Atualizado diariamente ao meio-dia.
Eventualmente, à tarde, notícias urgentes.
O LEITOR DO DIA
Alguém conhece um publicitário/jornalista ou jornalista/publicitário? Certo, podem existir aqui no RS. Mas quero saber se este que conheces tem competência nas duas áreas. Hein?
É difícil, né?
Pois eu tenho o privilégio de conhecer e ser amigo de um desses raros profissionais: Sérgio Gonzalez.
Além de competente, é um dos papos mais agradáveis de Porto Alegre!
Bom dia, Sérgio!
ESSE ERA MUITO BOM
Ontem, neste espaço, que tenho muita satisfação em editar, postei duas versões do Tereza da Praia. Não viu? Confira logo no início do post aqui.
Aí me mandaram esta versão do extraordinário Serginho Leite, que faleceu em 2011. Um baita humorista, daqueles que (quase) não existem mais.
Ótima para uma sexta-feira!
Tereza da Praia, com Agnaldo Timóteo e Cauby Peixoto.
mundo da demagogia
OS "ROMÂNTICOS CARANGUEJOS"
DO CAIS MAUÁ E OUTROS MITOS
Depois da obra entregue à população, sugiro que se coloque
um imenso caranguejo na entrada do complexo do Cais Mauá
Porto Alegre começou a conviver com protestos ambientais em 1975, quando estudantes subiram numa árvore, na frente de um prédio da UFRGS, para impedir o corte. Na época a Prefeitura fazia o que os burocratas decidiam e não tinha discussão. Naquela vez, eles cortavam as árvores para a construção do viaduto da avenida João Pessoa, o Imperatriz Leopoldina. Resultado? Pararam de cortar as árvores e deram um jeito.
Isso, meus amigos, em plena época em que os milicos mandavam e desmandavam. Não era coisa para fracos fazer um protesto, como o dos caras.
Lembro de outros, como o que foi contra a derrubada de um prédio da UFRGS, para a construção de uma perimetral e o genial prefeito que queria derrubar o Mercado Público. Foram manifestações que fizeram bem para a cidade - os moradores ganharam, sem dúvida.
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A partir daí a idiotice tomou conta, com a chegada dos tempos democráticos. A primeira grande babaquice, dessa gente que se diz "ambientalista", foi o fiasco de barrarem o corte de macegas na beira do Guaíba. Alegavam que era "vegetação nativa", numa área que havia sido aterrada!! Nem poda poderia mais ser feita, porque sempre tinha um otário protestando. Lembro que no final do século passado, uma seringueira estava sendo cortada, na Cidade Baixa, e vocês não imaginam o protesto! Para quem não sabe, esta coisa nem passarinho chega perto e não faz sombra. Além disso, vai terminando com o calçamento. Muito mais lógico botar abaixo e plantar algo decente.
Ah, sim, deveriam excomungar o imbecil que trouxe esta praga para cá.
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Protestos ambientais se tornaram motivo para a gurizada "fumar um". Nada além disso. E, de repente, "pegar umas mina". O que mais me admira é que tem gente metida a consciente que se mete nesta bobagem.
No episódio conhecido como Pontal do Estaleiro, onde seriam construídas torres em uma área dominada por ratos e alguns mendigos, na Zona Sul de Porto Alegre, conseguiram convocar até um plebiscito para que a obra não fosse realizada. Inventaram até que as torres iriam prejudicar a circulação de ar na cidade.
O engraçado é que a região, agora, está com vários edifícios altos e não se viu mais protestos.
Tudo, mas tudo mesmo que se pretende fazer em Porto Alegre essa gente é contra.
Por isso são chamados de caranguejos.
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Depois de algumas "manifestações" menores, voltaram, agora, com toda vontade.
São contrários, óbvio, ao projeto que está pronto para dar algum aproveitamento numa parte, Cais Mauá, onde era o Porto de Porto Alegre. As obras VÃO começar em março do ano que vem e eles são contra.
Agora, se auto-intitulam "caranguejos românticos".
