Sexta, 27 de outubro de 2023


NÃO LEVE A SÉRIO
QUEM NÃO SORRI!

 


NÃO SEJA GUERREIRO.
SEJA DA PAZ




Escreva apenas para








FORA LULA!!





ESPECIAL 1

- MÁRCIO PINHEIRO ESCREVE
sobre Ibsen Pinheiro

Lula e eu tivemos um problema com um apartamento. Nos dois casos, uma cobertura. Nos dois casos, entramos na polêmica por tabela. O dele foi esmiuçado. O meu, lembrarei agora. 
Há 30 anos saía a primeira manchete envolvendo o nome de Ibsen Pinheiro, meu pai, dentro da comissão da Câmara que investigava fraudes no Orçamento. Batizada com o pomposo nome de “Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a apurar fatos referentes às atividades de parlamentares na destinação de recursos do orçamento da União”, a CPI ganhou da imprensa uma alcunha menos longa e mais pejorativa: Anões do Orçamento. A nomenclatura fazia referência à baixa estatura de sete deputados – Genebaldo Correa, Cid Carvalho, Manoel Moreira, José Geraldo Ribeiro, Ronaldo Aragão e Geddel Vieira Lima sob a liderança de João Alves. Meu pai, com mais de 1m70cm e sem envolvimento com a comissão, não se encaixava em nenhum dos dois perfis.

A manchete era apressada. Saía no alto da edição dominical de O Globo, 7 de novembro, e fora vazada pela CPI no sábado, poucas horas antes do fechamento do jornal, o que determinou o tratamento açodado dado ao tema. Na capa, a manchete ganhou o mesmo tratamento apressado, sendo resumida em míseras 16 linhas espremidas em uma coluna entre uma foto de Madonna (que estava no Rio) e outra de Adriana Esteves (estrela de Renascer). Porém, o importante estava lá, no alto da página, um título que não deixava dúvidas “CPI: cheques comprometem Ibsen”. 
Na parte interna, um texto de Jorge Bastos Moreno era mais virulento: Ibsen havia “recebido cheques do esquema de corrupção” e “pegamos um tubarão”, dizia um integrante da comissão. A fonte revelada por Moreno era o folclórico senador Ney Maranhão, ex-tropa de choque de Collor e, à época, já no PPR, depois dos naufrágios de seu líder e do PRN. A outra fonte, não revelada, seria conhecida uma década depois: o assessor Waldomiro Diniz, indicado pelo PT e próximo do senador Eduardo Suplicy e dos deputados Aloizio Mercadante e José Dirceu.


