De 23 de dezembro a 2 de janeiro de 2023

 

NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!
 

LEVO ESSE SORRISO
PORQUE JÁ CHOREI DEMAIS

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VIDA

pra todos nós

Eu não sabia o que escrever neste final do ano. Até que assisti, na semana passada, este vídeo:

Bah, o que me passou pela cabeça, nas dezenas de vezes que assisti a esta querida, vocês não têm ideia.

Cada vez que assisto lembro de uma outra guriazinha que conheci. Foi na Casa de Apoio Santa Ana, da Santa Casa de Porto Alegre. A Casa recebe crianças de todo Brasil que necessitam de transplante.

Fui lá levar para as crianças o meu primeiro livro infantil, "Filô, o Beija-Flor Perdido". O encontro foi maravilhoso, agendado pela jornalista e responsável pela Biblioteca da Casa, Tânia Carvalho.

Conheci lá uma guria que não queria saber de transplante.

- Por que?

- Porque uma criança vai morrer para eu fazer o transplante.

Meu Deus!! VIDA!!!

Nessas datas ditas especiais sempre lembro - e publico - a charge abaixo. Simplíssima, mas de uma verdade incontestável:

Três momentos que dizem muito em poucas palavras.

Este ano foi uma loucura pra mim. Ainda bem que recebi carinhos de muitas pessoas. De familiares a amigos das redes sociais. Muito legal.

Certo que cheguei num ponto da Vida que não se tem muita esperança e muito menos se tem projetos a longo prazo. Mas é assim a Vida.

E SOBRE VIDA QUE QUERO CONVERSAR.

Eu brinco dizendo que tenho  sete Vidas, como os gatos. "E  já gastei umas, 4, 5 Vidas", resumo.
2022 foi uma encrenca que começou logo nos primeiros  dias de janeiro. Quase que não chego  a saborear "mais uma  Vida". Foi feia a coisa. Mas tive apoio fundamental de algumas pessoas próximas, como a Rute, o Gustavo e a Xuly - afinal, essas broncas comigo sempre acontecem em pleno verão.  E eu sempre destaco o apoio do amigo Bibo Nunes, incansável para eu conseguir superar todas as minhas encrencas de saúde.

Hoje, quase final de 2022, posso dizer que estou muito  bem, mas NÃO ME SINTO pronto para travar mais uma  batalha.

O que mais lamento dessa última encrenca? Não posso mais passar temporadas em Oeisis International. Há muito tempo passava na praia, de dezembro  a março. Longe do calorão de Porto Alegre. Agora, em função  da hemodiálise sou obrigado a ficar perto da Santa Casa. E também não posso mais  passar algumas semanas em Montevidéu ou no Rio. Tem que ser tiro curto. Para terem uma ideia, a hemodiálise, que é sinônimo de Vida, no Rio custa uma média de 1.000 reais a sessão de quatro horas. Em Montevidéu nem me atrevi a pesquisar.

Como a minha Vida mudou muito, neste ano só vi os meus netos, Pedro e Maya, uma vez. Foi no aniversário conjunto, no União. Muito legal.

Também me perdi de várias pessoas que gosto e admiro. Por onde anda o Renato Marsiglia? E o Jaime Cimenti? E o Djalmo Barcellos? E o Rimon Hauli? E tantos outros que perdi contato...

Nem vou tocar nos amigos que perdi. Mas é impossível não lembrar do Jorge Loeffler, Alfonso Abraham, Timoteo Lopes, João Souza, Armindo Antônio Ranzolin, Voltaire Porto, David Coimbra e todos os demais que registrei nas notas "MENOS UM".

Não, não fugi do assunto. Tudo isso  é Vida.

Apesar de todos  os pepinos, continuo com a minha dignidade. Não acampei, não como margarina, galinha  só viva, não fui a SC, não vi foto e não escutei nada  sobre o Yamandú Costa, zero frutos do mar, e um dado negativo: ainda não  fui num show do Fábio Júnior e nem do Ivan Lins.

Pra quase encerrar digo que sou um privilegiado. Por que? Acreditem, eu tenho dois Anjos da Guarda que sempre estão comigo, me ajudando para que faça sempre a coisa certa. Mas isso é muito difícil. Sou cabeça muito dura.

No entanto, prometi pra mim: não vou cair mais em provocação e, dentro do possível, não provocar. Por enquanto, já anunciei que larguei o pé do Dudu Milk. Do Lula da Silva, não dá. Me agarro em seus nove dedos e não largo!

Olha, para encerrar mesmo: torço, de todo coração, que todos nós possamos festejar a Vida. Todo o resto é consequência.

VIDA

PRA TODOS NÓS!

-

Depois da piadinha do José Simão...

... as brincadeiras se espalharam pelo Brasil.

Aqui na minha rua, uma senhora solteira sofreu a brincadeira e queria chamar "o DOPS, o Pedro Seelig" para apurar o responsável.