O padrão deles, de lazer, é a tal "praia do Gasômetro", ao lado da Usina do Gasômetro. Um lugar fétido e barrento, onde duvido que algum caranguejo tenha coragem de levar um amigo de fora da cidade para conhecer.
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Os "caranguejos românticos" estão agora reunidos em torno de uma coisa chamada "cais mauá de todos".
Na semana passada lançaram um "documento" com diretrizes. Um amontoado de besteiras.
Como esta:
Que fique bem claro que os românticos de Porto Alegre já conseguiram, entre outros, criar o Parcão, que antes de se tornar parque nos anos 50 quase foi loteado para a construção de cerca 40 edifícios, assim como conservar o Mercado Público e a Usina do Gasômetro, que na década de 70 quase foram demolidos para "melhorar o trânsito" da região. E é nesse mesmo espírito que seguiremos insistindo que se realize um projeto para o Cais Mauá que efetivamente seja positivo para a cidade.
Além de tudo são mentirosos. Ou melhor, manipulam as verdades, como se fossem os responsáveis por recuos dos administradores no passado.
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mundo midiático especial
Até hoje, a melhor do ano!!
Duplo perigo: motorista e carro embriagados!!
(Adivinha em que site de emissora estava esta pérola?)
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Notaram que todos eles adoram escrever depois de "Brigada Militar" a "explicação" (BM)?
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PORTO ALEGRE SE CREDENCIA
PARA SER A CAPITAL GAY DO BRASIL
Foi lançado ontem o programa Porto Alegre LGBT, que insere a capital gaúcha no circuito dos destinos gay-friendly do Brasil. O ato ocorreu no estande do Ministério do Turismo na 43ª Abav (Associação Brasileira de Agentes de Viagens – Expo Internacional de Turismo), que acontece no Parque Anhembi, em São Paulo.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, o público LGBT representa 10% dos viajantes no mundo, movimenta 15% do faturamento do setor e representa um segmento que cresce 10,3% ao ano, bem acima da taxa média do setor no mundo, em torno de 4%.
A Prefeitura vai promover o novo segmento por meio digital com um site para o consumidor LGBT. O www.portoalegre.info/lgbt é a ferramenta disponível ao turista LGBT onde estão organizadas as informações sobre atrativos, serviços e eventos de Porto Alegre, o mais novo destino gay-friendly do país.
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A estruturação do programa de turismo LGBT em Porto Alegre foi destacada pela presidente da Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (Abrat GLS), Marta Della Chiesa, presente ao lançamento. “Ocorre de forma coordenada e planejada, o que torna a capital gaúcha um polo de referência para os demais destinos turísticos do Rio Grande do Sul”, adiantou Marta.
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porto alegre abandonada
A ZONA SUL DA CIDADE NÃO EXISTE
NO "PLANEJAMENTO" DA PREFEITURA
TODA Zona Sul de Porto Alegre está abandonada.
Vejam isso:
(clica em cima que amplia)
Esta é a Estrada das Furnas, no bairro Vila Nova.
A maioria dos moradores paga R$ 1.000,00 de IPTU.
Não tem calçamento, não tem esgoto e a iluminação foi retirada de 4 postes. Lâmpadas queimadas e não adianta os moradores protocolarem reclamação no 156.
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A via tem 4 quilômetros e 1,2 km de asfalto.
Repito: R$ 1.000,00 de IPTU para trafegar em chão batido, esburacado.
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Aquele poste à esquerda na foto está com a lâmpada queimada desde fevereiro.
A Prefeitura retirou as luminárias de 4 postes, alegando que não haviam casas.
São uns gênios!! Moradores e pedestres em geral não merecem andar na via iluminada!!
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porto alegre dos amigos
APESAR DO TEATRINHO DO INÍCIO DO ANO,
AS MESMAS EMPRESAS DE ÔNIBUS É QUE MANDAM
Do Correio do Povo (aliás, o jornal furou até mesmo o site da Prefeitura):
A Prefeitura de Porto Alegre anunciou no começo da tarde desta quinta-feira o resultado da licitação para o transporte público da cidade. As empresas que vão operar a frota são as mesmas do atual sistema de ônibus da Capital.
