Terça, 11 de dezembro de 2018




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE NÃO TENHO PRESSA







15 ANOS!!
Atualizado diariamente
até o meio-dia













especial

GRAMADO, GRAMADO!


Fernando Di Primio, jornalista


Fui  a Gramado, para mais um Festuris.

E, de repente me dei conta que faz 60 anos que vou a Gramado!

Minha mãe, Dona Lucila, logo que eu e meu irmão nascemos, bem que tentou Torres, que era a praia da época. Mas, sempre tão bonita e elegante, ela logo se deu conta da ação inclemente do sol sobre a pele e simplesmente decidiu nunca mais ir à praia. (Com a concordância de meu pai, sempre tão apaixonado e que tudo fazia para agradá-la.). E continua alva e linda até hoje.

Pois bem, em uma ida à Serra, que seria originalmente à Canela, e então ainda por estradas de chão batido, ela descobriu, por acaso, Gramado e, nela, o Parque Hotel, do seu "Nina". Foi amor à primeira vista! Conta que "era bacana porque além de estarmos no meio da natureza, acordando com o canto dos passarinhos, a gente ficava em chalés e parecia que estávamos em casa". (Eram chalés de madeira, que estão lá até hoje!) E, desde então, passamos a "veranear" em Gramado em todas as nossas férias escolares, pelo menos até uns doze, treze anos... Faz tempo!



Aliás, tempo é uma palavra muito ligada à Gramado.

Não só o tempo no sentido meteorológico (o frio desejado, a esperança de neve...), mas o tempo cronológico mesmo! O tempo que passou e fez bem à cidade. O tempo que passou e fez dela – que era rigorosamente uma cidade como outra qualquer do interior – o emblema que é hoje! Uma cidade que decidiu ser o que é. Que foi em busca de sua vocação e que usou o tempo, cada dia, um dia após o outro, para forjar a sua história de brilho.

Uma cidade que teve homens corajosos, visionários e empreendedores como Gunther Schlieper (um dos precursores na implantação das construções em estilo bávaro), Jaime Prawer (que criou o chocolate artesanal e fez dele uma marca da cidade –, aliás com o tempo, muitíssimo bem seguido por Julinho Cavichioni e outros caras de ponta); a família Masotti, uma das pioneiras na ideia dos móveis de Gramado e depois Arthur Guarisse que, com sua elegância e talento, foi um dos primeiros a glamourizar a ideia; Horts Volk, prefeito que comprou a ideia e fez nascer o Festival de Cinema; Luciano Pecin (que não bastasse ser um craque na hotelaria ainda criou o Natal Luz), a família Caliari, que inventou o café colonial como conceito (e que hoje está também à frente do fantástico Snowland); o gigante Clécio Gobbi que trouxe o fondue para cidade e foi ao longo desse tempo um dos baluartes e precursores de sua gastronomia (muito bem secundado por homens como Vanderlei Eckert – leia-se Pastasciutta e Joaquim Oliveira como seu maravilhoso Belle du Valais) e outros, tantos outros, muitos outros.



Como as famílias Perini (“inventores do Serra Azul”) e Bertolucci (“inventores” do Serrano). E como não citar, também, a Ruth e a Soraya, que comandam lojas simplesmente fantásticas como a Arraial e a Giovana Regali. Ou o casal Luís e Neusa Silveira que criaram o Kurotel? Ou o Hilário, então? Que era garçon do Serra Azul e hoje é um dos empresários de hotelaria que mais cresce na cidade: já são três os seus hotéis Sky, a caminho de quatro, de cinco...

Gramado, aliás, tem coisas fantásticas: tem uma lojinha, por exemplo, na rua principal, que está lá no mesmo lugar há, sei lá, com certeza há mais de vinte anos e que só vende meias!!! Maravilhosas, coloridas, listradas, mas só meias! E independente do crescimento da cidade, continuam existindo aquelas lojinhas simples de cidade de interior, algumas bem breguinhas, hoje convivendo ao lado de gigantes como Mc Donalds, Hard Rock Café e Renner...

Ah, já me estendi demais.

Mas só queria ter dito que o tempo fez bem a Gramado, que usou bem o tempo. E que nesses 60 anos em que eu vou lá – graças à Dona Lucila –, foi muito bom ter visto todo esse crescimento.

Hoje quando se fala em móveis, se fala em Gramado; quando se fala em chocolate, se fala em Gramado; quando se fala em turismo, se fala em Gramado; quando se fala em foundue, se fala em Gramado; quando se fala em café colonial, se fala em Gramado; quando se fala em cinema se fala em Gramado, quando se fala em Natal, se fala em Gramado...

E isso, rigorosamente não foi construído por acaso! (Ah, e o que é melhor: tem muita coisa nova acontecendo... Gramado, podem ter certeza, caminha para um novo ciclo e um claro destino: o de se tornar, diante de tantos atrativos, atrações que virão e diversidade, a Orlando brasileira...)

Ou seja, Gramado, que era pra ser apenas uma cidadezinha do interior, é o máximo!


3 comentários:

  1. Só conversa mole nos últimos dias. E o negócio da RBS?

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  2. A Prova provada

    Não sei se não irá se incomodar, mas hoje, às 16 horas, no programa do Diego Casagrande, na Band Rádio - com a participação entre outros do Júlio Ribeiro -, O Rogério Mendelski ligou e, em off, ratificou uma informação que havia sido dada no programa.
    Se nem mesmo o Rogério consegue ouvir o programa 'jardim de infância' da rádio pela tarde... Deus, ó Deus, ondes estás?...
    Pobre rádio Guaíba, que fizeste, Breno Caldas, para pagar em teu eterno descanso sepulcral tamanha infâmia!

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  3. Caro Prévidi,

    Rola nas rádios de POA uma publicidade institucional da Afisvec, que é de uma falta de sensibilidade, de solidariedade atroz. Ela fala do orçamento do estado para o ano de 2017, que era de 62 bilhões e o estado arrecadou somente 61 bilhões, que este déficit de um bilhão é o responsável por todos os males do estado, e que a solução é extorquir mais a população, arrochar ainda mais a cobrança. Na realidade o proposta é vicária, pois eles querem mesmo é mais para eles, os mesmos, pois os 20 ou 30 mil que recebem mensalmente, não mais estão permitindo fazer três viagens à Europa por ano! Gastar 70% da receita para remunerar seus funcionários é um absurdo inominável! Eu gostaria (sei que sou um ingênuo sonhador) que essas entidades classistas também se preocupassem com os miseráveis que estão se formando nas periferias das nossas cidades, e usassem todo a sua ‘inteligência’ para racionalizar os gastos do estado. Cada ponto percentual do ICMs que é aumentado retira da capacidade produtiva dos nossos sofridos empreendedores (micros, médios e macros) em torno de 5%. Saiu, hoje, matéria nas mídias dizendo que 61 mil gaúchos passaram a viver na miséria (menos de 2 dólares por dia de renda!).

    Asfivec, retire essa publicidade odiosa! Mais solidariedade, menos carros novos a cada ano, menos viagens à Europa a cada ano, pensa também na miséria da população gaúcha, não somente em seus (gordos) bolsos!

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