Segunda, 10 de dezembro de 2012

FUTEBOL:
VENCER É O MAIS IMPORTANTE?

Eron Dal Molin
(no Facebook)

Nestes tempos modernos, trava-se aqui no "Continente", mais uma batalha que divide o povo, particularmente os amantes do futebol.
De um lado, o Grêmio, um clube de vanguarda, que não cansa de se reinventar.
Do outro, o Internacional, sempre na cola do irmão mais velho, um clube lento e com o olhar atrasado.
Se no Inter o que interessa é o velho e ultrapassado conceito de "taça no armário, faixa no peito e bicho no bolso" (acaba de sagrar-se campeão brasileiro sub-17, aplicando 3x1 no coirmão), no Grêmio os horizontes são muito mais amplos.
Faz camisa de clube africano, vende a casa própria para investir em mansão alugada, promove shows em dois estádios, anuncia e desanuncia contratações sem constrangimentos, promove a segundona com dvd, assina por dois anos com técnico que nunca chegou a uma final de Libertadores, manda embora o preparador multicampeão... enfim. É um mar de coragem e inovação.
No Inter, o marasmo. Não cai pra segundona, investe na reforma da casa própria (alguém lembra que a Copa do Mundo será no Beira-Rio?), ganha Mundial, Libertadores, Sulamericana, Recopa, lidera em grenais (22 vitórias a mais), em gauchões...
Além de não inovar, fica escravo das vitórias e acostuma mal a torcida, que anda triste há meses. E vai levando essa vidinha sem inventividade, sem arrojo, que o velhor Grêmio do passado já vivenciou.
Com a eleição de Fábio Kofre, um homem da velha guarda, a das vitórias, vem a reflexão: quem mudará? O Grêmio, que provou ser possível ser feliz sem taças, ou o Inter, que não convive bem com as derrotas? Este ano, Inter, Caxias, Palmeiras e Millonarios derrotaram o Grêmio, mas quem está soltando fogos e fazendo a festa?
Que 2013 traga as respostas.