Embora as empresas sejam as mesmas, a Prefeitura garante que as melhorias garantidas pela licitação deverão ser imediatas a partir da implementação do sistema. A previsão é de que os consórcios assinem contrato até o fim deste ano. Depois, terão seis meses para implementar melhorias, como ar-condicionado em 25% dos coletivos.
Apenas uma empresa, além das que já operam no transporte da Capital, apresentou proposta. Essa, no entanto, foi desclassificada por não atender ao edital. “O edital foi aberto a qualquer empresa do mundo que quisesse participar, mas o mercado do transporte tem essas restrições locais. A empresa desclassificada, infelizmente, não atendeu ao edital. Ela fez a melhor proposta em termos de tarifa, mas não cumpriu outras exigências do edital”, declarou o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, que garantiu o melhor atendimento dos usuários.
“As empresas atuais foram obrigadas a formalizar consórcios. Esses consórcios vão operar em um modelo diferente. Atualmente não temos contrato com as empresas. Com a publicação do edital, eles terão de cumprir um contrato muito bem especificado com índices de qualidade. São sete itens que serão medidos mensalmente e avaliados pelo conselho de usuário da região”, completou.
Com o novo contrato, a frota vai aumentar de 709 para 781 veículos. A Companhia Carris Porto Alegrense (Carris) permanece responsável pela operação das linhas transversais e circulares, com pequenas alterações. Os nomes dos consórcios vencedores serão publicados na edição desta sexta-feira, do Diário Oficial de Porto Alegre.
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Confira como ficou a divisão dos consórcios por bacias
• Bacias norte/norte - MOB Mobilidade em Transportes (atual Conorte, formado pela Sopal, Nortran e Navegantes)
• Bacial Sul - Lotes 3 e 4: Consórcio Sul (atual STS, formado por Trevo, VTC, Belém Novo e Restinga)
• Bacia Leste/Sudeste - Lote 5: Consórcio Via Leste (parte da atual Unibus, formado por VAP, Estoril e Presidente Vargas)
• Lote 6: Consórcio de Mobilidade de Área Integrada Sudeste (parte da atual Unibus, formado pela Sudeste e Gazometro).
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MUNDO MIDIÁTICO
Variadas
CAVERNA - Recebo do presidente do Sindicato dos Radialistas um email informal sobre notinha de ontem neste espaço:
A lei 6 615, lei dos Radialistas não fala em estágio.
Sobre o tal estagiário da Rádio Guaíba, ele é radialista profissional, então não pode ser estagiário. Você colocou bem a questão, algumas empresas não querem pagar um contrato com salário e chamam o profissional de estagiário.
O tal chefete da Rádio Guaíba nós conhecemos e infelizmente trabalhamos juntos na Rede de Baixos Salários, onde ele dizia amém aos chefetes superiores.
O mesmo chefete que não conhece a CLT, queria tirar um radialista profissional de seu horário que faz há 15 anos e ainda trabalha em outra empresa, levamos para as advogadas da Guaíba que viram a bobagem que o tal chefete tentava fazer.Artigo 468 CLT...
O mesmo chefete disse que foi ao Sindicato para se desfiliar e não queriam aceitar seu pedido.... Mentiu, porque pedimos apenas que tivesse duas vias, assim que foi resolvido foi aceita sua desfiliação com bom grado.
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ASSEMBLEIA - Hoje, às 19 horas, o Sindicato dos Radialistas tem assembleia para o fechamento da Campanha Salarial, cuja data-base é novembro.Foram realizadas assembleias em 11 cidades das regionais e Porto Alegre é a ultima, para depois a pauta ser entregue aos patrões.
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O MELHOR - Na apresentação, em texto logo abaixo, digo que o Marcus Copetti é um dos melhores do Brasil. Mas, na real, ele é o melhor, o que mais entende de carros e motos no RS. E um dos melhores do país. Com todo o respeito ao Gilberto Leal, que hoje é colunista. Leia logo abaixo o texto do cara sobre o Salão de Frankfurt.
