ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA
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SEM PEDIR LICENÇA
Não podia deixar de publicar o texto da Cristina sobre o pai, o Armindo Antônio Ranzolin. Tenho a certeza de que quanto mais pessoas lerem maior será a homenagem.
Ranzolin, todos sabem, foi um dos maiores narradores esportivos do Brasil. Também foi apresentador e o último diretor da Rádio Gaúcha - quando se aposentou o cargo foi extinto.
O entrevistei apenas uma vez, para um jornal semanal que editava. E foi um papo de quase duas horas. Mas sempre que o encontrava fazia uma reclamação, tipo "tu e a Ana Amélia só falam do preço da soja!!"; Ele dava risada.
No início desse século eu estava fechando um jornal semanal que editava e faltava a entrevista. Até que alguém me alertou que o jornal iria circular no dia do primeiro aniversário do atentado das torres gêmeas em NY. De cara lembrei que o filho do Larry Pinto trabalhava em uma das torres. Consegui o telefone dele e gravei mais de uma hora com detalhes do atentado. Um trabalho primoroso. No outro dia de manhã, me liga um produtor da Rádio Gaúcha: "O Ranzolin tá pedindo o número do Larrizinho". Imagina, eu ajudando o Ranzolin!! E ele fez uma baita entrevista.
A última vez que o vi foi no Brique da Redenção. Ele caminhava de braço com a esposa. O cumprimentei efusivamente, e Ranzolin correspondeu, mas seu olhar já estava longe.
CRISTINA RANZOLIN: ALÔ, AMIGOS!
Texto publicado em Zero Hora, no final de semana, no espaço do colunista David Coimbra, que está em férias.
Era sempre com essa saudação que meu pai começava os bate-papos com seus ouvintes.
Ele realmente considerava seus ouvintes grandes amigos e para eles procurava sempre dar o seu máximo em frente aos microfones. Foi assim desde o início, lá nos anos 50 na Rádio Diário da Manhã de Lages, Santa Catarina, nas narrações esportivas na Rádio Difusora, nos tempos da Farroupilha, depois na Rádio Guaíba, onde trabalhou muitos anos até chegar à Rádio Gaúcha. Foi nela que se aposentou, já há 15 anos.
Como narrador esportivo esteve em seis Copas do Mundo, narrou campeonatos nacionais e internacionais, jogos com Pelé em campo, muitos Gre-Nais e também jogos bem menos importantes. Mas isso não interessava, ele se preparava para qualquer jogo como se fosse uma grande final e a vibração e a emoção eram sempre as mesmas.
Como jornalista, fez a cobertura de diversas eleições, de fatos históricos que foram destaque na Imprensa nacional e internacional, entrevistou grandes personalidades, sempre com muita dedicação e profissionalismo. Além disso, foi diretor de várias rádios por onde passou. Os mais de 50 anos de carreira fizeram com que aqueles que ele chamava de amigos também acabassem considerando o Ranzolin um grande amigo, ou até alguém da família.
E é para essas pessoas que resolvi escrever hoje. Muitos, mesmo depois de tanto tempo, não entenderam a sua aposentadoria e perguntam por onde ele anda e porque ele sumiu. Outros quando veem uma postagem com fotos de minha família nas redes sociais questionam porque ele não está ali...
Infelizmente, meu pai tem Alzheimer, essa doença danada que no início provoca esquecimentos, aos poucos vai roubando a memória e depois vai trazendo outras complicações e limitando cada vez mais os pacientes. Dizem que para evitá-la é preciso ser ativo, manter a cabeça em funcionamento. Mais do que ele fez?
Nós, da família, nunca tivemos a intenção de esconder nada sobre ele. Afinal, não é feio ficar doente, às vezes acontece mesmo quando se faz prevenção. Mas acho que nunca falamos publicamente sobre o assunto... Depois das minhas férias, caminhando nas areias de Torres e sendo tantas vezes abordada por pessoas que me perguntaram sobre ele, resolvi aproveitar essa oportunidade para abordar o assunto. Acho que os milhares de amigos que ele fez na vida merecem saber como ele está.
E já adianto: bastante limitado. A voz linda e inconfundível que tantas histórias narrou não sai mais, as pernas que pra tão longe o levaram nas suas coberturas jornalísticas não permitem que ele dê mais nenhum passo. Me perguntam se ele me reconhece, e eu digo: “Às vezes”. Mas o que importa é que eu sei que ele é meu pai e procuro me fazer presente o máximo possível ao seu lado, dando-lhe carinho, dizendo o quanto eu o amo, fazendo uma massagem no seu corpo ou até cantarolando no seu ouvido. Porém, vê-lo sem poder curtir a vida, como ele fazia com tanta alegria, dói demais. Minha mãe, eu e meu irmão fazemos todo o possível para que ele tenha conforto, estamos sempre atrás de tudo que possa lhe dar melhor qualidade de vida e bem-estar, mas sempre ficamos longe do que realmente gostaríamos de dar pra ele.
