Sexta, 6 de dezembro de 2024



FALE COM O EDITOR:
JLPREVIDI@GMAIL.COM


(clica em cima que aumenta)



dois minutos
com prévidi

- O FUTURO DOS JORNAIS IMPRESSOS
E DA TV ABERTA É O MESMO?




nesta sexta,
a cesta do
j.p. da fontoura


TEXTOS DE
JOÃO PAULO
DA FONTOURA*





Caros amigos leitores desta cesta histórica,

Está rolando na Netflix a primeira temporada da série italiana Briganti – Na Rota do Ouro, seis episódios – uma das mais belas séries que já assisti.
A história, fictícia com alguns poucos elementos reais, passa-se nas áridas terras e florestas do Sul da Itália no período imediatamente posterior à reunificação, 1861, onde grupos de bandidos (briganti) tentam sobreviver a toda sorte de dificuldade e iniquidade. E, entre os (poucos) elementos reais há citações ao nosso Garibaldi e seus Camisas Vermelhas.

O enredo do filme é um pouco, ou muito, complicado, tem-se que entender um pouco da história da reunificação da Itália para que a coisa flua.

Aí, aproveitei o embalo e revi meus livros biográficos sobre o homem que simboliza o Risorgimento – o movimento político e guerreiro que possibilitou libertar a milenar Itália das garras dos Habsburgos (austríacos) e dos Bourbons (franceses), Giuseppe Garibaldi.
Se puderem, assistam essa série, garanto-vos, "è molto bello, vero!"


  GIUSEPPE GARIBALDI
o Herói de Dois Mundos


Prólogo

Garibaldi, o herói de dois mundos, para nós gaúchos tem um forte apelo sentimental. Não à toa, é nome de cidade, ruas, avenidas, logradouros, praças, vinho, tema de diversos livros, etc.

A mim, particularmente, morador aqui de Taquari, toca-me ainda mais. Explico.

Garibaldi por aqui esteve, por nossas ruas caminhou, pela beira do Taquari certamente acampou, embaixo de alguma das nossas frondosas árvores descansou, quando do episódio do Combate de Taquari, de 3 de maio de 1840, entre as forças republicanas e imperiais.

Mas sua importância maior está ligada à sua terra natal, à sua Itália, ao grande, enorme e gigantesco papel que teve nos eventos que acabaram por libertar sua pátria da espúria dominação estrangeira que se eternizava por séculos.

Os historiadores acordam: a unificação da Itália deveu-se ao trabalho conjunto de quatro personagens:

1) o nosso Garibaldi;

2) Giuseppe Mazzini, advogado, carbonário, republicano, e  mentor/ inspirador do Garibaldi;

3) Camilo Benso, o Conde de Cavour, primeiro-ministro do reino de Piemonte-Sardenha, um aristocrata monarquista ferrenho, hábil diplomata, mas que, mesmo precisando, não acreditava nas forças populares – diga-se, Garibaldi – aliadas ao movimento "Risorgimento Italiano";

4) Vítor Emanuel II, rei do reino de Piemonte-Sardenha, situado no norte da península itálica, a região mais rica e desenvolvida, e que liderou o movimento. É a partir desse reino que nasce a moderna Itália.

(O idealismo de Mazzini frequentemente chocava-se com o pragmatismo de Garibaldi. Mazzini era um ‘republicano romântico’; Garibaldi, um ‘republicano prático’, ou seja, se eu tiver que me aliar com o diabo – os monarquistas – para expulsar os invasores da minha Itália, viva o diabo!)


Um pouco de sua vida

Das grandes figuras guerreiras da história da humanidade, eu coloco Garibaldi num dos altos pedestais erigidos em nome do deus Marte, o deus da guerra sangrenta, agressiva, o deus do resultado em contraponto à falação da diplomacia.

