Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
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até o meio-dia
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Antonio Hohlfeldt vai para o
lugar da sra. Eva na Fundação
Theatro São Pedro.
De repente agora sai o Multipalco.
Ele apoia que o futuro Multipalco seja batizado como Eva Sopher.
Hohlfeldt poderia usar a sua influência para homenagear também Elis Regina, Teixeirinha, Moacyr Scliar, Walmor Chagas, Geraldo Flach e outros "desprezados".
...
Que tal, secretário da Cultura
do RS Victor Hugo?
lugar da sra. Eva na Fundação
Theatro São Pedro.
De repente agora sai o Multipalco.
Ele apoia que o futuro Multipalco seja batizado como Eva Sopher.
Hohlfeldt poderia usar a sua influência para homenagear também Elis Regina, Teixeirinha, Moacyr Scliar, Walmor Chagas, Geraldo Flach e outros "desprezados".
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Que tal, secretário da Cultura
do RS Victor Hugo?
COMO O MST AJUDOU A CONSOLIDAR
O AGRONEGÓCIO NO BRASIL
Escreve o Carlos Wagner - http://carloswagner.jor.br/blog
Primeiras ocupações de terra em Cruz Alta. Foto: Douglas Mansur / MST |
Foi na luta pela reforma agrária, pressionando o governo federal com ocupações de fazendas, que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) abriu caminho para a consolidação do agronegócio no Brasil, considerado um exemplo do capitalismo bem sucedido no campo. Por estarem em trincheiras ideológicas opostas, o agronegócio empunhando a bandeira do capitalismo, e o MST, a do socialismo, essa história foi convenientemente esquecida pelos dois lados. Mas ela aconteceu. Eu estava lá e a registrei. Não existe um registro contextualizado do que aconteceu. O que há são fragmentos escritos no meio de capítulos de livros e de reportagens. Hoje a principal vitrine do agronegócio são as feiras, como a Expodireto, da Cotrijal, em Não Me Toque, pequena cidade agrícola no Norte do gaúcho. Nesse tipo de evento são exibidos os últimos avanços na tecnologia para aumentar a produção agropecuária e os equipamentos de última geração. Usando a linguagem dos agricultores para definir novidades: “o último grito em máquinas”. A vitrine do MST são as manifestações políticas ao lado de outros movimentos sociais e pastorais. Lá se pode ouvir o grito de guerra dos Sem Terra: “reforma agrária já!”
Vamos juntar os fatos para contar essa história. Em 1973, houve uma explosão no preço da soja nos mercados internacionais. Nas regiões agrícolas do Brasil, principalmente no Sul, as lavouras de soja começaram a se expandir usando tecnologia de ponta – equipamentos e produtos químicos. Esses insumos modernos causaram um enorme desemprego entre os trabalhadores rurais. E a valorização da terra acabou, fascinando os pequenos e médios proprietários, que venderam as suas glebas. Os pequenos proprietários e os trabalhadores rurais desempregados formaram o maior contingente da história de êxodo rural no país. No contingente do êxodo rural, nasceu o MST. E o plantador de soja deu origem ao agronegócio, como é conhecido hoje. Nos anos 80, os sem terra eram, praticamente, um movimento clandestino, porque o Brasil era governado pelo pessoal das Forças Armadas, que havia dado um golpe de Estado em 1964, derrubando o presidente da República João Goulart (do antigo PTB). Para os militares, reforma agrária era coisa de comunista. Logo depois do golpe, eles destroçaram todas as organizações camponesas que lutavam pela terra, tipo o Movimento dos Agricultores Sem Terra (Master) . Toda essa fase da história contei no livro A Saga do João Sem Terra.
