ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA
E não esqueça: mesmo os "comentaristas anônimos" podem ser identificados pelo IP sempre que assim for necessário. Cada um é responsável pelo que escreve.
DOIS MINUTOS COM O PRÉVIDI
VERGONHA DE SER HETERO?
Do Paulo Cursino:
Voltando de viagem, botando as coisas em dia, estou sem tempo e paciência de repisar o óbvio e defender pela enésima vez a liberdade de expressão por aqui. O editorial de "A Gazeta do Povo" abaixo foi bastante claro e faz isto lindamente. Não deixem de ler.
Quem quiser bancar o avestruz de anedota dizendo que apenas governos podem praticar censura, o restante é apenas "controle de qualidade", que banque. Eu não sou idiota e acho que boa parte da sociedade também não é.
Claro que também há um quê de desonestidade em uma afirmação dessas. Sem contar o corporativismo explícito de jornalistas e formadores de opinião que se pelam de medo de tomar uma posição ainda que o óbvio seja mais do que patente. Faz parte. Nem todo mundo nasce com culhões.
Que continuem em cima do muro, gastem flanela para os dois lados, mas não pensam que enganam. Se eu não compro covardia travestida de bom-mocismo, por que deveria aceitá-la camuflada de racionalidade?
Fiquem com o bom editorial.
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O CANCELAMENTO DE MAURÍCIO SOUZA
E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO AGREDIDA
O cerco à liberdade de expressão, que vive um verdadeiro “apagão” no Brasil, patrocinado até mesmo pelas instituições que têm o dever constitucional de defendê-la, ganhou novo capítulo nesta quarta-feira, quando o jogador de vôlei Maurício Souza foi desligado do Minas Tênis Clube, como consequência de uma campanha de cancelamento promovida contra ele. O atleta, que já era alvo de críticas frequentes por ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro, teve seu contrato rescindido unilateralmente pelo clube mineiro após publicações em mídias sociais. Além disso, o técnico da seleção brasileira de vôlei, Renan dal Zotto, afirmou que não há espaço “para profissionais homofóbicos” na equipe, insinuando que Souza não será mais convocado para defender o Brasil em competições internacionais.
Em uma das publicações, o atleta criticou o uso da chamada “linguagem neutra”, uma criação artificial que viola os padrões da língua portuguesa que, segundo informações de bastidores, estaria presente em uma novela com exibição prevista para o ano que vem; Souza fez o comentário “O céu é o limite se deixarmos! Está chegando a hora dos silenciosos gritarem”. Em seguida, comentando o fato de a DC Comics lançar uma história em que o personagem Super-Homem se assume bissexual, Souza escreveu: “A (sic) é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”. Depois, Souza publicou uma foto de uma equipe feminina de basquete que conta com um atleta transexual, Gabrielle Ludwig, afirmando: “Se você achar algum homem nessa foto você é preconceituoso, transfóbico e homofóbico. Mais uma conquista do feminismo para as mulheres!” E, por fim, publicou um vídeo defendendo suas posições e seu direito à liberdade de expressão, relatando insultos sofridos.
Quando a campanha de cancelamento já estava em curso, o Minas Tênis afirmou que “todos os atletas federados à agremiação têm liberdade para se expressar livremente em suas redes sociais”, que “não aceitamos manifestações homofóbicas, racistas ou qualquer manifestação que fira a lei”, e que “as opiniões do jogador não representam as crenças da instituição sociodesportiva”. No entanto, em poucas horas, pressionado pelos principais patrocinadores e pela intensificação da pressão dos canceladores, o clube mudou sua postura inicial: primeiro, afastou e multou Souza, pedindo que ele publicasse uma retratação; por fim, anunciou a demissão. Mas classificar as manifestações do atleta como “homofóbicas” ou “ilegais” é muito mais que uma distorção grosseira do seu conteúdo; é a admissão de que, a partir de agora, há tabus, assuntos que não podem ser nem mesmo discutidos, quanto mais questionados.