As primeiras acusações falavam de dois cheques de US$ 14 mil. Alimentadas por vazamentos e vitaminadas por boatos, as denúncias cresceriam e chegariam ao ápice com a capa de Veja. Às vésperas do Natal, Ibsen, em depoimento à CPI, teve que rebater a acusação do deputado Luis Salomão (PDT-RJ) de que Ibsen recebera uma cobertura de uma empreiteira.
O imóvel em questão era uma das três unidades de um prédio sem luxo algum no Bairro Petrópolis. Grande, é verdade, o apartamento havia sido escolhido em 1991 pela minha mãe (outra coincidência com Lula ao envolver as esposas dos dois acusados). Era lá que nós três vivíamos desde março de 1992. A negociação para a compra previa um pagamento em 36 parcelas, todas elas condizentes com a renda de um sujeito que era um advogado de relativo sucesso há três décadas, comentarista esportivo importante por duas e parlamentar há 15 anos.
De nada adiantou. A cobertura ganhou destaque na imprensa. Foi uma das atrações da reportagem da Veja com a capa “Até tu, Ibsen”, publicada uma semana depois da manchete de O Globo. Chegou ainda a ser avaliada em US$ 1 milhão, valor que nem todo o prédio mais o terreno deveriam alcançar. Enfim, ganhou uma dimensão imensa e cumpriu o papel decisivo que dela se esperava no processo. No dia 18 de maio de 1994, 193 dias depois da primeira denúncia, Ibsen foi cassado com 296 votos favoráveis, 139 contra e 24 abstenções.
Depois daquele dia, a cobertura nunca mais foi citada em nenhuma outra reportagem.
***
Agora, 30 anos depois:
A Veja perdeu a relevância. Chegou a ter um milhão de assinantes, hoje não tem 20% disso. Mario Sergio Conti, seu ex-diretor, lembrou em Notícias do Planalto como, nas CPIs, a revista e parlamentares petistas estiveram próximos e afinados. A Abril também se esvaziou. Vendeu 100% de suas ações para Fábio Carvalho, experiente em comprar ativos de empresas em dificuldades. Foi adquirida por um valor simbólico.
Aloizio Mercadante fracassou na busca pelos dois cargos de maior relevância que tentou: ser vice-presidente e governador de SP. Hoje está sem mandato. 
Também sem mandato está José Dirceu, outrora o mais próximo assessor de Lula. Em 2005, teve o seu mandato cassado por quebra de decoro: 293 votos a favor , 192 contra.
Ney Maranhão não se reelegeu para nenhum outro cargo. Morreu em 2016 tragado pela própria irrelevância.
Waldomiro voltaria às páginas, agora com foto e nome completo. Em 2004, a Época revelou que Carlinhos Cachoeira era extorquido por ele. Exonerado no mesmo dia, Waldomiro foi o pivô de um escândalo que atingiu em cheio ao governo Lula. Em 2012, foi condenado pela Justiça do Rio a 12 anos de reclusão além de multa por corrupção.
Laila, minha mãe, nunca se recuperaria das acusações e do processo. Entre triste e revoltada, dizia a meu pai durante o processo: “Mas Ibsen, isso é uma injustiça”. Meu pai, famoso pelas frases, rebatia sem perder o humor: “Ainda bem, não é? Tu querias que fosse verdade?”. Laila morreu, aos 78 anos, há uma década, em outubro de 2013.
Ibsen veria o STF mandar arquivar todas as acusações. Seria ainda capa da revista IstoÉ, em 2004, com uma reportagem com o jornalista Luis Costa Pinto que recuperava como havia sido a madrugada em que os chefes da Veja se decidiram pela capa. Parcialmente reabilitado, Ibsen se elegeria vereador, em 2004, e deputado, em 2006. Seguiria morando na cobertura até o dia 24 de janeiro de 2020, quando morreu aos 84 anos.
A cobertura, herdada por mim, levou quase três anos para ser vendida – e por um valor bem inferior aos US$ 1 milhão avaliados pela imprensa. Consta que vem sendo reformada pelo casal com duas filhas que adquiriu o imóvel. Desejo-lhes sorte.


IBSEN E UMAS HISTÓRIAS
(por JLPrévidi)

Em 1982 havia uma dobradinha admirável de jornalistas: Ruy estadual e Ibsen federal. Claro que foram eleitos.
Sempre acompanhei o Ibsen Pinheiro em jornal, na TV e no Sala de Redação. Os anos se passaram, eu fazia Jornalismo e no final do  curso eu começara a trabalhar, em março de 1980, na Editoria Política de Zero Hora. Eu sempre sdaía mais tarde, porque  nos finais da tarde, quando o movimento diminuia na |Imprensa da Assembleia, desciam para conversar com o Terlera, editor e colunista do ZH, José Fogaça, Cesar Schirmer e Ibsen Piunheiro, os três deputados estaduais. Eu ficava ali, tentando guardar tudo o que falavam. Os três eram brilhantes, mas o Ibsen tinha um verniz pouco superior.
***
Quando começaram as denincias contra o Ibsen, especialmente em O Globo, um amigo que tinha cargo de relevância no jornal, me ligou:
- O que você sabe sobre alguma merda que o Ibsen fez?
- Não sei nada. Nada mesmo.
- Olha, tô mandando um repórter para Porto Alegre e ele vai te procurar.
- Vai me procurar?
- É, ele tem que voltar cheio de merda do Ibsen.
-Mas eu já te disse que não tem nada contra ele.
- Ajuda o repórter.
Dois dias depois aparece na Imprensa da Assembleia o tal repórter, daqueles metido a sabichão. De cara me diz:
- Vou descobrir todas as sacanagens do Ibsen.
Não lembro quanto tempo ele ficou em Porto Alegre, mas foi se despedir:
- Não disse? E a cobertura?
- Eu não sabia de cobertura. Conferiu quanto vale, como foi paga?
- Isso não interessa.
- Como eu te disse ele morava num bom apartamento no Bonfim. Deve tere trocado pela cobertura e dado mais grana.
A resposta resumiu:
- Deputado não pode ter cobertura.
***
No final de 1994, o jornalista Luiz Reni Marques, que havia trabalhado com Ibsen em Brasília, e eu fomos ao Gambrinus para almoçar. Nos instalamos e bem próximos a nós estava o Ibsen com um amigo. Ibsen não olhava para os lados, até que fizemos uma gritaria o saudando. Ele abriu um sorriso muito bonito,
.***
No início dos anos 2000 eu editava a revista Press. Marcamos a entrevista da Capa com o Ibsen. Me preparei com duas fitas para a gravação que totalizavam duas horas. Precisaria de mais duas horas para ter o registro de todas as sacanagens que sofreu nos dias que antecedeeram a sua cassação, especialmente dos jornalistas dos veículos da Globo e mesmo dos Marinho. A edição foi um sucesso em todo o país.
***


