Conseguiram estragar o meu sábado quando li uma chamada na Zero Hora on-line:
Tragédia em Santa Maria
Familiares criam associação e decidem entrar com ação coletiva de indenização
Ação coletiva deve responsabilizar entes públicos por incêndio na Kiss
Claro que não li a matéria.Os títulos bastaram.
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Quando ouvi que iriam formalizar uma associação, fui o primeiro a dizer: vai sobrar para o prefeito Cesar Schirmer e para o governador Tarso Fernando.
Batata!!
Bem ao estilo das famílias daqueles que morrem em acidentes aéreos. Muitas homenagens, missas e etc. e depois formam uma associação pra tirar dinheiro das companhias aéreas.
É sempre assim.
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Não consigo entender isso.
Claro que algumas famílias devem começar a passar por sérias dificuldades. Afinal, um filho, por exemplo, deveria sustentar a casa. Aí são casos isolados, que devem ser devidamente negociados com a Prefeitura, Governo do Estado e até mesmo Governo federal, no caso de militares. Não querem ajudar? Mete um processo e acredito que, neste caso, a Justiça possa resolver rapidinho.
Mas a maioria dos que faleceram eram jovens universiários, que eram promessas, que não tinham responsabilidades em suas casas. É só conferir o perfil das vítimas.
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Então, como entender esta "ação coletiva de indenização"?
Não consigo entender e acredito que seja difícil me convencer. Sei que sou meio burro, teimoso. Pra mim, isso tem outro nome.
E não me venham como esse papinho de "insensível"!!!
Previdi, não vai ser do Schirmer nem do Tarso, vai ser do "nosso" bolso, essa é a questão.
ResponderExcluirAgora, se o estado não sabe cuidar das coisas que deve, acaba pagando, essa é a regra.
Meu caro sabemos nós que a parte mais sensível em nós ainda é o bolso. O indenizar pelas perdas está no direito logo não há o que contestar. Acredito pela minha vivência que a indenização será a única forma de punir eventuais responsáveis. Obviamente que há responsáveis, mas o busilis da questão reside em nossa legislação processual penal que é uma piada. Ninguém repito NINGUÉM, irá depois de transitada em julgado a sentença desse processo irá cumprir UM ÚNICO DIA DE PENA. Isto mesmo, transitada em julgado a sentença que vier a ser exarada não haverá nenhum dos responsáveis em cana.
ResponderExcluirConsiderando os incontáveis recursos somados a lentidão dos processos em favor dos réus virá a PRESCRIÇÃO.
Fato: não há nada que atraia mais os ‘corvos’ do que desastres aéreos, incêndios e acidentes automobilísticos de grandes proporções. Sem falar que o ser humano – em alguns casos e sem querer generalizar –, sempre pensa que se algo ruim acontece, isto é culpa de alguém. E este ‘alguém’, tem que pagar.
ResponderExcluirPara alguns advogados, é de primordial importância que acidentes e tragédias aconteçam. Afinal, alguém vai pagar a conta; Evidente, os ‘defensores da justiça’ vão em cima do sujeito que tem bolsos mais cheios, porque para eles, obviamente, não interessa processar gente que não possa pagar. O que, inclusive, me faz pensar em uma situação: os tribunais foram criados para fazer justiça mas, a julgar pelo que sempre acontece nas ‘catástrofes’, eles passaram a ser usados como uma forma de redistribuir riqueza. Nos anos 80, por exemplo, o tribunal que obrigou a Texaco a pagar 10,3 bilhões de dólares à concorrente Pennzoil (hoje, braço da empresa Shell) não somente estabeleceu um recorde mundial para um processo civil, como também elevou as cifras a um nível tão alto que muita gente da área advogatícia pensou: “Como posso tirar uma fatia desse bolo?” Não é crítica – afinal honorários advogatícios estimados em dois bilhões de dólares fazem muita gente ficar tonta.
Por último mas, não menos importante, vale informar que no sábado, a pista de Daytona sediou etapa de abertura do campeonato Nationwide Series (divisão de acesso à classe principal da NASCAR, a conhecida ‘Sprint Cup’). Na volta final, acidente entre dois competidores teve como consequência carro batendo forte no muro. Seus estilhaços ‘voaram’ em direção aos espectadores postados na arquibancada (28 pessoas foram internadas). Trago este assunto à tona não apenas pelo fato de que atuo como jornalista automotivo, mas, principalmente, porque colega meu destacado para a cobertura da corrida – que contou com a presença do brasileiro Nelsinho Piquet –, informou que, na tarde de domingo, advogado procurou famílias cujos integrantes foram atingidos pelos destroços. Motivo? Adivinhem. Mais: nesta segunda-feira, um jornal da cidade publicou anúncio de empresa advogatícia oferecendo seus serviços.
Penso que tanto o advogado, como a tal corporação, poderia esperar o desenrolar dos acontecimentos. Mas, é aquela história: alguém vai pagar a conta – ainda mais se tratando de um esporte no qual as quantias não são pequenas. Portanto, vale a pena lançar os dados: vai que se tenha sorte...
Atenciosamente,
Paulo McCoy Lava