Bom Dia!! Terça, 11 de fevereiro de 2014

CUIDADO!
QUE A MANIFESTAÇÃO É PACÍFICA

Nelson Perez - professor universitário




A comunidade internacional e boa parte da população brasileira vêem com estupefatação a enorme incidência de atos de violência ocorridos em eventos insistentemente classificados como “pacíficos” pelas autoridades e pelos canais de comunicação de todo o país.
Na verdade as insatisfações e as reivindicações que estão acontecendo são muito sérias, importantíssimas e, talvez, até necessárias, mas, infelizmente, os "eventos" ocorridos até agora não combinam com a identificação recebida.
Ainda, no Rio Grande do Sul, os dirigentes políticos e da segurança pública afirmam que “a polícia tem que garantir também os direitos dos manifestantes”.
Se uma manifestação “PACÍFICA” inclui:
- Centenas de placas de sinalização destruídas;
- Diversas lojas com vitrines quebradas e saqueadas;
- Incêndios de ônibus;
- Policiais agredidos com paus e pedras;
- Agências bancárias destruídas;
- Prédios públicos depredados;
- Incêndio de centenas de containers;
- Invasão e incêndio de prédios privados;
- Pichações em prédios históricos e em prédios particulares;
- Destruição de dezenas de telefones públicos;
- Roubo de caixas eletrônicos;
- Saques em lojas;
- Destruição de viaturas da polícia;
- Bloqueio de ruas;
- Demolição de automóveis particulares estacionados em via pública;
- Capuzes e toucas ninja...
Oremos a Deus, pedindo que não permita que as próximas manifestações realizadas em nossas cidades sejam “MUITO PACÍFICAS”, pois se aumentar essa "pacificidade” toda, teremos um quadro extremo e sem controle de depredações, incêndios de grandes proporções, prejuízos irrecuperáveis e inúmeros mortos e feridos.

Um comentário:

  1. Prezado José Luiz Prévidi – Paz e Bem,

    Leitor de teu blog, que me aproxima do cotidiano de Porto Alegre e do Rio Grande, entendo que a manifestação do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho (chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois mandatos) sobre a morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, que teve sua morte cerebral decretada ontem (10 II), é análoga ao meliante que furta a bolsa de uma senhora octogenária e sai gritando “pega ladrão”.

    Investigação da Polícia Civil do Distrito Federal apontou servidores lotados na Presidência da República, subordinados ao ministro Carvalho, como líderes da manifestação e da queima de grande quantidade de pneus que bloqueou, na manhã do dia 14 de junho de 2013, as seis faixas da via N1, no Eixo Monumental de Brasília.

    Quem comprou os pneus, contratou o caminhão para transportá-los e pessoas para incendiá-los, segundo a Polícia Civil: Mayra Cotta Cardozo de Souza, assessora especial da Secretaria Executiva da Presidência da República, João Vitor Rodrigues Loureiro, assessor da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Gabriel dos Santos Elias, até maio/2013 assessor da Subchefia de Assuntos Parlamentares e Danniel Gobbi Braga da Silva, assessor internacional da Secretaria Geral da Presidência, com salário de R$ 11,3 mil.

    O assassinato de Santiago Andrade por black bloc não constitui-se num evento imponderável, mas consequência direta e objetiva da semeadura do ódio entre as classes sociais. A professora titular de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) Marilena Chauí, uma das mais prestigiadas pensadoras do Partido dos Trabalhadores (PT), foi muita reveladora na palestra proferida no lançamento do livro ”10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”, em 13 de maio de 2013, na sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, antecedendo o pronunciamento de Luiz Inácio Lula da Silva: “E porque é que eu defendo esse ponto de vista? Não é só por razões teóricas e políticas. É PORQUE EU ODEIO A CLASSE MÉDIA. A classe média é o atraso de vida. a classe média é a estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante… terrorista. A classe média é a uma abominação política, porque ela é fascista. Ela é uma abominação ética porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante”. Ao tratar pessoas como “classes” é mais fácil odiá-las. É por isso que o nazismo e o comunismo puderam existir, é por isso que a violência brasileira, sob uma roupagem retórica de “reparação” ou “causa social” imprecisa, está matando.

    A prática da equipe do ministro Gilberto Carvalho e o ‘ensinamento’ da professora Marilena Chauí não estariam a indicar que interessa aos detentores do poder político no Brasil de forçar o esvaziamento das legítimas manifestações contra os aumentos nas tarifas de transporte público, falta de mobilidade, gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos (com ênfase na Saúde), a indignação com a corrupção política (Mensalão e outros casos), os gastos de quatro bilhões de reais anuais (R$4.000.000.000,00) das autarquias, estatais e da administração direta do governo federal na gestão Dilma Rousseff com publicidade e propaganda, entre outros, através da infiltração de criminosos em eventos que marcam a indignação ética da gente brasileira, como vem se verificando?

    Fraternalmente,

    Paulo Vendelino Kons
    47 9997 9581 - paulo_kons@yahoo.com.br
    BRUSQUE/SC

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