IBSEN E EU

Vocês não imaginam - ou melhor, dá para imaginar, é só olhar a minha expressão.
Recebi das mãos do Ibsen o prêmio Press.
Bah, fecha com chave de ouro estas poucas lembranças.


ESPECIAL 2

POR RAUL FERREIRA
(um desfile inesquecível)

Quando a gente fala de carnaval e dos desfiles das escolas de samba do RJ nem sempre as vencedoras de cada ano são lembradas. Ratos e Urubus com João Trinta e Laíla na Beija Flor de 1989 é o maior exemplo. A escola perdeu o título por meio décimo, mas seu desfile foi eternizado para aqueles que destacam a diferença, a novidade e o fator surpresa! 

Alguns anos antes JT tinha dado uma entrevista para a revista Veja onde  declarava em alto e bom som: “Quem gosta de pobreza é o intelectual. O povo gosta é de Luxo.”

Eram 6 horas de uma manhã de terça-feira GORDA de carnaval. A Beija-Flor se postou durante 15 minutos na pista da Marquês de Sapucaí em meio a um silêncio sepulcral. Ninguém ousava entender o que via nas primeiras alas da escola. A comissão de frente formada por mendigos de roupas brancas esfarrapadas da troupe TÁ NA RUA do diretor de teatro Amir Haadad. Os primeiros 1000 integrantes da escola vinham invertidamente rasgados e mendigavam com panelas na mão. O Cristo veio coberto ( por ordem judicial) de preto com uma frase: “Mesmo Proibido Olhai Por Nós”.

Dizem que a ideia original foi de Laíla, mas o João soube valorizar o fato, como carnavalesco. O samba interpretado por Neguinho acoava nas arquibancadas. No final do desfile ele, Joãozinho Trinta vinha com os coordenadores de alas vestidos com roupas da conlurb. Detalhe: Enquanto os componentes recebiam jatos de champagnes, João Trinta lavou o público que se postava nos camarotes do setor B, atrás do último caminhão, com uma mangueira na mão. Veja como foi o delírio mais fascinante da história do Carnaval Carioca. (sem Comentários)

28 comentários:

  1. Vamos todos nos calar se PTralhas/Band/China censurarem a Hora Israelita que existe a mais de 70 anos? Que "País" viramos?

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    1. Parece que o Juremir está por trás da censura ao programa.

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    2. O bigodismo agora é permitido?

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    3. O tal Jure"mala" não desiste mesmo. Esquerdopata de carteirinha e hipócrita! Impeachment Luladrão & corja de corruptos mentirosos!

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    4. Vai ficar por isso mesmo?