Em 1985, as Forças Armadas deixam o poder para os civis, e nasceu a Nova República, que terá o seu ponto alto em 1988, com publicação da nova Constituição. Com a democratização do pais, o MST, que havia nascido em 1979 no Acampamento dos Sem Terra da Encruzilhada Natalino, na beira da estrada que liga Ronda Alta a Passo Fundo , tornou-se um movimento de massa e nacional. O agronegócio se expande, consolidando as novas fronteiras agrícolas, regiões povoadas por agricultores, principalmente gaúchos, no sertão brasileiro. Conto a história em dois livros: O Brasil de Bombachas, publicado em 1995, que descreve o trabalho dos pioneiros nas novas fronteiras agrícolas. Outro publicado em 2011, onde descrevo a vida dos filhos dos pioneiros. Da metade para o fim da década de 80, o MST e o agronegócio tinham um inimigo em comum: os proprietários de grandes extensões de terra, que eram do tempo em que o poder de uma família era medido pela extensão da fazenda. Esses fazendeiros tradicionais tinham sido um dos esteios do golpe de Estado de 1964. Eles odiavam o MST por questões ideológicas. E não gostavam dos plantadores de soja por considerá-los pessoas sem educação , sem tradição de família e uns novos ricos exibidos. Na época, existiam duas maneiras de o sojicultor plantar nas terras de um fazendeiro tradicional: casando-se com a filha dele ou pagando um arrendamento com preços absurdos e sem garantia jurídica. Só para se ter uma ideia de como as coisas eram. Nessa época, a maioria dos parlamentares estaduais e federais do Rio Grande do Sul eram de origem de famílias de fazendeiros. Os plantadores de soja só chegam ao parlamento nos anos 90. Pouco antes da constituição de 1988, a Nova República lançou o Programa Nacional de Reforma Agrária, que continha um artigo que dava poderes ao governo federal de desapropriar – pagando em bônus – toda a terra ociosa para assentar colonos. Eu lembro que fiz dezenas de reportagens sobre esse artigo, que causou um baita rolo por ter sido mal redigido e incluir até cidades como terras ociosas. O MST aproveitou a oportunidade e focou a sua ação no que foi chamado de “o coração do latifúndio”, regiões onde os fazendeiros tradicionais tinham grandes extensões de terras.
O MST agiu no interior de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No território gaúcho, aconteceu a primeira grande invasão no “coração do latifúndio”, que teve repercussão em vários países. A ocupação foi em uma fazenda em Cruz Alta, eu estava lá. E passei muito tempo explicando para os meus colegas repórteres estrangeiros, principalmente os europeus, o que estava acontecendo. Houve confrontos entre os colonos, os fazendeiros e as tropas da Brigada Militar (BM) – como os gaúchos chamam a polícia militar. Para escapar da desapropriação, os fazendeiros tradicionais começaram a maquiar as suas terras, alugando tropas de gado e fazendo lavouras da noite para o dia. O truque não durou muito tempo. A ação do MST derrubou o preço dos arrendamentos de terra. A oportunidade foi aproveitada pelos plantadores de soja. Hoje a Região de Cruz Alta é uma das maiores produtoras de grãos do Brasil. O que aconteceu em Cruz Alta se repetiu nos outros estados.
Portanto, a ação do MST contra os proprietários tradicionais de terra, além de ter barateado o custo do arrendamento, trouxe segurança jurídica para o arrendatário, porque toda a operação era documentada em contratos. Antes era na palavra ou no fio do bigode, como se costuma dizer nos sertões do Brasil. Ainda existe um episódio bem mais antigo que une o MST e o agronegócio. Em 1978, na reserva dos índios caingangues, em Nonoai, pequena cidade agrícola no Norte do Rio Grande do Sul. O cacique Nelson Xamgrê lidera uma rebelião indígena para expulsar 1,5 mil famílias de agricultores que viviam como intrusos nas terras caingangues. O caso repercutiu no país inteiro. Eu ainda não era repórter, mas estive lá. E a história do que aconteceu foi registrada no livro A Guerra dos Bugres, escrito em 1986, em parceria com os repórteres André Pereira e Humberto Andreatta. Os agricultores expulsos pelos índios formaram 34 acampamentos na beira das estradas, um deles na Encruzilhada Natalino, onde nasceu o MST e de onde partiram vários ônibus com agricultores levados pelo governo federal para povoar novas fronteiras agrícolas no Mato Grosso. Uma dessas fronteiras chamava-se Lucas do Rio Verde, hoje uma cidade símbolo do agronegócio. Em 1995, eu encontrei e conversei com vários ex-acampados da Natalino que hoje são grandes produtores de soja em Mato Grosso. Aqui chamo a atenção dos meus colegas repórteres calejados e dos novatos. Histórias como essas precisam ser contadas. É nossa obrigação encontrá-las.
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No Maranhão os professores são felizes |
ACREDITE SE QUISER - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou o aumento do piso salarial dos professores. São, agora, os docentes maranhenses como os mais bem pagos do Brasil. Antes dono do segundo maior piso salarial do país, perdendo apenas para Distrito Federal, o Maranhão agora vai oferecer aos profis com licenciatura plena e com jornada a partir de 40 horas salário de R$ 5.384,26.
