Sexta, 27 de janeiro de 2017


PRÊMIO PRESS - JORNALISTA DE WEB 2016 - JL PRÉVIDI






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HISTÓRIAS - 2


A VERDADEIRA MULHER BRASILEIRA

Mulher! Mulher!
Na escola
Em que você foi
Ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés
(Mulher, Erasmo Carlos)



Claro que tem gente que vai pensar assim: Lá vem o Prévidi com aquele papinho de que a mulher brasileira perfeita tem de 1m60 a 1m70, de 50 a 60 quilos, morena, seios pequenos e bumbum arrebitado, coxas grossas, uma delicada barriguinha e, como diz a atriz Fernanda Torres, com alguns, poucos, sinais de celulite.
Enganaram-se, não vou falar do tipo de mulheres.
Quero tratar da verdadeira mulher brasileira, aquela que merece o nosso carinho e respeito.
Aquela mulher que não está nem aí para o Dia Internacional da Mulher; aquela que não vai participar de nenhum ciclo de palestras, tipo "o papel da mulher na sociedade moderna". Essa mulher que quero destacar tem mais o que fazer.
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Aquela mesmo, que sai às 6 da manhã, pega dois ônibus para o trabalho. Antes prepara o almoço para os filhos e recolhe a roupa do varal. Volta no final do dia, morta de cansada, e encara a pia cheia de louça, o tanque, dá uma olhada nos deveres de casa dos filhos e recebe o marido, depois de o sujeito passar no boteco e chegar com a cara cheia de cana. Só resta jantar o que sobrou do almoço, olhando a novela, e desmaiar na cama.
No outro dia, tudo de novo. E é assim durante o ano todo. Décadas.
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Tem aquele outro tipo que estudou em bons colégios, o pai pagou a faculdade particular, jamais encarou um trampo. Morou em casa até os 30 anos e só encarou um trabalho quando papai conseguiu uma boquinha na empresa de um amigo. Ou passou num concurso público, depois de fazer um cursinho pago pela avó.
Hoje, essa mulher assiste a palestras tipo "o papel da mulher na sociedade moderna".
Não, não quero tratar desse tipo.
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Uma outra mulher, com perfil muito interessante, é aquela que decide, depois do casamento, se dedicar aos filhos e a sua casa, mesmo que tenha uma formação técnica, universitária. É o que alguns chamam de dona de casa – e idiotas as tratam com desprezo.
Meu Deus, que injustiça!! A dona de casa trabalha como aquela lá de cima, que sai de casa às 6 horas da manhã. Só que não sofre muito. Está geralmente em casa e o seu principal objetivo é tratar bem, criar os filhos. Cozinha com prazer.
Sua vida não é nenhuma brastemp, mas tem um enorme prazer – fora prováveis outros – em acompanhar, mesmo, os filhos crescerem.
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O que me irrita mesmo é esse papo furado de "mulher moderna", da "agitação do mundo atual", "nós, mulheres, somos discriminadas", "queremos os nossos direitos", "nós, enquanto mulheres, queremos ter um tratamento equânime ao dos homens". Não suporto isso. Para esses tipos, só me resta sugerir chupar um carpim sujo. É papinho de dondoca, de babaquinha. De mulher que nunca foi amada.
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Graças ao bom Deus, tenho a satisfação de conviver com uma mulher maravilhosa há 30 anos. Claro que não foi uma convivência tranquila e pacífica nessas três décadas. Nenhum mar de rosas. Mas é muito bom.
Essa mulher maravilhosa é um mix de todas essas batalhadoras aí de cima.
Já imaginou?
E, o mais incrível, sempre de bom humor. Tudo está bom!! Raríssimas vezes a vi – ou senti – a sua irritação. Raríssimas, mesmo.
A Rute. Rute de Souza Prévidi.

Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas pra quem deu à luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito
(Mulher, Erasmo Carlos)