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  2. Ibsen Pinheiro,
    Lembro-me prefeitamente, quando gurizote , meu pai dizendo que o Ibsen era um comunista de carteirinha.
    Foi em sua juventude, como todos jovens universitários. Depois, quando da chegada da idade da razão, um simples simpatizante. No fim da vida, como o Jorge Amado e muitos outros, abandonou totalmente essa irresponsabilidade juvenil.
    Foi tudo isso que o seu filho nos diz acima e muito mais. Eu sempre gostei dele na crônica esportiva, por sua extrema inteligênca em 'ler' um jogo de futebol, e sua fina ironia, tipo 'o Inter jogou como sempre e perdeu como sempre'. Há o episódio narrado por vários, pode haver um exagero aqui ou ali, ocorrido durante a Copa do Mundo na Alemanha, acho que em 1974, em que a equipe da Gaúcha retornava de uma cobertura noite adentro e o fusca ficou sem combustível. Todos os membros da equipe, exceto o Ibsen , saem do carro para tentar abastecer num auto-posto. Enrolaram-se. Daí iniciaram a busca de ajuda com um alemão que estava por ali, todos falando uma mistura de 'portunhol, alemão da colônia, grego, árabe, numa pantomima de doer. Ibsen baixa o vidro da porta, estica o pescoço e lasca: 'por que vocês não falam português?' . 'Ibsen', reptou alguém do grupo, 'ele nada entende de português!' E o Ibsen, 'mas ao menos vocês vão se entender!!!".
    Esse episódio dos anões do orçamemento foi de uma maldade sem limite. Todos sabiam que o Ibsem era apenas vítima, desde os delatores, passando por O Globo e Veja, e muitos dos deputados que votaram a favor da sua cassação. Mas o Ibsen precisava ser defenestrado. Ele sempre foi correto, mas ascendeu rápido demais num espaço em que a liturgia exxige cautela. Ele tinha uma personalidade muito forte e isso, em regra , traz inimizades. Ainda bem que foi inocentado em vida!
    Parabéns ao Márcio pelo pai, e também sua querida mão Laila, grande jornalista, que teve.
    Fui muito amigo de um tio teu, o P.S.Lontra, irmão da tua mamãe.
    Abraços.

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  3. Tenho um parente que trabalhou muito tempo com o Ibsen, tanto que ficou amigo dele até o fim. Naquele época das "denúncias" que tantos compraram como verdade, ele me dizia que Ibsen tinhas muitas qualidades e que a honestidade era também uma delas. Entao desde lá, passei a desconfiar quando a imprensa em maioria fazia estas campanhas. Claro, ao redor dele, tínhamos muitos políticos desqualificados. Quando veio o triplex do Lula, senti a mesma sensação. Mas aqui no blog, certamente os comentaristas vão dizer que o segundo era culpado sim. Normal, faz parte. Abraços

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    1. Uma grande diferença meu caro, entre uma insinuação maldosa por parte da imprensa e um corrupto, chefe de quadrilha, acusado, julgado com direito a ampla defesa, e condenado de forma unânime por 9 juízes.
      Esse papinho não cola ...

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    2. Analogia descabida.

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    3. Cola tanto, Seu Murilo, que ele foi absolvido. E o tal triplex não era dele. O teu choro é livre e era esperado, como escrevi ali. Duas situações análogas sim senhor. Seja mais honesto intelectualmente e menos passional.

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    4. 1. Ele não foi absolvido. O processo foi anulado por uma firula jurídica (erro de local), e foi retomado em Brasília.
      2. Pouco importa se o triplex e o sítio eram ou não dele. As reformas foram feitas comprovadamente a pedido dele e para uso dele, ou seja, caso clássico de corrupção passiva.

      Nem de longe há analogia com o caso Ibsen.
      Quem é o desonesto, afinal?

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    5. Comparar Lula com Ibsen era só o que faltava... Delírio.

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    6. O anônimo (?) Das 11:14 , é o típico metido a matando.
      Lula NÃO foi absolvido, se tu sabes ler te informa a respeito ...

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    7. Ah, o único desonesto aqui és tu, e o Lula, é claro.

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    8. Não foi absolvido, foi eleito. Chora gadoooo!

