ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA
E não esqueça: mesmo os "comentaristas anônimos" podem ser identificados pelo IP sempre que assim for necessário. Cada um é responsável pelo que escreve.
personagem de Porto Alegre
MARIA CHORONA
O texto é do Paulo Palombo Pruss.
Pouca referência escrita desse personagem, porém muitas dos mais velhos. Apelido fácil de pegar foi ao natural, todos a chamavam assim, pelo simples fato que chorava mesmo. O Jornalista Fernando Albrecht diz que dela “vertiam tantas lágrimas que deveria ter uma hidráulica própria”.
O certo é que vendia jornais, da empresa Caldas Júnior - pela manhã o tradicional Correio do Povo e à tarde, a Folha da Tarde.
No início vendia seus jornais mais pelos lados da Praça da Alfândega, logo vindo mais para perto da Rua da Ladeira, (General Câmara) esquina Rua da Praia. Tinha uma caixinha de madeira, sobre a qual colocava os jornais, e ficava de pé defronte ao Café Rian, no térreo do Edifício Santa Cruz. O preço dos jornais era em cruzeiros, com muitas moedas, e, não raro, os adquirentes deixavam o troco para ela.
O escritor Nilo Ruschel no seu livro Rua da Praia (leitura obrigatória para quem gosta de Porto Alegre) editado em 1971 pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre em comemoração XII Semana de Porto Alegre. Num passeio pela Rua da Praia escreve: Pergunto a você, a voz de Maria Chorona que impressão lhe dava? (se dirigindo ao seu leitor) para em seguida responder:
“Lembro bem o pregão que ela soltava lá da esquina da Ladeira. A voz lamentosa, não sei porque, trazia-me à lembrança noites de inverno já sumidas, quando o vento espichava longos gemidos nos lampiões a gás. E compunha o mais tristonho dueto que já ouvi, com os vendedores noturnos – Pinhão quente! Tá quentinho o pinhão!
No sótão da velha casa da rua da Igreja a gente se encolhia entre as cobertas. O minuano galopava solto pelas ruas.
A voz de Maria Chorona me parecia assim, gemido de lampião, pinhão quente gritando no frio.
Dona do lugar, ela enxotava os pequenos vendedores de jornais que lhe faziam concorrência. O pregão era desolado e sóbrio: “Correio... Diá....” mal a rua amanhecia. Os outros mais ágeis e imaginosos, infiltravam-se pelos grupos, gritando manchetes que pareciam pingar sangue: “A Foía! O retrato da vítima”!
Mesmo assim a Maria tinha a clientela particular, que caminhava mais um pouco para buscar na pilha dela o seu jornal. Enrolada em panos, enfrentava o cruzamento frio da esquina, misturando lamentos ao tinir das campainhas lotéricas, ao rumor do povo, ao apito do guarda”.
O historiador Charles Monteiro no livro “Porto Alegre e suas escritas: história e memórias da cidade” sobre as crônicas de Nilo Ruschel e a memória de Porto Alegre, registra: “Maria Chorona representava as mulheres das camadas populares em sua faina diária pelas ruas da cidade, exercendo pequenos ofícios na luta pela sobrevivência”. Charles continua em sua análise “Maria Chorona era herdeira urbana da tradição das quitandeiras e lavadeiras evocadas por Aquiles Porto Alegre, que trabalhavam pelas ruas da cidade no século XIX”.
O historiador ainda faz uma observação interessante, segundo ele a crônica evidenciava uma disputa por melhores “pontos de vendas” e as diferentes estratégicas de vendas, para sensibilizar o cliente, voz chorosa, manchete sensacionalista, etc.
O ex-vereador Lauro Hagemann em entrevista para o blog Coletiva.net de 22 de maio de 2015, brinca com apelido Maria Chorona.
Diz que ele junto com os vereadores Adauto Vasconcellos e João Motta formaram a bancada da anedota. Isso consistia em sentar em um canto e ficar criticando alguns colegas, como a moça que apelidaram de Maria Chorona. Em seguida ele pergunta aos entrevistadores: "Conhece a Maria Chorona?" e logo responde: "Era uma vendedora de jornal que ficava na esquina da Rua da Ladeira com a Praça da Alfândega." E a tal então vereadora era a imagem da jornaleira que parecia choramingar a cada pregão do que vendia, segundo as lembranças de Lauro.