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ESSA É DO BALACOBACO - Confira:
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DÚVIDA - Um dos 5 maiores jornais do universo registrava ontem no seu site, às 18h18min, uma notícia sobre a briga de um assessor do deputado Gerson Borba (PP) com um arquiteto da Prefeitura de São Leopoldo. Segue um trecho:
Depois de assistir às imagens, nesta quinta-feira, o parlamentar exonerou o funcionário, para que o caso "sirva de exemplo", já que "atitudes como essa não podem acontecer com pessoas que representam a política".
O homem agredido é o arquiteto e funcionário da prefeitura Edson da Costa Plumer, 56 anos, que segue em atendimento no Hospital Centenário. Já o parlamentar diz que vai averiguar o fato e não descarta a exoneração do assessor.
AFINAL DE CONTAS, O ASSESSOR FOI OU NÃO EXONERADO?
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BAITA JOGADA - Como sempre, do doutor Gadret, o nosso Silvio Santos. Contratou Luana Soft / Marcelo Santos para a Rádio Eldorado FM, das 6 às 8 da matina.
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ALÔ ALEXANDRE GORDINHO MOTA!
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PERDERAM A RAZÃO
Prefeitos interrompendo a circulação nas estradas?
Burrice total!!
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NÃO ENTENDEU O QUE SIGNIFICA "DÓLAR ALTO"?
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A UDN DO JUREMIR
Escreve o Sergio Oliveira, de Charqueadas:
HOJE, 25.09.2015, NO CORREIO DO POVO, O JUREMIR MACHADO DA SILVA FALA DA UDN. QUEM FAZ ALGO QUE, SEGUNDO ELE, É CONTRA O PT, TEM O COMPORTAMENTO UDENISTA.
BRIZOLA E DARCY RIBEIRO QUALIFICARAM O PT COMO A “UDN DE MACACÃO”.
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PETISTAS COM ANCESTRAIS UDENISTAS:
Os irmãos VIANA, JORGE E TIÃO, do PT do Acre, são filhos do ex-deputado federal e ex-prefeito de Rio Branco WILDY VIANA e sobrinhos do ex-governador do Acre Joaquim Macedo. Wildy Viana era de direita, que exerceu carreira pelas extintas UDN e Arena.
Será que os dois irmãos, esquerdistas, foram ao cartório e renunciaram a paternidade do pai, direitista?
JOAQUIM FALCÃO MACEDO: Fundador e presidente estadual da UDN foi eleito suplente de deputado federal pelo PTB em 1962 (outro traidor do trabalhismo?) e durante o Regime Militar foi signatário da ARENA e se elegeu suplente de deputado federal em 1966 chegando a exercer o mandato1 e deputado federal em 1970. Com a assunção de Geraldo Mesquita ao governo do Acre em 1975, Macedo foi um dos nomes vetados pela maioria do MDB na Assembleia Legislativa para ocupar o cargo de prefeito de Rio Branco (o outro foi o promotor público Adauto Brito da Frota), fato que levou o Governo Ernesto Geisel a decretar intervenção federal na capital acriana com base no Ato Institucional Número Cinco.
Em 1978 foi indicado governador do Acre pelo presidente Ernesto Geisel e com o fim do bipartidarismo ingressou no PDS. Ao final do mandato foi nomeado membro do conselho de administração das Centrais Elétricas do Norte do Brasil (1983) e do conselho diretor da Universidade Federal do Acre (1983-1989).
Joaquim Macedo é cunhado de Wildy Viana (deputado federal eleito em 1982 e 1986) e tio dos próceres petistas Jorge Viana e Tião Viana.
FREI BETO: Numa entrevista ele disse “Meu pai era um anticlerical furibundo. Odiava religião. Só a Teologia da Libertação o trouxe para perto, o que é curioso. Ele foi fundador da UDN, assinou o manifesto dos Mineiros, lutou contra Getúlio e era americanófilo de direita. Depois do golpe militar, passou para a esquerda.”