"Tive uma vida tempestuosa e, como acontece com a maioria das pessoas, foi uma combinação do bem e do mal", Palavras da pena do próprio Garibaldi em seu livro de memórias. "Tenho certeza de que sempre tentei fazer o melhor, tanto no que diz respeito a mim mesmo quanto aos outros. Se alguma vez agi mal, certamente não tive essa intenção. Sempre detestei tiranias e mentiras. Estou profundamente convencido de que esses são os piores males que afetam a humanidade."

Era um homem simples, de pouco estudo, sem formação militar regular, formal, mas tinha coragem e audácia às nuvens. E isso era inspirador aos seus comandados e decisivo em várias das batalhas nas quais se envolveu.

Nasceu em 4 de julho de 1807, em Nizza, hoje a cidade francesa Nice. Em 1807, era uma cidade francesa produto da rapinagem feita por Napoleão, mas logo depois foi devolvida à Itália. Para a tristeza do Garibaldi, fato que o deixou enfurecido, o Conde de Cavour, por volta de 1850, numa negociação diplomática, devolveu-a aos franceses. É a história dos meios justificando os fins.

Seu pai era o genovês Domenici Garibaldi, um homem de poucos recursos, barqueiro que ganhava a vida navegando nos diversos portos da costa mediterrânea. Garibaldi teve seis irmãos, mas, vejam só, somente ele, que colocou sua vida à prova o tempo todo, viveu até idade avançada!

Sua mãe, Rosa Raimondi, a quem Garibaldi referiu-se em sua biografia como "minha velha mãe, a quem amei quase ao ponto da idolatria", teve uma vida até que longa para a época, pois chegou a conhecer sua nora Anita e a cuidar dos netos quando Anita ausente.

Não estudou muito, seu temperamento não o permitia. Com somente 16 anos lançou-se ao mar como taifeiro em um navio mercante, permanecendo por longos dez anos.

A Itália, desde o início do medievo, foi tomada por potências estrangeiras num amontoado de estados frágeis e rivais. Pós Napoleão, 1815, os donos da Europa resolvem partilhar a península em: austríacos ao norte (exceto Piemonte), estados papais ao centro, e os Bourbon franceses ao sul.

Já lá pelo fim do período de 10 anos em que perambulou pelos portos do Mediterrâneo, Garibaldi acaba, por acaso, tendo contato com um grupo de saint-simonistas que estava sendo levado para o exílio na Turquia. Esses revolucionários acabaram doutrinando o jovem marinheiro para as ideias de libertação da Itália do jugo estrangeiro. Entrou para o grupo ‘Jovem Itália’, uma sociedade revolucionária inspirada nas ideias de Mazzini e passou a dedicar-se à tarefa da unificação da península.

Numa fracassada tentativa de invadir o Piemonte promovida pelo entusiasta, mas pouco prático, Mazzini, tudo deu errado e o nosso herói teve que fugir para bem longe, pois sua cabeça estava a prêmio.

Garibaldi esteve por 14 anos fora da Itália, destes, 13 na América – entre o Brasil e o Uruguai.


Brasil, Uruguai

Empregou-se num navio francês que se dirigia para o Brasil, com o nome falso, Giuseppe Pane.

No Rio de Janeiro já havia um núcleo da "Jovem Itália", que lhe acolheu e empregou para escrever artigos atacando o reino da Sardenha. Mas o nosso herói era homem da espada, nunca da pena. Ergo, logo se entediou. Descobriu que o líder de uma revolução no sul do Brasil estava preso ali mesmo no Rio. Entrou em contato e conseguiu com o general Bento Gonçalves uma "carta de corso".

O resto tudo: a formação de estaleiros militares; a construção dos dois barcos (Seival e Farroupilha) para o mítico ataque a Laguna em 1839; a difusão entre seus pares de luta pelos ideais de igualdade e liberdade; o encontro com a jovem lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro, mãe de seus três filhos; de tudo isso, caros leitores, vou poupá-los de recitar, pois já o são (recitados) à exaustão – ano após ano a cada 20 de setembro.

Alguns meses depois do nascimento do seu filho Menotti, esgotado e precisando dar uma estabilidade à sua família, Garibaldi, Anita e o menino Menotti migram para o Uruguai.