Com impacto financeiro de R$ 132 milhões por ano na folha de pagamento do governo, a medida entra em vigor no mês de maio e faz parte de um pacote de ações na área de educação, como a recomposição salarial de 8% no salário de todos os educadores do Subgrupo do Magistério da Educação Básica, somando 22,05% de reajuste aos professores estaduais em 25 meses de gestão.
Conhecido nacionalmente por ter sua vida política comandada pela família Sarney há décadas, o Maranhão surpreendeu ao quebrar a oligarquia há três anos com a eleição de Flávio Dino para o comando do Palácio dos Leões.
Como a família Sarney deixou o Estado?
Em pesquisa divulgada em dezembro, o IBGE constatou que 52% da população viveu em situação de pobreza em 2016. Além disso, o avanço de 2% da extrema pobreza em todo o Nordeste também impactou a vida dos maranhenses.
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REFLEXÃO
Luiz Inácio Jesus Lula da Silva. Ser preso na sexta-feira santa seria a glória!!!
Gustavo Mota
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LEMBRANÇA - Num post no Facebook lembrei que Porto Alegre jamais fez uma homenagem decente à maior cantora que o Brasil produziu, Elis Regina.
Aí o Cezar Arrué lembrou:
Nem Elis, nem Teixeirinha, nem Geraldo Flach, nem Scliar, nem Walmor Chagas, nem etc etc etc
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LEVOU FERRO!! GENIAL!!
(clica em cima que amplia)
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DESPACITO CONSEGUIU FAZER ALGO QUE PRESTA!! - Acreditem, o prefeito de Porto Alegre Despacito Tigrão Júnior fez ontem algo de útil!
Assinou a a lei que torna mais rigorosa as punições a quem causar danos ao patrimônio público. A chamada Lei Antivandalismo traz uma série de regulações e valores de multas a infrações.
O mais legal: multa a quem "embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos nos logradouros públicos". Penalidade de mil a 100 mil Unidades Financeira Municipal, que hoje está em R$ 4,01. Quer dizer, a multa pode variar entre R$ 4.014,5 e R$ 401.450.
Boa, né?
Vagabundo, agora, vai pensar duas vezes antes de trancar o trânsito.
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Tem umas bobagens. Por exemplo, multa de até R$ 2 mil a quem urinar ou defecar em via pública. Imagina...
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Pichador? O que for flagrado vai pagar entre R$ 2 mil a R$ 12 mil.
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AS MULTAS DO DESPACITO:
* Pichar monumento ou edificação, público ou particular: R$ 2.007 a R$ 12.043.
* Despejar águas servidas, lixo, resíduos domésticos, comerciais ou industriais nos logradouros públicos ou terrenos baldios: R$ 2.007 a R$ 20.072.
* Colocar ou pintar postes, muros, paredes cegas, túneis, viadutos, pistas de rolamento de tráfego, rótulas, passarelas, árvores e outros lugares indicações publicitárias de qualquer tipo sem licença do município: R$ 2.007 a R$ 12.043.
* Causar dano a bem do patrimônio público municipal: multa de R$ 4.014,5 a R$ 401.450.
* Urinar ou defecar em via pública: R$ 200 a R$ 2.007
* Embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos nos locais públicos bem como usar correntes ou artefatos de proteção nos canteiros centrais das vias públicas e nos equipamentos públicos a que se refere a Lei Complementar nº 136, de 22 de julho de 1986, e alterações posteriores: R$ 4.014,5 e R$ 401.450
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SARAU LÍRICO NESTA QUINTA - O Museu da História da Medicina do Rio Grande do Sul - MUHM - realiza na próxima quinta, dia 15, a 100ª edição Sarau Lírico. A apresentação ocorre às 18h30min na Sala Rita Lobato, situada no próprio museu, e conta com a apresentação de Cintia de Los Santos (soprano), Clarisse Diefenthäler (mezzo soprano) e Rodolfo Wulfhorst (pianista). No repertório, canções de Fernando Obradors e clássicos compostos por Georges Bizet, Georg Friedrich Händel e Giacomo Puccini, entre outros sucessos.
Com entrada gratuita, o evento integra o Mês da Mulher, programação especial promovida pelo MUHM até o final de março. As demais atrações consistem em lançamento do livro “ Médicos Italianos no sul do Brasil” (dia 16, às 18h30min), de Leonor Schwarstmann, e a palestra “ O processo do envelhecimento e prevenção da demência”, de Liselotte de Almeida.