Assumir como correta a postura dos canceladores significa, por exemplo, que não se pode nem mesmo contestar a adoção da “linguagem neutra” e que ela deve ser simplesmente aceita sem questionamentos, por mais que inúmeros especialistas apontem seu artificialismo e seu caráter de imposição ideológica, ao contrário de diversas outras mudanças que o idioma sofreu ao longo dos séculos, sempre fruto de uma evolução orgânica. Da mesma forma, torna-se “crime” apontar uma verdade evidente – que Ludwig é um homem biológico – e pretende-se bloquear o debate sobre a participação de atletas transexuais no esporte feminino, uma discussão que nem mesmo o Comitê Olímpico Internacional considera encerrada, já que a entidade manifestou sua intenção de rever as regras atuais sobre a presença de tais atletas em suas competições. Por fim, na mente dos canceladores, já não se pode nem mesmo criticar o fato de uma empresa de entretenimento atribuir determinada característica a um de seus personagens.
Nenhuma dessas posturas corresponde a homofobia; as manifestações de Souza não se encaixam naquelas condutas criminalizadas pela Lei 7.716, cujos efeitos o Supremo equivocadamente ampliou para incluir ações discriminatórias contra a população LGBT. Nem mesmo o ato descrito no artigo 20 (“Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito”) poderia ser aplicado às publicações do atleta, que não advogou nenhum tipo de preconceito, discriminação ou retirada de direitos de determinadas pessoas.
Apenas a extrapolação indevida explica a caracterização de “homofóbicas” dada às manifestações de Maurício Souza – ou por meio da deturpação das intenções do atleta em suas publicações específicas, ou por meio de um fenômeno mais generalizado que previmos já em março de 2019, quando o julgamento sobre a Lei 7.716 no Supremo ainda não estava concluindo: a proibição completa da crítica a comportamentos, algo sem precedentes na história das democracias ocidentais. Cada novo episódio de perseguição ou cancelamento deixa mais claro que este é o objetivo final de parte da militância identitária: calar quem quer que considere equivocadas determinadas práticas e que já não se resumem ao comportamento homossexual propriamente dito – daí, por exemplo, a revolta contra a crítica à “linguagem neutra”.
Em março de 2019, a Gazeta do Povo afirmou: “Quando se vai além da criminalização do preconceito para estabelecer uma categoria de ‘crimes de opinião’, ignora-se completamente o fato de que, em todas as democracias sérias, não há comportamento humano que esteja imune ou blindado à crítica. O entendimento universal é o de que mesmo as condutas humanas mais nobres e quase que universalmente aceitas podem ser alvo de discordância, de crítica e de uma apreciação negativa, desde que não se caia no insulto, na agressão ou na violência”. Insulto, agressão e violência são tudo o que não existe nas manifestações que levaram ao cancelamento de Maurício Souza. A agressão e a violência reais são aquelas cometidas contra a liberdade de expressão do atleta, e são perpetradas por aqueles que não toleram a discordância, a ponto de buscarem inviabilizar completamente a vida de uma pessoa, pressionando para que lhe seja tirado até mesmo seu ganha-pão.
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SEM COMENTÁRIOS, VEJA A QUALIFICAÇÃO DO SUJEITO:
No detalhe:
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NOTÍCIAS DO FLÁVIO PORCELLO - Quem conta é a Paula Porcello:
Amigos queridos que pedem notícias do pai: ele segue estável.
A pressão está sendo controlada por medicação e a nova infecção no pulmão está sendo combatida com antibióticos.
Ele está sedado, com o rosto sereno, dormindo.
Vamos ter fé e acreditar. Enquanto há vida, há esperança.
Seguimos nas orações.
Beijo grande em todos e obrigada pelo amor!
Eu, com certeza, estou colhendo os frutos do que o pai semeou toda a vida: as amizades, o carinho e as orações de todos! No final das contas, isto é o que verdadeiramente importa.
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Fiz alguns ajustes e passei os originais para a Larissa. Ao mesmo tempo entrei em contato com meus amigos da Cia Zaffari, que toparam colaborar na edição.
O livro pode ser reservado e comprado pelo jlprevidi@gmail.com, onde informamos como proceder.
Filô, o beija-flor perdido é todo em papel couchet, colorido, com 24 páginas. formato 20cm X 20 cm.
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POR FALAR EM CRIANÇA,
QUEM TRABALHA É...