FRANKLIN MARTINS: Escreveu “Meu pai, Mário Martins, era jornalista e político. Foi um ferrenho opositor da ditadura de Vargas, o que o levou a ser preso várias vezes. Ajudou a fundar a UDN, elegeu-se vereador e deputado federal, renunciou ao mandato de deputado por divergências com o partido, foi senador e acabou cassado depois do AI-5. “
JOSÉ DIRCEU escreveu “Filho de um udenista (o partido do golpe, maior fomentador da crise e da tentativa de derrubada de Getúlio), meu pai, Castorino de Oliveira e Silva, tinha como sócio João Mota, um petebista. Assim aprendi desde cedo a viver a disputa política dura (entre eles em torno da UDN, o PTB e o PSD). Mas, também, tive a escola da convivência civilizada entre meu pai e seu João Mota, um getulista declarado.”
VLADIMIR PALMEIRA, EX-PT, HOJE PSB: Membro de tradicional família alagoana, vem com a família para o Rio de Janeiro em 1951, em função da transferência do pai, Rui Palmeira, então deputado federal pela UDN. Seu irmão Guilherme Palmeira (Filhos de Rui Soares Palmeira ). Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiroem 1963, retornou ao seu estado, sendo eleito deputado estadual pela ARENA em 1966, 1970 e 1974, licenciado-se para ocupar a Secretaria de Indústria e Comércio no primeiro governo Divaldo Suruagy. Indicado governador de Alagoas em 1978, firmou um acordo para pacificar as correntes políticas arenistas, em especial a liderada pelo senador Arnon de Melo, que conseguiu a nomeação de seu filho, Fernando Collor, como prefeito de Maceió. Extinta a ARENA, Guilherme Palmeira ingressou no PDS e foi eleito senador em 1982 derrotando Teotônio Vilela, um dos próceres pela redemocratização do Brasil.
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Se formos verificar nos municípios, principalmente nos mais industrializados, muitos petistas são filhos de ex-arenistas, que, por conseguinte, eram udenistas, filhos de udenistas, já que uma das origens da Arena foi A UDN.
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UM PAÍS SÉRIO, UMA CIDADE DO SÉCULO 21
Escreve o comunicador Marcus Copetti, um dos maiores especialistas de carros e motos do país.
Mora em Novo Hamburgo e tem um programa na NET, Motores na TV, que engloba Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Bagé e Passo Fundo.
Apenas mais um Salão de Frankfurt
Deve ser minha décima visita, desde 1995 (mas bem que posso ter perdido uma edição desse evento que é o maior do mundo na área do automóvel). Se eram 193 mil metros quadrados na estreia (minha), aumentaram pra 203, 213, 233 mil metros quadrados de área de exibição e, um dia, gostaria de saber a fixação dos alemães pelo número 3.
Mas, se o alemão traz fixação mesmo é por carros e de todos os tipos. Talvez, pra contrariar o eficiente sistema de metrô, trem regional e ônibus que exibem. Foi difícil explicar para um colega que eles não usam catracas pra controlar o pagamento. Coisa de alemão: “você usa, você paga!” Imaginem o Trensurb entre Ipanema e a Sertório. Multiplique por 10, traçando Gasômetro/Assis Brasil; Cristal/Partenon/Sarandi; Navegantes/Restinga, etc. Tudo interligado, rápido, razoavelmente limpo e “sem catraca”! Matariam o prefeito no dia do edital!
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Mas falemos de carros, muitos carros. O evento estava morno, como as salsichas do estande da Volkswagen. Ah, muitas salsichas também, tem vários formatos e temperos, mas são apenas salsichas. Agradaram muito, como os carros, mas sem novidades para quem vai há tantos anos na exposição. Num país onde 1.0 é rei, ver Ferrari 458 ou Lamborghini Huracán deveria ser um espanto enorme, diante de superesportivos com mais cavalos (610 cv's) do que vários estandes da Expointer. Só que não!
Eram “apenas versões descapotáveis”, tal qual uma serra atacasse os produtos já exibidos em 2014, no Salão de Paris. Para o leigo uma delícia, para o profissional calejado, déjà vu, como diria um fotógrafo da Playboy diante de um estupendo pedaço de carne. Tem sempre aquele Bugatti Vison Gran Turismo, de 1001 cv, visto desde 1999, mas com um 1 cv a mais, uma fibra de carbono acima, etc...
