Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE NÃO TENHO PRESSA
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE NÃO TENHO PRESSA
HORÁRIO DE VERÃO!
Atualizado diariamente
até 10 horas
Atualizado diariamente
até 10 horas
Politicamente correto
é uma doutrina,
sustentada por uma minoria
iludida e sem lógica,
que foi rapidamente
promovida pelos meios de
comunicação e que sustenta
a ideia de que é inteiramente
possível pegar um pedaço
de merda pelo lado limpo.
é uma doutrina,
sustentada por uma minoria
iludida e sem lógica,
que foi rapidamente
promovida pelos meios de
comunicação e que sustenta
a ideia de que é inteiramente
possível pegar um pedaço
de merda pelo lado limpo.
TEXTOS PARA PENSAR
O PERIGO AMARELO
Do jornalista Clovis Heberle:
Ao inaugurar sua ferragem, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, Sérgio dizia aos seus clientes que ali não seriam vendidas "porcarias chinesas". Alguns meses depois ele teria que engolir as suas palavras. Lâmpadas, ferramentas, aparelhos eletrônicos, quase tudo era Made in China.
Realizou-se, no século 21, o que os teóricos norte-americanos da época da Guerra Fria tanto temiam, e que chamavam de "Perigo Amarelo". Só que os chineses não estão conquistando o mundo pela ideologia nem pela força das armas, e sim pelo poder econômico e, principalmente, pela tecnologia.
Assim como nos séculos 19 e 20 a grande maioria das invenções saía das pranchetas e laboratórios da Europa e dos Estados Unidos, neste quase tudo é criado na China. Nossas casas estão cheias de produtos chineses, das lâmpadas de led aos split. Marcas como a Midea e a Huawei vão se incorporando ao dia-a-dia, e até os carros, vistos com desconfiança, já são aceitos. Eletrodomésticos brasileiros tradicionais como Brastemp e Cônsul têm olhinhos puxados e falam mandarim, absorvidas pela gigantesca Whirpool.
A criatividade dos chineses é espantosa. Um exemplo: há poucos anos, só os ricos ou de classe média alta podiam ter piscinas. O custo da instalação e da manutenção era altíssimo. Agora não: um pacote que pode ser carregado debaixo do braço contém tudo que é necessário para realizar o sonho da família. Basta escolher o tamanho e levar para casa o kit completo, que inclui o filtro de água adequado. A preços módicos.
A borda de ar ,como um balão circular, sustenta a estrutura de plástico, sem a necessidade de suportes de metal ou madeira. Depois é só encher de água e aproveitar enquanto faz calor. No fim da temporada, a "piscina" pode ser esvaziada e guardada até o próximo verão.
Genialmente simples.
Coisa de chinês.
-
A MAIS DESMORALIZADA PROFISSÃO
Do jornalista José Luiz Prévidi (publicado na Coletiva)
Todos os dias, fico sabendo de novas "ferramentas" para incrementar a comunicação entre as pessoas. O interessante é que desenvolvem técnicas mirabolantes e não lembro de ler ou ver os entendidos falando em qualidade. Isso, qualidade de texto, seja lá qual o veículo a ser utilizado.
Outro dia, bocejando, assisti a uma palestra de uma jovem professora que se dizia jornalista. A tese dela era impressionante: os digital influencers são a forma mais rápida de comunicação. Falou a mestra: "Jornalista é outra coisa, ele recebe seu salário no final do mês...". Concluí que ela devia ter uma mágoa grande dos seus colegas de "profissão".
Antes que terminasse a palestra fiquei, pela enésima vez, pensando no que se tornou a profissão que escolhi. Quem não é do meio não imagina o prazer que era entrar numa faculdade de Comunicação e concluir o curso. E o mais legal, ter na carteira de trabalho o registro de "jornalista profissional diplomado".
Infelizmente, hoje, qualquer periguete consegue um registro de jornalista e sai por aí dizendo que é "uma profissional". Outra: dá uma olhada na profissão daquelas gostosas do Instagram. A maioria, com bumbum empinado, é digital influencer.
Meu Deus, eu tive o sonho de ser jornalista e trabalhar com Jornalismo. Para começar a trabalhar era um sufoco, porque não existia estágio e o Sindicato dos Jornalistas fiscalizava e exigia o diploma da gurizada. Faz 40 anos que estou nessa e não sei fazer outra coisa - nem trocar uma lâmpada.
Li que ex-BBBs são repórteres do Vídeo Show.
UAUUU!!
Hoje, não consigo entender como uma gurizada cheia de gás disputa uma vaga num curso de Jornalismo. Muito menos consigo captar a necessidade de uma pós, a não ser para ser professor numa faculdade.
Se o velhinho aqui pudesse dar um conselho - "nãoooo!!!!" - diria para não perderem tempo numa faculdade de Jornalismo. Façam algo mais útil e estudem em casa para se tornarem jornalistas. Leiam muito, de tudo!
Pra encerrar: não me levem a sério.
-
INSANIDADES 2
Do jornalista Paulo Motta
Tem um negócio aqui que diz o tempo inteiro "O plug-in não está instalado". Parece alguma coisa ligada a supositório, mas acho que é paranoia minha.
Essa máquina me xinga, às vezes, quase me chama de estúpido. Dá vontade de chorar copiosamente. Se chover torrencialmente ou alguém for brutalmente assassinado pois estava visivelmente embriagado.
Não obstante, feericamente iluminado em letras garrafais, enquanto a truculência policial defendia esse regime espúrio que está aí. Ou que aí está, fica melhor.
Velhos clichês para novas velhas manchetes. Algumas palavras ferem mais do que outras, por exemplo, quando alguém do sexo oposto começa um papo te dizendo: "És uma pessoa maravilhosa e serás sempre muito especial para mim!"; estás sendo coberto de elogios, mas esse é o prefácio de um solene pé-na-bunda!
