Quinta, 17 de janeiro de 2019




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE NÃO TENHO PRESSA









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Recebo de um amigo gaúcho
que mora na Irlanda:
"(...)Estarei em Porto Alegre no final do mês e vou para a praia. Quero assistir ao 
Planeta Atlântida em SC e depois 
o Garota Verão em Capão."
COITADO!!









REDAÇÕES DA MINHA VIDA




Esta aí é a redação do falecido Jornal do Brasil, nos anos 80.
A rigor, todas as redações eram muito parecidas. Até as assessorias de imprensa, como da Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores. Em geral, tinham muita gente, muito barulho e muita risada.
A primeira que encarei foi a do Diário de Notícias, na avenida São Pedro. No primeiro dia vi e fiquei meio atordoado: um dos meus ídolos, o Marçal, trabalhava lá. Ele era editor de Internacional e nos tornamos amigos. Tinha pouca gente, nas era uma esculhambação diária, comandada pelo diagramador Enir Borges e pelo próprio Marçal.
Depois tive uma passagem de poucos meses no Correio do Povo. Cobria o Carnaval. Como eu saia das festas das escolas de samba e ia direto pra redação, só via o Mario Quintana sentado em seu canto. Raramente ia em outro horário. Mas o CP era uma redação mais comportada.
Aí fui pra Zero Hora e também raramente ia na redação - passava o dia da Assembleia. Ah, sim, lá era uma esculhambação danada! Imagina os funcionários da Assembleia, os contratados pelas bancadas de deputados e partidos e os coleguinhas dos veículos num salão que não era muito grande. Foi um dos melhores períodos da minha vida.
No Rio, no primeiro Governo do Brizola, ninguém tinha muito tempo para brincadeira. Lá o bicho pegava, mesmo.
Ah, teve também o período em que trabalhei na Rádio Farroupilha, quando o Flávio Alcaraz Gomes e o Cândido Norberto mandavam. Não tinha bagunça, porque, fora os que mandavam, todos funcionários eram de ixquerda.
...
Hoje é tudo muito diferente.
Há uns anos entrei na redação da Assembleia e pensei que estava no lugar errado. Um silêncio triste. Os velórios costumam ser mais animados. O mesmo dá para dizer das redações de veículos. A impressão é de que os atuais jornalistas não conseguem pensar/escrever com barulho.
Olha, eu não trabalharia numa redação silenciosa.
Ainda bem que faço tudo em casa e ouço o barulho que quero.
Já imaginou esses jornalistas mudernos fazer um texto ouvindo o Fofocalizando?
HAHAHAHA!!!
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Tomaram um fartão ontem do Paulo Motta?
Então aí vai mais um:

ZERO HORA

Entrei na Zero Hora em 1978, no Departamento Comercial, regido pelo Bolivar Madruga Duarte - o cara que inventou o ZH Classificados - fiquei até 2001 depois fui pro Pioneiro, em Caxias do Sul, também da RBS.
Nesse período de Zero Hora, tive o privilégio de conhecer malucos, abençoados doidos tipo o Nelson Matzenbacher Ferrão, o Mola, o José Antonio Ribeiro, o Gaguinho, o Carlos Fehlberg, o Clovis Heberle, o Chimba, Kau, Eber Borba e o brilhante Lauro Schirmer.
Era uma época de trabalhar e gostar do que a gente fazia.
O Gerson Schirmer deve lembrar que a gente saía do jornal e passava no Porta Larga, barzinho ao lado da Zero, pra fazer um churrasquinho. Tudo lá pelas duas da manhã.
Nossa vida era uma maravilhosa bagunça, creiam.
No inverno, volta e meia, a gente parava no Bar Luanda, mais conhecido como o Bar do Tide, na José do Patrocínio quase com a Venâncio Aires, aqui em Porto Alegre.
A sopa do Tide era celestial, mas muitos diziam que o Tide servia com o dedo dentro do prato. Maldade!
Numa dessas épocas eu namorei a Bagulho, uma revisora deliciosa.
Não, não, ela não era um bagulho. Ela tinha a língua pguesa e odiava o bagulho das máquinas de escrever. Concordo que egam bagulhentas, mesmo.
De um dia pro outro, acabaram as máquinas de escrever, tudo ficou informatizado e, se tu entrar na Redação da Zero Hora, hoje, parece que estás num bloco cirúrgico.
Tenho a impressão de que falta um pouco daquela esculhambação dos anos 80.
Perdoem o meu saudosismo, queridos meliantes.
Belas e douradas lembranças.