Cataclisma na mídia internacional, nos dias de imprensa, foi o desmaio de Harald Krüger, CEO da BMW, ocorrido nos primeiros minutos da primeira coletiva. Indício funesto de que a feira seria diferente. Tonteou, bambeou e desabou no palco, sem ser amparado rapidamente pelos assessores, porque “alemão não toca em superior, a não ser que este o abrace primeiro”! Como era o chefe, devem ter feito uma “konference” com a matriz antes de chamar a Samu... Fosse aqui, já sairia um gerente dizendo que “foram tantas as emoções, etc, etc” e a coletiva seguiria. Lá, cancelaram e ponto final, até porque havia mais 25 coletivas naquele dia.
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Mas não acreditem em tudo que irão ler (inclusive aqui) sobre a mostra. Já disseram que IAA é 20 vezes maior do que o Anhembi, em São Paulo. Errado! Pretensão de jovens, falta de conhecimento de leigos e atitude típica de jornalistas: a “feirinha alemã” está no Frankfurt Messe, de 366 mil metros quadrados, enquanto a similar paulista é feita em pavilhão de 58,2 mil metros quadrados. Nem dá 10 vezes, mas já exige esteiras rolantes entre pavilhões, pra ajudar nas combalidas pernas. Até o próximo domingo, cerca de 900 mil pessoas vão ver (e comprar) carros, escolher a melhor cadeirinha de nenê, um novo GPS, etc. Diferente do Brasil, onde algumas modelos são mais fotografadas do que o veículo embaixo dela. O uniforme sempre é discreto, a beleza se confunde com conhecimento e todas sabem o manual do carro de cor. Quem quer experimentar um veículo terá mais de 15 pistas diferentes no IAA, sendo que a BMW esnoba: seu estande é do tamanho do da FIERGS e conta com pista de avaliação interna. Nada de chuva ou sol pra atrapalhar....
“Não gostastes de nada, oh vaidoso e prolixo escriba!”, desceria uma voz dos céus, reclamando por maior objetividade. Pra ser sincero, ver um táxi Porsche Panamera na rua foi lindo – por isso não tem Uber lá: chegariam sempre depois... Mas, foi na rua. O salão foi, desta vez, requentado, como a massa recozida do espaço da Opel. Comi, matou a fome, agradeci, mas estava fora do ponto. Coisas de uma crise intestina, de tempos que já esquecemos. Mas, isso é para a sobremesa. Explico ao final
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Preciso dizer que a eletrificação dos veículos avança rápida por lá, já que as reservas petrolíferas podem ser tão voláteis quanto a democracia nas suas fontes. Toda marca média ou grande têm versões com motores apoiados pela energia elétrica. Da grande Mercedes Benz às medianas francesas, desenvolver motores alternativos é a chance de sobreviver. Curioso é que tem gente que lembra que a redução de emissões na queima desses motores é suplantada pela enorme emissão na geração da energia elétrica na Alemanha (carvão).
Em suma, carro elétrico polui muito mais do que os nossos gasoalcólicos motores ou que o simples queimador de resíduos fósseis americano. Pior na França, onde a energia vem de usinas nucleares: economia hoje, problemas ecológicos no futuro. E você pode encontra álcool nos postos da cidade, para carros flex, fruto da expertise brasileira na área. Só que, invés de água, alemão põe 15% de gasolina pra facilitar a partida no inverno. E não precisa de tanquinho!
