Sexta, 25 de setembro de 2020

 Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA





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especial

Nesta sexta, uma cesta 
de Léo Iolovitch! 


Como sou advogado acabo sucumbindo ao latim e acho que só serei devidamente reconhecido POST MORTEM, mas estou VIVÍSSIMO e gostaria desse reconhecimento EM VIDA.





Há um ano fui alugar uma bicicleta, para andar no alto da muralha em Xian. O sujeito disse que não alugava para quem tivesse mais de 60 anos. Perguntei: "Pelo calendário chinês ou ocidental"? Ele pensou um pouco, não respondeu e me entregou a bicicleta.
Pois é, com o coronavírus não dá para fazer piada. A opção é ficar isolado em casa, como estou há uma semana. (25 março 2020)


Uma grande alegria: com meu amigo, Marcos Brossard Iolovitch. em 2007, Yokohama - Japão, na conquista do Mundial de Clubes pelo Internacional.

Os colorados Léo e o filho Marcos






Léo Iolovitch é porto-alegrense, advogado formado pela UFRGS, escritor, casado, pai de três filhos e avô de três netos, amigo de seus amigos. Usa o Facebook para conviver e conversar com amigos e divulgar seus textos, sem participar de polêmicas ou discussões pretensamente sérias. o FB é a "mesa de bar" virtual que hoje dispomos.

Léo e Magda

Com a filha Letícia, Daniel e a neta


Duas vezes eleito pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para compor a lista tríplice para vaga no Tribunal Regional Eleitoral.
Recebeu a Comenda Osvaldo Vergara como advogado emérito, concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Rio Grande do Sul.
Funções exercidas:
É Diretor Executivo da FIERGS.
Procurador Geral da Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul.
Assessor do Ministro da Justiça de Brasília.
Delegado Regional do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Assessor jurídico da Fundação Theatro São Pedro.
Assessor jurídico do Conselho Regional de Psicologia.
...
Este espaço - Nesta sexta, uma cesta - "é uma oportunidade para trazer uma questão que é importante para mim:  O NÃO RECONHECIMENTO DAQUILO QUE CRIEI: TEXTO+MÚSICA. Isso é inédito mas nunca foi reconhecido ou valorizado. Os textos nem precisariam ser bons, o que é o maior mérito é a INOVAÇÃO, algo que ninguém fez antes! 
Com não faço concessões, nem faço parte a 'intelectualidade' local, e ironizo a Feira do Livro dizendo que é quase uma 'fraude a céu aberto', não tive o reconhecimento por essa novidade, essa criação, que os mudernos chamariam de DISRUPÇÃO LITERÁRIA...".

Além do livro virtual www.olivronauvem.com.br também publiquei o livro físico, com o nome DESCENDO DA NUVEM. Tenho orgulho do prefácio feito pelo Sergius Gonzaga, de quem sou fã e amigo, que até transcrevi no inicio do livro virtual na parte da origem. Mas que agora transcrevo aqui.




O CASO LÉO IOLOVITCH

Sergius Gonzaga*

Quem ler (ou quem já leu isoladamente os textos na internet) o Descendo da nuvem, de Léo Iolovitch, perceberá o óbvio: todas as características acima enunciadas e resumidas ajustam-se perfeitamente aos excelentes textos que este escritor bissexto vem produzindo e dando a conhecer nos últimos tempos. Da estima pelo inusitado (Aconteceu na Cidade Baixa, Eu e eu) à investida na transfiguração poética da realidade (Voando, Guarulhos-Casablanca, Nasceu Ester Maria); da crítica dos costumes (Che Guevara e a bundinha da Gisele Bündchen, Rendez-vous de normalistas) à crítica política (Picaretagem); da observação sutil (Amigo do peito, O próximo) à nostalgia (Uma decisão inteligente, Advogados que gostam de escrever, A melhor época de nossas vidas); do humor não isento de alguma ternura e alegria de viver (Decisão salomônica, O tatuzinho) ao humor escarrado (Columbófila Magnificência, O homem que matou o dragão); da crônica clássica (Separatismo já, Meus caros amigos) à crônica-conto (Noite em Varsóvia, O último tango, O primeiro, o último e tudo mais); em todas as crônicas citadas e nas demais que compõem a obra descobrimos a presença de uma tradição, nascida com os românticos e tornada magistral, em meados do século XX, por meio dos livros de Rubem Braga, Antônio Maria, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e, sobretudo, Nelson Rodrigues. À referida tradição pertencem os textos do autor de Descendo da nuvem. É na extraordinária força expressiva dos velhos mestres que parecem residir os modelos da escrita de Iolovitch, desde a linguagem rápida e precisa, o tom de conversa falsamente banal, até as maneiras de observar o mundo concreto para nele buscar o insólito, o comovente e o risível.

