Vinhos e Afins - 22/11/2012
Vinícolas brasileiras definem
estratégia para ingressar em Cuba
O grupo de empresários e dirigentes do setor vitivinícola gaúcho que participou da missão do Governo do Estado a Cuba já possui uma estratégia para ingressar no mercado consumidor do país caribenho: investir na divulgação sistemática dos vinhos brasileiros e suco de uva 100%.
De acordo com o coordenador do programa Suco de Uva 100% do Brasil, Edgar Sinigaglia Jr., este plano foi traçado após a constatação de que há um potencial real de expansão do público consumidor cubano. “O crescimento do turismo do público canadense e europeu, tradicionais consumidores de vinho, e a ausência de suco de uva nas prateleiras dos mercados locais, despertaram o interesse das vinícolas gaúchas, que após conhecer Cuba, já sabem que melhor canal para a venda de seus produtos são os hotéis, restaurantes e lojas de vinhos”, revela.
Para ter acesso a esses canais será necessário trabalhar paralelamente junto a importadoras e aos pontos de venda a que serão destinados os produtos. “Vamos atuar para que os clientes finais incluam nossos produtos em seus portfólios e, assim, enviem seus pedidos às importadoras cubanas, com as quais serão negociados preços, condições de entrega e outros aspectos comerciais”, esclarece. Para alcançar essa meta, foi observado que é necessária a organização de uma série de degustações técnicas específicas para compradores de hotéis, restaurantes e lojas especializadas, gerando, dessa forma, o interesse pelos produtos e uma demanda de compra.
Em 2013 será possível colocar esse plano em prática. Os empresários do setor vitivinícola do Estado foram convidados a participar do Havana Gourmet, um evento com foco na gastronomia realizado anualmente em Cuba. “Projetamos estar presentes nessa exposição, pois fomos convidados a levar os produtos brasileiros, sem custo de participação. Uma cortesia de um país que deseja conhecer nosso know-how na elaboração de vinhos e sucos e estabelecer uma grande parceira comercial”, observa Sinigaglia Jr.
Também participaram da missão gaúcha oficial a Cuba o diretor-executivo da Fecovinho, Hélio Marchioro, Rosana Pasini (da Cooperativa Vinícola Aurora) e Miguel Carraro Neto (Cooperativa Vinícola Garibaldi).
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Aurora conquista medalhas
O Concurso La Mujer Elige, realizado em Mendoza, na Argentina, acaba de divulgar em seu site os resultados da sua 10ª edição. A Vinícola Aurora conquistou 6 medalhas, sendo 5 para seus espumantes e uma Duplo Ouro (distinção máxima, para vinhos com pontuação máxima) para Aurora Reserva Merlot 2011. Três medalhas de ouro ficaram para os espumantes Aurora Rosé Brut (lançamento), Aurora Chardonnay Brut e Marcus James Brut. Os espumantes Aurora Moscatel e Aurora Brut Pinot Noir em branco ficaram com medalhas de prata.
O resultado expressivo confirma a qualidade dos espumantes da Vinícola Aurora, sempre entre os mais premiados do Brasil nos concursos internacionais, e a crescente qualidade que a maior vinícola brasileira imprime em seus vinhos tranquilos, como este diferenciado Merlot.
O Concurso La Mujer Elige tem a peculiaridade de submeter os vinhos do mundo inteiro inscritos a júris formados exclusivamente por mulheres especialistas, todas experts em seus países de origem.
Nesta 10ª edição, o concurso contou com 48 juradas representando a Argentina, Espanha, o Brasil e os Estados Unidos.
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Vinhos brasileiros seduzem
novos compradores da China
Interessados em compras de grande volume, empresários chineses acompanharam atentos à explanação do Wines of Brasil, projeto de promoção do vinho brasileiro feito em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), durante o Flavours from Brasil (Sabores do Brasil). O evento, que divulgou vinhos, carne de gado, frango, suínos, mel e café brasileiros na China, foi realizado nesta terça e quarta-feira (dias 20 e 21), no hotel Grand Hyatt Beijing, em Pequim, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Apex-Brasil, com apoio do Ministério de Relações Exteriores (MRE). No primeiro dia ocorreu uma conferência onde entidades representativas de cada setor envolvidas na ação puderam apresentar os seus produtos para mais de 100 pessoas. Logo após foi servido um coquetel onde foram servidos espumantes brasileiros e servido um jantar harmonizado com vinhos brasileiros.
Foram servidos os vinhos Vinibrasil Viogner, Casa Valduga Chardonnay, Miolo Quinta do Seival Cabernet Sauvignon, Aurora Tannat, Salton Desejo e Garibaldi Chalet Du Clermont Merlot, além dos espumantes dessas empresas. “A degustação foi um sucesso. A compradora de vinhos da rede de supermercados Metro, Wendy Mao, apreciou com prazer cada rótulo e o David Hsio, da Grand Reserve, importador de vinhos de Taiwan que compra mais 1 milhão de dólares por ano, levou duas garrafas de nosso vinhos para casa”, comemora Bárbara Ruppel, da equipe de Promoção Comercial do Wines of Brazil.
No dia seguinte, Bárbara participou de oito reuniões de negócios. “Certamente, o evento foi muito importante para criação de imagem do vinho brasileiro”, afirma. Conforme ela, dados da consultoria Euromonitor Internacional apontaram que 28 compradores, de todos os setores, participaram de 110 reuniões de negócios com empresários brasileiros. “Se somente uma pequena parcela desse grupo comprar, efetivamente, os vinhos nacionais, os lucros serão grandes, pois o mercado chinês conta com a maior população do mundo e o interesse pelo consumo de vinhos só cresce no país. Mas esperamos que o número de interessados no setor seja expressivo”, observa Bárbara.
Importância da China
A China, que surpreendeu terminando 2011 em 2º lugar no ranking dos maiores compradores de vinhos brasileiros, encerrou o 1º semestre deste ano na liderança. O país asiático comprou US$ 405 mil de janeiro a junho, 492% a mais do que os US$ 68,4 mil do mesmo período de 2011. O valor já supera o total exportado para a China em todo o ano passado, que somou US$ 390,3 mil de cinco empresas – Casa Valduga, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Miolo, Pizzato e Salton. “Tudo acontece muito rápido na China, que é um país enorme com uma população gigante e um interesse crescente em vinho”, comenta a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. As exportações de vinhos para o gigante asiático iniciaram em 2010, quando foram vendidos US$ 4 mil, por meio de Hong Kong. “Basicamente enviamos amostras. Os negócios começaram pra valer apenas no ano passado”, diz Andreia.
Segundo o MDIC, em 2011, o Brasil foi o terceiro maior exportador mundial de produtos do agronegócio, incluindo alimentos e bebidas. As exportações destes segmentos chegaram a US$ 76,9 bilhões, um crescimento de 24,98% em relação aos resultados de 2010, e atingiram mais de 200 países. De acordo com o documento Agricultural Outlook 2010-2019, produzido pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil tem o setor agrícola que mais cresce no mundo, com uma estimativa de crescimento da produção de mais de 40% até 2019.
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A China comprando vinho do Brasil, tudo bem. É um bom negócio para nós. Eles compram tudo: do bom vinho de mesa ao suco de uva. Agora, tenham a paciência, Cuba comprar vinho do Brasil? Só se pagar com charutos...
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