Pois na francesa Citroën, encontrei um SUV robusto, a nova geração do Aircross, um protótipo capaz de superar os obstáculos naturais criados por nossas administrações públicas: o jipão deverá ser adequado para ultrapassar enchentes em Caí, buracos em Novo Hamburgo, valetas na Ipiranga, etc... Gostei também do novo Smart, agora alegre e com aparência saudável – o velho era triste e aparentava ser menor do que é.. Carros que poderiam ser usados por brasileiros! Quanto a simples design, a Porsche revelou um elétrico fantástico (Mission-E), também com mais de 600 cv's, mas será preciso chegarem espelhos retrovisores, limpadores de parabrisa e exigências legais pra ver o desenho final. Protótipo é como mulher de revista masculina: nem sempre reflete o que se leva pra casa! De novo mesmo, só Jaguar F-Pace, o primeiro SUV da marca britânica, o Opel Astra (muito mais bonito do que o Agile);
A falta de tesão (palavra incorporada ao meio técnico para exemplificar o pouco entusiasmo numa exposição que reuniu 13 mil jornalistas) me obriga a falar sucintamente sobre marcas conhecidas. Fiat (só tinha modelos 500 – menos opções do que qualquer revenda gaúcha); Ford (tiraram o estepe do EcoSport – certamente com inveja do nosso extintor. Já a Ranger ganhou uma capota na caçamba e o Mustang é aquele visto na Argentina); Renault (Mégane renovado e Talisman, carros que não servem mais ao Brasil), Peugeot (308 GT, uma versão mais rápida somente); Toyota (segunda geração do híbrido Pryus); Nissan (a nova picape Navara, por aqui Frontier, já vista em Buenos Aires), Kia (Sorento com nova frente), Volkswagen (Tiguan renovado e uma nova Transporter, utilitário tipo Ducato), BMW (trocou dianteira do X1- modelo que será montado em SC até dezembro, mais o completíssimo e estratosférico Série 7); Mercedes (versões mais potentes – AMG – conversível Classe S e protótipos.)
Tá, mas a Ferrari? Filas enormes pra ver o ícone vermelho, marcando presença acima dos meros mortais de aço da concorrência. Idosos grisalhos, com a pele queimada do sol da Toscana ou Cannes, são reverenciados com vigor, enquanto suas (??) sobrinhas experimentam o macio contato dos bancos amarelos....
Chega! Prefiro falar que os novos imigrantes não chegaram ainda na região e os velhos, também do Leste europeu, estão em grande quantidade, mas integrados. Nota-se que a fertilidade germânica foi acentuada nos últimos 6 anos, graças à lembrança do governo de quem será o sucessor das vagas nas empresas alemãs. Muitas crianças nos carrinhos de bebê e andadores. Nada de babás, pois são as mães que levam os petizes para as maternais e escolas antes do início do emprego. Afinal, o comércio abre às 10h, facilitando a dupla jornada. O ambiente em Frankfurt é otimista, bem acima do visto no salão. Explico que a crise econômica de 2009 fez que muitos projetos fossem adiados e, 6 anos depois, geraram apenas re-estilizações e facelifts no Frankfurt Messe. As vendas estão boas, mas carros levam tempo entre pensar, projeto, protótipo, aprovação e produção. Quem sabe no IAA 2017?
Encerro falando de algo que me é fácil, até por morar em terra de genética teutônica: as moças continuam magras, loiras e simpáticas. Muito educadas, mas isso pode ser obrigação escolar ou social. Às vezes, imaginei estar em Santa Cruz do Sul diante de tantos olhos azuis e narizes diminutos. O Leste europeu contribuiu com o contraponto: a macedônica Âââângeelaa, que atende num MacDonald com seu olhar lollobrigidiano, aqui seria provavelmente modelo ou, na pior hipótese, casada com o dono da lancheria americana.
Vi muitas chinesas, normalmente acompanhando maridos, ambos com o símbolo da ascensão asiática, as indefectíveis malas Rimowa, de alumínio, mas brasileiros e brasileiras sumiram, diante da meteórica descida do real. Mundo cruel!
Só mesmo no Prévidi encontro defensores do atual governo. Sei que eles não vão acreditar, mas os negros (das propagandas governamentais) não viajam mais a turismo, nem os pobres (das propagandas governamentais) podem agora ir a Miami ou Frankfurt. Lá, só quem trabalha, para lá só a trabalho. Euro a R$ 5,33!! Hahahahahaha
Só me falta os argentinos invadirem Tramandaí (e South Oeisis...)!
