Ou meio cheio.
É bom dar uma parada, assim, sem avisar. De repente.
Planos e mais planos que jamais serão cumpridos, projetos e mais projetos que já desisti e decisões e mais decisões que não chegam até a semana que vem.
Alguns pepinos.
Sempre assim.
O mesmo quando a gente acorda na madrugada e o sono foge. Temos ideias maravilhosas que não resistem a meia hora de sono, cansados de tantos brilhantes pensamentos.
Como diria aquele rapazinho afetado, "enfim!!".
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...E ME LEMBREI DO
PLEONASMO CARLOS!!
Pleonasmo Carlos era o apelido do Darci.
Estava no terceiro ginasial do Colégio Champagnat e o Darci era meu colega.
Um guri simples, tranquilo, mas muito esparrento.
A gurizada toda se vestia muito parecido - calça boca-de-sino, camiseta e tênis.
O Darci, não. Tinha umas calças que pareciam pantalonas de tão largas e com cores muito extravagantes - vermelhas, laranjas, verdes. Não usava camiseta, mas umas camisas estampadas, completamente fora de moda. E um Bamba branco.
Por isso o chamávamos de Pleonasmo Carlos - tempos de Jovem Guarda.
(Nada a ver com esses rapazinhos aí em cima)
Um dia, no final de aula, subíamos em direção a avenida Bento Gonçalves. Acredito que todos viram a mesma cena. No meio da calçada uma caixa de sapatos.
O Pleonasmo e um amigo sempre eram os mais rápidos na saída.
Darci, o Pleonasmo Carlos, não teve dúvida: a uns 5 passos da caixa, acertou um chute com toda a força, bem no meio. E tombou, depois de um grito horrível.
Fomos ver e dentro da caixa tinha um paralelepípedo. Pleonasmo chorava copiosamente. O Bamba branco já tinha uma mancha de sangue.
Não fiquei para ver o desfecho do pobre Darci.
Uns três dias depois ele apareceu na aula. Estava com gesso, até o joelho, e usava muletas. Ficou um mês assim.
Mas não deixou de usar as pantalonas multicoloridas.
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Os obstáculos devem ser ultrapassados com paciência. Jamais fazer como o Pleonasmo Carlos.
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O problema maior é que tenho que conferir 582 e-mails.
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