Bom Dia! Quinta, 8 março 2012

A VERDADEIRA MULHER BRASILEIRA

Mulher! Mulher!
Na escola
Em que você foi
Ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés
(Mulher, Erasmo Carlos)

Claro que tem gente que vai pensar assim: Lá vem o Prévidi com aquele papinho de que a mulher brasileira perfeita tem de 1m60 a 1m70, de 50 a 60 quilos, morena, seios pequenos e bumbum arrebitado, coxas grossas, uma delicada barriguinha e, como diz a atriz Fernanda Torres, com alguns, poucos, sinais de celulite.
Enganaram-se, não vou falar do tipo de mulheres.
Quero tratar da verdadeira mulher brasileira, aquela que merece o nosso carinho e respeito.
Aquela mulher que não está nem aí para o Dia Internacional da Mulher; aquela que não vai participar de nenhum ciclo de palestras, tipo "o papel da mulher na sociedade moderna". Essa mulher que quero destacar tem mais o que fazer.
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Aquela mesmo, que sai às 6 da manhã, pega dois ônibus para o trabalho. Antes prepara o almoço para os filhos e recolhe a roupa do varal. Volta no final do dia, morta de cansada, e encara a pia cheia de louça, o tanque, dá uma olhada nos deveres de casa dos filhos e recebe o marido, depois do sujeito passar no boteco e chegar com a cara cheia de cana. Só resta jantar o que sobrou do almoço, olhando a novela, e desmaiar na cama.
No outro dia, tudo de novo. E é assim durante o ano todo. Décadas.
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Tem aquele outro tipo que estudou em bons colégios, o pai pagou a faculdade particular, jamais encarou um trampo. Morou em casa até os 30 anos e só encarou um trabalho quando pzpai conseguiu uma boquinha na empresa de um amigo. Ou passou num concurso público, depois de fazer um cursinho pago pela avó.
Hoje, essa mulher vai assistir a palestra "o papel da mulher na sociedade moderna".
Não, não quero tratar desse tipo.
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Uma outra mulher, com perfil muito interessante, é aquela que decide, depois do casamento, se dedicar aos filhos e a sua casa, mesmo que tenha uma formação técnica, universitária. É o que alguns chamam de dona de casa - e idiotas as tratam com desprezo.
Meu Deus, que injustiça!! A dona de casa trabalha como aquela lá de cima, que sai de casa às 6 horas da manhã. Só que não sofre muito. Está geralmente em casa e o seu principal objetivo é tratar bem, criar os filhos. Cozinha com prazer e conta com a inestimável colaboração de eletrodomésticos.
Sua vida não é nenhuma brastemp, mas tem um enorme prazer - fora prováveis outros - em acompanhar, mesmo, os filhos crescerem.
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O que me irrita mesmo é esse papo furado de "mulher moderna", da "agitação do mundo atual", "nós, mulheres, somos discriminadas", "queremos os nossos direitos", "nós, enquanto mulheres, querem ter um tratamento equânime ao dos homens". Não suporto isso. Para esses tipos, só me resta sugerir chupar um carpim sujo. É papinho de dondoca, de babaquinha. De mulher que nunca foi amada.
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Graças ao bom Deus, tenho a satisfação de conviver com uma mulher maravilhosa há quase 30 anos. Claro que não foi uma convivência tranquila e pacífica nestas três décadas. Nenhum mar de rosas. Mas é muito bom.
Essa mulher maravilhosa é um mix de todas essas aí em cima.
Já imaginou?
E, o mais incrível, sempre de bom humor. Tudo está bom!! Raríssimas vezes a vi - ou senti - a sua irritação. Raríssimas, mesmo.
Aí está ela, a Rute, e um beijo a todas!!

Parece que estou enforcando a Rute, não?

Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu a luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito
(Mulher, Erasmo Carlos)

5 comentários:

  1. A maior injustiça com a dona Rute foi qdo tiraram a estátua do Laçador pra trocar de lugar....deveriam ter posto uma estátua dela...essa santa iluminada!
    JULIO RIBEIRO

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  2. Que lindo,quem não gostaria de ter um marido assim,romantico e apaixonado..Parabéns RUTE..

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  3. Dona Rute assim como Dona Berenice são duas Santas, né?

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  4. Agora com esse calorão insuportável que faz aqui na praia lembrei-me de outra canção que penso poderias ter usado nessa homenagem às mulheres. Mulher brasileira de Benito Di Paula. Canção gostosa e com letra interessante.

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