No entanto, algo de extremamente inovador infiltrou-se na construção literária do escritor porto-alegrense. Um elemento desconhecido dos cronistas do passado, que elevaram o gênero a alturas talvez inexcedíveis, um elemento originário da impactante revolução tecnológica do século XXI e que veio garantir singularidade ao presente livro.

Em 1993, escrevi um pequeno ensaio afirmando que “a crônica – por decorrer das necessidades dos jornais e das revistas – não era praticada fora das salas de redação, desconhecendo-se escritores importantes que a tivessem composto apenas para a publicação em livro, ao contrário do que ocorria com os demais gêneros literários”.

Era uma óbvia constatação para aqueles anos de que, apenas a partir dos jornais e das revistas, a crônica poderia frutificar, submetida, após sua publicação diária ou semanal, a um processo de seleção por parte do escritor, que assim escolhia o material menos descartável para editá-lo em forma de livro. No trabalho em questão, tratei de abrir um parêntese (ou parêntesis – a critério do autor) para sublinhar a existência inusual de alguns cronistas na tevê, entre os quais despontavam Affonso Romano de Sant’Anna e Arnaldo Jabor, mas admitia (com razão) que as dificuldades de ler ou improvisar um texto na televisão constituíam aspectos que provavelmente impediriam o desenvolvimento daquele tipo de apresentação.

É claro que não podia imaginar a futura expansão das chamadas redes sociais e tampouco o uso que delas fariam alguns escritores em busca de novas alternativas de expressão e comunicação. Léo Iolovitch foi um dos que acreditou nas possibilidades abertas pelo assombroso campo da internet e se pôs a publicar textos no Facebook, obtendo com os mesmos uma repercussão espetacular. É de se supor que, independentemente da rede, o autor não se sentiria estimulado a redigir suas crônicas, por não encontrar um espaço prévio que permitisse o intercâmbio com os leitores. Em síntese, o meio criou a mensagem, e o cronista, que hoje nos emociona e diverte, é filho das novas redes comunicativas que assinalam a contemporaneidade. Não deixa de ser espantoso que um gênero tradicional da literatura brasileira renove-se a partir do aparato técnico.

Surpreendem também no livro – que os leitores agora vão fruir – os comentários que antecedem cada crônica. Representam uma troca imediata, um diálogo sem mediações entre o autor e os internautas que desfrutam dos pequenos textos postados e os comentam livremente. Isto quer dizer que, quando Léo Iolovitch decide publicar em livro suas crônicas, ele já conhece (pelo menos parcialmente) a recepção que as mesmas terão junto ao público. Algo possível só no século XIX, pois em geral os ficcionistas testavam primeiramente as virtudes de suas narrativas sob a forma de folhetins que vinham à luz nos jornais da época.

Resta, contudo, em Descendo da nuvem, uma última surpresa. Reconhecido e aplaudido na rede social, o escritor – motivado, quem sabe, pela formação livresca que imperou no ensino até três ou quatro décadas atrás – decidiu editar as suas melhores crônicas não como um e-book para ser lido em aparatos eletrônicos, e sim como livro, livro de papel, um antigo e nobre artefato que podemos visualizar, tocar, cheirar, e que ainda parece ser a mais definitiva e superior instância de fixação e permanência da criatividade literária. Uma sábia escolha.

Dito isso, boa leitura a todos.

*Professor de Literatura da UFRGS


AGORA LIGUE O SOM E LEIA ALGUNS TEXTOS DO LÉO!

NÃO ESQUEÇA: TEXTO+MÚSICA


NOITE EM VARSOVIA

(Este texto foi que inspirou a criação do livro+música)

http://www.olivronanuvem.com.br/site/mobile/noite-varsovia.html


ACONTECEU NA CIDADE BAIXA

http://www.olivronanuvem.com.br/site/mobile/aconteceu-na-cidade-baixa.html


GOL

http://www.olivronanuvem.com.br/site/mobile/gol.html



BAR E ARMAZÉM TIMBAÚVA

 http://www.olivronanuvem.com.br/site/mobile/bar-e-armazem-timbauva.html



GOSTOU E QUER MAIS?

 http://www.olivronanuvem.com.br


UMA ENTREVISTA NA TVCOM





Escritório Brossard, Iolovitch Advogados Associados


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