Paralelamente, os visitantes podem conferir a exposição “Trajetória da Dra Noemy Valle Rocha e Dra Baronesa Von Bassewitz: o pioneirismo da mulher da medicina”, que trata da trajetória da segunda mulher a exercer a medicina no Rio Grande do Sul.
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SERVIÇO:
Evento: Sarau Lírico
Data: Quinta-feira (15/03), às 18h30min
Local: MUHM – Museu da História de Medicina (MUHM) – Av. Independência 270 – Centro – Porto Alegre.
Artistas: Cintia de Los Santos (soprano), Clarisse Diefenthäler (mezzo soprano) e Rodolfo Wulfhorst (pianista)
Entrada: Gratuita
Realização: MUHM
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O BANQUEIRO DO ZERO HORA - Trechinho histórico de matéria do Zero Hora:
— Óbvio, que não dá para mexer em músicas que se tornaram uma referência para nossos fãs, mas dá para fazer releituras — contou Mike, que é filho do banqueiro Ronald Biggs, célebre assaltante de banco que morreu em 2013.
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ESTE VÍDEO É IMPERDÍVEL!
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UNIVERSAL: UMA HISTÓRIA IMPRESSIONANTE!! - Do site da BBC/Brasil
Gaúcha vence na Justiça batalha para recuperar
bens doados à Igreja Universal: 'Lavagem cerebral'
"Não sei o que me deu... Eu estava desesperada", diz Carla Dalvitt, que tenta reaver bens doados a igreja. | Foto: Jonas Samuel Betti/BBC Brasil
A gaúcha Carla Dalvitt estava com problemas financeiros quando começou a frequentar a Igreja Universal do Reino de Deus, onze anos atrás. A pequena loja que tinha com o marido estava com pouco movimento, e havia várias prestações para pagar - ela e o marido, João Henrique, tinham acabado de comprar um Palio para levar o filho pequeno dos dois à escola. O casal queria construir uma casa, mas, sem dinheiro, estava morando na residência dos pais dela.
Mas o que ela esperava que representasse uma saída para sua crise pessoal acabou se tornando um pesadelo, conta hoje. Carla diz que foi coagida pela congregação religiosa a doar a ela tudo o que tinha e acabou ficando sem dinheiro, sem carro e mal falada na pequena cidade onde mora, Lajeado, no interior do Rio Grande do Sul.
Ela afirma que mudou de ideia logo em seguida, mas que a igreja se recusou a devolver sua doação. Foi quando decidiu entrar, ao lado do marido, com uma ação judicial contra a Universal pedindo de volta os valores dos bens e uma indenização por danos morais.
Em 2012, o grupo religioso foi condenado a pagar uma indenização de R$ 20 mil e devolver o valor de parte dos bens que a gaúcha diz ter doado. A igreja recorreu, e o caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), corte na qual o recurso da igreja foi negado em uma decisão na semana passada. Ainda cabem novos recursos.
Procurada pela BBC Brasil para comentar o caso, a Igreja Universal do Reino de Deus não respondeu às perguntas feitas pela reportagem. Enviou uma nota dizendo que "o dízimo e todas as doações recebidas pela Universal seguem orientações bíblicas e legais, e são sempre totalmente voluntários e espontâneos".
"Fogueira Santa"
Carla conta que resolveu começar a frequentar os cultos após ver pastores falando na TV. "Eram mensagens positivas, de esperança, prosperidade. Tinha muitos depoimentos de gente que falava que tinha saído de crise, gente que dizia que devia à igreja tudo o que tinha", diz.
A gaúcha também conhecia pessoas que frequentavam a igreja - e falavam sempre bem. Seu marido não a acompanhava, mas também não se opunha à atividade religiosa da mulher.
Templo da Igreja Universal na cidade de Carla Dalvitt; ela diz ter doado tudo em um evento chamado 'Fogueira Santa' | Foto: Jonas Samuel Betti/BBC Brasil
Ela diz que as doações que fez à Igreja começaram com o dízimo. O problema, afirma, é que não pararam por aí.
"Eles diziam que você tinha que dar 10% de tudo o que você ganhava, e que tudo o que você desse, ia receber de volta", conta. "O problema é que tinha um evento especial, a Fogueira Santa, onde as pessoas iam e doavam casa, carro. E eu não sei o que me deu... Eu estava desesperada."