Mas, deixemos bem claro, Garibaldi nunca se esqueceu dos pampas gaúchos, das surtidas dos lanceiros pelos campos abertos, das táticas de guerrilhas, das aventuras e desventuras nos nossos rios e mares, da camaradagem com os tipos sulinos, etc., etc.

Há muitas imagens (fotos/pinturas) em que Garibaldi aparece usando os nossos chapéus  pampeanos e o tradicional poncho que era usado como sobretudo e cobertor. Também levou consigo, primeiro para o Uruguai e depois para a Itália, o seu fiel amigo e escudeiro brasileiro negro de nome Aguiar, que, lamentavelmente, morreu quando dos combates em Roma.

No Uruguai, uma das primeiras coisas que fez foi casar com sua Anitta, para então adaptar-se a uma vida mais caseira, trabalhar, obter renda em coisas mais tranquilas tipo, por exemplo, ensinar em escolas. Mas, não durou muito.

O Uruguai era uma república independente desde 1828, quando guerreou com o Brasil por sua independência, mas os argentinos nunca abriram mão de ter o vizinho platino  federado à província de Buenos Aires.

A guerra da vez foi porque o argentino Oribe iniciou um cerco a Montevidéu, evento noticiado em todo o mundo.

A vida calma e caseira de Garibaldi acaba quando ele recebe do governo uruguaio a tarefa de organizar a sua marinha objetivando romper o cerco, não entregar Montevidéu, e garantir a independência do país cisplatino.

Garibaldi não só organizou a marinha uruguaia, como também criou a famosa e mítica Legião Italiana, composta de imigrantes italianos, muitos destes expatriados pela opressão dos governantes peninsulares.

Durante a sua estada guerreira no Uruguai, Garibaldi nunca perdeu de vista a sua Itália e o sofrimento do seu povo. Mantinha contato via carta com Mazzini, exilado na Inglaterra, e com seus amigos revolucionários que lá haviam permanecido, mantendo a chama guerreira sempre acesa.

Enfim, em 1848 decide voltar à Itália.

Mas antes de finalizar este capítulo, uma curiosidade: os soldados da Legião eram em sua ampla maioria civis que lutavam por amor à causa libertária. Não tinham nem mesmo uniformes. Garibaldi resolve então padronizar a vestimenta e busca no mercado um tecido bom e barato. Os empregados nos abatedouros locais usavam um tecido de lã na cor vermelha para mascarar os pingos de sangue dos animais abatidos. Como estava tudo parado pela guerra, os estoques deste tecido estavam encalhados e, portanto, muito baratos. Pronto, virou uniforme e símbolo universal desta legião.

Como a lã irritava quando presa por cintos, eles passavam a usar essas camisas soltas na cintura!

Itália, República romana, fuga de Roma, novo exílio, a volta, a redenção, 1848 foi um ano marcante para toda a Europa.

A maré de inquietação transformou-se em revoltas, revoluções.

Os príncipes e suas casas dinásticas estavam profundamente abalados!

Em janeiro, Garibaldi enviou Anita e seus filhos a Nice, onde ficaram sob a proteção de Rosa Raimundi, mãe de Garibaldi.

Em 4 de abril, Garibaldi, seu fiel escudeiro Aguiar e 63 camisas vermelhas partem com o barco Speranza rumo à Itália, ao incerto, à vitória ou à morte.

Após aportar em Nice e receber dos seus concidadãos efusivos "viva Garibaldi, vida longa a Garibaldi", ele parte para Piemonte e oferece seus préstimos guerreiros ao rei Carlos Alberto, em luta aberta contra os austríacos. Aí tem sua primeira – das várias – decepção com o rei (eu diria, falta de pragmatismo político, falta de jogo de cintura por parte de Garibaldi) que assina um armistício com os austríacos.

(Pessoal, peço vênia para dar uma acelerada na história, pois, se seguir nesse tranco, de um ensaio sairá um livro, e, como diziam os meus filhos, "pai, ninguém merece!")

