Quinta, 25 de outubro de 2012 - parte 6

O TATATA E O RUY GESSINGER

No ruygessinger.blogspot.com/:
Vamos começar por um adágio antigo:
De mortuis nihil nisi bonum
Em sânscrito: de quem morreu não se fala nada a não ser o bem.
Outra coisa: escrevo este artigo só para os dinossauros já extintos como eu. Portanto, se você não estudou Latim, Filosofia e Francês, pare imediatamente de ler. Eu sou dono do meu blog, só deixo ler quem eu quero,vou te processar , por desacato e desobediência.
Continua aí? Está bem, o mundo ainda tem salvação.
Tu que tens 18 anos e me lês, deixa eu te explicar.
No século passado, nos anos 60 e 70, quase não havia assaltos, nem favelas. Os livros eram os deuses, não a TV nem a Internet que nem existia.
O mundo era dividido entre os nobres e os bárbaros: os bárbaros eram os americanos que falavam um inglês horrível e só queriam dar pau em quem discordasse deles.
O Brasil era um país feliz. Tínhamos futuro.
Nas escolas não se ensinava só o inglês. Não. Também, principalmente, o francês.
Tatata Pimentel e Hugo Amorim frequentavam o CAAR (Centro Acadêmico André da Rocha) da Faculdade de Direito da UFRGS. Ali os conheci. Ambos eram o que hoje se poderia dizer " brandos".
Finíssimos, maneirosos, cultos.
E lecionavam francês.
E falavam francês fluentemente. Não só eles, mas muita gente.
Hoje nem sei se existe ainda a Alliance Française.
Com Tatata se vai mais um dos últimos representantes de uma época em que P. Alegre era fina e aristocrática.
Querem saber? Até os iletrados eram aristocráticos.

3 comentários:

  1. Plena ditadura e o "Brasil era um país feliz?"
    Meu pai diz o contrário, se bem que meu pai devia ser de uma classe social inferior..

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  2. Bah, mas eu era feliz e meu pai também... Excelente época, podia se andar na rua tarde da noite sem medo, brincar na redenção até 22:00/23:00 Hrs sem medo, tudo funcionava, as ruas não eram esburacadas, enfim, uma excelente época e eu não era de nenhuma classe social "superior"...

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  3. Rafael, por mais incrível que possa parecer, é uma verdade, vivíamos numa ditadura e o país era feliz, posso te afirmar isso.
    Para que tenhas uma ideia, tínhamos muito mais oposição ao governo do que temos hoje, podes acreditar que é verdade, pergunta ao teu pai.

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