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    9. Chore você, 14:40. A tua patota é a primeira a sentir os demandos desse governo, mesmo que não admita.

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    10. Foi eleito com votos de idiotas iguais a ti ...

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    11. Murilo, foi com os votos dos idiotas e dos canalhas.

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    12. 51% de "idiotas e canalhas" contra 49% de "cidadãos de bem", né? Mas vão se afumentar.

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  4. Ibsen, no processo de impedimento do Collor, apareceu muito, ganhou espaço, virou um presidenciavel... foi devidamente queimado pelo sistema.
    Isso é o Brasil.

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    1. O episódio da capa da Veja é especialmente elucidativo sobre a canalhice existente no jornalismo.

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  5. Sempre que eu lembro do Ibsen (como agora aqui no blog) me dá vontade deixar algumas lágrimas correrem no meu rosto. Quando chegamos à idade da experiência, isso tem me acontecido com muita facilidade. E com o Ibsen, então, eu me emociono facilmente pelo que fizeram com ele. Conheço, apenas com menos intensidade que o Márcio, a trajetória do Ibsen por estar na crônica e na reportagem política desde 1969 e ter nele uma grande referência, como jornalista talentoso e dono de um texto admirável. Mais tarde, como político, levou para os plenários e tribunas por onde passou a sua cultura na área do Direito e sua verve de homem culto que sabia construir frases antológicas exercitadas na imprensa. A ignomínia dos políticos safados e medíocres é a operadora da máquina de moer reputações de pessoas decentes. Com Ibsen foi o que aconteceu no caso dos “anões do orçamento” – um apelido imposto por algum jornalista safado e cliente da tal máquina de moer reputações. Ibsen suportou por algum tempo, em silêncio, tudo o que de maldade um ser humano pode fazer a outro no terreno da calúnia. Mas acho que ele sofreu mais quando os próprios companheiros de seu partido lhe faziam “olho branco”. Sequer lhe dirigiam um “oi, Ibsen”. Meu Deus, como isso devia doer no seu íntimo! No auge do noticiário canalha contra ele, Ibsen nunca deixou de fazer a rotina do seu dia a dia e sempre que eu o encontrava lhe dava um abraço e jogávamos conversa fora. Muitas vezes fui cobrado por não falar na rádio, na televisão ou mesmo escrever algumas palavras sobre o caso. Jamais tripudiei sobre indefesos e no caso do Ibsen minha amizade com ele me permitia não tratar do caso, mesmo que me chamassem de “jornalista que protege amigos”. Na verdade, eu estava me protegendo porque meu feeling me alertava que Ibsen havia caído numa armadilha parlamentar e jornalística e que não muito longe daquela lama artificial, a farsa seria desmontada. A Veja, a TV Globo e outros órgãos de imprensa se encarregaram de destruir a vida de Ibsen. Ambas também destruíram com reportagens escandalosas a Escola de Base, em São Paulo (vai no Google). E tudo no ano de 1994. Mas a suprema ironia aconteceu na sessão plenária da Câmara quando Ibsen foi à tribuna para se defender da cassação. Seu discurso, como todos que fazia, foi histórico na vida do Parlamento brasileiro recebendo muitos aplausos. Mas cassação saiu no final, depois de uma sessão que levou nove horas. Na defesa, em plenário, Ibsen culpou acertadamente a imprensa “que ao contrario da Saúde e dos livros no Brasil, tinha isenção de impostos, numa convivência espúria com as verbas públicas”. Mudou alguma coisa de lá para cá? Desculpem o chavão, mas Ibsen mora no meu coração.
    Rogério Mendelski

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    1. Texto confuso esse do Mendelski.

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    2. Caro Júlio, não concordo. É um inteligente libelu na defesa da biografia de um dos maiores políticos gaúchos dos últimos 50 anos.
      Tão bom que por pouco não superou o meu, acima, kkk!
      Abraços.

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    3. Então não é confuso; é só mal escrito.

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    4. Júlio, é visível que a emoção pesou. Isso não desmerece o texto; na verdade, torna-o mais tocante.

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