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LEMBRA DO BEBÊ-DIABO? NÃO?
ENTÃO CONHEÇA TODA A HISTÓRIA


Nos anos 70 eram "comuns" matérias sensacionalistas. Muitas inventadas, por incrível que pareça.
Vou contar uma dessas inventadas, só não dou os nomes porque os dois protagonistas morreram e não quero confusão com herdeiros.
Editoria de Polícia pequena. Dois repórteres trouxeram aquelas matérias "feijão com arroz", que não se prestam para manchete. Quando o terceiro repórter chega, o editor fala:
- Começa logo a escrever, 80 linhas ou mais, tem espaço.
O repórter:
- Não deu certo, furou. O cara deu pra trás, não quis falar.
- E eu o que faço com o espaço em branco?
Começaram a conversar e o desespero aumentando. Aí o repórter vai pra sua mesa e começa a datilografar.
- O que tu vai fazer?
- Deixa comigo.
No dia seguinte, a manchete:

ESTUPRADOR ATACA DUAS ALUNAS NA PUC

Matéria muito bem feita, com riqueza de detalhes.
Até os Irmãos Maristas ficaram com medo do estuprador.
Tomaram providências.
Noas dias seguintes o assunto continuou e os jornais concorrentes desesperados, porque não conseguiam nenhuma informação.
Não lembro bem, mas parece que até entrevistaram o estuprador.
...
Por todo o Brasil existiram matérias desse tipo.
Lembro quando eu era pequeno, no Rio a cidade era aterrorizada pelo "Bandido da Luz Vermelha". O curioso é que em Porto Alegre também tinha um bandido com o mesmo apelido. Assim como o "Cara de Cavalo".
E discos voadores?
E a "Loira do Cemitério", que comia taxistas?
...
Uma das melhores, que já foi até estudada, é a história do BEBÊ-DIABO.
Acompanhe a impecável matéria da Veja São Paulo:

A manchete que mexeu com São Paulo nos anos 70 – o bebê-diabo

A lenda urbana que surgiu em 1975 e é comentada até hoje



O dia 11 de maio de 1975, dia das mães, seria um domingo sem grandes novidades, como qualquer outro dia das mães naquela época. Mas, a edição daquele dia de um jornal mudaria tudo. Desde as primeiras horas da manhã, as bancas estavam lotadas de pessoas comprando o jornal Notícias Populares, já famoso naquela época por suas histórias exageradamente sensacionalistas, e que trazia estampada em letras garrafais a manchete “Nasceu o Diabo em São Paulo”. Eles acertaram em cheio no imaginário popular! Todo mundo queria saber a história do bebê que tinha nascido num hospital de São Bernardo do Campo, com chifres, rabo e ameaçando todo mundo assim que nasceu.

Dia após dia, novas histórias iam surgindo sobre o temido bebê-diabo, todas elas “documentadas” pelo jornal. Pessoas que o viram soltando fogo pela boca, gente que jurava que seu corpo era coberto de pelos, e até relatos do repórter que entrevistou as enfermeiras e todas elas rezavam um Pai Nosso antes de falar sobre o assunto. Por 25 dias seguidos, a principal manchete do NP fazia alguma referência ao bebê-diabo, e depois, por mais 12 dias, notícias sobre ele ainda estampavam a primeira página, mas não mais como manchete, completanto um total de 37 dias de notícias sobre o acontecimento.

Abaixo, a relação de todas as manchetes sobre o bebê-diabo no NP:

