O NÍVEL DE ESCROTIDÃO
QUE UM HOMEM PODE CHEGAR!!
Jamais me preocupei com comentários anônimos. Alguns, até publico.
Mas a maioria me desanca. É ferro e ferro. Me classificam de tudo que se possa imaginar. E dou boas risadas e chego até a guardar os mais engraçados e curiosos - teses mirabolantes e meu respeito.
São estranhos esses anônimos que "ofendem": eu publico no meu blog, assinado por mim e com a minha foto. Aí os caras querem meter a colher e não assinam.
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Quando dou um pau, em quase 10 anos de site/blog, esclareço quem é o atingido.
Jamais usei a palavra "ódio", porque até ontem não tinha pensando nela. Posso ter raiva, pavor, desprezo. Mas jamais me passou dizer ou escrever que tenho "ódio" a alguém.
Ontem, um amigo me enviou uma "crônica" do Paulo Pagodinho, publicada na Zero Hora de quinta passada, 4 de julho.
Não tenho adjetivo para qualificar.
Só poderia sugerir um título, bem ao estilo ZH - Suposto Golias contra suspeito Davi.
Tomem fôlego e cuidado para não vomitar no teclado durante a leitura.
ANTES, UMA PERGUNTINHA: É COISA DE HOMEM SENTIR ÓDIO?
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PAULO SANT’ANA
O murro merecido
De repente, surgiu à minha frente, num corredor, um homem que odeio com todas as forças da minha ira.
Tive um ímpeto cerebrino de esmurrar na cara aquele homem a quem dedico todo o meu ódio por ter sido canalhamente invejoso comigo, mas me contive. E o meu homem odiado passou por mim invicto da minha fúria.
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A ideia de esmurrar o homem saiu do encéfalo absconso que a constringe, o cérebro, percorreu metade do meu corpo e estancou no meu punho.
É que outra ideia sucedeu-a com o bom senso, se eu esmurrasse aquele homem atlético, ele reagiria e com toda a certeza eu levaria a pior com sua reação.
E também deve ter-me vindo à cabeça uma terceira ideia: de que adiantaria eu esmurrar a cara daquele homem, o meu ódio cessaria?
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Como notam os meus leitores, nessa corajosa confissão de meu ódio por uma pessoa, o ódio é intrínseco a muitos corações, o meu inclusive.
O ódio remói a gente, é um sentimento inferior, teria de
ser mais próprio dos animais, mas eu desconfio que os animais não odeiam, se eles investem em fúria contra alguém deve ser porque movidos por outro sentimento instintivo que não é o ódio.
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Quando Jesus Cristo disse que ao agressor que nos esbofeteou a face esquerda devemos oferecer a face direita, quis dizer que a suprema manifestação de amor é o perdão.
Mas eu não consigo perdoar o safado que odeio. Só não o esmurrei por oportunismo interesseiro.
A impressão que tenho é que nunca irei perdoá-lo, isso em suma é o ódio, a incapacidade de perdoar.
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Fico imaginando que em várias ocasiões eu é que merecia ser esmurrado por alguém e acabei não sendo agredido, talvez pelas mesmas razões que me fizeram recuar de esmurrar o patife aquele no corredor.
A banca paga e recebe – continuo imaginando –, um dia a gente odeia e no outro é odiado.
E será que me perdoaram os que me odiaram e não me agrediram, ou simplesmente esqueceram?
Parece que eu nunca vou esquecer o sevandija. Porque o que ele fez comigo foi profundamente injusto, iníquo.
Ele sabe que foi infame comigo, velhaco, insolente.
E a minha única vingança é imaginar que ele se contorce na convicção de que errou gravemente comigo, e apenas não me vem confessar isso por orgulho.
Mas secreta e envergonhadamente cultivo um remorso: o de não ter esmurrado aquele vil personagem das minhas relações.
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Agiria da seguinte forma:
- Comunicaria aos meus diretores a ameaça;
- Contrataria o melhor advogado para uma queixa-crime - afinal, todos sabem do "ódio";
Porque em caso de "sofrer um acidente", as polícias saberiam do autor.
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ARGHHH!!!!!
Li esta coluna do PS. Na hora, imaginei que ele estivesse se referindo a ti.
ResponderExcluirFernanda.
Meu amigo, esse Camelinho que deu certo logrou aposentar-se como Delegado de Polícia. Sabes em quantas Delegacias de Polícia ele foi titular? Eu que sou policial aposentado não sei de uma única.
ResponderExcluirHoje no excelente blog do Dr. Juremir Machado da Silva li uma poesia escrita por um operador do direito que é maravilhosa. Trata-se de ANTA.
De tão boa e divertida postei no meu modesto blog, cujo link é: http://praiadexangrila.com.br/as-antas-poema-de-um-leitor/
A Fernanda é, certamente, loiríssima. Loirrérima.
ResponderExcluirNa boa, tu tens alguma coisa com ele,ódio ou raiva,pq o cara escreve um monte de crônicas boas e tu só critica ele.
ResponderExcluirTu não escreveu uma linha elogiando atitude dele de colocar o problema do poeta.Eduardo
"Seu" José Luis há um livro cujo nome é Constituição Federal. Este livro contem assuntos e ensinamentos interessantes. E igualmente veda o ANONIMATO. Por isto a ninguém é lícito manifestar-se anonimamente. Essa é a razão pela qual no meu blog esses covardes não tem seus comentários liberados.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirSera a replica ? : http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/07/david-coimbra-aprendendo-a-odiar-4198186.html. Sera que teremos treplica ? Abç e bom trabalho. Ass. Gerson Becker