Bom Dia!! Terça, 20 de agosto de 2013

PARA OS VELHINHOS.
OU SAUDOSISTAS, COMO QUEIRAM

Outro dia estava fuçando em uma caixa de papelão atrolhada de fotos. A imensa maioria em preto e branco. Fotos da minha família. Coisa antiga, mesmo.
O curioso é que no fundo da caixa, encontrei três monóculos.
Desses aí:


Num deles o Gustavo, meu filho menor, no meu colo. No Circo Vostok. Existe, ainda?
No outro o Guilherme e eu. Não dá para identificar o local.
E o terceiro é um primor! Um time de futebol de salão. Eu como goleiro. Me inspirava no Manga, meu ídolo do Botafogo. Nos jardins do Colégio Champagnat, Porto Alegre.
Quer dizer, monóculo não é coisa tão antiga assim.
Não sabe o que é?
Era só colocar o olho na parte mais estreita. Aí aparecia a foto. Quanto mais luz no local, melhor.
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Aí comecei a me lembrar de coisas que não existem mais.
Olha essa, é pra matar os velhinhos!!


Qual o velhinho aí que nunca tomou, na década de 60, um porrão de Drink Dreher?
Não lembro muito do gosto, mas servia só para dar a tonturinha. E, o melhor, era barato.
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Aí viajei, mesmo.
Na década de 60 eram muitas as opções de refrigerantes.
A Coca era soberana no Rio; aqui no Sul a Pepsi.
No Rio não haviam muitas opções, mas lembro bem do Grapette e do Crush. Fora os dois guaranás, Brahma e Antarctica.
Mas aí a Coca lançou a garrafa "família", de um litro, e dominou mesmo.
Em todo o Rio Grande do Sul as opções de refrigerantes eram muitas.
Não lembro da Cyrillinha (laranja) e nem da bala Gasosa. É uma falha.
Nessa época, muitos maravilhosos, como a Minuano Limão e a Charrua Limão.
Os dois, sem dúvida, foram os mais famosos, os melhores, mesmo. No Brique da Redenção ainda se encontram garrafas - vazias, é claro - dos dois exemplares.
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Mas, pra mim, o MELHOR de todos poucas pessoas se lembram: BINGO TANGERINA.
Mesmo sendo gurizão - 12, 13 anos - achava muito estranho chamarem o refrigerante de "tangerina" aqui no sul. Na época, se o cara chegasse numa fruteira e falasse essa palavra, ninguém entendia. Nada de "globalização". Era bergamota ou vergamota, mesmo.
Era uma garrafa transparente, bonita, até hoje seria moderna. A cor era fiel a fruta.
Durou pouco tempo.
Tiraram do mercado e lançaram um negócio horroroso chamado Bingo-Cola.
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Tentei encontrar no Google uma garrafa do meu refri predileto. Nada.
Só um comentário em um post do Almanaque Gaúcho, do Ricardo Chaves.
É assinado por Elizabeth Torresini:
4 de julho de 2012
Acompanho diariamente o Almanaque. Está cada vez melhor! Cumprimentos.
Sobre a garrafa de Laranjinha reproduzida, gostaria de lembrar que ela não é inicialmente de Santo Ângelo, conforme está anunciado.
É, sim, de Porto Alegre. Produzida a partir de 1948 pela Indústrias Refrigerantes do Sul, propriedade de Arno e João Jacob Vontobel (vindos de Treze de Maio) em sociedade com a família Kirst, de Lajeado. Aliás, um ramos descendente da família Kirst hoje é proprietária da Fruki.
Essa garrafa da Laranjinha foi patenteada em 1951, e a produção da matéria-prima era feita em Lajeado e transportada em lanchões para Porto Alegre. Nessa época a ponte do Guaíba ainda não existia.
Em 1954, João Jacob – atual Vonpar – muda-se para Santo Ãngelo, onde abre uma filial da Laranjinha. Mais tarde, a Vontobel de Santo Ãngelo começa a produzir Grapette (1956) e Coca-Cola (1963).
Depois, em 1960, João Jacob compra a Água Mineral Minuano, de Porto Alegre, e produz famosa Minuano Limão (1967), entre outros. Antes do sucesso da Minuano Limão houve um enorme fracasso chamdo Bingo Tangerina. Para o lançamento desse refrigerante, Roberto Carlos e a Jovem Guarda foram contratados e fizeram um espetáculo no Ginásio da Brigada Militar em 1967.
Creio que a Minuano Limão também mereceria um destaque. É um dos refrigerantes mais lembrados dos gaúchos. Aliás, um dos melhores!
A Vonpar tem ótimas imagens desses refrigerantes, publicadas no livro Vonpar: a marca do desafio em 2009.

8 comentários:

  1. Lamento, mas estás enganado em parte. Lá por 52 ou 53 estudava no Colégio Rio Branco quando na frente do mesmo parou um caminhão com as cores, vermelha, azul e branca.
    Chegava a Porto Alegre a tal Pepsi-Cola e nós apenas conhecíamos a Coca-Cola. Faziam uma promoção dando a quem pronunciasse com correção a palavra PEPSI. Eu não consegui e até hoje consumo apenas a Coca-Cola.
    Tínhamos a Grapette em pequenas garrafas e que faz pouco tempo passou pelo mercado em garrafa pet de dois litros. Era excelente.

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  2. Não tinha melhor que o guaraná Frisante.

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  3. Sr.previdi,lendo este post,lembrei da melhor magarina que existiu: Magarina Primor,tablete com embalagem verde,fabricada em esteio-RS

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  4. Veja se não é essa garrafa, em 2 links:
    http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-496075875-refrigerante-bingo-_JM

    http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-504128320-garrafa-bingo-_JM

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  5. O pior refrigerante que já tomei: Kita-Cola, alguém lembra?
    E o melhor: Guaraná Polar! Lembro que eu só ia nas aulas de catequese porque a minha mãe comprava uma garrafinha na saída!

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  6. Conhaques Presidente e Brazão. Tenho um litro do primeiro e meio do segundo.

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  7. Se nhor Prévidi já algum tempo, tenho seu Blog posicionado nos meus favoritos,ícone colocado por meu neto,pois, não sou manso com sa coisas da nova comunicação.Porém como o assunto hoje foi para os velhinhos, pergunto: e uma empresa que produzia o mel Cardeal, localizada na rua Rodolfo Gomes no MeninoDeus, de propriedade de um senhor Arno Vontobel,fazia parte do "grupo" ou é coincidencia de nomes.Abraços e Parabens.Jorge R. Dutra Vidal Cariri 280 V.Assunção

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  8. Estimado Prévidi,

    Tudo bem? Espero que sim.
    Pois, a cada dia que passa, seu ‘blog’ me surpreende. Desta vez, o tópico envolvendo memórias provocou em mim sentimentos distintos, alegria e tristeza, tudo ao mesmo tempo. Ao ver tal monóculo, corri para meu ‘baú’ de memórias, visando manusear o único visor que possuo. Trata-se de uma foto de família, em praia gaúcha, no ano de 1974. Isto me deixou feliz. O que me deixou triste foi novamente lembrar que um similar objeto – no qual havia foto minha ao volante de um kart de corridas (foto ‘clicada’ no Parque Farroupilha, salvo engano, em 1977) – perdeu-se em residência de alguma ex-namorada.
    (Eu costumava levar no bolso tal monóculo, posto a intenção de mostrar para a eventual pretendente que minha paixão por automobilismo é algo que tenho desde a infância...)
    Mas, voltando: assim como você aproveitou o gancho para trazer a tona nomes de produtos que hoje são uma gostosa memória – caso do refrigerante Minuano Limão –, aproveito seu gancho para indagar se você (ou mesmo algum internauta que porventura estiver lendo este recado) tem ‘mania’ de guardar objetos, como dizem nos USA... ‘mint condition’. Evidente, eu tenho.
    Tal mania iniciou-se no inicio da década de 80, ocasião na qual meu pai trouxe para casa um exemplar de ‘Seleções’ (ou: ‘Seleções do Reader’s Digest’). Na publicação, havia interessante matéria sobre pessoas que adquirem produtos e os deixam intactos, com o intuito de apresentá-los como ‘souvenir’ do passado. Para resumir longo relato, a matéria destacava pessoas que tinham a mania de guardar dentro de plástico, objetos diversos como livros, revistas, brinquedos, roupas e – pasme – até garrafas de bebidas.
    Na época, eu tinha 14 anos. Fiquei tão impressionado que, sem perceber, passei a fazer o mesmo que os cidadãos Norte-Americanos retratados no artigo. Evidente, protestos familiares aconteceram; nem sempre consegui levar adiante tal ‘mania’... de qualquer forma, te garanto que consegui manter intacto muita coisa do passado.
    Em que pese a ‘tentação’ de tecer lista, resumirei alguns itens que talvez até sejam de interesse, caso algum dia renovem as ‘antigas’ gincanas.
    (Sim, eu lembro você, Prévidi, ter mencionado a saudosa Gincana Ipiranga, por ocasião de editorial na revista Press #11...)
    Sobre a lista de itens raros que tenho guardados, tudo o que posso dizer é que ela não é pequena. Mas posso destacar, por exemplo – já que o assunto ‘garrafas de refrigerantes’ aparece em destaque no tópico –, que tenho uma garrafa de Pepsi (tamanho ‘médio) de 1978 . Lacrada. E com o líquido. Isto mesmo.
    (Lamento apenas que, durante uma mudança, quebrou-se garrafa de Minuano Limão que, a exemplo da outra que tenho, estava intacta. E, acredite, com rótulo de papel!)
    Por último mas, não menos importante: minha única dúvida é sobre qual destino à ela está reservado (idem sobre os demais ‘artigos’ de minha coleção!), caso ocorra algo comigo. Até porque, não tenho famílias, filhos... mas, por enquanto, acho agradável ter tal ‘produto’ na estante. Peço apenas desculpas não ter máquina fotográfica em casa; apreciaria ‘compartilhar’ em seu blog e/ou na minha página do Facebook.
    Atenciosamente,

    Paulo McCoy Lava
    Jornalista

    PSS: Só não conto aqui ‘aquela’ piada da ‘Pepsi’ (refrigerante da família gaúcha!) porque já ‘compartilhei’ no ‘Face’ e, penso, os demais leitores de seu ‘blog’ já ficaram sabendo...

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