Maria Chorona além dos jornais também vendia bilhetes, o lamento de sua voz ecoava pela Rua da Praia, ela diante do Café Colombo onde era a dona absoluta do pedaço, porém com a velocidade da informação as tiragens dos jornais impressos, cada vez mais são menores, e como esta tendência e irreversível, os jornaleiros estão em extinção, desta forma as manhãs na rua mais tradicional de Porto Alegre, a famosa Rua da Praia, é mais silenciosa quanto as ofertas de jornais.
Quem ouviu aos gritos as manchetes dos jornais, ouviu, que não ouviu não ouve mais.
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ALGUÉM TEM QUE DIZER AO DUDU MILK QUE ELE AINDA É GOVERNADOR DO RS
SONÍFERO - Bastam 120 segundos de entrevista com a secretária da Saúde do Dudu Milk, Arita Bergmann, para eu dormir. Imagino conviver com uma pessoa com esse dom "milagroso".
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FAMÍLIA LARA - Não brinca em serviço.
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Segundo ele, "esse jornalismo vergonhoso, sempre criticando o Governo Bolsonaro, não foi adotado por opçpão ideológica, mas porque Bolsonaro cortou os bilhões de reais que os governos anteriores ofeeciam a Globo.
- Até cego de costas enxerga isso - finaliza Bibo Nunes.
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SÓ FALTOU A MELANCIA - Ontem, Ana Maria Braga usou a peruca abaixo para apresentar sua "atração":
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GENTE CHATÍSSIMA! - Se o amigo aí não acompanha a novela das 9, Um Lugar ao Sol, não se arrependa. Eu tento assistir, porque é um horário em que estou coçando, literalmente. Mas é uma reunião histórica, com os personagens mais chatos da História da TV Brasileira.
A novela é tão escroto que apenas um personagem não é chato: casualmente um ator que é o pai dos chatos, Zé de Abreu.
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INFLAÇÃO DA PANDEMIA - Pra mim, a inflação no ano passado foi bem maior do que 10,06 por cento. O básico do básico subiu muito mais do que isso.
Pois é, fizeram de tudo para "fechar tudo, depois a gente vê como fica a economia" - deu nisso.
Pensando bem, o estrago poderia ter sido ainda maior.
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VALE A PENA - Estou gostando muito do SBT Notícias, que em Porto Alegre começa depois das 13 horas. Ontem, por exemplo, soube que um empresário norte-americano comprou o meu Botafogo. Luiz Alano está 10.
Termina e eu passo para A Tarde é Sua, com a Cátia Fonseca. Ótimo programa para rir e se divertir com elas e os demais apresentadores.
Logo depois da Cátia entra o Rogério Forcolen com o Brasil Urgente. Também é legal, muito melhor do que o Balanço Geral da Record.
Quando termina o Forcolen desliga a TV, porque aí entra o xaropão com as notícias sobre as chuvas de SP.
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QUANDO É QUE ISSO VAI TERMINAR? - Batoré foi um bom comediante, acima da média. Batoré foi um baitga ator, inclusive de novelas.
Aí hoje fiquei sabendo que a mídia não deu desgtaque porque ele era "de direita".
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PARA A AGENDA
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ISSO NÃO EXISTE!
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PIADINHA
Eduardo Leite, como uma boa e dedicada noiva tradicional, vai passar o 2022 tratando da festa de casamento e do enxoval dos bebês...
ResponderExcluirQue coisa as rádios de Porto alegre acabaram com os debates tudo virou encontro de amigos ou seja todos pensam iguais e até fazem críticas iguais.
ResponderExcluirOnde há debates reais? Na TV? Nas universidades?
ExcluirÉ complicado.
Será que é tão difícil uma em8sdora ter um repórter na rua.É o legitimo jornalismo enlatado ou de guri de apartamento.!!!
ResponderExcluirTu tem sido muito generoso comigo, Prévidi... gratidão!
ResponderExcluirO cara não tem 1 dedo e levou o que a gente sabe que levou. Imagina se tivesse os 5!
ResponderExcluirSe fosse no Irã certamente atenderiam o desejo da militância petista e tirariam as mãos de Lula.
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