Segunda, 13 de gosto de 2018 - 15 ANOS!

Jamais troquei de lado.

Por quê? Eu não tenho lado.

Ou melhor, o meu lado sou eu

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QUEM É A FERA?
QUEM É A BELA?

Bela morava com o pai numa pequena aldeia francesa. A implacável Fera captura seu pai.
Bela, triste, decide se entregar a Fera, desde que seu pai seja liberto.
No castelo, ela descobre um mundo que jamais imaginou e que a Fera é um príncipe que precisa de amor para voltar a ser normal. Um príncipe bonitão.
Legal, né?
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Hoje 13 de agosto, comemoro 15 anos que edito um espaço na internet. Começou como um site e hoje é blog, o Blog do Prévidi.
Antes tive outras experiências, como o Política RS e o RS Turismo. Foram propostas quando muito pouca gente topava gastar dinheiro com internet discada.
Nesse aniversário não tenho nada a oferecer, a não ser a página redesenhada pelo web designer nas horas vagas, Gustavo Previdi. E a garantia de que continuarei incorporando a Bela e a Fera.
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Não é mole passar os dias, meses e anos sendo um camaleão diferente, transitando entre vários cenários. É um negócio muito difícil.
Quando comecei este espaço não tinha a menor ideia do que iria fazer. Mas comentava notícias da chamada grande imprensa, e, de quebra, brincava com o que assistia na TV e ouvia nas rádios. Mas prato cheio, inspirado no Moacir Japiassu, da coluna “Jornal da ImprenÇa”, eram - e são - os jornais.
Neste início, comecei a acreditar que estava no caminho certo, conferindo não apenas as estatísticas que apontavam um crescimento diário no número de leitores. Mas, principalmente, pelas pessoas que comentavam o que escrevia. Por estas bandas, ninguém tinha coragem de criticar algo ou alguém. Todos falavam ou escreviam "teses". Eu, não, sempre fui direto.
Uma vez saí de um evento, lotado de jornalistas, todo pimpão. Muitos colegas e amigos vieram me dizer que liam o site. E eu sempre pedi que me mandassem informações.
Desde o início, cada vez que eu incorporava a Fera, era bronca na certa. Caí em algumas arapucas - por exemplo, redator ou repórter de birra com a chefia inventava uma história e eu publicava. Bah, a postagem fedia e eu no dia seguinte tinha que arrumar.
Por isso, conquistei algumas inimizades.
Agora, por escrever rigorosamente a verdade, consegui dois processos e algumas ameaças.
Mais do que inimizades.
Algumas vezes pensei até em parar.
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Já passei por umas fases... vou te contar. Ser Fera é difícil, porque o cara tem que estar muito atento. Não pode deixar furo, porque a bandidagem está sempre te rondando. Não tem mole.
Quando a RBS começou a demitir e demitir e demitir entrei de sola. Na verdade, foi uma reestruturação que tinha que ser feita - caso contrário, o "conglomerado midiático" iria a falência. O pessoal que trabalhava lá me municiava de muita informação, todos os dias e eu metia chumbo.
Jamais tive uma audiência tão grande. Nenhum blog ou site alternativo no RS tinha um público tão grande quanto o meu. Ao mesmo tempo, por estar mexendo neste e em outros abelheiros, não tinha nenhuma publicidade. Nada. Quando me dei conta, estava pelado - se não fossem os meus livros tinha vendido até as cuecas para sobreviver.
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Também é difícil ser Bela.
Interessante. Qualquer pessoa, iniciativa ou mesmo um programa que eu elogie sempre aparece alguém para desconfiar. "Ih, o Prévidi tá levando uma beira" ou o tradicional "Pronto, se vendeu!".
Mas, na verdade, elogiar me faz muito bem. Gosto de destacar aquilo que gosto. Só que ninguém quer ler elogios. O negócio é ver o fogo pegando!
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Hoje estou muito calmo.
Quando quero me "assanhar", lembro das "Tijoladas do Mosquito". Amilton Alexandre era o Mosquito e deu cabo a sua vida, porque não suportou tanta pressão onde vivia, Florianópolis.
Eu não estou disposto a me extinguir. Prefiro que seja naturalmente.
Portanto, nos últimos tempos, tenho muita calma antes de me meter de pato a ganzo. Tenho alguns dossiês que terminariam com muitas vidas bandidas. Liquidaria com os caras. Em compensação iria responder a mais processos ou até mesmo levar uma surra ou uns tiros.
Não vão me pegar. Ah, não mesmo!!
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Prometo continuar sendo um implicante profissional. Ali, entre a Bela e a Fera.
Tenho um número muito legal de leitores - mas bem abaixo do período em que louqueava diariamente.
Leitores fieis em todas as cidades do RS e em todos os Estados. Além de uma gauchada que mora fora do Brasil e que me acompanha diariamente.
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Pra encerrar o post do dia antes de dançar a VALSA DOS 15 ANOS.
Meus amigos, mais próximos, sabem que sou um debochado, provocador. ADORO ver alguém invocado com o que escrevo.
No entanto, o maior problema é que hoje em dia todo mundo tem opinião sobre tudo, mesmo que não saiba nada a respeito. É interessante. Em função disso sou obrigado a ler absurdos, especialmente no Facebook, e quando não dá para argumentar mais, mando chupar um carpim. Simples.
O mais irritante é que todos sabem muito de política.
Quem se diz de "esquerda" não tem a menor ideia do que isto significa. E, hoje tenho a certeza, de que quem se diz um "liberal" ou de "direita" também não sabe nada a respeito.
Felizmente perdi muitos leitores que se dizem de "esquerda" e que são eleitores do PT. Ótimo! Sabem o motivo que não dizem que me leem? Porque não sou petista.
Idiotas, não sabem que eu estou me lixando para os partidos e para esta definição de "esquerda" ou de "direita".
Brinco, quando me dizem que sou de direita, afirmando que jamais fui num programa de rádio ou TV que tenha como característica o tom "liberal". E não tenho a menor vontade em ir num programa "ixquerdista".
Nada mais verdadeiro do que isso:

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.

Ou melhor, o meu lado sou eu

O mais incrível é o autor deste pensamento aí de cima e que me define perfeitamente. Lá no início da página.
Acreditem, o autor é o presidente da RBS, o Eduardo Duda Melzer.
HAHAHAHA!!! Não é interessante?
Podem dizer a vontade que me vendi para a RBS.
Aliás, quem fala uma coisa dessas não é meu leitor, porque quando tenho que dar um pau no "conglomerado midiático" não penso duas vezes.
Assim como dou um pau geral nos partidos e na classe política. Aliás, já cansei de escrever que o prédio do Congresso Nacional tinha que ser evacuado e implodido. No período pré-impeachment de dona Dilma fui um dos poucos - ou único? - a defender que ela tinha que dar um golpe. Deveria ter se aliado aos milicos e fechado o Congresso,
Aí, agora, ela fica brabinha comigo, porque não sou puxa-saco e jamais pedi um carguinho no seu governo.
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Vou me mandar porque irei dançar a VALSA DOS 15 ANOS com as minhas fãs que aguardam na frente do edifício. A última vez que fui na sacada contei 38 mocinhas lépidas, fagueiras e virgens a me aguardar para a valsa.
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