11/05/75 – NASCEU O DIABO EM SÃO PAULO

12/05/75 – BEBÊ-DIABO DESAPARECE

13/05/75 – FEITICEIRO IRÁ AO ABC EXPULSAR O BEBÊ-DIABO

14/05/75 – BEBÊ-DIABO DO ABC PESA 5 QUILOS

15/05/75 – BEBÊ-DIABO INFERNIZA PADRE DO ABC

16/05/75 – NÓS VIMOS O BEBÊ-DIABO

17/05/75 – POVO VAI VER O BEBÊ-DIABO

18/05/75 – PROCISSÃO EXPULSARÁ BEBÊ-DIABO

19/05/75 – VIU BEBÊ-DIABO E FICOU LOUCA

20/05/75 – SANTO PREVIU O BEBÊ-DIABO

21/05/75 – BEBÊ-DIABO NOS TELHADOS DAS CASAS DO ABC

22/05/75 – MÉDICO AFIRMA: O BEBÊ-DIABO NASCEU NO ABC

23/05/75 – DIABO EXPLODE MUNDO EM 1981

24/05/75 – BEBÊ-DIABO PAROU TÁXI NA AVENIDA

25/05/75 – FAZENDEIRO É O PAI DO BEBÊ-DIABO

26/05/75 – BEBÊ-DIABO VIAJA PARA VER O PAI

27/05/75 – BEBÊ-DIABO APARECE NO LUGAR DO ECLIPSE

28/05/75 – MAIS 7 VIRAM O BEBÊ-DIABO

29/05/75 – BISPO MORRE DE MEDO DO BEBÊ-DIABO

30/05/75 – BEBÊ-DIABO ARRASA COM RITUAL DE UMBANDISTA

31/05/75 – FANÁTICOS AMEAÇAM BEBÊ-DIABO DO ABC

01/06/75 – SEQÜESTRADO BEBÊ-DIABO

02/06/75 – BEBÊ-DIABO À MORTE

03/06/75 – BEBÊ-DIABO FOGE PARA O NORDESTE

04/06/75 – PADRE DE MARÍLIA: “EU ACREDITO NO BEBÊ-DIABO DO ABC”




Relatos de pessoas entrevistadas diziam que o bebê pulou telhados, pediu sangue para beber, saltou da janela do terceiro andar e tomou um taxi e pedu ao motorista que o levasse ao inferno. Histórias sobre ele não paravam de chegar. O jornal até publicou algumas prováveis razões que poderiam explicar a existência do bebê-diabo.

O Notícias Populares, que tinha uma circulação média de 80 mil exemplares por dia, saltou para mais de 200 mil. A primeira notícia, aquela do dia 11 de maio, bateu todos os recordes de vendas da época, e sobraram somente oito exemplares do jornal nas 2 mil bancas em que ele era vendido.



Mas o que aconteceu, na verdade? Realmente um bebê nasceu naquela maternidade com duas pequenas saliências na testa e um prolongamento do cóccix, problemas que eram facilmente resolvidos com uma pequena cirurgia ali mesmo. Mas o fato foi distorcido e o boato correu a cidade, chegando até a redação da Folha de São Paulo, responsável pelo jornal Notícias Populares. Um repórter foi destacado para cobrir a história e voltou com um texto relatando os fatos médicos, sem nenhum sensacionalismo. Mas a direção do jornal decidiu manter a lenda urbana e tratar o fato como sobrenatural. E depois do recorde de vendas da primeira edição, continuaram no assunto até que se esgotasse.



O assunto foi um dos mais marcantes da história do Notícias Populares, e é contado em detalhes em livros como Espreme Que Sai Sangue: Um Estudo do Sensacionalismo na Imprensa, de Danilo Angrimani, e Nada Mais Que a Verdade: A Extraordinária História do Jornal Notícias Populares, de Celso de Campos Jr., Denis Moreira, Giancarlo Lepiani e Maik Rene Lima. Um documentário de 2002 sobre lendas urbanas, chamado Nasceu o Bebê-Diabo em São Paulo, de Renata Druck, coloca esta história entre outras lendas urbanas paulistas.

Mais de quarenta anos após a curiosa história, são poucas as pessoas que nunca ouviram falar do temido bebê-diabo, que aterrorizou uma geração, mesmo sem ter existido.


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UMA OPORTUNIDADE ÚNICA!
CACO BELMONTE SABE MUITO BEM O QUE FAZ!!





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MENOS UM - Uma das mais belas vozes do rádio se calou. Quem conta é o amigo Nilton Fernando:

Tô sabendo agora que meu fraterno amigo Luis Antonio Borba morreu. Amigo querido, começamos juntos na antiga TV Difusora no programa Comunicação e depois no PortoVisão. Considerado uma das mais simpaticas figuras do rádio. E um vozeirão...
Lua, como era mais conhecido, teve passagens por diversas emissoras de Porto Alegre, especialmente Rádio Guaíba ( dos bons tempos de locutores em dupla), Radio Gaúcha, Bandeirantes FM, e especialmente a Rádio Cidade no maravilhoso elenco fundador da emissora. Teve passagens na Tv Piratini, Tv Difusora e Tv Gaúcha. Vá em paz meu amigo, distribuindo seu sorriso, suas gentilezas. Vamos sempre sentir tua falta. Muito cresci e aprendi com vc, meu irmão.
Na segunda foto estamos eu, Olga Jugnemann e o Luis Antonio Lua em nossa estréia na TV.






