enterrado, o fundador de Taquari, no Convento de Santo Domingo, em Buenos Ayres.
Tenho um amigo argentino, o eng, Falconi, de Buenos Ayres, que, a pedido meu, visitou o cemitério e me retornou: ‘... posso entrar em contato com o pessoal encarregado das visitas na igreja para tentar conseguir informações adicionais, Na verdade vejo várias paredes onde seria possível colocar-se uma placa comemorativa do José Custódio. Nunca estive nessa rua, mas gostei do lugar que está muito arrumado, estilo colonial...’
Post scriptum,
Este meu texto acima foi escrito originalmente há uns sete anos, e tinha como objetivo incentivar, dar subsídios, para que as autoridades municipais da minha Taquari honrassem a biografia do José Custódio de Sá e Faria como fundador de Taquari.
Houve êxito.
Por Lei Municipal da lavra da Câmara de Vereadores, sancionada pelo prefeito municipal, José Custódio de Sá e Faria é oficialmente "Fundador de Taquari".
Como prova da sua elevada importância e valor, os pesquisadores e historiadores Luisa Durán Rocca e Ramón Gutiérrez escreveram e editaram o livro/documento – lindíssimo – JOSÉ CUSTÓDIO DE SÁ E FARIA – Um engenheiro na América além das fronteiras, editado pela UFRGS, em 2020, e no qual, pra minha honra, tenho uma pequena contribuição.