UM MISTÉRIO 

Afirmo com a maior tranquilidade: Dona Eva, como a chamam seus milhares de fãs, é uma unanimidade.
Há quase 40 anos manda e desmanda no Theatro São Pedro e não há santo que a tire do posto.
Dona Eva é como a líder de uma igreja dessas que têm horário nas TVs e rádios. Seus seguidores não admitem questionar os seus ensinamentos e muito menos o que faz ou deixa de fazer.
É um recorde: ocupa há quase quatro décadas um cargo de confiança dos governos estaduais!!
É a chefe de uma seita.
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Como sou simpatizante de várias religiões e até mesmo de "filosofias de vida", não dou bola para os ensinamentos da dona Eva. Até poderia, mas como ela (quase) não é contestada não consigo levá-la a sério.
Sim, senhores e senhoras, dona Eva é uma unanimidade junto à "classe artística" nacional. Aqui em Porto Alegre ela é algo a mais do que uma unanimidade. Extrapolou. Pode ser que não seja tudo isso, mas pouquíssimos têm coragem de contestar a provecta senhora.
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Em novembro de 2011 aconteceu um grande rebuliço na "comunidade cultural gaudéria": a notícia, publicada no previdi.com.br, de que o Tribunal de Contas do RS iria abrir inspeção para auditar as contas do Multipalco. Bah, muita "indignação!!
Para quem não sabe, o Multipalco está sendo construído desde 1985 ao lado do Theatro São Pedro.
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Outra coisa: o projeto é tocado por Eva Sopher, a chefe suprema do Complexo Theatro São Pedro. Entra governo, sai governo e ela continua mandando, como se fosse a única pessoa no RS com capacidade para tocar o eterno projeto.
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Na época em que postei a realidade do Theatro São Pedro no previdi.com.br recebi muitas mensagens.
Destaco dois e-mails:
Só um idiota não seria grato ao trabalho dela frente ao Theatro São Pedro, mas é preciso deixar algo claro, muito claro. O Theatro São Pedro é PÚBLICO, é propriedade do Estado do Rio Grande do Sul. Não é feudo, principado nem enclave.
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O outro é de um dirigente de espaço cultural e, por razões óbvias, preservo seu nome:
O Multipalco tem que pertencer à classe artística. Hoje só funciona o estacionamento e o restaurante; quanto foi investido?
17 milhões de reais para fazer um estacionamento e um restaurante?  E com lei de incentivo cultural?
É uma barbárie!!
Com esta verba se faria 17 centros de cultura por toda a cidade.
Outra vergonha: durante uma década quase todo o dinheiro público (sim, público) foi direcionado para a Fundação Iberê. Quantas pessoas frequentam? Quem consegue ir até lá? O triste da históri:a é este: quando se investe em cultura – sempre – não é na mão das pessoas que a fazem, mas que a gerenciam, se badalam, se locupletam. É o saldo depois do escândalo na lic.
Parece que a arte está abarrotada de dinheiro. É um horror muito maior.
É o mesmo caso de revolucionários que chegaram ao governo e se corrompem (ou eles mesmos corrompem). Muito mais grave. O banqueiro roubar faz parte. Mas, o mais desumano, é ter que se equiparar aos poderosos dessa forma.
É ascender tendo que ser cúmplicece disso.
Pobre Rio Grande, pobre Brasil!




UM ANÃO GAY

Encontrei um amigo que não via há tempos. Estamos conversando, sobre o calor do verão e as desventuras amorosas dele, quando alguém o cumprimenta. Olhei para os lados e não vi ninguém. Até que me dei conta que a saudação veio de baixo.
Era um anão.
Uma vez na minha longa vida tinha falado com um anão. Faz muito tempo. Sempre tive curiosidade sobre a vida dos anões. Já escutei várias piadas sobre os tipos e a mais famosa é aquela que se refere ao enterro do anão. Mas, sério, alguém já viu um enterro de anão?
Enquanto pensava no enterro do anão, notei que o amigo do meu amigo não parava de falar. Aí comecei a prestar atenção. Falava sem parar, ria do que falava, uma matraca. E o meu amigo ria, até que perguntou ao pequenino, enquanto acendia um cigarro:
– E aí, e os namorados?
Tinha achado o anão muito animadinho, com uma voz suave demais. Mas, como algumas pessoas me acham preconceituoso, estou até mesmo patrulhando os meus pensamentos. Mas que o anão tinha um jeito de viadinho, tinha!
Para que tenham uma ideia, ele estava de calças brancas, camiseta branca, justíssima, e uma jaqueta branca. E, claro, tênis branco.
É impossível ter uma ideia da idade do sujeitinho, mas certamente tinha passado dos trinta. Portava um topete moldado com gel.
– Você sabe que sou bissexual, gosto também de mulher. Mas não reclamo da vida.
Meu Deus, era o que faltava na minha vida – conhecer um anão viado. Um anão gay.
Não parava de falar, até que contou que tinha recebido um convite da G Magazine para “mostrar tudo”.
O meu amigo provocou.
– Pra se mostrar na revista tem que ser bem calçado.
O tipinho passou a mão na cabeça e contou:
– Isto não é problema. Quando excitado disponho de 29 centímetros. E já medi várias vezes.
Imaginei o que não seria o anão pelado, em plena excitação.
A conversa descambou total.
Já não suportava mais as histórias do anão e tentava encontrar uma maneira de me despedir. Perguntei o nome da figura.
– Não digo o meu nome. Todos me conhecem como Pequeno.
Para quem duvidar dessa história, saibam que o Pequeno trabalhava em um bingo, que existia na rua da Praia, onde era a Casa Sloper.
Pequeno não é um gay comum, discreto, metido a homenzinho. Não, Pequeno é viado mesmo, cheio de trejeitos. Com preciso um metro e 43, segundo nos contou. E um bruto de 29 centímetros, quando excitado.


3 comentários:

  1. Prévidi, já me conheces faz algum tempo e te pergunto se essa tal senhora não é a mesma que vendeu ao Governo do Estado já faz muito tempo sua casa de lazer em Canela ou Gramado, algo que não tem utilidade alguma e que conhecemos como Palácio da Hortênsias? Se minha memória estiver correta poderias descobrir quanto custou a ti, a mim, a todos os cidadãos desse Estado tal transação e qual seria esse valor devidamente corrigido monetariamente?

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  2. Depois dos SESSENTA acreditas em tudo, não? Pois esse não era um anão e sim algo incomum, um TRIPÉ. Hahaha...

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