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DEIXOU O ZERO HORA: CLÁUDIA LAITANO - Na página da jornalista do Facebook. Ela não esclarece se saiu ou foi dispensada.

Noel Rosa, Kurt Cobain, Amy Winehouse, Leila Diniz… Todos permaneceram menos tempo no planeta do que eu trabalhando na Zero Hora. Foram 33 anos (Jesus!) de muitas Cláudias diferentes e muitas redações diferentes também. Entrei no jornal pela primeira vez em 1985, estudando Psico e buscando um bico noturno para conciliar com a faculdade. Saio de lá mulher feita, mas com a mesma sensação de “work in progress” que tinha aos 18 anos e que pretendo manter no mínimo até os 81. Me cobrem.

Uma empresa é uma entidade abstrata. De todos esses anos, o que fica são as pessoas do bem, as memórias boas e a certeza de que eu não teria durado dois anos na profissão se não tivesse optado pelo jornalismo cultural, o setor mais divertido (e desprestigiado) de qualquer redação de jornal.
Trabalhar na área cultural é sempre uma utopia e como todas as utopias se sustenta em um ideal – e ter um ideal, hoje em dia, é um luxo. Viajei, conheci gente talentosa e ídolos de infância, aprendi mais sobre arte do que poderia sonhar quando entrei no Jornalismo da UFRGS. E nunca me arrependi de ter mudado de profissão ou de ter apostado todas as minhas fichas no caráter civilizatório da cultura e da arte.

Saio da redação, mas a coluna fica (volta em março). Também fica a popular “Lei Cláudia Laitano”, que permite que os jornalistas tirem licença de um mês antes de escrever seu trabalho de mestrado ou doutorado. Morro de orgulho de o apelido da regra ser o meu nome. Estudar é a melhor coisa que existe e pretendo praticar muito esse esporte nos próximos anos. Não deixem a "Cláudia Laitano" caducar!

Às muitas equipes que eu chefiei e aos colegas de todas as áreas, obrigada pelo carinho e por décadas de trocadilhos infames. Continuem praticando porque eles SEMPRE podem piorar.

PS: meu novo email é o claudia.laitano21@gmail.com


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FIREHOSING - Li um artigo sobre isso na Coletiva, "'Firehosing' e o estrago que isso pode causar ao jornalismo". Não intindi.
Será que tem alguma coisa a ver com "concertação", que o Tarso Fernando sempre usa? Descobri ao menos que firehosing é mangueira de incêndio em inglês.
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Agora, ao invés de mandar os chatos chupar um carpim vou dizer: "VAI CHUPAR UMA FIREHOSING!!".


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IMITADOR - Não sei o nome do dito, mas tem um repórter na RBS TV que imita - ou tem como ídolo - o Régis Rösing, que começou aqui na "líder" e está na Globo.


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400 JORNALISTAS - Legal que a CNN contrate muitos jornalistas no Brasil. Mas, sei não, a contratação desse Douglas Tavolaro, ex-Rede Record, como presidente... Não consigo confiar nesse sujeito. Nemo conheço, mas não gosto. NÃO CONFIO!
Já sei a resposta que vão dar: ele nem vai dormir hoje.
Pois é, mas só escrevo isso para que não se iludam.
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O projeto é do empresário Rubens Menin, fundador e presidente do conselho da construtora MRV. A empresa, de capital brasileiro,  terá o licenciamento da marca americana no, terá um canal de notícias 24 horas a ser transmitido por meio de TV por assinatura e por plataformas digitais.


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DEPOIS ARRUMARAM.
AGORA ESTÃO MAIS RÁPIDOS!

há uma hora

ANCARA

Turquia criará na Síria a 'zona de segurança'

sugerida por Trump

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NÃO É PIADINHA


Braços cruzados: o que será que as pessoas pensam pra fazer fotos assim?
Olha a que recebi do Adriano M.:



Flávio Dutra, me diga: Braços Cruzados
não é um bom nome para banda?


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Um comentário:

  1. Braços Cruzados como banda é difícil,Previdi. Como vão tocar com os braços cruzados. Chance como grupo vocal.

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