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DOMINGO NO PARQUE
O projeto Domingo no Parque que será lançado na próxima quarta, em Porto Alegre, será uma programação dominical, no Auditório Oi Araújo Vianna, com entrada franca e forte apelo popular, que promoverá a cultura local com a participação de nossos principais artistas.
Serão eventos mensais realizados sempre, às 16 horas, entre os meses de setembro de 2015 e junho de 2016. O primeiro evento do projeto será no dia 27 de setembro com o Galpão Crioulo ao vivo, ainda em comemoração a Semana Farroupilha. No decorrer dos meses serão revisitados todos estilos musicais, do samba ao pagode, do reggae ao heavy metal, passando por musicais infantis. O evento “Domingo no Parque” terá apoio institucional e parceria da Secretaria de Estado da Cultura , Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e patrocínio exclusivo da Oi.
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“Domingo no Parque” pretende somar ao público tradicional dos eventos no Auditório Oi Araújo Vianna, a população do seu entorno onde é um dos pontos mais tradicionais e visitados de Porto Alegre, onde aos domingos é estimada em mais de cem mil pessoas circulando no Parque da Farroupilha e Brique da Redenção, assim incentivando a inclusão cultural e social do projeto.
Saiba mais sobre o Domingo no Parque:
www.domingonoparquers.com.br
Facebook: @DomingoNoParque
Instagram: @DomingoNoParque
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PREPARAÇÃO PARA O VERÃO
Vamos, você consegue!!
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PIADINHA
A empresa de ônibus desclassificada foi a Stadtbus de Santa Cruz do Sul. Pelo que entendi a empresa não conseguiu "mostrar" que tinha funcionários para colocar nas linhas. Ou seja, a empresa teria de contratar a mão de obra necessária mesmo antes de saber se ganharia a licitação. É o velho 171 que domina as licitações deste país. Duvido que tenha uma limpa.
ResponderExcluirIncrível! Pela cartilha do seu Vanderlei Capelleti ficamos sabendo que CARTEL tem um novo sinônimo: "consórcio".
ResponderExcluirBom dia, Prévidi.
ResponderExcluirNada como voltar de viagem, reservar um tempo para degustar uma chávena de Nespresso (“what else?” – como diria George Clooney naquele famoso reclame) e colocar leitura em dia. Evidente, foco total neste blog que tanto admiro.
Dito isso, ressalto que foi para lá de agradável apreciar um texto do ramo automotivo. Ainda mais se levarmos em conta que ele foi escrito por um jornalista que muito admiro, o Marcus Copetti.
Sei que já falei isso – via Facebook e aqui no blog –, mesmo assim, não custa repetir: Eu me considero um mero número na estatística de pessoas que admiram o trabalho dele (e igualmente o admiram como pessoa). Particularmente, acompanho sua carreira desde os anos 90, quando ele atuava como editor de Motociclismo no Jornal NH. Tenho para mim que ele é um dos poucos cronistas que realmente entende do assunto. Por sinal, sua coluna era fonte de leitura / consulta obrigatória entre os integrantes da tribo que atuava no setor de ‘duas rodas’. Alias, parafraseando Juremir Machado (em clássica entrevista para a revista Press, JMS salientou que comprava Veja para ler a coluna de Diogo Mainardi), garanto que fui assinante do NH apenas por causa da coluna e demais reportagens produzidas pelo Marcus.
Vale citar que mesmo na época em que residi em ‘Hortencio Town’, interrompi assinatura do NH por não mais constatar as informações precisas por parte do Copetti na área de veículos e velocidade.
Sobre o artigo acima, pouco para acrescentar. Apenas que gostei muito das impressões e, melhor ainda, constatei que o Copetti não é como ‘uns & outros’ do setor automotivo, que viajam para o Exterior e, no retorno, tentam passar a impressão de que a viagem ‘não valeu a pena’ e que ‘é um saco viajar para o Exterior’. Um bálsamo constatar que em seu artigo, o escriba não caiu na vala comum de ‘uns e outros’. Alias, parabéns, Marcus. Wauy to go!!!!
Atenciosamente,
Paulo McCoy Lava