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COISAS DO FACEBOOK
"As incoerências ... Hoje o goleiro Bruno joga em um clube de futebol profissional. Que bom que ele só matou a namorada, despedaçou o corpo e deu para seus cachorros comerem. Se tivesse falado que não acha correto mexer na sexualidade de herói de quadrinhos da nossa infância, sua carreira tinha acabado! Patrocinadores não se horrorizaram com o que Bruno fez!!! Foi contratado, tem patrocínio e não está desempregado!!!" (Jane Portinho Galvão)
IMPERDÍVEL!!
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CORONEL NA ABL - O poeta, compositor e publicitário Luiz Coronel concorre à cadeira 39, e a votação será no final de novembro.
Com mais de 70 livros publicados, o escritor representa o Rio Grande do Sul nesse pleito. O nome de Luiz Coronel já conta com cerca de 50 moções de apoio de diversos setores da sociedade e de organizações públicas e privadas.
Confira um trecho da carta de apresentação que o poeta enviou à ABL:
“Só não corro contra o vento porque o vento é meu padrinho! Sou um homem de pensamento e ação, e vislumbro que, uma vez ingresso na academia, poderei ser, junto aos meus pares, um proponente e viabilizador de obras que bem atestem a alma acesa e lucida desta nobre casa. A condição de escritor e editor apontam este caminho. Venho de um Rio Grande tão amado quanto distante, cidade-estado, ao sul de si mesmo, porém de uma vitalidade e identidade cultural intensa e nítida."
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AGORA VAI! - Pedro Ruas topa ser candidato a governador do RS pelo Psol.
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DEIXE O BICHINHO FAZER POR TODOS
Eu sou o Gambá.
Você sabia que agora que a primavera chegou, é possível que você me veja mais vezes passeando? Desde já, peço que me deixe em paz, já que estou trabalhando, caçando, todos os animais peçonhentos que possam existir em sua propriedade.
Sou capaz de suportar até 80 mordidas de cascavel ou cobras coral. Graças a mim, existe um antídoto contra o veneno de cobra.
Eu sou um marsupial, não sou um roedor! Eu sou o único marsupial americano, primo do canguru.
É importante saber!!
Não contraio raiva e como carrapatos. Sou seu amigo!
Não me mate, não me prejudique. Não deixe seus cachorros me fazerem mal. Muitas vezes levo meus bebês na minha bolsa, mas você não pode vê-los.
Me assuste que vou embora.
E se você quiser ser camarada, me dê uma fruta ou me leve para longe dos humanos e dos cachorros.
Me tratando bem, você trata bem o meio ambiente!
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VÃO DIZER QUE É FAKE?
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PARABÉNS!! - Dona Ali Klemt tornou-se jornalista!!
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INTERVALO
NÃO ACREDITO!
Em "Geni e o zeppelin", o Chico Buarque coloca esse trecho da música na boca do povo ignorante e preconceituoso da Cidade, que enxovalha e discrimina a prostituta Geni. Obviamente é uma crítica do Chico Buarque, e não o que ele pensa. De toda forma, é praticamente impossível explicar a um bolsonarista qq coisa que exija mais de 2 neurônios. O bolsonarista médio não compreende nem as letras do Gustavo Lima, o que dirá do Chico Buarque...
ResponderExcluirTu tá dizendo que o Previdi é Bolsonarista?
ExcluirNada mais ridículo do que um idiota orgulhoso de sua parca inteligência.
ExcluirConcordo, aliás todos os artistas têm viés gauche, livres, almas soltas.
ResponderExcluirPara um Caetano Veloso, 2 + 2 é qualquer coisa, menos o cartesiano 4.
Eles são assim, pronto.
Mas um artista não consegue ser presidente de uma República. Se chegassem lá seriam completamente irresponsáveis, portanto um Bolsonaro, 2 + 2 = 4 é necessário sempre.
O problema do lulla não é o de ser um gauche na vida, e sim ser LADRÃO!
Esse Marcinho apanhou bastante na época do "acidente" nos noticiários da Globo e da Band que os bolsonaristas odeiam e quem abriu as portas pra ele foi exatamente o clube queridinho dos bolsonaristas por não ter assinado com o Premiere da Globo...
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