E pode chorar cântaros que a situação não mudará, entendeu, pequeno herege?
Lembro de uma conversa meio alterada, entre uma menina que eu estava tendo um affair - hoje seria ficando - e sua querida mãe, entreouvida da cozinha pra sala, onde eu estava, uma coisa mais ou menos assim: "De onde tu tirou esse pé-rapado que não tem onde cair morto?".
A menina tentou me defender - corajosa ela era - "Mas mãe...", e a velhota: "Não tem mas mãe! Não quero mais esse vagabundo aqui em casa! Ah, se teu pai estivesse vivo, nessas horas aquele traste faz falta!".
Sobrou até pro falecido, amigos! Saí com o rabo entre as pernas arrastando meus pés-rapados e pensando onde cair morto de vergonha. Vagabundo eu não era, já trabalhava na Zero Hora.
Mas aquilo não me feriu tanto, só um pouquinho, que afoguei esse pouquinho em uísque batizado do bar Gre-Nal, na Demétrio Ribeiro quase com a Borges de Medeiros, em Porto Alegre, claro.
Levei aquele desaforo pra casa e tranquei no banheiro até o outro dia, quando fui olhar pra ele com mais cuidado e achei que não valia a pena ficar com aquilo, tomando espaço na minha vida e joguei no lixo. Era até um simpático desaforo, mas foi melhor assim.
Bons tempos, amiguinhos, que se podia levar desaforo pra casa e depois nos livrarmos dele!
Um dia colorido pra vocês!
Amanhã, mocotó.
-
O EMPODERAMENTO DA REVOLUÇÃO
Do jornalista José Luiz Prévidi (2017)
Não sei se já existe algum estudo ou mesmo uma tese de mestrado ou doutorado com o tema do título. Na dúvida, não desmereça e muito menos critique, porque nesses dias modernosos tudo é mais do que possível.
Outro dia, o José Simão escreveu que “Hoje a palavra é empoderamento. Que eu não sei direito o que é, mas apoio! Rarará!”. Aliás, nem o corretor reconhece – grifa em vermelho e não tem jeito de tirar. Se o Simão não sabe, imagina eu. Já tentaram me explicar, mas não tem jeito. É mais ou menos como “concertação” (esta o corretor se nega a aceitar, também).
Agora, imagina o empoderamento da revolução. Ainda bem que mudei, porque ia colocar como título “O empoderamento da concertação”. Alterei quando soube qual é a principal matéria da Press dessa edição comemorativa.
Olha, já estudei várias revoluções. Na Filosofia da UFRGS passei um semestre ouvindo as histórias da Revolução Francesa. Tinha um prazer imenso em ouvir a professora falando e, por isso, não anotava nada, enquanto os colegas escreviam freneticamente. O resultado foi que me dei mal na única prova – contei a história da História, guri metido a jornalista, e a mestra não gostou da descontração.
Depois também li bastante sobre a Revolução Russa, para não perder discussões no tempo das faculdades.
Tentei até entender os milicos de 1964.
E sempre cheguei a mesma conclusão, que jamais tive coragem de externar: O poder é uma maravilha! Nada mais do que isso. Em todas as revoluções os objetivos são lindos e visam sempre o bem estar dos pobres e oprimidos.
Sei.
Mas eu tenho uma imagem ótima de revolução.
Olha só.
O sujeito sabe que tem uma reunião importantíssima no início da tarde. Aí almoça logo depois do meio dia para não se afobar. Come bastante uma mistureba danada num desses restaurantes de buffet. Toma duas cocas de latinha. Instalado na reunião, logo depois dos primeiros 20 minutos começa um ronco na barriga. No início, imperceptível para os vizinhos; pouco depois, o cara recebe um discreto olhar do vizinho da direita. A barulheira aumenta e sente que os gases pedem passagem. Suor frio na testa e no bigode. Não pode sair da sala. Mas não tem jeito. Antes que o pior aconteça, pede licença e sai que é um raio.
Vai me dizer que isso não é uma revolução de verdade? Isso é uma verdadeira revolução!! Só tenho dúvida se intestinal ou estomacal.
Ah, revoluções.
Não me venham com elucubrações. É tudo cascata. Os mentores sempre têm interesses, acima daquilo que divulgam. Ou alguém acredita que os opositores do Maduro, na Venezuela, querem a salvação “del sofrido pueblo” ou o poder? Los dos!
Há 17 anos o Julio me chamou para editar uma revista nova, a Press. Não lembro, mas devo ter dito: “vamos revolucionar o mercado editorial!”. Tudo bem, até poderia ter esse objetivo TAMBÉM, mas queria ganhar uns pilas decentes – e foi o que aconteceu.
Bah, não foi mole. Começamos uma revolução midiática do zero, sem a menor idéia do que teria que ser feito. Tínhamos uma referência apenas, a revista Imprensa, que era editada em São Paulo. Nada mais. Lembro que o Julio chegou a sugerir a criação de um “conselho editorial”. Tirei da cabeça dele, com um argumento revolucionário: “Vamos arrumar sarna pra nos coçar, é só para encherem o nosso saco!”.
A Press foi uma revolução no morno mercado editorial gaudério.
Uma revolução como poucas. Bem comportada, certo, mas incomodou muita gente.
E, acreditem, a Press é uma REVOLUÇÃO PERMANENTE, porque está aí há 17 anos.
(a Advertising foi lançada em 1997 e completa 20 anos neste mês de março)
Só não usa boina e não tem muita ternura.
HAHAHAHAHA!!!!!!
-
O CACO BELMONTE SABE MUITO BEM O QUE FAZ!!
-
NÃO É PIADINHA
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário