Bom Dia!! Terça, 27 de agosto de 2013

QUE TAL REUNIR
TEXTOS MARAVILHOSOS?

No último final de semana, com frio, chuva e umidade de 200 por cento, pensei muita coisa. E li muitos textos dos meus amigos no Facebook.
Putz, como tem cara que escreve bem, meu Deus do Céu!!
O legal é que se constata isso independente das posições, do comportamento, de qualquer rótulo. Nada a ver. Tem caras que eu não conheço e arrasam quando querem dizer algo relevante.
Fiquei tão impressionado que comentei com o André Stella, "exilado" em Bagé, de que era legal reunir esse pessoal em um blog. Aí o Paulo Pruss foi adiante: tinha que ter alguma coisa impressa.
Sabe o que é?
Sair dessa mesmice dos cronistas dos jornalões, que se acham os bambambãs, como Paulo Pagodinho - que há décadas não escreve nada decente.
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Vou dar alguns exemplos, sem me esforçar muito: Paulo Motta, Leo Iolovitch, Vanderlei Malta da Cunha, Rick Jardim, Adroaldo Correa, Paulo Pruss, Clovis Heberle, Eliziário Goulart Rocha, Julio Ribeiro, Fernando Albrecht, Glauco Fonseca, Ruy Gessinger, Rogério Mendelski, Emanuel Mattos, Gilnei Lima entre muitos outros. Muitos outros, porque esses me lembrei agora.
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Dois exemplos.
O primeiro do Vanderlei Malta da Cunha.

UMA PORTOLENDA DAQUELAS DE CINEMA,
MAS RIGOROSAMENTE VERDADEIRA:
RICHARD GERE NO BOM FIM,
E AGARRADO A UMA LINDA MULHER...







Radicalmente ao contrário da maioria das PORTOLENDAS, que trazem à tona mistérios de dificílima comprovação, esta anunciada aí acima realmente aconteceu. Seus protagonistas estão vivíssimos, mas tão distantes de Porto Alegre quanto do ânimo de confirmar uma história tão antiga que conseguiu a façanha de se transformar em “causo”.
Muitos duvidam de sua veracidade com a mesma energia com que negam a chegada do Homem à Lua. É que nós, gaúchos, somos desconfiados por natureza e só acreditamos mesmo é em chimarrão quente e em costela gorda...
Mas bah, Chê! Como é que uma PORTOLENDA tão culhuda como essa ainda não conseguiu grudar como bosta em tamanco nos tauras e prendas desta cidade?
- Talbez – como diria um grosso cínico –, seje perquê ela nunca foi destrinchada tim-tim por tim-tim nos seus finalmentes...
- Mas parece que chegou a hora de se crer nos escritos, bando de excungados!
- Puxem um banco e descansem a bunda num pelego grosso que é pra escuitá essa atochada com respeito e atenção!

ONCE UPON A TIME...

Pintor, compositor e músico tocando diversos instrumentos nas festas de faculdade nos primeiros anos da década de setenta, ele ainda não era conhecido nem mesmo nos subúrbios mais bregas da velha Hollywood.
Atorzinho em início de carreira, Richard Tiffany Gere, filho de família numerosa da Pensilvânia (quatro irmãos e uma irmã), era um rapazote bonito com 1 metro e 80 centímetros de puro charme, porte atlético, sedutor e carismático o suficiente para nunca estar com a cama vazia...

É bem verdade que, em 1975, aos 26 anos, havia aparecido ainda um tanto escondido num primeiro filme, uma “bomba” chamada Report to the Commissioner (compreensivelmente sem título em português), que obteve alguma repercussão apenas em telas sujas de espeluncas do Turcomenistão, sendo para todo o sempre desconhecido no resto do planeta.

Mas, apesar do quase anonimato, Richard estava mais lindo do que nunca em 1980, quando estreia seu verdadeiro primeiro filme, Gigolô Americano (na verdade, o sexto, pois os outros cinco conseguiram ser vistos somente em Boca Ratón, num cinema cujo proprietário era o seu irmão David Gere). Tudo bem, entre esses trabalhos iniciais houve um chamado Looking for Mr. Goodbar (À Procura de Mr. Goodbar), que alertou alguns críticos americanos para o jovem protagonista, que embora mal aproveitado pelo diretor Richard Brooks, mostrava verdadeiro talento interpretativo ao lado de Diane Keaton, essa, sim, uma estrela em franca ascensão e achando tempo para namorar um carinha conhecido nas bocas de Manhattan como Woody Allen...

Gigolô Americano, de Paul Schrader, no entanto, bem além das boas resenhas de jornais, tinha o apelo extra de um rosto que chamaria a atenção de muitas mulheres mundo afora. Muitas.

Uma delas era gauchinha nascida em Bagé. Chamava-se Sylvia Martins. Muito bonita, despachada, e artista plástica já com nome feito no Brasil, mais exatamente no cenário cultural do Rio de Janeiro, durante os anos 60 e 70.

De família abastada (seu pai era poderoso fazendeiro e criador de gado), depois de se graduar em comunicação, Sylvia estagiou em publicidade e fotografou como modelo por curtíssimo período, estudando pintura com o conterrâneo Glauco Rodrigues e com o carioca Rubens Gerchman, entre outros cobras da pintura.

Em 1979, cansada do Rio e louca por novos cenários para trotear com seu cavalete, ganhou dos pais uma passagem para Nova York, onde logo se enturmou com um grupo exótico de artistas de vanguarda, comandados por ninguém menos que Andy Warhol.

Ainda no finalzinho desse ano, num restaurante nova-iorquino frequentado pela nata descolada da cidade, Sylvia conheceu ao vivo e em cores um Richard Gere conversando justamente com Warhol, o inventor dos “15 minutos de fama”...

Foi paixão fulminante de ambos os lábios e o início dos oito anos (1980/1987) de um casamento de papel passado e tudo o mais, menos filhos.

Feliz como pinto no lixo e ansiosa para mostrar o maridão à mamãe e ao papai, no interior profundo de um Rio Grande ainda sobrevoado pela Varig, Sylvia convenceu Richard a então acompanhá-la ao sul do mundo.

A essas alturas, super habituado com bem mais do que apenas 15 minutos de fama, ele topou o convite da patroa, com uma única condição: em hipótese alguma calçaria botas de garrão ou chuparia uma bomba quente de chimarrão. Dançar chula ou se pilchar em CTG, nem pensar! Nem pelo papel principal num filme de Kubrick...

Pois foi por essa época (meados de 1981), que trazido a tiracolo por Sylvia, Richard Tiffany Gere viu a ponte do Guaíba, o Beira-Rio e o Laçador de cima, singrou a velha Farrapos de guerra e passeou pelo Portinho como qualquer guasca do interior: depois de andar pelo centro, conforme conta, mais abaixo, o jornalista Luiz Carlos Merten, circulou pelo Brique da Redenção, atirou pipocas às carpas, andou de pedalinho, empaturrou-se de churros, comeu cachorro-quente (hot-dog, é claro!) no trailer do Zé do Passaporte, tomou chocolate quente na Maomé, até parou numa barraca para comprar uma estatuazinha de Buda (já estaria apaixonando-se por alguém mais além da Sylvia?...) e ainda atravessou a Osvaldo Aranha e rebateu toda a gordura consumida na José Bonifácio com um suco de abacaxi natural da Lancheria do Parque, que ele fez questão de tomar num daqueles discretos copos de liquidificador típicos da casa.

Agarrado em Sylvia como pai-de-santo em despacho, subiu o morro das TVs lambendo uma “maçã do amor”, aplaudiu e chorou copiosamente ao assistir o por-do-sol mais lindo do universo.

Na noite daquele domingo morno de outono, depois de muito caminharem por inúmeras ruas do Bom Fim (onde ele não foi reconhecido por ninguém), Sylvia e Richard foram ao Cine Bristol (quase em frente ao Pronto-Socorro) e assistiram a uma reprise muito badalada de Pierrot Le Fou (O Demônio das Onze Horas), de Jean-Luc Godard, com Jean Paul Belmondo num desempenho literalmente explosivo...

Nunca se confirmou um outro programa, mas inúmeras testemunhas juram que aconteceu: uma esticada noturna do casal ao Barranco, onde Richard teria feito um estrago constrangedor no tradicional carrinho de saladas do Chico Tasca e devorado três pratos inteirinhos daquelas polentas inventadas pela Tânia Carvalho. Os espetos, no entanto, foram esnobados, pois, à época, o jovem ator não transava carne vermelha. Traçou apenas um galetito escolhido com certo desdém, até porque o principal e mais suculento não estava no cardápio da churrascaria e ele já o vinha comendo há um bom tempo...

No jornal O Estado de São Paulo, edição de 26/12/2007, o jornalista gaúcho Luiz Carlos Merten, radicado há anos no centro do país, deu um curioso depoimento:

(...) “Sobre Richard Gere, acho que já contei a história no blog, mas estou com preguiça de conferir. Prefiro contar de novo. Sei lá quando foi, nos anos 80, talvez, mas eu estava indo para a redação do jornal, em Porto Alegre – era o ‘Diário do Sul’ – e passando pela Rua da Praia, na altura da Praça da Alfândega, vi aquele sujeito sentado. Cheguei no jornal e disse que tinha visto um cara muito parecido com o Richard Gere, o que deixou minhas colegas ouriçadas. Naquela mesma tarde veio a confirmação. Richard Gere estava em Porto. Ele tinha uma namorada gaúcha, uma modelo, e foi com ela visitar os pagos. Sensacional! Richard Gere sentadinho, anônimo, na Praça da Alfândega. Já pensaram se tivesse ido falar com o cara? Que bela entrevista poderia ter feito? ”

E Bagé? Quando a Rainha da Fronteira entra nessa história?

Uma testemunha, que optou por não se identificar, esclareceu a um repórter do jornal local Minuano, anos atrás:

“Antes de ficar muito famoso e virar sex symbol (em 1999, foi eleito O Homem Mais Sexy do Planeta), Richard Gere esteve em Bagé por várias vezes nos anos 80, quando namorava a artista plástica bageense Sylvia Martins, cujos pais tinham fazenda no município. Dizem que uma tarde em conhecida padaria, um estrangeiro bem apessoado tentava fazer-se entender aos balconistas: queria comprar um ‘small bread’, um pãozinho, do qual se supõe ter gostado muito. E como não conseguia seu intento, abria as mãos em palma, afastadas, para traduzir seu desejo: até que uma esperta vendedora compreendeu que, em verdade, o cliente almejava o popular cacetinho, produto que em outras cidades causa constrangimento quando pedido, por óbvias razões. Além de adquirir seu objeto de apreço, o ator levou outras criações locais como o pão de bico, o pão d água, o biscoito dentinho, pão de mel, e retirou-se em paz".
Pois o personagem era, nada mais nada menos, que o então fogoso gigolô americano dos filmes.”

Em outra pesquisa na rede, a jornalista Alessandra Rech, do jornal O Pioneiro, de Caxias do Sul, que certamente leu o anônimo relato anterior, depois de considerar Richard Gere “o grisalho mais charmoso da telona, antes de George Clooney”, recordou:

“Pois Richard Gere andou por Bagé nos anos 80, e o motivo, sim!, foi uma mulher. O artista teve um relacionamento com a pintora Sylvia Martins, natural de Bagé e com interessante carreira em Nova York. Conta-se que o casal passava temporadas na fazenda da família dela, tempo suficiente para dourar os suspiros nas padarias de Bagé, onde ele teria sido visto empreendendo esforços para adquirir um ‘small bread’, o intraduzível cacetinho. Tudo bem, isso foi antes de Hollywood e de meio mundo se render aos olhos puxados do ator. Eu, que também conheci Bagé por razões amorosas, não posso deixar de imaginar Gere, pelos mesmos motivos, deixando passar o tempo na praça por onde andei, ou nos balcões de padaria onde tomei demorados cafés à espera de alguém. Naqueles anos eu já percebia que Bagé tem algo de cosmopolita em seus ares.”

Infelizmente, até hoje não se divulgaram registros fotográficos do cotidiano de Richard Gere nas sesmarias do sogro, que em vão tentou adestrá-lo nas lides campeiras, onde fracassou rotundamente, mas isso já seria motivo suficiente para outra futura PORTOLENDA. Aguardemos, pois...

Em fins de 1988, em entrevista de rádio para uma rádio local, “seu” Osnélio Cabrera, capataz de estância e velho amigo da família Martins, na sua simplicidade diante dos fatos da vida, concluiu:

- “Esse tal de Richardi foi muito burro! Se separou da Sylvinha, uma rica menina, e botô tudo fora! Podia tai numa boa, comendo costela gorda, cevando mate e vendendo boi de caminhão! Ia tê sempri uns troco pra gastá num garanhão buenacho pro Freio de Ouro e nos cassino de Rivera...”

Apenas dois aninhos depois, teimoso como uma mula e insistindo nesse negócio de Sétima Arte, o Richardi fez um filme chamado Uma Linda Mulher (Pretty Girl), ao lado de uma guria de sobrenome Roberts, que lhe rendeu um troco de 12 milhões... de dólares...
A fita fez muito sucesso em Bagé, onde ficou conhecida como “Uma Chinoca Ajeitada”...

Infelizmente, “seu” Osnélio não viveu o suficiente para presenciar esta façanha do “ex-marido estrangeiro da Sylvinha”, como costumava dizer.
Com certeza, quando alguém lhe contasse a notícia, chamaria o cara de “um baita atochador!...”
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Pois bem, antes que esta PORTOLENDA fique comprida demais, vamos terminar a costura dizendo que depois de se separar de Richard, em 1987, Sylvia Martins casou-se com o bilionário armador grego Konstantin Niarchos (filho do lendário Stavros Niarchos, eterno rival de Onassis em fortuna acumulada, durante a década de 60). Viuvou cedo, pois ele morreu de um ataque cardíaco, aos 37 anos.