Em 9 de fevereiro de 1849, Giuseppe Mazzini, com ajuda de Garibaldi, funda a efêmera (mas prenhe de simbolismo!) República de Roma;

Em 2 de julho, a resistência pela retomada de Roma pelos soldados franceses é rompida. Garibaldi e quatro mil homens iniciam uma fuga que ficou legada à história como "A Fuga de Roma" ou "A Retirada até San Marino". O objetivo era chegar à Veneza para dali migrar para um país que lhe desse abrigo.

Quase ao final dessa jornada épica, restam poucos homens a acompanhá-lo. Em 4 de agosto, Anita, que mesmo grávida de seis meses acompanhava seu marido, morre de uma febre persistente numa localidade próxima de Veneza . Tinha apenas 27 anos.

Em setembro, um abatido Garibaldi – pelo fracasso da República e pela morte da sua amada Anita – consegue sair da Itália.

Em 30 de julho de 1850 chega a Nova Iorque, onde é saudado por multidões de admiradores e por toda uma sorte de repórteres curiosos de sua vida. Estabelece-se na ilha Staten Island, onde trabalha numa pequena indústria de velas. Seus partidários e amigos resolveram presenteá-lo, em São Francisco, com um barco no qual navegou por várias partes do mundo, voltando à Europa, e à sua amada Itália, em 1853.

(A cabana onde residiu em Staten Island, entre 1851 e 1853, está listada no Registro Nacional de Lugares Históricos dos Estados Unidos. Há um monumento na ilha, belíssimo, que tem em seu frontispício a escrita: Garibaldi Memorial.)

Em 1854, já na Itália, depois de se encontrar com Mazzini em Londres, Garibaldi vai até Gênova para ver seus filhos e visitar o túmulo de sua mãe  que morrera durante sua ausência. Acaba comprando um pequeno pedaço de terras na ilha de Caprera, lugar ermo à ponta nordeste da ilha da Sardenha, onde estabelece uma pequena propriedade rural. Nesta propriedade, acabou ficando – a par de uma aventura ou outra fracassada – por cinco anos na espera que os ventos conspiratórios tornassem a soprar em sua amada península itálica.

(Mesmo beirando seus 50 anos e tendo a lembrança da sua amada Anita ainda muito forte, nosso herói não se fazia de rogado entre lençóis: sua reputação de guerreiro, de valente, atraía inúmeras mulheres de várias classes sociais. As fotos e pinturas mostram-no um tipo físico muito atraente. Era o que hoje chamamos de ‘pegador’.)

Em março de 1859, em um acordo com o conde de Cavour e o rei Vítor Manuel, é nomeado general do Exército Sardo, e chefia os Caçadores dos Alpes que inferniza a vida dos austríacos. Foram momentos de glória e também de polêmica. O eterno republicano Mazzini o critica por aliar-se aos monarquistas. Aqui entra o Garibaldi pragmático, "se é para derrotar o invasor da minha terra, alio-me até com o diabo!" (Garibaldi nunca disse isso, é uma liberdade literária do autor, mas é por aí mesmo!).

Em maio de 1860, com a Lombardia liberada do controle austríaco, era o momento de tratar o problema do sul. Então Garibaldi lidera uma expedição de libertação da Sicília e do sul da Itália.

Em 26 de outubro, depois de vencer os Bourbons franceses, depois da icônica vitória na Batalha de Calatafimi, depois de proclamar-se ditador do Reino das Duas Sicílias, Garibaldi encontra-se com o rei Vítor Manuel e lhe entrega a "chave" do reino.

O encontro deu-se numa estrada periférica a mais ou menos 48 quilômetros de Nápoles.

À medida que Garibaldi aproxima-se do rei que vinha ao seu encontro, tira o chapéu e diz com voz branda:

– Saúdo o primeiro rei da Itália.

– Como vai, caro Garibaldi? Respondeu o rei.

– Bem, Majestade, e vós?

