Sexta, 20 de maio de 2022

 

SOU QUEM SOU.
TUA APROVAÇÃO NÃO É NECESSÁRIA.

...

ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA
(ainda mais agora, cheio de pepinos!!)

Escreva apenas para

jlprevidi@gmail.com

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MUITO OBRIGADO,
MAS EU ESTOU MEIO...

Acreditem, estou com menos cabelo.
A falta de ferro no organismo faz
cair o cabelo. Mas não estou preocupado.

"Muito obrigado", a quem viu ou se lembrou que estou de aniversário hoje. 20 de maio, nascido em 1954. Meia.oito  bem vividos, podem ter certeza. Ampla maioria de dias felizes, mesmo em momentos adversos.

Ia procurar umas fotos minhas, para mostrar todas as etapas cumpridas. Mas não tive saco, porque aí eu sinto saudade das pessoas que não estão mais por aí. Meu pai, meu irmão, minha mãe, minhas avós, vários tios e tias, primos queridos... Uma infinidade de pessoas que me deixaram.

Minha mãe era uma mulher
excepcional. 

Quando me dá essa saudade, eu lembro de quando morreu a minha mãe. Eu quase entrei em parafuso - ou melhor, entrei. Mas consegui sair, sozinho. Foi até simples. Quando pensava que não tinha mais a mãe, eu imaginava o meu segundo filho nascendo. Ela se foi em novembro e o Gustavo nasceu em fevereiro. A minha loucura não durou mais de três meses.

Mas estes momentos tristes foram raros. Ainda bem.

De um lado o amigão Fernando Albrecht.
Do outro o nosso prefeito Sebastião Melo.
E eu me metendo na conversa dos dois.

É interessante. Passei por momentos realmente dramáticos e jamais perdi o bom-humor, em que pese eu ter momentos de tolerância zero. Um desses momentos foi quando tinha 19 anos e capotei o meu carro na friuei. Não fui pro saco por milagre. Fiquei quase seis meses de molho, mas a minha recuperação foi excelente.

Mais de 30 anos depois, uma bactéria se instalou num dedo do pé. O risco? O bicho se espalhar pelo organismo e eu dançar. Do momento que entrei na Emergência do Hospital Santa Clara até a cirurgia foi uma eternidade. Mas sobrevivi. Dando risada.

Com três prefeitos de Porto Alegre -
Fortunati, Villela e Fogaça

Iniciei este 2022 mal das pernas, literalmente. Sempre com um cansaço para caminhar, sem vontade de nada. Até que fui novamente para a Emergência do HSC e descobriram um monte de merdas. Poderia ter ido para o saco, mas milagrosamente sobrevivi. Tive até covid. HAHAHAHAHA!!

Hoje estou começando novamente a viver. Tomando uns 9 comprimidos por dia, um trumbico no pescoço para a hemodiálise e... só!!!

Só pelo fato de estar vivendo está ótimo. 

Mas estou lento.

Imagina, ainda no final do ano passado inventei mais um livro infantil,  que está pronto nesta vasta cabeça. E um outro, para marcar os 250 anos de Porto Alegre - uma reunião improvável de dezenas de personalidades da cidade. De todos os matizes.

Um momento de tolerância zero.
Com meu pai e o primo João Carlos

Não consigo dar sequência. Ainda. Mas não deixei de ser persistente. A qualquer hora sai um e depois o outro.

De qualquer forma, consigo manter as minhas atividades diárias, mesmo que faça visitas frequentes a maravilhosa Santa Casa. A maioria dos taxistas que chamo já sabem - "no Santa Clara, da Annes Dias".

Como já estamos no quinto mês do ano, vou processando os pepinos. Cheguei a conclusão, ao contrário da maioria das pessoas, que a hemodiálise é vida. Aquela máquina querida te faz viver mais. Duvida? Tem que ir lá no Santa Clara, terceiro andar, e conhecer a dona Sônia. Fará em breve 90 anos. E vários de 70, 80, 90 anos, felizes por estarem vivos e, em muitos casos, aguardando um transplante. Detalhe: muitos lá não conseguem fazer xixi. Calma,  eu faço.

Um grande líder, para sempre

O chato é a tal da anemia. E não adianta os tratamentos caseiros. O único "remédio" é uma injeção caríssima - bota caríssima nisso - que deve ser aplicada 12 vezes por mês, num mínimo de 3 meses. O Estado dá estas injeções e a Secretaria da Saúde te põe a prova com uma burocracia mais do que irritante.

O que a anemia me causa? Repito por ser muito chato, um cansaço extremo, diferente do cansaço "normal". As pernas ficam sem força, o corpo dói. Atravessar uma rua é um problema (imagina eu com problemas para caminhar. Sempre fui um dromedário, gostava de caminhar).

Sou fã do governador Collares!!

Agora, digo com todas as letras: continuo feliz, muito feliz mesmo com todas essas broncas. Não são broncas, na verdade, só tenho que me acostumar com essa vida, "nova".

Por exemplo, não estou nem aí que o meu cabelo esteja caindo. A foto lá de cima é uma "fraude". Não tenho mais tudo aquilo. A barba está igual.

Fora isso, estou meio recluso. Vou na terça no lançamento do livro do Paulo Motta no Chalé da Praça XV. E um que outro evento. Hoje estou na praia, na extraordinária Oeisis.

Drama neste ano foi mesmo a morte da nossa Gabriela. Ficou 9 anos em nossa casa. Estava sempre conosco, uma filha. Olha aí como era bonitona:

É isso, tô legal. Não estou deprê, mas juro que as vezes dá vontade de mandar tudo a merda e sair por aí. Mas sei que não vou fazer isso.

  

A minha maior loucura é comer uma Nega Maluca, a torta, ou um quindim. Ou um doce de abóbora. 

Beijos!!