Carla afirma que havia um evento em que os fiéis faziam promessas de doações, no qual ela disse que entregaria suas posses à igreja.
"Depois disso eu fiquei na dúvida, pensei em desistir. Mas eles sempre falavam que tinha uma maldição para quem prometeu e não doou, que a pessoa ia ser amaldiçoada", diz. "E eu fiquei pensando na maldição, com medo da maldição."
Carla então vendeu o carro por um valor bem abaixo do valor de mercado - já que o comprador teria que pagar o resto das prestações - e doou o dinheiro à igreja.
E deu também, segundo ela, um colchão, um computador, dois aparelhos de ar condicionado que vendia em sua loja, joias,um fax, uma impressora e alguns móveis de cozinha que sua mãe havia acabado de comprar. Tudo isso escondido da família.
Nuvem negra
"Aí, quando cheguei em casa, que meu marido descobriu, aí que me deu um chacoalhão, que eu acordei. Não sei o que tinha aconteceu, eu estava mesmo... Era como se eu tivesse sofrido uma lavagem cerebral. Como se tivesse uma nuvem preta sobre minha cabeça, e quando meu marido conversou comigo ela foi embora. Me senti muito mal", afirma.
No mesmo dia, ela, a mãe e o marido foram ao templo tentar recuperar os bens doados. Conseguiram levar de volta o colchão, o fogão e os outros itens de cozinha - mas apenas porque a mãe de Carla ainda tinha nota fiscal de tudo, de acordo com seu relato.
A gaúcha diz que nenhum dos outros itens foi devolvido. "A gente implorou, insistiu muito, mas eles disseram que não iam devolver."
Carla e o marido, João Henrique, aguardam fim do processo | Foto: Jonas Samuel Betti/BBC Brasil
Ela então registrou um boletim de ocorrência e procurou um advogado.
"Já fui procurado por pessoas com casos parecidos, mas nem todo muito tem coragem de seguir com o processo - é demorado e desgastante. Ela foi muito corajosa", afirma Marco Antonio Meija, advogado de Carla no caso.
"Eu jamais teria entrado na Justiça se eles tivessem me devolvido na hora", argumenta ela.
No processo, a Igreja Universal se defende dizendo que não há comprovação da doação de itens como as joias e o dinheiro do carro - o que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acatou. A entrega dos celulares, da impressora e dos aparelhos de ar condicionado, no entanto, foi comprovada, e o tribunal entendeu que se tratava de "coação moral irresistível" e "abuso de direito", por isso estipulou a indenização.
A decisão foi confirmada pelo STJ na semana passada, mas a igreja ainda pode recorrer.
A gaúcha afirma que, além do grande prejuízo financeiro, todos na cidade ficaram sabendo do caso, o que a prejudicou muito. Ela acabou fechando a loja que tinha. Ficou sem carro, sem dinheiro, sem negócio - ou seja, em uma situação pior do que a que estava antes.
"Por sorte uma pessoa de bom coração em deu um emprego de vendedora e, aos poucos, eu foi reconstruindo. Antes teria dado também, mas eu estava desesperada e fui enganada. Quem abriu meus olhos foi o meu marido, ele me disse que Deus não ia colocar maldição em ninguém, que Deus não faz isso. E ele tem razão", diz Carla.
Ela hoje diz acreditar em Deus - mas não tem mais nenhuma religião.
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PIADINHA
Sobre a tua nota a respeito dos benefícios que o governador fará aos servidores públicos, particularmente os professores, me surgiu uma dúvida: em ano eleitoral, não estarão os maranhenses caindo em uma arapuca como a que foi armada pelo Tarso Fernando no Rio Grande do Sul?? É claro que são discursos politiqueiros (de onde não se sabe o quanto tem de verdade) mas há deputados estaduais reclamando que Flavio Dino encontrou o Maranhão em boas condições financeiras e gastou tudo o que pode - e o que não devia.
ResponderExcluirGarivaldino Ferraz
Leio diariamente o Jornal Pequeno que não tem nada a ver com os meios de comunicação de JOSÉ RIBAMAR DE ARAUJO COSTA, antigo senhor do MARANHÃO feudal e hoje desmoralizado.Flavio Dino prestou concurso à Magistratura Federal, no mesmo que participou o tal Moro. Dino desistiu da função pública e vem fazendo excelente Governo naquele Estado. Tivéssemos um DINO aqui ao invés dessa anta serrana e por certo nosso problemas já teriam sido equacionados.
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