– Ótimo, disse Vítor Manuel, sorrindo.


Epílogo 

Basicamente a questão italiana estava resolvida. Havia ainda os estados papais, no centro da Itália, mas isso a diplomacia resolveria. O Risorgimento havia vencido.

 O canto de cisne do velho guerreiro, agora com 63 anos, muita idade para esses tempos, foi, ora vejam, lutar ao lado dos seus ex-inimigos, os franceses, na Guerra Franco-Prussiana de 1870.

Morre em 2 de junho de 1882, aos 75 anos, na sua pequena residência na ilha de Caprera – local de seu túmulo.

Quase todas as cidades italianas têm monumentos que glorificam o herói da unificação italiana.

 *************************************

Para quem chegou até aqui, mais meio minuto de leitura e terão lido um inserto do meu livro SÃO JOSÉ DE TEBIQUARY, página 81, que fala da estada da Anita Garibaldi aqui em Taquari:

+ Anita Garibaldi em Taquari

A data de 3 de maio de 1840 é ainda (e sempre será) importante à nossa história. No passado, foi muito cultuada pelos prosélitos republicanos, pois nos remete à épica batalha (que acabou não sendo tão épica assim) que houve aqui em nosso município entre os Republicanos e os Imperiais no contexto da Guerra dos Farrapos.

E ocorre que a heroína lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro – a Anita Garibaldi, aqui esteve entre os dias 29 de abril e 03 de maio de 1840, acompanhando o seu marido, o General Giuseppe Garibaldi. Anita estava grávida, quatro meses, de seu primeiro filho, Menotti, e poderia ter ficado em Viamão, mas decidiu acompanhar o marido. Ficou na casa de David Canabarro, no Pinheiros, sendo cuidadosamente atendida por uma antiga escrava e ex-ama de leite do grande general taquariense.

*joão paulo da fontoura é escritor e historiador diletante, membro da ALIVAT – Academia Literária do Vale do Taquari, titular da cadeira nº 26.

10 comentários:

  1. Excelente, João Paulo. Na biografia de Garibaldi, escrita por Alexandre Dumas Filho, ele conta que jamais conheceu homens mais valentes que os gaúchos.

    ResponderExcluir
  2. Maluquete, Pé Grande e madame Conká hoje, às 10, na rádio do almirante Nelson, fuzilaram o Bolsonaro por sua entrevista, mais cedo, no programa do trio de cacatuas.

    Foi raiva, ranger de dentes e teses mirabolantes de babar na gravata.

    Ridículos!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Então foi mais um dia normal na emissora.

      Excluir
    2. Deltan,vai ouvir a rádio do Pastor
      Tim Tones e vaza daqui.kkkkkkkk
      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Excluir
    3. Vou vazar, sim. Antes, 20:09, me diz se está tudo bem em casa.

      Excluir
    4. Alô anônimo 20:09, você que é fã do Almirante Nelson e das cacatuas, aproveita que o Zafari está com promoção de tomate cru.

      Excluir
  3. Lendo sobre os grandes personagens da história, percebe-se que nasceram para grandes feitos. Um homem que é herói em diversos lugares do mundo, dentro do nosso bairrismo, é motivo de orgulho para os gaúchos fazer parte da nossa principal guerra que até os dias de hoje é motivo de reverência.

    ResponderExcluir
  4. Amigos, o Prévidi me questionou no particular sobre o Oribe ter liderado a invasão do Uruguai e o cerco de Montevidéu, se, questiona ele, o Oribe citado não era Uruguaio?
    Sim, era o mesmo Manuel Oribe, blanco, que foi apeado da presidência num golpe feito pelo colorado Rivera.
    Oribe então exilou-se em Buenos Aires, e, em 1843, o exército argentino (importante, a Argentina era então uma federação de várias províncias) invadiu o Uruguai e depois cercou dua capital. Este cerco durou nove anos.
    Nesse episódio é que entra o Garibaldi.
    Abraços.

    ResponderExcluir