Aqueles que tiveram a oportunidade de ser seus colegas ou de conviver com Armindo Antônio Ranzolin sabem que, além do profissional dedicado e de grande sucesso, que vivia de ouvido grudado no seu radinho, ele sempre foi uma pessoa fantástica, paciente, carinhosa, de bom coração, que sabia ouvir e ajudar quem precisasse. Mas quero dizer que a sua melhor versão foi a de pai. Agradeço todos os dias, nas minhas orações, por ter tido o privilégio de ser sua filha, de receber seu carinho, seus ensinamentos, seus exemplos. Tenho comigo as melhores recordações da sua mão carinhosa me fazendo cafuné, das suas conversas sempre tão calorosas, dos seus conselhos, das suas brincadeiras, do seu orgulho ao me ver seguindo os seus passos. Lembro dele dizendo, depois que fui para a Globo, que eu não era mais a “filha do Ranzolin”, ele que era o “pai da Cristina”. Numa das últimas vezes que pegou sozinho o telefone para me ligar, foi para me elogiar no comando do Jornal do Almoço. Hoje, por mais limitado que ele possa estar, quero dizer que ele segue me dando força, me dando paz, sendo meu herói. Não precisamos trocar palavras, nem olhares, nos comunicamos em outra sintonia.
Como sempre trabalhou desde muito jovem, tinha planos de se aposentar para viajar e curtir os netos, mas também dizia que queria escrever um livro com sua história e do rádio gaúcho. Quando tentou, a memória já não ajudou, mas tenho certeza de que quem o ouviu jamais esquecerá aquele timbre de voz, aquelas palavras certas na hora certa, aquele entusiasmo no ar, aquele amigo que - agora vocês sabem - segue lutando pela vida!
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SENADOR SUPLENTE?? - Tem uma figura aqui no RS que coloca na sua apresentação do Facebook:
Sério, não é gozação.
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JUREMIR FAZ PROPAGANDA - Recebi por email:
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No G1 - Como será um navio de soja?
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QUE FOTO LINDA!! - Mercado Público de Porto Alegre.
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MUDANÇAS - O jornalista Gustavo Machado foi convidado e aceitou ser o superintendente de Comunicação da Assembleia Legislativa.
LOTEM O PARAÍSO!
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PODE SER
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PIADINHA
SOBRE A BIBA DITADORA DA COREIA
Já tinha lido antes li novamente hoje muito bonita a homenagem e a lembrança dele foi e será um ícone e um exemplo à todos
ResponderExcluirMinha lista de melhores narradores gaúchos:
ResponderExcluir1º Pedro Carneiro Pereira
2º Armindo Antonio Ranzolin
3º Pedro Ernesto Denardin
Como terceiro, prefiro o José Aldo Pinheiro, voz firme, ritmo, cultura!
ExcluirEu como não pude ouvir o Pedro Carneiri, que sempre ouvi ser um ícone, coloco o Armindo como primeiro e incluo o Haroldo de Souza com segundo, Denardim em teeveiro.
ExcluirTenho a mãe de meu cunhado na mesma situação. A memória é o de menos, o pior é o resto como tu relataste....
ExcluirRanzolin, Haroldo e Pedro Ernesto. Os demais ficam num nível bem abaixo.
ExcluirMinha avó sofre de Alzheimer há anos, e foi com ela que descobri que a TV mostra apenas a fase "bonitinha" da doença. Problemas de memória são apenas a ponta do iceberg. O Alzheimer literalmente deleta o cérebro da pessoa. Vai tirando a habilidade de pensar, de falar, de se locomover até virar um vegetal em cima de uma cama, que é hoje infelizmente o estágio da minha vó há 2 anos. Sobrou apenas uma carcaça imóvel esperando que um dia os órgãos parem de funcionar.
ResponderExcluirMelhores narradores do sul....
ResponderExcluirRanzolin
Haroldo de Souza
Mario Lima "O Amigo da Galera"
Roberto Brauner
Daniel Oliveira
Depois vem Marcos Couto, Oreste de Andrade, Gilberto Junior (Rádio Caxias) e José Aldo Pinheiro.
Depois Pedro Ernesto
Previdi, nesta lista de narradores esportivos, O Juremir, se fosse um, em que lugar você colocaria???
ResponderExcluirRespondo por ele: sempre atrás do pior.
ExcluirPedro Carneiro Pereira, Armindo Antonio Ranzolin, Milton Ferreti Jung, Elio Fagundes no futebol. Flávio Alcaraz Gomes, Jorge Alberto Mendes Ribeiro, Adroaldo Streck , Sergio Jockyman ( Pensem nisso, enquanto lhes digo até amanhã ), Ivette Brandalise..., alguns dos nomes que lembro agora. Anos dourados da rádio guaíba. Líder no RS, ninguém batia...
ResponderExcluirPedro Ernesto, atualmente, não é mais narrador, ele "fala" o jogo, e troca o nome de todo mundo...
ResponderExcluirImagina então os 99% piores do que ele.
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