Sexta, 21 de fevereiro de 2020




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA PRESSA





Escreva apenas para






especial

Nesta sexta, uma cesta
de Carnaval!


Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte; a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.

Graciliano Ramos








Gaúcho que é gaúcho não deixa sua mulher mostrar a bunda para ninguém. Nem em baile de carnaval. Gaúcho que é gaúcho não mostra a sua bunda para ninguém. Só no vestiário, para outros homens, e, assim mesmo, se olhar por mais de trinta segundos sai briga.

Luis Fernando Veríssimo





O REI DA GANDAIA E DA CARA DE PAU






Texto do jornalista Ricardo Azeredo

Já conheci muito cara de pau neste mundo do jornalismo.
Mas o personagem deste causo conquistou com láureas o troféu máximo desta disputada categoria.
Foi meu colega em algumas emissoras de TV da capital. Uma figuraça, grande profissional técnico e muito faceiro, do tipo parceirão.
Adorava uma gandaia. Frequentador assíduo das “primas”,era conhecido nas melhores casas do ramo. Também era doido por baile de carnaval.
Só tinha um problema: era casado. E a esposa, um poço de ciúmes.
Eis que vem chegando o Carnaval e o dito já estava ficando inquieto. Ou, como se diz por aí, com o pé que era um leque pra cair na folia.
Precisava urgentemente de um estratagema para festear sem arrumar confusão em casa. Precisava de um álibi, um senhor álibi.
Sentado na sala onde trabalhava, moía os miolos concentradíssimo na tarefa de encontrar uma solução.
Até que olhou para a parede e viu a escala de trabalho que o chefe recém havia espetado no quadro de feltro verde.
Na mesma hora a lampadinha acendeu sobre a cabeça.
Pegou a escala, tirou uma cópia no xerox da redação e cuidadosamente recolocou a original no quadro.
Com a cópia, usando a tinta branca do errorex, produziu outra escala, modificada conforme seus inconfessáveis interesses.
A sanha por liberdade era tanta que ele criou uma escala “pessoal” absurda, com uma jornada muito mais extensa que o normal, mesmo que fossem comuns os “engates” de plantão.
Mas aquela escala, aquela sim, era uma missão que exigiria muita resistência…
A jornada falcatrua tinha umas 18 horas de trabalho. Sobrava apenas o turno da manhã para algum descanso.
Véspera do Carnaval. Chegou em casa ao anoitecer, fazendo a maior cara de condenado. Caprichou na performance de indignação.
Mal cumprimentou a mulher e começou a amaldiçoar o chefe e a empresa. Num gesto estudado, pegou a folha amassada com a escala fajuta e a jogou sobre a mesa, sem dizer nada.
Preocupada, a esposa perguntava o que havia acontecido, mas ele não respondia. Apenas abanava a cabeça olhando para o nada, com jeito de injustiçado.
Ela insistiu, e ele, sabendo que a esposa já tinha passado os olhos na escala deliberadamente lançada sobre a mesa, continuava quieto e bufando teatralmente. E então falou:
– Tu não tá vendo aí no papel?? Olha o que aquele filho da puta do meu chefe me aprontou!! Trabalhar o dia todo e ainda me engatar noite e madrugada!! Isso é um absurdo! É muita injustiça!
Sensibilizada, ela tentava consolá-lo. E ele firme no papel de mártir.
Seguro de que seu álibi havia colado, o festeiro cara de pau se atirou no carnaval. Ainda não existia celular, para sorte desta figura.
Trabalhava no turno em que estava escalado de verdade e à noite se esbaldava nos bailes madrugada adentro.
Quando a festa terminava, ele ia para a empresa, tomava um banho caprichado pra não deixar nenhum rastro de purpurina ou outras pistas incriminadoras.Vestia novamente a roupa com que tinha ido trabalhar e ia para casa ao amanhecer.
Mas aí o filho pequeno já estava acordado e agitado, querendo brincar. Como o festeiro não conseguia dormir, reclamou para a mulher que estava esgotado de tanto trabalhar e que precisava muito descansar para seguir a jornada imposta pela maldita escala e não colocar o emprego em risco.
Dizia então que ia dormir na TV para se recuperar e estar pronto para o turno que começava no início da tarde.
Mais uma vez a performance tinha sido convincente.
E ele então incorporou mais uma atividade naquele período de labuta carnavalesca: trabalhava de verdade à tarde, ao anoitecer se atirava nos folguedos de Momo, e ao raiar do sol ia dormir nas “primas”.
No início da tarde, dava uma rápida passadinha em casa pra beijar a mulher e filhos.
E aí seguia heroicamente para o sacrifício da profissão.


-


O inferno é um baile de carnaval no Monte Líbano.

Cazuza


-


SUCESSOS DO CARNAVAL
DE TODOS OS TEMPOS

Aos amigos Machado Filho, Marcos Valério.. e a todos que gostam de boas músicas.

Coloquem as músicas e brinquem, mesmo sozinhos!!


Bloco da solidão
(a mais bela música de carnaval, de 1971 - de Evaldo Gouveia e Jair Amorim)





Bloco da solidão
(interpretada pelo Evaldo Gouveia - Emocionante!! UAUUUU)




O teu cabelo não nega





Maria sapatão





Cabeleira do Zezé




Me dá um dinheiro aí!




A pipa do vovô




Máscara negra




Aquarela do Brasil




Nega do cabelo duro




O rancho da goiabada




Nenhum comentário:

Postar um comentário