Pintora respeitada, vive em Nova York, com atelier no Soho, e passa temporadas no Rio de Janeiro, cidade pela qual tem paixão e onde se aquerencia de três em três meses a cada ano.

Quando lhe perguntam sobre o primeiro ex-marido hoje célebre, afirma: “Não gosto de falar de coisas que aconteceram há mais de 20 anos.”
Com 60 primaveras no calendário e um porte físico invejável, Sylvia tem namorado, mas desconversa: “Não é ninguém conhecido, famoso ou bonito.”

Quanto ao Richard propriamente dito, hoje com 64 anos, será que ainda se lembrará do sabor daquele suco natural de abacaxi na Lanchera, numa remota tarde de domingo na cidade que ele chamava de “Merry Port”?

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Este é do Rick Jardim:

EU QUASE NÃO ASSISTO TELEVISÃO

 Eu vejo uns 3 telejornais, algum programa de entrevista, de quando em vez alguma coisa de natureza e fim! Quando resolvo assistir alguma coisa de novelas, apenas para citar um exemplo, chego ao ponto - terrível eu sei - de quase pensar que nós, brasileiros, precisamos de alguma espécie de censura ou regulação! Não sei o nome da novela, mas neste sábado assisti a uma cena em que um casal tentava(?) transar dentro de um automóvel minúsculo, com frases claras de "abre mais, não tá dando, tira a calça, empurra" e etc. e etc. São interrompidos por um personagem afetadamente homossexual que pergunta se eles não têm vergonha de transar no estacionamento da empresa, em plena luz do dia! Em outra cena um outro ator - sempre sem camisa, mostrando tórax "montado" em academia, - força a barra para, me perdoem o termo chulo, "traçar" a ex-mulher!!!
Em uma visão simplista, parece que nós só conseguimos perceber que um homem é atraído por uma mulher (e vice e versa), se isso for mostrado de forma explícita, clara, carnal, direta!! Não existe mais a poesia da sugestão! A sutileza! Breve teremos penetrações e tudo o mais, pois o nível que já se chegou, sequer pensamos que chegaríamos! E, por gentileza, não me falem aquele papinho bobo de que os políticos são mais indecentes e amorais, que não é disso que estou falando!! Estou falando de nossa juventude, de nossas crianças, de um futuro que está aí, agora, às claras! Como explicar esta "modernidade" a elas? Como dizer a elas que sexo, para nós brasileiros, é fundamentalmente a matriz de nossos pensamentos, o sentido de nossas existências, já que é exatamente isso que elas veem em cada novela, em cada comercial, em cada outdoor, em cada jornal, em cada revista ou programa de auditório?
Não sou contra sexo, muito pelo contrário, mas acho que ele envolve intimidade. Coisa que há muito deixou de ser um conceito aceitável na programação de nossas tvs! Nós, brasileiros, somos fãs do exagero. Precisamos sempre nos esbaldar! Esbaldar na bebida, esbaldar na falta de educação, esbaldar na violência, esbaldar no sexo, esbaldar na corrupção (agora sim, falei!). Nós não queremos aos poucos, nós queremos tudo, e tem que ser agora, já, neste momento. E depois de nos enfastiarmos, vamos ver o que dá para fazer com o que sobrar e com as responsabilidades de tudo! Porque aí tudo vai ser mesmo como sempre é...banal! Sem valor! Sem graça! Precisamos da indecência para nos afirmarmos. Em todas as áreas!

2 comentários:

  1. Concordo com tudo.Além disso a apologia desenfreada do homossexualismo.Não que seja contra mas escancarar do modo que estão fazendo é um crime.Imagina uma criança,um adolescente no interior do Brasil onde há uma diferença de cultura,educação e que é própria de cada comunidade assistir isso. É por isso que a podeosa cadavez mais perde audiência para a Record,que possui uma programação mais condizente.

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  2. Já tinha lido ou ouvido falar no casamento desse ator com uma bajeense.
    Concordo integralmente com o autor do segundo texto. A apelação já passou faz muito tempo do tolerável. Há que impor ordem nessa baderna sim, mesmo que chamem a isto de censura. Que sejam esses programas CENSURADOS sim, podendo ser rodados livremente das duas às cinco da manhã. Devemos lembrar que canais de TV e rádio são CONCESSÕES públicas e não propriedade desses bandidos. Como sou um notívago incorrigível assisto ao programa do Bolo Fofo, pois depois dele há alguns seriados interessantes.
    O outro dia o Bolo Fofo entrevistou Eliane Cantanhede e ali houve várias referências ao cu da galinha. Sempre há “entrevistados” que de fato são empregados da Globo. Semana passada buceta foi citada no programa.

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